quinta-feira, junho 30, 2011
Que Vergonha !
Hoje escreve-se mais um capitulo da descridibilização do futebol português.
Sob os auspícios da LPFP, que devia ter como primeira missão ética a defesa do futebol profissional, vão-se sortear a Liga Sagres (outro pontapé na ética...) e a Liga Orangina.
Sendo que na primeira delas, a que mais interessa, mais uma vez clubes iguais nos direitos vão ser tratados de formas completamente diferentes.
Através de um sorteio condicionado,que favorece Porto/Benfica/Sporting e consequentemente prejudica todos os outros, prática que vem detrás e que infelizmente é aceite pelos dirigentes dos 13 clubes desfavorecidos como se algo de normal se tratasse.
Sinteticamente esse sorteio tem as seguintes condicionantes:
1) Os três estarolas não se podem cruzar em jornadas consecutivas(é muito cansativo...)
2) Os três estarolas não podem jogar entre eles até á quinta jornada (convém a suas excelências um inicio de campeonato suave...).
3) Os três estarolas não vão disputar nos respectivos estádios os dois "clássicos" na mesma volta do campeonato(há que acautelar as receitazinhas...).
4) Benfica e Sporting não podem jogar em casa na mesma jornada( prejudica a romaria de leões á Luz e de lampiões a Alvalade...).
A par disto estipulam, perante o vergonhoso silêncio cúmplice dos respectivos dirigentes ,que Vitória e Braga e Nacional e Marítimo também não podem jogar entre si até á quinta jornada(mas porquê?)naquilo que é apenas uma manobra para enganar parolos.
Isto é completamente inaceitável.
Porque ou os clubes são completamente iguais no acesso ás competições que disputam ou não são.
Porque se são(e num campeonato sério são) então tem de ser tratados por igual.
Se não são então é um caso de policia porque estão, no mínimo, a enganar os espectadores que acorrem aos estádios convencidos de que vão assistir a jogos de uma competição séria.
Mais:
Quando estes dirigentes sem personalidade nem brio na defesa dos seus clubes aceitam estas discriminações não podem mais tarde queixar-se de outras discriminações.
Na arbitragem, na justiça desportiva, no tratamento mediático.
Admira-me, indigna-me e escandaliza-me que ninguém no universo dos 13 clubes levante a voz contra isto.
A dobrar quando assisto á passividade do Vitória perante estes assuntos.
De facto em Portugal o feudalismo parece ter acabado(no futebol duvido...) há muito.
Os servos da gleba é que não.
Depois Falamos
Sob os auspícios da LPFP, que devia ter como primeira missão ética a defesa do futebol profissional, vão-se sortear a Liga Sagres (outro pontapé na ética...) e a Liga Orangina.
Sendo que na primeira delas, a que mais interessa, mais uma vez clubes iguais nos direitos vão ser tratados de formas completamente diferentes.
Através de um sorteio condicionado,que favorece Porto/Benfica/Sporting e consequentemente prejudica todos os outros, prática que vem detrás e que infelizmente é aceite pelos dirigentes dos 13 clubes desfavorecidos como se algo de normal se tratasse.
Sinteticamente esse sorteio tem as seguintes condicionantes:
1) Os três estarolas não se podem cruzar em jornadas consecutivas(é muito cansativo...)
2) Os três estarolas não podem jogar entre eles até á quinta jornada (convém a suas excelências um inicio de campeonato suave...).
3) Os três estarolas não vão disputar nos respectivos estádios os dois "clássicos" na mesma volta do campeonato(há que acautelar as receitazinhas...).
4) Benfica e Sporting não podem jogar em casa na mesma jornada( prejudica a romaria de leões á Luz e de lampiões a Alvalade...).
A par disto estipulam, perante o vergonhoso silêncio cúmplice dos respectivos dirigentes ,que Vitória e Braga e Nacional e Marítimo também não podem jogar entre si até á quinta jornada(mas porquê?)naquilo que é apenas uma manobra para enganar parolos.
Isto é completamente inaceitável.
Porque ou os clubes são completamente iguais no acesso ás competições que disputam ou não são.
Porque se são(e num campeonato sério são) então tem de ser tratados por igual.
Se não são então é um caso de policia porque estão, no mínimo, a enganar os espectadores que acorrem aos estádios convencidos de que vão assistir a jogos de uma competição séria.
Mais:
Quando estes dirigentes sem personalidade nem brio na defesa dos seus clubes aceitam estas discriminações não podem mais tarde queixar-se de outras discriminações.
Na arbitragem, na justiça desportiva, no tratamento mediático.
Admira-me, indigna-me e escandaliza-me que ninguém no universo dos 13 clubes levante a voz contra isto.
A dobrar quando assisto á passividade do Vitória perante estes assuntos.
De facto em Portugal o feudalismo parece ter acabado(no futebol duvido...) há muito.
Os servos da gleba é que não.
Depois Falamos
Territorialidade
Tenho lido e ouvido alguns comentários, na sua maioria pouco favoráveis, á escolha dos 10 vice presidentes para o grupo parlamentar do PSD.
Não tanto pelos deputados escolhidos(embora nalguns casos...também) mas essencialmente pela sua origem territorial,ou seja, os círculos por onde foram eleitos.
Na verdade oito dos dez eleitos foram-no em distritos a norte do Douro.
4 pelo Porto, 2 por Braga, 1 por Bragança e outro por Viana do Castelo.
O naipe completa-se com um eleito por Évora e outro por Lisboa.
E neste país sempre propenso a encontrar problemas onde eles não existem tornou-se um quase escândalo "tantos" deputados do Norte nas vice presidências do grupo parlamentar.
A verdade é que a escolha não tem a ver com critérios de territorialidade mas sim de competências especificas para as áreas que cada um vai tutelar na actividade parlamentar do partido.
As finanças, a saúde, o trabalho, a agricultura, o poder local, a juventude e desporto, a defesa, etc.
E dentro dessas áreas o partido escolhe,entre os disponíveis,quem lhe parece melhor independentemente do circulo por onde foram eleitos.
Claro que a esse critério fundamental se devem juntar, se possível, critérios acessórios de bom senso e algum equilíbrio entre regiões do país.
Até porque por razões bem conhecidas o partido está a precisar de algum..."carinho".
E ,se calhar, esse tal equilíbrio sensato pressuporia a tentativa de escolher vice presidentes em Setúbal,Faro,Viseu,Coimbra ou Leiria.
Não foi assim.
Não creio que por si só seja um problema.
Até porque quando sucessivos governos, incluindo o actual, são esmagadoramente constituídos por ministros e secretários de estado de Lisboa ou em Lisboa residentes há muitos anos já ninguém se preocupa com critérios de territorialidade...
Depois Falamos
Não tanto pelos deputados escolhidos(embora nalguns casos...também) mas essencialmente pela sua origem territorial,ou seja, os círculos por onde foram eleitos.
Na verdade oito dos dez eleitos foram-no em distritos a norte do Douro.
4 pelo Porto, 2 por Braga, 1 por Bragança e outro por Viana do Castelo.
O naipe completa-se com um eleito por Évora e outro por Lisboa.
E neste país sempre propenso a encontrar problemas onde eles não existem tornou-se um quase escândalo "tantos" deputados do Norte nas vice presidências do grupo parlamentar.
A verdade é que a escolha não tem a ver com critérios de territorialidade mas sim de competências especificas para as áreas que cada um vai tutelar na actividade parlamentar do partido.
As finanças, a saúde, o trabalho, a agricultura, o poder local, a juventude e desporto, a defesa, etc.
E dentro dessas áreas o partido escolhe,entre os disponíveis,quem lhe parece melhor independentemente do circulo por onde foram eleitos.
Claro que a esse critério fundamental se devem juntar, se possível, critérios acessórios de bom senso e algum equilíbrio entre regiões do país.
Até porque por razões bem conhecidas o partido está a precisar de algum..."carinho".
E ,se calhar, esse tal equilíbrio sensato pressuporia a tentativa de escolher vice presidentes em Setúbal,Faro,Viseu,Coimbra ou Leiria.
Não foi assim.
Não creio que por si só seja um problema.
Até porque quando sucessivos governos, incluindo o actual, são esmagadoramente constituídos por ministros e secretários de estado de Lisboa ou em Lisboa residentes há muitos anos já ninguém se preocupa com critérios de territorialidade...
Depois Falamos
quarta-feira, junho 29, 2011
Cromos Repetidos
A propósito de acontecimentos recentes do nosso pequeno universo mediático, seja o novo programa de governo seja a morte do cantor Angélico, tive oportunidade de constatar uma vez mais a realidade do que é o espaço de comentário nas nossas televisões.
São sempre os mesmos comentadores.
Autênticos cromos repetidos.
Saltam de televisão em televisão, de programa em programa,de noticiário em noticiário com o á vontade de quem se sente num cinema para ver tranquilamente um filme.
A alguns quase se adivinha o que vão dizer tal a periodicidade com que aparecem.
