Henrique Chaves não tem currículo político e/ou partidário para figurar numa Comissão de Honra de pseudo elites do PSD que apoiam uma candidatura à liderança do partido nas directas do próximo dia 13 de Janeiro de 2018.
Foi deputado,como tantos, foi ministro durante meses sem obra nem qualquer notoriedade positiva,como tantos também, é militante do partido há muitos anos como imensos outros militantes.
Então qual a razão de figurar na tal comissão de honra?
Péssimas razões desconfio.
Chaves foi o ministro cuja demissão irresponsável e sem razão para tal, com graves e nunca provadas acusações ao carácter de quem o tinha convidado para o governo, deu a Jorge Sampaio o ultimo pretexto para dissolver um Parlamento onde existia uma maioria coerente e estável e convocar eleições antecipadas que deram o poder a José Sócrates com os tristes resultados que o país conhece e paga!
Com essa atitude,sem fundamentação política e baseada apenas em questões de vaidade pessoal, Chaves foi desleal com o primeiro-ministro que o convidara, foi desleal com os seus colegas de governo e foi desleal para com o PSD.
E por isso votado a um ostracismo partidário que durou doze anos durante os quais ninguém no partido ouviu falar dele nem foi visto em nada que ao partido dissesse respeito.
Estranhamente reaparece agora na comissão de honra de Rui Rio.
Com dois objectivos claros:
Por um lado para tentar relembrar a ladainha mentirosa que a esquerda e Sampaio utilizaram, e que alguns dos seus colegas da comissão de honra infelizmente secundaram, de que a dissolução do parlamento se devera a erros próprios do governo e não a um autêntico golpe de estado a partir de Belém para favorecer o PS como na realidade aconteceu.
A segunda para, qual "sniper" contratado, disparar contra o outro candidato à liderança mais uns ataques pessoais como foi perceptivel através das primeiras declarações que fez à imprensa após doze anos de merecido anonimato e ostracismo político.
Que Henrique Chaves se preste a esse papel é problema dele e daí não vem mal ao mundo porque o que ele tinha para fazer de mal ao partido e ao país...já fez!
Mas que a candidatura de Rui Rio, seguramente com a anuência do próprio candidato, se preste a manobras destas é triste e apenas desqualifica quem aspira a ser líder do maior partido português e única alternativa à Frente de Esquerda que nos governa.
Usar quem ajudou a derrubar um governo do PSD e abrir o caminho a Sócrates, dando-lhe até o estatuto de membro de uma comissão de honra (valham o estatuto e a comissão o que valham...),para atacar pessoalmente o outro candidato é de uma pobreza política, democrática e até ética de tal ordem que seguramente os militantes do PSD não perderão a oportunidade de a 13 de Janeiro mostrarem o que pensam disso.
Porque em tempo de clarificar, e para lá das qualidades políticas e pessoais dos candidatos que são em ambos os casos inquestionáveis, é mais que tempo de aqueles que nos tempos difíceis da governação estiveram ao lado dos adversários contra o partido perceberem que esses comportamentos não tem aceitação nem aplauso dos militantes.
Embora nalguns casos esteja mais que provado que isso pouco lhes importa.
Depois Falamos
P.S. Quando numa Comissão de Honra se "mostra" Henrique Chaves e se "esconde" Pacheco Pereira está tudo dito sobre a frontalidade com que uma candidatura encara os militantes.
4 comentários:
Nem mais, está tudo dito.
P.S. Logo agora que já me tinha esquecido da existência desta alma penada...
Caro Rui Miguel:
Por alguma razão o ressuscitam ao fim de doze anos de completo ostracismo.
Para executar uma tarefa de maledicência e nada mais.
Mas quem usa "instrumentos" destes vai ter a sorte que merece
Caro Cirilo:
Não concordo quando diz «...Henrique Chaves não tem currículo político e/ou partidário para figurar numa Comissão de Honra de pseudo elites do PSD que apoiam uma candidatura...»
Tem, tem -currículo: quando os aventais decidiram derrubar o governo Santana Lopes, tiveram que 'arranjar' um irmão idiota útil para arranjarem uma desculpa. A verdade é que Sampaio: 1º disse que haveria a breve prazo um escândalo/confusão -não houve; agora o £§€€{ disse que «estava farto do Santana». Ou seja, não havia razão -não funcionamento das instituições democráticas- e ele está a deitar-nos poeira para os olhos. Mais ainda, ele afirmou que iria destituir o governo, SEM consultar o Conselho de estado. Uma trapalhada anticonstitucional de todo o tamanho.
Por isto tudo o "idiota útil" é um asset político do mais alto gabarito PARA O PS e MUCHACHOS no PSD.
Com os 'ricos' que integram a (não é erro) Comichão de RR, não há elites -há apenas tubarões do centrão.
É raro mas aqui não concordei, no restante: eles são nojentos -concordo plenamente.
Cara il:
Vendo as coisas por esse prisma...estou de acordo.
Em qualquer dos casos não deixa de ser um personagem menor que foi arregimentado para fazer tiro ao alvo.
Que ele não tenha vergonha percebo face ao histórico.
Mas Rio,com a mania da ética, devia ter recusado esse apoio.
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