O Nosso 14

Fala-se de falta de eficácia mas como pode haver eficácia se não se criam oportunidades de golo?

Fala-se da ainda insuficiente adaptação dos contratados de fim de Janeiro mas então porque são postos a jogar?

Fala-se (hoje em dia no Vitória qualquer um fala do futebol...)que depois do fecho de mercado temos mais e melhores opções mas é mentira.

Mais opções temos porque a contratar à dúzia era impossível não ter.

Mas melhores é evidente que não.

Porque Hernâni e Traoré não foram devidamente substituídos e porque na dúzia de contratações apenas Valente é claro reforço. Nos restantes há um ou outro que podem vir a ser mas a maioria nunca o será por razões tão diversas quanto evidentes.

E por isso Janeiro significou um enfraquecimento qualitativo do plantel.

Bem evidente no facto de nos três primeiros jogos da primeira volta termos ganho convincentemente a Gil Vicente, Penafiel e Belenenses fazendo nove pontos e agora na segunda volta não termos  ganho a nenhum dos três e termos feito apenas dois pontos.

Individualmente:

Assis: Sem culpa no golo ainda terá evitado males maiores com saídas oportunas a jogar com os pés. A quebra da equipa em nada passa por ele. Pelo contrário ainda tem ajudado a evitar que ela se torne mais evidente.

Bruno Gaspar: Começou bem mas depois apagou-se. Exibição discreta.

Josué: Dos mais inconformados a defender e a atacar. Teve uma boa oportunidade de golo mas a bola saiu por cima da barra. Dos melhores na tarde de ontem.

João Afonso: Rui Fonte causou-lhe problemas de que o lance do golo é o melhor exemplo. Uma exibição assim assim.

Breno: Tem bons pés, alguma qualidade e estou certo que se continuar a evoluir atingirá certamente o nível de Luís Rocha. Para já muito aquém.

Bouba: Um regresso discreto e mostrando algumas limitações físicas como no lance do golo. Neste jogo a sua titularidade em detrimento de Cafu nada trouxe de proveitoso.

André: Uma tarde infeliz pese embora o inconformismo de sempre. Um penalti falhado e um amarelo que o deixa de fora da ida ao "Dragão".

Bernard: Exibição muito discreta. Nunca foi a "gazua" de que a equipa precisava.

Sami: Numa semana passou de suplente do Braga a titular do Vitória. Percebeu-se melhor a primeira condição do que a segunda. A saída pecou por tardia.

Valente: O mais inconformado de todos e a melhor exibição individual do Vitória. Lutou,persistiu,teimou, procurou terrenos que nem são os melhores para as suas caracteristicas mas a "muralha" em torno dele foi mais forte.

Alex: Dos mais esclarecidos da equipa e aquele que melhor estava a "pensar" o seu futebol. A sua saída foi surpreendente.

Álvez: Das opções de Rui Vitória foi o único que trouxe alguma coisa à equipa. Garra, combatividade, "fome " de bola. Sem oportunidades de visar a baliza.

Otávio: De suplente do Porto B a opção no Vitória A em apenas uma semana. Sem se perceber porquê.

Ivo Rodrigues: Ultima opção utilizada procurou entendimentos com Valente e Álvez mas sem sucesso.

Não foram utilizados Douglas, Moreno, Cafu e Tomané

Duas notas finais.

Uma para a ausência de Gui dos dezoito escalados. Não sou um entusiasta deste jogador a quem reconheço talento mas acho ainda algo inexperiente para a equipa A. Mas depois do jogo de 4ª feira e do grande golo que marcou (contra este adversário) talvez não merecesse ficar de fora dos 18.

A outra para a nossa equipa B.

Que está a fazer um excelente campeonato, já garantiu a manutenção e é a equipa mais goleadora da segunda liga com 50 golos marcados em 26 jogos.

Como se sentirão os seus jogadores (especialmente Areias, Luís Rocha, João Pedro, Fábio Vieira, etc) ao verem colegas vindos do Porto B , pior classificado que o Vitória B, entrarem directamente nas opções de Rui Vitória ao fim de quatro dias no clube enquanto eles continuam à espera da sua hora?

Há gestões, e não só desportivas, cada vez mais difíceis de entender...

Depois Falamos