Medina Carreira,Henrique Neto, Nuno Rogeiro, Miguel Sousa Tavares, Rui Santos,Henrique Monteiro,Emídio Rangel,Luís Delgado,António José Teixeira,José Manuel Fernandes, e mais uns tantos.
Aos anos que os ouvimos.
Sempre em circuito fechado.
Sempre traduzindo a realidade de um micro clima lisboeta.
Sempre "vendendo" a convicção que eles é que sabem,eles é que estão informados,as opiniões deles é que contam.
Lembram um pouco outro sector televisivo, o dos programas de entretenimento,em que os respectivos apresentadores tem a "delicadeza" de se convidarem uns aos outros para os respectivos programas.
Promovem-se e mantém o circuito fechado a intrusos que eles de tolos não tem nada.
Portugal,também nas televisões, é cada vez mais uma pescadinha de rabo na boca.
Para sincera felicidade dos "cromos repetidos" que nos falam desse país que não conhecemos.
Depois Falamos
São sempre os mesmos comentadores.
Autênticos cromos repetidos.
Saltam de televisão em televisão, de programa em programa,de noticiário em noticiário com o á vontade de quem se sente num cinema para ver tranquilamente um filme.
A alguns quase se adivinha o que vão dizer tal a periodicidade com que aparecem.
Medina Carreira,Henrique Neto, Nuno Rogeiro, Miguel Sousa Tavares, Rui Santos,Henrique Monteiro,Emídio Rangel,Luís Delgado,António José Teixeira,José Manuel Fernandes, e mais uns tantos.
Aos anos que os ouvimos.
Sempre em circuito fechado.
Sempre traduzindo a realidade de um micro clima lisboeta.
Sempre "vendendo" a convicção que eles é que sabem,eles é que estão informados,as opiniões deles é que contam.
Lembram um pouco outro sector televisivo, o dos programas de entretenimento,em que os respectivos apresentadores tem a "delicadeza" de se convidarem uns aos outros para os respectivos programas.
Promovem-se e mantém o circuito fechado a intrusos que eles de tolos não tem nada.
Portugal,também nas televisões, é cada vez mais uma pescadinha de rabo na boca.
Para sincera felicidade dos "cromos repetidos" que nos falam desse país que não conhecemos.
Depois Falamos
segunda-feira, junho 27, 2011
O Militante
Se Lucky Luke tivesse existência real não duvido que seria militante do PSD!
Porque é generoso, dedicado e esforçado.
Porque não receia adversários, inimigos ou "amigos".
Leva a cabo as tarefas de que é incumbido, seja qual for o grau de dificuldade das mesmas ,sempre convicto de que está a trabalhar para a comunidade almejando o bem comum.
Tem inimigos tenazes, e perversos, mas consegue sempre vencê-los quer através da esperteza quer disparando mais rápido que a própria sombra.
Mas não tem sorte nenhuma.
As miúdas giras ficam para os outros, os cargos das suas "Daisy Town" ficam para os "amigos", e a recompensa é a satisfação do dever cumprido.
Até á próxima tarefa que lhe seja pedida.
Que cumprirá com a eficiência e dedicação habituais.
Sabendo que no fim da história ficará a falar sozinho na companhia do seu fiel Jolly Jumper.
Digam lá se não dava um típico militante do PSD?
Depois Falamos
Porque é generoso, dedicado e esforçado.
Porque não receia adversários, inimigos ou "amigos".
Leva a cabo as tarefas de que é incumbido, seja qual for o grau de dificuldade das mesmas ,sempre convicto de que está a trabalhar para a comunidade almejando o bem comum.
Tem inimigos tenazes, e perversos, mas consegue sempre vencê-los quer através da esperteza quer disparando mais rápido que a própria sombra.
Mas não tem sorte nenhuma.
As miúdas giras ficam para os outros, os cargos das suas "Daisy Town" ficam para os "amigos", e a recompensa é a satisfação do dever cumprido.
Até á próxima tarefa que lhe seja pedida.
Que cumprirá com a eficiência e dedicação habituais.
Sabendo que no fim da história ficará a falar sozinho na companhia do seu fiel Jolly Jumper.
Digam lá se não dava um típico militante do PSD?
Depois Falamos
domingo, junho 26, 2011
Danças de Élites
Nota prévia: Espero que este post seja bem percebido. Se não for...é pena!
A formação de um governo e respectivas escolhas, quer de ministros quer de secretários de estado,obrigam sempre as direcções partidárias a umas curiosas danças de...elites para a escolha acertada(pelo menos assim se deseja) dos titulares de cada cargo.
Especialmente,como agora,quando se trata de um governo de coligação.
Entra este ,sai aquele, mexe este desta para aquela pasta, enfim um verdadeiro bailarico de lugares.
Trabalhei, em tempos idos (não é saudosismo,apenas memória!),com um líder do PSD que me dizia que cada vez que fazia uma escolha arranjava um potencial ingrato e dez despeitados.
Assim é.
Daí que perceba as naturais dificuldades nas escolhas, as alterações motivadas por recusas, as aparentes perplexidades neste ou naquele escolhido.
Há contudo um reparo que devo fazer.
Sendo militante do PSD acredito que o meu partido tem as melhores ideias, o melhor programa e as pessoas mais habilitadas para o porem em prática.
Não defendendo que todos os membros do governo sejam do PSD (já sabemos que também há o CDS) ,e percebendo o recurso a um ou outro independente, é com alguma dificuldade que percebo(mas perceberei mesmo?) esta paridade entre ministros social democratas e ministros independentes.
E o facto de o PSD ter apenas mais um ministro que o CDS.
Porque quem ganhou as eleições foi o PSD.
Não foram os independentes nem o CDS.
E ainda percebo menos este quase "horror" a escolher militantes do partido para as secretarias de estado, esta vontade obsessiva de dizer por tudo e por nada que o PSD não vai "tomar de assalto " o aparelho de estado, este "chega para lá " ao partido.
Repito:
Foi o PSD quem ganhou as eleições.
O seu líder e os seus dirigentes nacionais,sem duvida, mas essencialmente as distritais, as secções e acima de tudo os militantes que com o seu trabalho conseguiram angariar para o partido o votos de muitos indecisos , muitos descontentes com o PS, de muitos tradicionais abstencionistas.
Eu não tenho vergonha de ser do PSD.
Nunca tive.
E acho, a terminar, que dará muito mau resultado a persistência em olhar para o partido como "um burro de carga" que só serve para trazer os votos quando eles são precisos.
Repito pela ultima vez:
Foi o PSD quem ganhou as eleições.
É ao PSD que se vai pedir, em 2013, a vitória no seu mais dificil desafio de sempre.
Numas autárquicas que vamos disputar numa situação complicadissima.
Com dezenas de presidentes de câmara carismáticos a não poderem recandidatar-se e com o país a fazer um tremendo esforço para sair da crise.
Não defendo "jobs for the boys" nada de ilações nesse sentido.
Mas exijo, do "alto" dos meus 36 anos de militância na JSD e depois no PSD, que o partido seja respeitado.
Nas palavras, nos actos e nas escolhas.
Depois Falamos
A formação de um governo e respectivas escolhas, quer de ministros quer de secretários de estado,obrigam sempre as direcções partidárias a umas curiosas danças de...elites para a escolha acertada(pelo menos assim se deseja) dos titulares de cada cargo.
Especialmente,como agora,quando se trata de um governo de coligação.
Entra este ,sai aquele, mexe este desta para aquela pasta, enfim um verdadeiro bailarico de lugares.
Trabalhei, em tempos idos (não é saudosismo,apenas memória!),com um líder do PSD que me dizia que cada vez que fazia uma escolha arranjava um potencial ingrato e dez despeitados.
Assim é.
Daí que perceba as naturais dificuldades nas escolhas, as alterações motivadas por recusas, as aparentes perplexidades neste ou naquele escolhido.
Há contudo um reparo que devo fazer.
Sendo militante do PSD acredito que o meu partido tem as melhores ideias, o melhor programa e as pessoas mais habilitadas para o porem em prática.
Não defendendo que todos os membros do governo sejam do PSD (já sabemos que também há o CDS) ,e percebendo o recurso a um ou outro independente, é com alguma dificuldade que percebo(mas perceberei mesmo?) esta paridade entre ministros social democratas e ministros independentes.
E o facto de o PSD ter apenas mais um ministro que o CDS.
Porque quem ganhou as eleições foi o PSD.
Não foram os independentes nem o CDS.
E ainda percebo menos este quase "horror" a escolher militantes do partido para as secretarias de estado, esta vontade obsessiva de dizer por tudo e por nada que o PSD não vai "tomar de assalto " o aparelho de estado, este "chega para lá " ao partido.
Repito:
Foi o PSD quem ganhou as eleições.
O seu líder e os seus dirigentes nacionais,sem duvida, mas essencialmente as distritais, as secções e acima de tudo os militantes que com o seu trabalho conseguiram angariar para o partido o votos de muitos indecisos , muitos descontentes com o PS, de muitos tradicionais abstencionistas.
Eu não tenho vergonha de ser do PSD.
Nunca tive.
