quarta-feira, janeiro 18, 2017

Um Passo Mais

Um Vitória "triste" como o negro do equipamento deu hoje na Covilhã mais um passo rumo à desejada final do Jamor lá para Maio do corrente ano.
Mas foi um passo inseguro, com alguns tropeções, fruto de uma exibição que deixou muito a desejar face a um adversário que é do segundo escalão e que nele se encontra classificado atrás do próprio Vitória B.
Já todos sabemos que a taça de Portugal tem um espírito muito próprio, em que as equipas teoricamente mais fracas se agigantam e por vezes conseguem enormes surpresas como todos sabemos dado acontecerem em quase todas as edições da prova.
Mas o Vitória estava avisado disso.
Mais que não fosse porque ainda teria bem presente a eliminação do ano passado aos pés do Penafiel também ele da segunda Liga.
E por isso Pedro Martins não facilitou, não fez as estranhas rotações de recente jogo com o Benfica para a taça ctt, e entrou com um onze muito próximo do que lhe vem sendo habitual apenas com a troca de João Pedro por Zungu.
Infelizmente a equipa não correspondeu ao que dela se esperava, entrou triste e abúlica, permitiu ao adversário equilibrar o jogo e até acabar o primeiro período com uma posse de bola superior ao Vitória o que não deixa de ser estranho por um lado mas compreensível por outro dada a incapacidade do meio campo vitoriano em pegar no jogo.
É verdade que a grande oportunidade de golo pertenceu ao Vitória (Hernâni atirou ao poste) mas a produção da equipa ficou muito aquém do desejado e à ida para os balneários as interrogações eram mais que muitas.
No regresso as coisas...pioraram!
O Covilhã entrou bem, criou alguns lances de bom recorte e foi dando trabalho a João Miguel Silva a que este deu boa sequência com um punhado de intervenções seguras enquanto o Vitória denotava cada vez mais dificuldades em chegar à baliza adversária.
A troca de João Aurélio por um Bernard que ora joga parado ora joga a passo também não melhorou em nada a equipa e instalou-se um incerteza quanto ao resultado que era animicamente penalizadora para os "pretinhos" ("branquinhos" parece que passou de moda...) e simultaneamente moralizadora para os serranos que alimentavam o legítimo sonho de passarem a eliminatória.
Mas finalmente lá chegou o golo num lance bem gizado por Josué e Bruno Gaspar a que Hernâni deu a melhor sequência com um espectacular remate que levou ao delírio os imensos adeptos vitorianos que se deslocaram à Covilhã.
Nos quinze minutos entre o golo e o apito final de Manuel Oliveira o Covilhã ainda pressionou, conseguiu empurrar o Vitória para trás,mas a defensiva vimaranense foi dando conta do recado com a preciosa ajuda de João Miguel Silva e o resultado acabou por se manter mesmo com o susto do ultimo minuto em que o Vitória a jogar com quatro centrais (!!!) ainda arranjou forma de fazer uma falta à entrada da sua área que só não deu golo porque o seu guarda redes efectuou uma excelente defesa.
O essencial foi alcançado, o Vitória seque em frente, mas é inegável que a exibição foi muito fraca e que a equipa tem de melhorar e muito para fazer frente com sucessos aos próximos compromissos em termos de campeonato e de taça de Portugal.
E sejamos claros: A jogar como hoje não ultrapassaremos o Chaves nas meias finais.
É preciso jogarmos muito mais e muito melhor.
Duas notas finais:
Uma para referir o espectacular apoio das muitas centenas de adeptos ao Vitória. Em dia de trabalho,aquela hora e tão longe de Guimarães foi notável e mostrou ao país a nossa grandeza.
A outra para dizer que Manuel Oliveira fez uma excelente arbitragem. Nem se deu por ele. E esse é o melhor elogio que se pode fazer a um árbitro.
Depois Falamos

4 comentários:

Francisco Guimarães disse...

O equipamnento alternativo só será trocado pelo principal quando acabar o luto das más exibições. Quando regressar Rafael Miranda e o Marega dos primeiros 10 jogos...

Anónimo disse...

Esta insistência no equipamento preto parece ser uma teimosia, mas os motivos são obscuros.
Será que é mesmo para chatear a contestação que se tem feito sentir?
Quanto ao jogo, está tudo dito. Deixamos o Covilhã fazer-nos frente e íamos tendo um dissabor no último minuto.
Se a bola tinha entrado, íamos para prolongamento procurar o golo com os referidos quatro centrais. Ia ser lindo....

Anónimo disse...

Bom dia

Ao analisar este jogo devemos ter em consideração vários aspectos:
1º Este jogo vem após uma sobrecarga de jogos e a equipa acusa um natural desgaste físico.
2º As condicções em que o jogo se disputou, clima muito adverso(-3º e vento polar), relva fofa muito seca e irregular onde a bola quando batia tomava direcções imprevisíveis.
3º Estes adversários quando têm uma oportunidade como esta de fazer brilharete, dão tudo e mais alguma coisa,por isso não se deve fazer comparações com a classificação da equipa B pois nada tem haver.
Por ultimo numa prova a eleminar e num só jogo o objectivo é ganhar e passar à fase seguinte e isso foi conseguido para nosso contentamento.
Acabo esta nota dizendo aos jogadores que estamos com eles e compreendemos que nem sempre se pode jogar bem. Força Vitória!
Cumpts.
J.M.

luis cirilo disse...

Caro Francisco Guimarães:
É uma boa piada sim senhor.
Mas nessa lógica ainda vamos ter de esperar.
Caro Anónimo:
Bem gostava de ter a certeza sobre a razão para utilização deste equipamento tantas vezes.
Quanto ao jogo é como diz. João Miguel Silva evitou um prolongamento que podia ser uma grande chatice. E até uma possível eliminação.
Caro J.M.
Sobrecarga de jogos? Não me parece. Aliás nessa matéria o Covilhã tem mais jogos oficiais disputados do que nós.
O relvado era igual para os dois e embora estivesse frio,para os dois, não era nada de insuportável.
A comparação com a equipa B não tem a ver com este jogo de Taça,é evidente, mas apenas com a valia das equipas. E se o Vitória A é melhor que o Vitória B e este melhor que o Covilhã então o Vitória A tinha que ser muito melhor que o Covilhã. E não foi. Nem nada que se parecesse.
Claro que o objectivo era passar e isso foi conseguido. Mas também é passar o Chaves e a jogar assim não passamos. Essa é a preocupação.
Claro que compreendemos que nem sempre se jogue bem. O que não compreendemos é que nas últimas semanas raramente se jogue bem. E ao dizer raramente é com alguma benevolência.