Ontem face ao Paços de Ferreira, e aos regulamentos da Taça CTT, ao Vitória tanto fazia empatar como ganhar porque precisaria sempre de ganhar o ultimo jogo para se apurar face à prevísivel goleada do Benfica ao Vizela.
Escusava era de, bem no seu estilo, ter criado tanto suspense em volta do resultado.
Porque uma vez mais não entrou bem no jogo, embora dominando-o, e permitiu ao adversário alguns ataques relativamente perigosos num dos quais acabaria por fazer um golo em que a defensiva vitoriana não terá feito tudo que lhe era possível para o evitar.
Na segunda parte, e especialmente após as entradas de Hurtado e Soares, o nível exibicional subiu consideravelmente e o Vitória conseguiu alguns lances de excelente nível construindo várias oportunidades de golo mas antes de os marcar ainda sofreu mais um em nova falha defensiva parcialmente explicável pela falta de rotinas entre guarda redes e sector defensivo.
Em suma um resultado que serve os objectivos, uma exibição menos conseguida no primeiro tempo e de bom nível no segundo, e a certeza de que existe uma segunda linha no plantel que está apostada em dificultar as escolhas de Pedro Martins.
Não gostei por aí além do trabalho do árbitro Hélder Malheiro que nem sempre usou de critério uniforme para avaliar lances idênticos e permitiu demasiadas perdas de tempo aos jogadores do Paços de Ferreira que por dá cá aquela palha caiam no relvado simulando lesões.
Algo que já tinham feito no jogo do campeonato e que é indigno de profissionais de futebol.
Depois Falamos.
2 comentários:
Caro Luís Cirilo,
Salto directamente para a questão da perda de tempo por parte das equipas de futebol sempre que lhes dá jeito. Parece-me uma igual perda de tempo responsabilizar os árbitros por isso. Todas as equipas o fazem, desde a mais pequena à mais forte. No Vitória, lembro apenas Nilson, há uns anos, e agora Douglas. O que acontece é que o hábito se instalou e os árbitros são o elo mais fraco na questão, é facílimo apontar-lhes o dedo. Mas parece-me que, se o mundo do futebol quisesse encarar esse problema com seriedade, havia uma solução muito simples: tempo cronometrado com paragem do cronómetro nos momentos de interrupção. Note que não defendo aqui a introdução de descontos de tempo para intervenções técnicas nem nada que o pareça. O ritmo de jogo continuaria o mesmo, com os jogadores que tentassem deliberadamente diminuí-lo a serem penalizados com cartão amarelo. Mas teríamos dois meios de controlo, um para garantir que se jogava o tempo útil determinado e outro para tentar manter o ritmo o mais acelerado possível. É evidente que, para isso, o tempo de jogo teria de ser diminuído, mas bastaria ir às ligas mais competitivas e usar uma média do tempo útil dos seus jogos para determinar a nova duração de um jogo de futebol. Enquanto uma medida deste género não for tomada, lamentos sobre tempo perdido serão sempre excelentes armas para arremessar aos adversários enquanto, nos momentos mais difíceis, não hesitaremos em usá-las a nosso favor… é uma característica humana (e muito útil, diga-se de passagem). Por isso, diminuir as ambiguidades das regras de jogo é sempre melhor do que esperar que quem as aplica tenha uma qualidade extraordinária (conceito esse também ambíguo).
Caro Luís Ferreira:
São sugestões interessantes e que mais dia menos dia poderão ser ponderadas por quem manda no futebol.
Mas reconheço que se trata de difícil solução atendendo à complexidade de que se reveste um jogo de futebol que tem muitos escalões para além dos seniores e as novas regras teriam de ser aplicadas em todos eles.
Quanto ao Nilson e ao Douglas tem toda a razão.
E acredite que detestava quando isso acontecia e detesto porque continua a acontecer.
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