E acho, a terminar, que dará muito mau resultado a persistência em olhar para o partido como "um burro de carga" que só serve para trazer os votos quando eles são precisos.
Repito pela ultima vez:
Foi o PSD quem ganhou as eleições.
É ao PSD que se vai pedir, em 2013, a vitória no seu mais dificil desafio de sempre.
Numas autárquicas que vamos disputar numa situação complicadissima.
Com dezenas de presidentes de câmara carismáticos a não poderem recandidatar-se e com o país a fazer um tremendo esforço para sair da crise.
Não defendo "jobs for the boys" nada de ilações nesse sentido.
Mas exijo, do "alto" dos meus 36 anos de militância na JSD e depois no PSD, que o partido seja respeitado.
Nas palavras, nos actos e nas escolhas.
Depois Falamos
sábado, junho 25, 2011
sexta-feira, junho 24, 2011
24 de Junho
Portugal é um país curioso!
Em muita coisa.
Até na forma como trata a sua História.
É um país em que se comemora, com direito a feriado nacional, a reconquista da independência a 1 de Dezembro de 1640.
Mas que passa ao lado da conquista da independência, na batalha de S. Mamede,em 24 de Junho de 1128.
Sendo absolutamente certo que não existiria segunda comemoração sem o primeiro evento histórico.
Que é apenas comemorado em Guimarães, Terra onde se travou a batalha e onde nascera o primeiro Rei, sem que Portugal lhe dê o realce devido.
Uma verdadeira incongruência.
Entendo, de há muito, que Guimarães devia reinvindicar que fosse dado destaque nacional a esta data absolutamente fundamental na criação do país.
Aproveitando todas as possibilidades mediáticas que lhe são oferecidas para isso.
Fosse a elevação do centro histórico a Património Mundial seja a CEC 2012.
E o cortejo de figuras,figurinhas e figurões que por cá aparecem a reboque desses acontecimentos e de cá se dizem tão devotos.
A verdade é que os responsáveis autárquicos do concelho nada fizeram ,nem fazem, por isso.
Procedem ás comemorações, quase sempre de forma "envergonhada", e consideram o dever cumprido até ao ano seguinte com o franco desejo de que ninguém os aborreça com reivindicações nacionais para o dia.
Acredito que se as forças politicas, associativas e culturais do concelho se empenhassem a sério numa causa que é vimaranense e nacional,soubessem conquistar os apoios necessários, fizessem o "lobby" indispensável, tal seria possível num futuro não muito longínquo.
Eu sei que não é fácil.
Mas mais difícil foi,certamente,a D.Afonso Henriques e ás suas tropas vencerem a batalha de S.Mamede...
Depois Falamos
Em muita coisa.
Até na forma como trata a sua História.
É um país em que se comemora, com direito a feriado nacional, a reconquista da independência a 1 de Dezembro de 1640.
Mas que passa ao lado da conquista da independência, na batalha de S. Mamede,em 24 de Junho de 1128.
Sendo absolutamente certo que não existiria segunda comemoração sem o primeiro evento histórico.
Que é apenas comemorado em Guimarães, Terra onde se travou a batalha e onde nascera o primeiro Rei, sem que Portugal lhe dê o realce devido.
Uma verdadeira incongruência.
Entendo, de há muito, que Guimarães devia reinvindicar que fosse dado destaque nacional a esta data absolutamente fundamental na criação do país.
Aproveitando todas as possibilidades mediáticas que lhe são oferecidas para isso.
Fosse a elevação do centro histórico a Património Mundial seja a CEC 2012.
E o cortejo de figuras,figurinhas e figurões que por cá aparecem a reboque desses acontecimentos e de cá se dizem tão devotos.
A verdade é que os responsáveis autárquicos do concelho nada fizeram ,nem fazem, por isso.
Procedem ás comemorações, quase sempre de forma "envergonhada", e consideram o dever cumprido até ao ano seguinte com o franco desejo de que ninguém os aborreça com reivindicações nacionais para o dia.
Acredito que se as forças politicas, associativas e culturais do concelho se empenhassem a sério numa causa que é vimaranense e nacional,soubessem conquistar os apoios necessários, fizessem o "lobby" indispensável, tal seria possível num futuro não muito longínquo.
Eu sei que não é fácil.
Mas mais difícil foi,certamente,a D.Afonso Henriques e ás suas tropas vencerem a batalha de S.Mamede...
Depois Falamos
quarta-feira, junho 22, 2011
terça-feira, junho 21, 2011
Mãos á Obra
Temos governo.
Empossado hoje pelo Presidente da República o novo governo entra de imediato em funções.
Duas tarefas prioritárias:
A elaboração do programa de governo e a escolha das respectivas equipas para que possam ter todas as condições de trabalho.
No primeiro caso sabe-se que o programa estará fortemente influenciado/dependente das medidas negociadas com a troika pelo que na sua globalidade pouco poderá ter de novo.
Espelhará também o acordo politico celebrado entre PSD e CDS.
Na escolha das equipas é que poderá estar algo de decisivo para o sucesso do governo.
Porque a opção por 11 ministros e a consequente concentração de pastas nalguns deles obrigarão a um grande acerto na escolha dos secretários de estado respectivos.
Ministérios há em que os secretários de estado face ao perfil do ministro terão de ter uma componente essencialmente técnica e noutros exactamente o contrário.
Onde os ministros se destacam pela sua valia técnica e conhecimentos teóricos será necessário que os respectivos secretários de estado tenham um perfil essencialmente politico.
Da feliz combinação entre perfis e valias especificas se fará, em boa medida, o sucesso deste governo e a recuperação de que o país precisa.
A partir de hoje, e apoiando inteiramente a tese do primeiro ministro de que não vale a pena falar do passado como desculpa, é tempo de governar.
É isso que os portugueses esperam deste governo.
Depois Falamos
Empossado hoje pelo Presidente da República o novo governo entra de imediato em funções.
Duas tarefas prioritárias:
A elaboração do programa de governo e a escolha das respectivas equipas para que possam ter todas as condições de trabalho.
No primeiro caso sabe-se que o programa estará fortemente influenciado/dependente das medidas negociadas com a troika pelo que na sua globalidade pouco poderá ter de novo.
Espelhará também o acordo politico celebrado entre PSD e CDS.
Na escolha das equipas é que poderá estar algo de decisivo para o sucesso do governo.
Porque a opção por 11 ministros e a consequente concentração de pastas nalguns deles obrigarão a um grande acerto na escolha dos secretários de estado respectivos.
Ministérios há em que os secretários de estado face ao perfil do ministro terão de ter uma componente essencialmente técnica e noutros exactamente o contrário.
Onde os ministros se destacam pela sua valia técnica e conhecimentos teóricos será necessário que os respectivos secretários de estado tenham um perfil essencialmente politico.
Da feliz combinação entre perfis e valias especificas se fará, em boa medida, o sucesso deste governo e a recuperação de que o país precisa.
A partir de hoje, e apoiando inteiramente a tese do primeiro ministro de que não vale a pena falar do passado como desculpa, é tempo de governar.
É isso que os portugueses esperam deste governo.
Depois Falamos
Óbviamente...Escolhia-o!
Fernando Nobre foi uma má escolha em nome de uma boa intenção.
Não tinha(nem criou)empatias no partido, não foi feliz nas declarações sobre o cargo de deputado, pareceu sempre um peixe fora de água.
Era absolutamente previsível que não ia ter sucesso na candidatura.
Foi um problema ,de um dia,que está ultrapassado.
Ao contrário,por ironia, do que seria a sua eleição que ameaçava torná-lo num problema todos os dias!
É evidente que a sua dupla rejeição fragilizou o grupo parlamentar do PSD, fragilizou a direcção do partido,fragilizou o líder que o escolhera.
Mas nada que não seja rapidamente ultrapassável se forem bem feitas as coisas. E para mim fazer bem é convidar Mota Amaral para o cargo.
Porque o deputado açoriano,que em boa verdade devia ter sido primeira e única escolha,é de longe o mais adequado para o lugar.
Tem larga experiência parlamentar, goza do respeito de todos os partidos, tem sentido de Estado e uma vida pessoal e politica absolutamente irreprensivel.
E já foi,convém não esquecê-lo, um excelente presidente do Parlamento entre 2002 e 2005.
Não sei se ele está disponível.
Mas suponho,conhecendo-o minimamente, que o seu sentido de Estado e dedicação de uma vida ao serviço publico o ajudarão a tornear evidentes e compreensiveis razões para recusar um convite que lhe seja endereçado.
É uma escolha tão óbvia que me parece difícil que não seja feita.
Infelizmente,é apenas pressentimento,desconfio que a solução não vai passar por ele.
Oxalá não haja mais tarde razões para um profundo arrependimento.
Depois Falamos
Não tinha(nem criou)empatias no partido, não foi feliz nas declarações sobre o cargo de deputado, pareceu sempre um peixe fora de água.
Era absolutamente previsível que não ia ter sucesso na candidatura.
Foi um problema ,de um dia,que está ultrapassado.
Ao contrário,por ironia, do que seria a sua eleição que ameaçava torná-lo num problema todos os dias!
É evidente que a sua dupla rejeição fragilizou o grupo parlamentar do PSD, fragilizou a direcção do partido,fragilizou o líder que o escolhera.
Mas nada que não seja rapidamente ultrapassável se forem bem feitas as coisas. E para mim fazer bem é convidar Mota Amaral para o cargo.
Porque o deputado açoriano,que em boa verdade devia ter sido primeira e única escolha,é de longe o mais adequado para o lugar.
Tem larga experiência parlamentar, goza do respeito de todos os partidos, tem sentido de Estado e uma vida pessoal e politica absolutamente irreprensivel.
E já foi,convém não esquecê-lo, um excelente presidente do Parlamento entre 2002 e 2005.
Não sei se ele está disponível.
Mas suponho,conhecendo-o minimamente, que o seu sentido de Estado e dedicação de uma vida ao serviço publico o ajudarão a tornear evidentes e compreensiveis razões para recusar um convite que lhe seja endereçado.
É uma escolha tão óbvia que me parece difícil que não seja feita.
Infelizmente,é apenas pressentimento,desconfio que a solução não vai passar por ele.
Oxalá não haja mais tarde razões para um profundo arrependimento.
Depois Falamos
segunda-feira, junho 20, 2011
Profissionalismo
O futebol hoje, e muito bem, é uma modalidade desportiva altamente profissionalizada em que os melhores intérpretes ( e não só) se fazem pagar em conformidade.
Ao contrário de muitos, que por má informação ou demagogia, que gostam de produzir verdadeiras catalinárias contra os ganhos dos grandes futebolistas eu acho que o que ganham Ronaldo, Messi ou Rooney é um belo investimento para os seus clubes e patrocinadores.
Caros são os jogadores que jogam pouco ou nada.
Uns e outros, contudo, e atendendo ao tempo de duração das suas carreiras fazem o possível por amealharem uns "trocos" que lhes permitam descansar o resto da vida.
E fazem bem na sua perspectiva.
Aproveitam enquanto podem.
Vem isto a propósito de nestes tempos de profissionalismo exacerbado aparecerem de vez em quando uns "melros" a proferir belos cantos de amor aos clubes em que jogam ou treinam.
Por exemplo Fábio Coentrão e André Villas Boas.
Coentrão adorava o Benfica acima de todas as coisas...até aparecer o Real Madrid!
Villas Boas, mais que um profissonal era um adepto que estava no banco dos seus sonhos e lá queria ficar dez anos(até tinha sido "Superdragão"),até aparecer o Chelsea a bater as notas.
Num caso e noutro trataram de melhorar os seus contratos e ninguém lhes pode levar isso a mal.
Perderam foi, os dois,boas oportunidades de estarem calados.
Depois Falamos
Ao contrário de muitos, que por má informação ou demagogia, que gostam de produzir verdadeiras catalinárias contra os ganhos dos grandes futebolistas eu acho que o que ganham Ronaldo, Messi ou Rooney é um belo investimento para os seus clubes e patrocinadores.
Caros são os jogadores que jogam pouco ou nada.
Uns e outros, contudo, e atendendo ao tempo de duração das suas carreiras fazem o possível por amealharem uns "trocos" que lhes permitam descansar o resto da vida.
E fazem bem na sua perspectiva.
Aproveitam enquanto podem.
Vem isto a propósito de nestes tempos de profissionalismo exacerbado aparecerem de vez em quando uns "melros" a proferir belos cantos de amor aos clubes em que jogam ou treinam.
Por exemplo Fábio Coentrão e André Villas Boas.
Coentrão adorava o Benfica acima de todas as coisas...até aparecer o Real Madrid!
Villas Boas, mais que um profissonal era um adepto que estava no banco dos seus sonhos e lá queria ficar dez anos(até tinha sido "Superdragão"),até aparecer o Chelsea a bater as notas.
Num caso e noutro trataram de melhorar os seus contratos e ninguém lhes pode levar isso a mal.
Perderam foi, os dois,boas oportunidades de estarem calados.
Depois Falamos
Descubra as Diferenças
sexta-feira, junho 17, 2011
O Governo
Hoje, cumprindo prazos excepcionalmente apertados, o Primeiro Ministro levou ao Presidente da República a composição do governo.
Desde logo uma nota de aprovação pela forma sigilosa como todo o processo foi tratado e que levou a que a generalidade dos comentadores e analistas tivesse falhado rotundamente as suas previsões acerca dos ministeriáveis.
Depois o reconhecimento de que aqueles e aquelas que tiveram a coragem de aceitar os convites vão ter pela frente uma tarefa ciclópica para a qual bem precisariam de ter os super poderes de algumas das figuras retratadas acima.
Finalmente uma nota para a juventude relativa de alguns ministros no que parece significar um claro virar de página.
Até geracional!
Quanto ao governo propriamente dito alguns comentários.
Na certeza de que ainda não há programa nem secretários de estado pelo que uma apreciação mais global ficará para depois.
Já realcei pela positiva a juventude.
Agrada-me menos (já sei que isto é politicamente incorrecto) o número de independentes.
Tantos como os que são militantes do PSD.
Que apenas tem mais um ministro que o CDS.
Destacando contudo, por ser inteiramente justo,que os independentes tem excelentes currículos e podem ser mais valias da governação se conseguirem traduzir na prática os conhecimentos que indubitavelmente tem.
Quanto aos nomes:
Há valores seguros.
Miguel Relvas e Miguel Macedo (embora esperasse vê-los noutras pastas para ser sincero),Paulo Portas e Aguiar Branco.
Por estes não terá o PM dores de cabeça.
Há apostas que se podem revelar muito interessantes.
Vítor Gaspar, Nuno Crato,Paulo Macedo.
Um, Álvaro Santos Pereira, desperta excelentes expectativas e terá sido das melhores escolhas deste governo.
Uma,Assunção Cristas, deixa-me algumas duvidas não pela sua capacidade mas pela dimensão das tarefas que lhe estarão cometidas.
Agricultura,Ordenamento,Ambiente e Mar para quem não tem qualquer experiência governativa parece-me excessivo. Oxalá me engane.
A Paula Teixeira da Cruz e a Pedro Mota Soares dou o beneficio da duvida.
Mas são as duas escolhas que menos me agradaram.
Nota final para os secretários de estado que já se conhecem.
Carlos Moedas era previsível a(boa) escolha e vai certamente ser o apoio mais próximo do PM em matérias económicas.
Luís Marques Guedes é uma escolha curiosa...mas vai certamente desempenhar muito bem o lugar.
Que já ocupou nos tempos de Cavaco Silva.
Digamos que se tivesse de dar uma nota a PPC pelas escolhas daria um 16.
Pelo forma como processou a formação do governo, longe da comunicação social, daria 18.
Pelo tempo em que o fez um 20 absolutamente merecido.
Aguardando pelo programa e pelos secretários de estado para uma opinião final devo dizer que este inicio foi bom.
E começar bem é muito importante.
Depois Falamos
Desde logo uma nota de aprovação pela forma sigilosa como todo o processo foi tratado e que levou a que a generalidade dos comentadores e analistas tivesse falhado rotundamente as suas previsões acerca dos ministeriáveis.
Depois o reconhecimento de que aqueles e aquelas que tiveram a coragem de aceitar os convites vão ter pela frente uma tarefa ciclópica para a qual bem precisariam de ter os super poderes de algumas das figuras retratadas acima.
Finalmente uma nota para a juventude relativa de alguns ministros no que parece significar um claro virar de página.
Até geracional!
Quanto ao governo propriamente dito alguns comentários.
Na certeza de que ainda não há programa nem secretários de estado pelo que uma apreciação mais global ficará para depois.
Já realcei pela positiva a juventude.
Agrada-me menos (já sei que isto é politicamente incorrecto) o número de independentes.
Tantos como os que são militantes do PSD.
Que apenas tem mais um ministro que o CDS.
Destacando contudo, por ser inteiramente justo,que os independentes tem excelentes currículos e podem ser mais valias da governação se conseguirem traduzir na prática os conhecimentos que indubitavelmente tem.
Quanto aos nomes:
Há valores seguros.
Miguel Relvas e Miguel Macedo (embora esperasse vê-los noutras pastas para ser sincero),Paulo Portas e Aguiar Branco.
Por estes não terá o PM dores de cabeça.
Há apostas que se podem revelar muito interessantes.
Vítor Gaspar, Nuno Crato,Paulo Macedo.
Um, Álvaro Santos Pereira, desperta excelentes expectativas e terá sido das melhores escolhas deste governo.
Uma,Assunção Cristas, deixa-me algumas duvidas não pela sua capacidade mas pela dimensão das tarefas que lhe estarão cometidas.
Agricultura,Ordenamento,Ambiente e Mar para quem não tem qualquer experiência governativa parece-me excessivo. Oxalá me engane.
A Paula Teixeira da Cruz e a Pedro Mota Soares dou o beneficio da duvida.
Mas são as duas escolhas que menos me agradaram.
Nota final para os secretários de estado que já se conhecem.
Carlos Moedas era previsível a(boa) escolha e vai certamente ser o apoio mais próximo do PM em matérias económicas.
Luís Marques Guedes é uma escolha curiosa...mas vai certamente desempenhar muito bem o lugar.
Que já ocupou nos tempos de Cavaco Silva.
Digamos que se tivesse de dar uma nota a PPC pelas escolhas daria um 16.
Pelo forma como processou a formação do governo, longe da comunicação social, daria 18.
Pelo tempo em que o fez um 20 absolutamente merecido.
Aguardando pelo programa e pelos secretários de estado para uma opinião final devo dizer que este inicio foi bom.
E começar bem é muito importante.
Depois Falamos
quinta-feira, junho 16, 2011
Analogias
Não sei porquê mas quando ouço as "cantorias" do deputado José Lello lembro-me sempre de imagens como esta.
Em que o Bardo, que gostava muito de cantar mas não sabia, tinha de ser "persuadido" a não incomodar os outros(especialmente os companheiros de tribo)de forma verdadeiramente convincente.
Não se arranjará na politica portuguesa, mesmo dentro do PS, um "Cetautomatix" com eficácia idêntica á da BD do Astérix?
Era um enorme favor que se fazia em prol da manutenção de uma sanidade média no palco politico...
Depois Falamos
Em que o Bardo, que gostava muito de cantar mas não sabia, tinha de ser "persuadido" a não incomodar os outros(especialmente os companheiros de tribo)de forma verdadeiramente convincente.
Não se arranjará na politica portuguesa, mesmo dentro do PS, um "Cetautomatix" com eficácia idêntica á da BD do Astérix?
Era um enorme favor que se fazia em prol da manutenção de uma sanidade média no palco politico...
Depois Falamos
AD A Solução Inevitável
Publiquei, hoje, este artigo no jornal "Povo de Guimarães".
Teria certamente gosto em escrever um artigo sobre a vitória do PSD nas últimas eleições legislativas que o devolveu ao “seu” lugar de maior partido português.
Numa escala menor, mas ainda assim bastante prazenteira, poderia alinhavar um texto sobre a tremenda derrota do PS e do engenheiro José Sócrates que os levou a um resultado pior em votos e percentagem do obtido pelo PSD e por Pedro Santana Lopes em 2005.
Poderia, até, escrever qualquer coisa sobre um balão em esvaziamento acelerado conhecido como Balão…perdão Bloco de Esquerda.
Mas seria perder tempo.
Porque já é passado e importa agora olhar para o futuro.
De preferência com olhos de ver.
Não sou daqueles que com toda a facilidade transpõe resultados eleitorais de eleição para eleição, de presidenciais para legislativas e destas para autárquicas, como se cada uma não tivesse especificidade tão próprias que estreitam substancialmente os vasos comunicantes.
Estreitam.
Não vedam.
E se é verdade que em presidenciais se escolhe apenas uma pessoa, e em legislativas uma lista em cada círculo (embora em boa verdade eu ache que cada vez mais se escolhe apenas um primeiro ministro…), já em autárquicas escolhem-se centenas de pessoas no concelho de Guimarães que é aquele que aqui importa tratar.
Candidatos á Câmara, candidatos á assembleia municipal, candidatos às assembleias de freguesia.
E são tantas as motivações subjacentes às escolhas que é perfeitamente normal o mesmo eleitor votar em partidos diferentes consoante o órgão que está a escolher.
Daí ser difícil transferir automaticamente votos de uma eleição para outras.
Porque se fosse uma questão de simples aritmética então seria fácil.
Mas se é verdade que essa transferência não é automatizável é igualmente verdade que um eleitor que votou Cavaco Silva nas presidenciais é, á partida, alguém disponível para votar PSD nas legislativas e nas autárquicas.
Não há nenhum conflito ideológico que o impeça disso.
E o mesmo principio se aplica, como é óbvio, a eleitores mais á esquerda ou mais á direita.
Daí o considerar, de há muito tempo, que Guimarães não é um concelho sociologicamente “condenado” a votar á esquerda e a rejeitar outras opções em termos de autárquicas.
Bastará recordar que em AD(1979) e sozinho(1985) o PSD já por duas vezes venceu as eleições autárquicas neste concelho. E em tempos em que a sociedade portuguesa pensava bem mais á esquerda do que hoje.
A questão não é, pois, sociológica.
É política.
E a verdade é que o PS conquistou a câmara em 1989, depois de sucessivos erros de estratégia e de(falta de) exercício do poder pelo PSD, e depois consolidou nas eleições seguintes essa estratégia com base em escolhas do principal partido da oposição difíceis de entender.
Pelo menos os vimaranenses não as entenderam.
Somando a isso a forma como o PS foi exercendo o poder, realizando obra mas também municipalizando tudo que “mexia” no concelho, dominando a comunicação social e absorvendo autarcas de freguesia de outros partidos, tudo isso resultou no PSD estar afastado da liderança do município vai para 24 anos.
É demasiado tempo.
Há agora, contudo, uma oportunidade irrepetível nos próximos anos.
O presidente de câmara em exercício desde 1989 não se pode recandidatar por força da lei de limitação de mandatos.
E a saída anunciada é sempre um momento de fragilidade para quem está no poder.
Porque embora a transição se afigure pacífica em termos internos a verdade é que em termos de eleitorado é um momento em que fica tudo em aberto.
Em que um discurso inteligente em volta da alternância de poder, do demasiado tempo de governação socialista, do pedir para o PSD uma oportunidade idêntica á que foi dada ao PS em sete actos eleitorais sucessivos, faz todo o sentido.
E pode ser eficaz.
Se a estratégia for a correcta.
E aqui entram os tais vasos comunicantes estreitos mas não vedados.
Nas últimas presidenciais Cavaco Silva teve em Guimarães 38.320 votos.
No dia 5 de Junho PSD(31.331) e CDS(8810) tiveram em conjunto 40.141 votos.
Mais do que os 35.908 do PS.
Ou seja neste município existem consistentemente cerca de 40.000 eleitores dispostos a votarem no PSD e no CDS independentemente da eleição.
Sejamos claros: Não chega para bater os 50.102 votos que o PS teve nas últimas autárquicas em 2009.
Mas podem ser um belo ponto de partida considerando até que dificilmente o PS repetirá esses resultados.
Porque o candidato não é o mesmo, porque o governo é diferente, porque existe hoje uma dinâmica á direita do PS que não existia em 2009.
E um dado final a merecer reflexão.
O PS venceu as legislativas em 38 freguesias e o PSD em 30.
Em Gominhães, salomonicamente, empataram.
Mas somando PSD com CDS a vitória do PS ter-se-ia resumido a 19 freguesias enquanto os dois partidos juntos teriam vencido em 50!
Não tenho nenhuma duvida que uma vitória nas autárquicas de 2013 passa, em Guimarães, por uma coligação entre PSD e CDS.
Com listas conjuntas para aproveitar todos os votos especialmente os das freguesias.
E com um cabeça de lista que desperte entusiasmo, mobilize social-democratas e centristas, recolha o voto de socialistas descontentes e faça descer os números da abstenção.
Eu sei que de um lado e de outro existem pruridos, resistências e desconfiança perante a hipótese de listas conjuntas. Especialmente nas freguesias.
Os partidos e os seus órgãos políticos decidirão, evidentemente, da forma que entenderem melhor.
Na certeza de que ingenuidades nesta matéria serão devidamente apreciadas pelo PS.
E merecerão o agradecimento sincero do Dr. Domingos Bragança.
Teria certamente gosto em escrever um artigo sobre a vitória do PSD nas últimas eleições legislativas que o devolveu ao “seu” lugar de maior partido português.
Numa escala menor, mas ainda assim bastante prazenteira, poderia alinhavar um texto sobre a tremenda derrota do PS e do engenheiro José Sócrates que os levou a um resultado pior em votos e percentagem do obtido pelo PSD e por Pedro Santana Lopes em 2005.
Poderia, até, escrever qualquer coisa sobre um balão em esvaziamento acelerado conhecido como Balão…perdão Bloco de Esquerda.
Mas seria perder tempo.
Porque já é passado e importa agora olhar para o futuro.
De preferência com olhos de ver.
Não sou daqueles que com toda a facilidade transpõe resultados eleitorais de eleição para eleição, de presidenciais para legislativas e destas para autárquicas, como se cada uma não tivesse especificidade tão próprias que estreitam substancialmente os vasos comunicantes.
Estreitam.
Não vedam.
E se é verdade que em presidenciais se escolhe apenas uma pessoa, e em legislativas uma lista em cada círculo (embora em boa verdade eu ache que cada vez mais se escolhe apenas um primeiro ministro…), já em autárquicas escolhem-se centenas de pessoas no concelho de Guimarães que é aquele que aqui importa tratar.
Candidatos á Câmara, candidatos á assembleia municipal, candidatos às assembleias de freguesia.
E são tantas as motivações subjacentes às escolhas que é perfeitamente normal o mesmo eleitor votar em partidos diferentes consoante o órgão que está a escolher.
Daí ser difícil transferir automaticamente votos de uma eleição para outras.
Porque se fosse uma questão de simples aritmética então seria fácil.
Mas se é verdade que essa transferência não é automatizável é igualmente verdade que um eleitor que votou Cavaco Silva nas presidenciais é, á partida, alguém disponível para votar PSD nas legislativas e nas autárquicas.
Não há nenhum conflito ideológico que o impeça disso.
E o mesmo principio se aplica, como é óbvio, a eleitores mais á esquerda ou mais á direita.
Daí o considerar, de há muito tempo, que Guimarães não é um concelho sociologicamente “condenado” a votar á esquerda e a rejeitar outras opções em termos de autárquicas.
Bastará recordar que em AD(1979) e sozinho(1985) o PSD já por duas vezes venceu as eleições autárquicas neste concelho. E em tempos em que a sociedade portuguesa pensava bem mais á esquerda do que hoje.
A questão não é, pois, sociológica.
É política.
E a verdade é que o PS conquistou a câmara em 1989, depois de sucessivos erros de estratégia e de(falta de) exercício do poder pelo PSD, e depois consolidou nas eleições seguintes essa estratégia com base em escolhas do principal partido da oposição difíceis de entender.
Pelo menos os vimaranenses não as entenderam.
Somando a isso a forma como o PS foi exercendo o poder, realizando obra mas também municipalizando tudo que “mexia” no concelho, dominando a comunicação social e absorvendo autarcas de freguesia de outros partidos, tudo isso resultou no PSD estar afastado da liderança do município vai para 24 anos.
É demasiado tempo.
Há agora, contudo, uma oportunidade irrepetível nos próximos anos.
O presidente de câmara em exercício desde 1989 não se pode recandidatar por força da lei de limitação de mandatos.
E a saída anunciada é sempre um momento de fragilidade para quem está no poder.
Porque embora a transição se afigure pacífica em termos internos a verdade é que em termos de eleitorado é um momento em que fica tudo em aberto.
Em que um discurso inteligente em volta da alternância de poder, do demasiado tempo de governação socialista, do pedir para o PSD uma oportunidade idêntica á que foi dada ao PS em sete actos eleitorais sucessivos, faz todo o sentido.
E pode ser eficaz.
Se a estratégia for a correcta.
E aqui entram os tais vasos comunicantes estreitos mas não vedados.
Nas últimas presidenciais Cavaco Silva teve em Guimarães 38.320 votos.
No dia 5 de Junho PSD(31.331) e CDS(8810) tiveram em conjunto 40.141 votos.
Mais do que os 35.908 do PS.
Ou seja neste município existem consistentemente cerca de 40.000 eleitores dispostos a votarem no PSD e no CDS independentemente da eleição.
Sejamos claros: Não chega para bater os 50.102 votos que o PS teve nas últimas autárquicas em 2009.
Mas podem ser um belo ponto de partida considerando até que dificilmente o PS repetirá esses resultados.
Porque o candidato não é o mesmo, porque o governo é diferente, porque existe hoje uma dinâmica á direita do PS que não existia em 2009.
E um dado final a merecer reflexão.
O PS venceu as legislativas em 38 freguesias e o PSD em 30.
Em Gominhães, salomonicamente, empataram.
Mas somando PSD com CDS a vitória do PS ter-se-ia resumido a 19 freguesias enquanto os dois partidos juntos teriam vencido em 50!
Não tenho nenhuma duvida que uma vitória nas autárquicas de 2013 passa, em Guimarães, por uma coligação entre PSD e CDS.
Com listas conjuntas para aproveitar todos os votos especialmente os das freguesias.
E com um cabeça de lista que desperte entusiasmo, mobilize social-democratas e centristas, recolha o voto de socialistas descontentes e faça descer os números da abstenção.
Eu sei que de um lado e de outro existem pruridos, resistências e desconfiança perante a hipótese de listas conjuntas. Especialmente nas freguesias.
Os partidos e os seus órgãos políticos decidirão, evidentemente, da forma que entenderem melhor.
Na certeza de que ingenuidades nesta matéria serão devidamente apreciadas pelo PS.
E merecerão o agradecimento sincero do Dr. Domingos Bragança.
quarta-feira, junho 15, 2011
Leituras
Mais três sugestões de leitura.
Diversas mas interessantes.
O livro de Cândida Pinto,que já li, sobre Snu Abecassis (e Francisco Sá Carneiro) é uma abordagem diferente a um período controverso da nossa História em que o ex primeiro ministro foi personagem central.
Neste livro percebe-se melhor o homem que existia por trás do politico.
E a mulher que esteve ao seu lado nesses anos.
Estou a ler,e com muito interesse, o livro do actual Rei da Jordânia.
Uma visão de optimismo preocupado sobre a situação no Médio Oriente, uma retrospectiva histórica sobre as guerras israelo-árabes e as memórias sobre o seu pai o rei Hussein.
A seguir, deixando a leitura das biografias de Mao, Salazar e Napoleão mais uma vez adiadas, tenho em lista de espera a monumental obra de Hans Kung sobre o Islão.
Um dos mais reputados teólogos da actualidade escreve sobre uma das grandes religiões da História.
Uma obra fundamental para perceber muito do que se vai passando por esse mundo fora.
Depois Falamos
Citação
terça-feira, junho 14, 2011
A Viagem
Tenho desde pequeno um enorme fascínio por comboios.
Lembro como se fosse hoje a primeira viagem que fiz num deles.
Entre Braga e Nine com uma tia minha que era professora numa escola para esses lados.
E lembro-me bem que era um comboio a vapor ,que soltava uma fumarada idêntica ao da foto ,e aquela viagem de ida e volta foi uma grande aventura para um miúdo de 5 anos.
Depois disso fiz centenas de viagens em comboio.
Em Portugal, em Espanha, na Bélgica, nos Estados Unidos.
Desde viagens de turismo,das quais guardarei sempre uma memória positiva,ás "infernais" viagens entre Campanhã e Santa Apolónia no tempo do serviço militar.
Quantas delas em pé,por falta de lugar sentado, durante as seis horas e tal que demorava o percurso com paragem em todas as estações e apeadeiros.
Ainda hoje tenho o comboio como o transporte preferido para fazer uma viagem tranquila, repousada e durante a qual se possam fazer outras coisas que não ir de olhos fixos na estrada ou a olhar para nuvens todas iguais.
Direi a propósito, e num aparte, que muito lamento a criminosa politica seguida neste país depois do 25 de Abril em relação ao transporte ferroviário e que consistiu no encerramento de inúmeras linhas com os consequentes problemas de desertificação do interior.
Até porque com todos os problemas energéticos e ambientais o comboio será,cada vez mais, o meio de transporte do futuro.
Mas tendo feito muitas viagens de comboio ainda me falta "a viagem".
Aquele percurso com que enquanto adepto dos comboios sonho fazer.
E que um belo mail recebido me trouxe á memória.
Há hoje uma oferta turística diversificada para viagens em percursos extraordinários pela perspectiva cultural, paisagistica,de conhecimento de civilizações.
Na Europa, na Ásia, na América do Norte, do Sul, em África.
Cada qual com os seus atractivos muito próprios.
E com o seu preçozinho...
A minha viagem de sonho, em termos de comboios, é o Transiberiano.
De Moscovo a Vladivostoque.
Mais de 10.000 klm atravessando um país e dois continentes.
Uma viagem fascinante.
Que faremos.
Depois Falamos.
Lembro como se fosse hoje a primeira viagem que fiz num deles.
Entre Braga e Nine com uma tia minha que era professora numa escola para esses lados.
E lembro-me bem que era um comboio a vapor ,que soltava uma fumarada idêntica ao da foto ,e aquela viagem de ida e volta foi uma grande aventura para um miúdo de 5 anos.
Depois disso fiz centenas de viagens em comboio.
Em Portugal, em Espanha, na Bélgica, nos Estados Unidos.
Desde viagens de turismo,das quais guardarei sempre uma memória positiva,ás "infernais" viagens entre Campanhã e Santa Apolónia no tempo do serviço militar.
Quantas delas em pé,por falta de lugar sentado, durante as seis horas e tal que demorava o percurso com paragem em todas as estações e apeadeiros.
Ainda hoje tenho o comboio como o transporte preferido para fazer uma viagem tranquila, repousada e durante a qual se possam fazer outras coisas que não ir de olhos fixos na estrada ou a olhar para nuvens todas iguais.
Direi a propósito, e num aparte, que muito lamento a criminosa politica seguida neste país depois do 25 de Abril em relação ao transporte ferroviário e que consistiu no encerramento de inúmeras linhas com os consequentes problemas de desertificação do interior.
Até porque com todos os problemas energéticos e ambientais o comboio será,cada vez mais, o meio de transporte do futuro.
Mas tendo feito muitas viagens de comboio ainda me falta "a viagem".
Aquele percurso com que enquanto adepto dos comboios sonho fazer.
E que um belo mail recebido me trouxe á memória.
Há hoje uma oferta turística diversificada para viagens em percursos extraordinários pela perspectiva cultural, paisagistica,de conhecimento de civilizações.
Na Europa, na Ásia, na América do Norte, do Sul, em África.
Cada qual com os seus atractivos muito próprios.
E com o seu preçozinho...
A minha viagem de sonho, em termos de comboios, é o Transiberiano.
De Moscovo a Vladivostoque.
Mais de 10.000 klm atravessando um país e dois continentes.
Uma viagem fascinante.
Que faremos.
Depois Falamos.
segunda-feira, junho 13, 2011
Isto Promete...
Como bom vitoriano, que tenho a presunção de ser, assisto com um interesse elevado á preparação da próxima época do clube.
Especialmente no futebol como é compreensível.
Com a esperança (tenho um amigo que diz com muita piada que a "esperar" é que nós (vitorianos) somos mesmo bons!) de que seja possível construir uma equipa á medida dos nossos sonhos razoáveis.
Porque para sonhos mais ambiciosos...adiante.
Naturalmente que assisto, sem grande surpresa,á importação de jogadores de mercados que vão do Uruguai á Argélia passando por Marrocos(África)e pelo tradicional Brasil.
Em termos de nacionalidades temos,até agora, portugueses,brasileiros, uruguaio, costa marfinense,marroquino e anuncia-se um camaronês.
E ponho-me a pensar nos custos de tudo isto.
Porque em Fevereiro vendemos apressadamente Ricardo para pagar salários.
Agora anunciam , os clubes vendedores, que o Vitória pagou um milhão e duzentos mil euros por Barrientos e oitocentos mil por N'Djeng.
Ou seja um total de dois milhões de euros.
Bem bom para quem há três meses estava "teso"!
Claro que o Vitória desmente esses valores (qual será então o interesse de quem vende em anunciar que recebeu mais do que aquilo que facturou na realidade?)
mas sem dizer claramente,o que também não é estranho,quanto pagou exactamente por cada jogador.
Daí a minha admiração.
Será que nos terrenos do Complexo nasceu alguma árvore das patacas ?
Ou nas obras do Toural terá sido descoberto algum poço de petróleo ?
Não sei.
Mas espero vir a saber.
Na próxima Assembleia Geral.
Depois Falamos
Especialmente no futebol como é compreensível.
Com a esperança (tenho um amigo que diz com muita piada que a "esperar" é que nós (vitorianos) somos mesmo bons!) de que seja possível construir uma equipa á medida dos nossos sonhos razoáveis.
Porque para sonhos mais ambiciosos...adiante.
Naturalmente que assisto, sem grande surpresa,á importação de jogadores de mercados que vão do Uruguai á Argélia passando por Marrocos(África)e pelo tradicional Brasil.
Em termos de nacionalidades temos,até agora, portugueses,brasileiros, uruguaio, costa marfinense,marroquino e anuncia-se um camaronês.
E ponho-me a pensar nos custos de tudo isto.
Porque em Fevereiro vendemos apressadamente Ricardo para pagar salários.
Agora anunciam , os clubes vendedores, que o Vitória pagou um milhão e duzentos mil euros por Barrientos e oitocentos mil por N'Djeng.
Ou seja um total de dois milhões de euros.
Bem bom para quem há três meses estava "teso"!
Claro que o Vitória desmente esses valores (qual será então o interesse de quem vende em anunciar que recebeu mais do que aquilo que facturou na realidade?)
mas sem dizer claramente,o que também não é estranho,quanto pagou exactamente por cada jogador.
Daí a minha admiração.
Será que nos terrenos do Complexo nasceu alguma árvore das patacas ?
Ou nas obras do Toural terá sido descoberto algum poço de petróleo ?
Não sei.
Mas espero vir a saber.
Na próxima Assembleia Geral.
Depois Falamos
domingo, junho 12, 2011
Mais uma Vez.
Este velho cartaz do PSD, utilizado no inicio dos anos 80 se bem me lembro,volta a estar estranhamente actual.
Porque mais uma vez estamos em crise.
A pior dos tempos democráticos.
Mais uma vez estamos sujeitos aos ditames do FMI desta feita travestido de troika.
E mais uma vez foi ao PSD que os portugueses deram um voto de confiança para resolver os problemas que os socialistas criaram ou não souberam resolver.
Já assim tinha sido em 1979 através da AD liderada por Francisco Sá Carneiro.
Novamente em 1985 com o primeiro governo minoritário ( a que se sucederam dois maioritários) de Cavaco Silva,.
Outra vez em 2002 com Durão Barroso.
E hoje, sabendo-se o que se sabe, percebem-se melhor as politicas restritivas de Manuela Ferreira Leite.
Mas os socialistas, liderados pelo camarada Sampaio então PR, achavam que "havia vida para além do orçamento".
E meteram-nos a todos na "má vida" que foram os governos de Sócrates patrocinado por Sampaio no seu inicio.
Agora é a vez de Pedro Passos Coelho.
Que tem pela frente, porventura, o mais difícil desafio jamais colocado a um primeiro ministro social democrata.
Tirar Portugal duma crise profundíssima, que impões tremendos sacrifícios, sem agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses já tão precárias para uma enorme maioria.
Para sair desta crise a "todo o vapor" como diz o velho cartaz vai ser preciso um primeiro ministro excepcional e um governo de excepção.
Porque os encontros com a História não se repetem.
Depois Falamos
Porque mais uma vez estamos em crise.
A pior dos tempos democráticos.
Mais uma vez estamos sujeitos aos ditames do FMI desta feita travestido de troika.
E mais uma vez foi ao PSD que os portugueses deram um voto de confiança para resolver os problemas que os socialistas criaram ou não souberam resolver.
Já assim tinha sido em 1979 através da AD liderada por Francisco Sá Carneiro.
Novamente em 1985 com o primeiro governo minoritário ( a que se sucederam dois maioritários) de Cavaco Silva,.
Outra vez em 2002 com Durão Barroso.
E hoje, sabendo-se o que se sabe, percebem-se melhor as politicas restritivas de Manuela Ferreira Leite.
Mas os socialistas, liderados pelo camarada Sampaio então PR, achavam que "havia vida para além do orçamento".
E meteram-nos a todos na "má vida" que foram os governos de Sócrates patrocinado por Sampaio no seu inicio.
Agora é a vez de Pedro Passos Coelho.
Que tem pela frente, porventura, o mais difícil desafio jamais colocado a um primeiro ministro social democrata.
Tirar Portugal duma crise profundíssima, que impões tremendos sacrifícios, sem agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses já tão precárias para uma enorme maioria.
Para sair desta crise a "todo o vapor" como diz o velho cartaz vai ser preciso um primeiro ministro excepcional e um governo de excepção.
Porque os encontros com a História não se repetem.
Depois Falamos
sábado, junho 11, 2011
Pois é...
Ás vezes é bom , e neste caso até sabe bem, puxar o filme uns anos atrás.
Todos nos recordamos que em 2005 quando Pedro Santana Lopes(PSL) perdeu as legislativas foi autênticamente trucidado pela imprensa e pelos comentadores do costume.
Vaticinaram-lhe, pela enésima vez, o fim da carreira politica.
Abriram-se bocas de espanto hipócrita sobre como era possível um primeiro ministro em funções perder as eleições.
Uma anormalidade total diziam.
PSL perdeu as eleições obtendo 1.639.802 votos e uma percentagem de 28.70%.
Esqueciam-se convenientemente esses oráculos do regime que PSL fora chamado ao cargo apenas uns meses antes, contra vontade (porque queria eleições e não lhas deram), que não tivera tempo de aplicar o seu programa e que fora alvo de uma cilada montada a partir de Belém por Jorge Sampaio.
O grande responsável pela desgraça chamada José Sócrates convém não esquecer!
José Sócrates(JS) governou durante seis anos.
Em quatro dos quais com maioria absoluta.
Fez o que quis e lhe apeteceu.
Contou com um PR "ferozmente"institucional e incapaz de repetir o que Sampaio fizera a PSL.
Contou com um PSD que nas questões de regime soube sempre esquecer o mero interesse partidário.
Fez propaganda como nunca se vira em Portugal a partir de uma máquina poderosa montada desde os primeiros dias.
Perdeu as eleições.
Teve 1.557.931 votos e 28.05% de percentagem.
Ou seja, depois de tanto poder e tanta propaganda,teve menos 81.871 votos do que PSL.
Não ouço os mesmos comentadores vaticinarem-lhe o fim de carreira ou relevarem que foi trucidado eleitoralmente.
Mesmo aqueles que são supostamente da área do PSD.
Pelo contrário assisto a elogios á dignidade(opinião deles) do discurso de despedida ou ao "relevantissimo" facto de ir para Paris estudar Filosofia...
Deixando um país arruinado, jovens á "rasca, familias endividadas, quase um milhão de dsempregados.
Entre outras "proezas".
É por isso que em Portugal, com raras excepções, comentadores políticos, sondagens e cães de caça é tudo da mesma raça...
Depois Falamos
Todos nos recordamos que em 2005 quando Pedro Santana Lopes(PSL) perdeu as legislativas foi autênticamente trucidado pela imprensa e pelos comentadores do costume.
Vaticinaram-lhe, pela enésima vez, o fim da carreira politica.
Abriram-se bocas de espanto hipócrita sobre como era possível um primeiro ministro em funções perder as eleições.
Uma anormalidade total diziam.
PSL perdeu as eleições obtendo 1.639.802 votos e uma percentagem de 28.70%.
Esqueciam-se convenientemente esses oráculos do regime que PSL fora chamado ao cargo apenas uns meses antes, contra vontade (porque queria eleições e não lhas deram), que não tivera tempo de aplicar o seu programa e que fora alvo de uma cilada montada a partir de Belém por Jorge Sampaio.
O grande responsável pela desgraça chamada José Sócrates convém não esquecer!
José Sócrates(JS) governou durante seis anos.
Em quatro dos quais com maioria absoluta.
Fez o que quis e lhe apeteceu.
Contou com um PR "ferozmente"institucional e incapaz de repetir o que Sampaio fizera a PSL.
Contou com um PSD que nas questões de regime soube sempre esquecer o mero interesse partidário.
Fez propaganda como nunca se vira em Portugal a partir de uma máquina poderosa montada desde os primeiros dias.
Perdeu as eleições.
Teve 1.557.931 votos e 28.05% de percentagem.
Ou seja, depois de tanto poder e tanta propaganda,teve menos 81.871 votos do que PSL.
Não ouço os mesmos comentadores vaticinarem-lhe o fim de carreira ou relevarem que foi trucidado eleitoralmente.
Mesmo aqueles que são supostamente da área do PSD.
Pelo contrário assisto a elogios á dignidade(opinião deles) do discurso de despedida ou ao "relevantissimo" facto de ir para Paris estudar Filosofia...
Deixando um país arruinado, jovens á "rasca, familias endividadas, quase um milhão de dsempregados.
Entre outras "proezas".
É por isso que em Portugal, com raras excepções, comentadores políticos, sondagens e cães de caça é tudo da mesma raça...
Depois Falamos
sexta-feira, junho 10, 2011
Sempre Presentes!
Ainda hoje, semanas passadas, olho com um misto de nostalgia e tristeza para as imagens dos vitorianos no Jamor.
Nostalgia porque foi um momento de afirmação vitoriana verdadeiramente inesquecivel e tristeza porque mais uma vez os adeptos foram o melhor que o Vitória teve num momento decisivo.
E voltaram a Guimarães ( e a outros pontos do mundo) com a frustração de uma vez mais não terem sido correspondidos.
Em resultado, em postura, em ambição.
Mas a vida continua.
E está aí á porta uma nova época desportiva.
Não me vou pronunciar agora sobre a equipa, o plantel, os reforços e as dispensas.
Há tempo para isso.
Hoje gostaria apenas de dizer o seguinte:
Está aberto o processo de renovação dos lugares anuais no nosso estádio.
Um destes dias estive lá a renovar os meus três lugares e percebi que estes primeiros dias não tem corrido especialmente bem nessa matéria.
Sei que é normal deixarmos ficar para o fim.
Mas também sei que noutros anos os associados demonstraram outra motivação para a aquisição dos seus lugares.
Compreendo que há uma crise económica muito séria a afectar a generalidade das famílias.
Percebo que há uma desmotivação em crescendo de há anos a esta parte perante uma realidade desportiva que não nos tem dado especiais alegrias.
Sei que esta ultima época, pese embora o 5º lugar e o Jamor, foi decepcionante em muitos aspectos.
Nomeadamente nas exibições da equipa e na falta de ambição a vários níveis.
Mas acho importante ,por variadas razões, que os adeptos comprem os lugares anuais e voltem ao estádio.
Tenho a clara intuição de que nós, adeptos, vamos ter um papel fundamental a desempenhar nestes próximos meses.
E para isso temos de dizer..."Presentes"!
Depois Falamos
Nostalgia porque foi um momento de afirmação vitoriana verdadeiramente inesquecivel e tristeza porque mais uma vez os adeptos foram o melhor que o Vitória teve num momento decisivo.
E voltaram a Guimarães ( e a outros pontos do mundo) com a frustração de uma vez mais não terem sido correspondidos.
Em resultado, em postura, em ambição.
Mas a vida continua.
E está aí á porta uma nova época desportiva.
Não me vou pronunciar agora sobre a equipa, o plantel, os reforços e as dispensas.
Há tempo para isso.
Hoje gostaria apenas de dizer o seguinte:
Está aberto o processo de renovação dos lugares anuais no nosso estádio.
Um destes dias estive lá a renovar os meus três lugares e percebi que estes primeiros dias não tem corrido especialmente bem nessa matéria.
Sei que é normal deixarmos ficar para o fim.
Mas também sei que noutros anos os associados demonstraram outra motivação para a aquisição dos seus lugares.
Compreendo que há uma crise económica muito séria a afectar a generalidade das famílias.
Percebo que há uma desmotivação em crescendo de há anos a esta parte perante uma realidade desportiva que não nos tem dado especiais alegrias.
Sei que esta ultima época, pese embora o 5º lugar e o Jamor, foi decepcionante em muitos aspectos.
Nomeadamente nas exibições da equipa e na falta de ambição a vários níveis.
Mas acho importante ,por variadas razões, que os adeptos comprem os lugares anuais e voltem ao estádio.
Tenho a clara intuição de que nós, adeptos, vamos ter um papel fundamental a desempenhar nestes próximos meses.
E para isso temos de dizer..."Presentes"!
Depois Falamos
quinta-feira, junho 09, 2011
Legislativas 2011 - Guimarães
Sou eleitor em Guimarães.
E votante no PSD.
Ou seja estou habituado a perder.
Mesmo ganhando no distrito e/ou no país.
Em todo o tipo de eleições, de autárquicas a presidenciais,foram mais as vezes que o PSD ou os candidatos por ele apoiados perderam do que ganharam em Guimarães.
Assim foi, uma vez mais, a 5 de Junho.
Em que o concelho vimaranense teve a duvidosa honra (na minha perspectiva como é óbvio) de ser um dos 5 a norte do Mondego em que o PSD não ganhou as eleições.
Acompanhado por Fafe e Vizela que com Guimarães partilham "fronteiras".
E mais a sul por Santo Tirso e Matosinhos.
Será fatalidade esta tendência para perder na cidade berço ?
Não creio.
Porque noutros municípios, igualmente de câmaras socialistas como Braga,o PSD vence regularmente outro tipo de eleições que não autárquicas.
E mesmo em Guimarães o PSD já ganhou em legislativas,autárquicas e presidenciais.
Não caberia aqui, nem é esse o motivo deste post, a explicitação das razões pelas quais em Guimarães o PSD perde mais do que ganha.
Existem e não são inultrapassáveis.
Atentemos então nas ultimas eleições.
O PS ganhou com 4577 votos de vantagem em relação ao PSD.
35.908 votos para os socialistas e 31.331 para os social democratas,com a curiosidade de os resultados serem idênticos aos de 2002( 36143-32164)!
Uma vantagem bem diferente da alcançada em 2009( 21.130 votos) ou em 2005(22.491)mas inferior á de 2002 (3979) nas ultimas legislativas ganhas pelo PSD.
Claro que se olhássemos para as ultimas autárquicas a vantagem do PS ainda foi maior(24.417) mas tal sucedeu em circunstâncias que não se repetirão.
Que concluir disto?
Que o núcleo duro do PS, avaliável nas derrotas como é evidente, anda nos trinta e cinco mil eleitores enquanto o do PSD andará pelos 25.000.
Alguma estabilidade eleitoral do CDS que de 2002 para 2011 obteve os quatro seguintes resultados: 7358-6482-7851-8810.
Em termos de freguesias, e apenas em relação a 2011, os seguintes resultados.
O PS vence em 38 freguesias, o PSD em 30 e empatam numa(Gominhães).
Com a curiosidade das vitórias do PSD em grandes freguesias como Azurém, Creixomil ou Caldelas e nas da cidade.
O que traduz um resultado muito equilibrado entre os dois partidos e que apenas o tradicional voto á esquerda no sul do concelho desequilibrou a favor do PS.
Mas sendo também evidente um voto urbano a consolidar-se no PSD e CDS!
Curiosidades a terminar:
PSD e CDS juntos obtém 40.141 votos batendo o PS por 4233 votos e ultrapassando,até, a votação de Cavaco Silva nas ultimas presidenciais cifrada em 38.320 votos.
Nas freguesias a soma aritmética dos dois partidos (porque a soma politica é mais difícil...) permitir-lhes-ia vencer em 50 deixando para o PS apenas 19.
São números.
E claro que é difícil fazer extrapolações destas eleições para autárquicas onde existem muitos outros factores a considerar.
Certo,certo, é que em Guimarães há pelo menos 40.000 eleitores dispostos a votarem no PSD e no CDS desde que lhes sejam dados motivos para tal.
É um belo ponto de partida.
Que significa existir caminho...
E como dizia Churchill..." o caminho está onde está a vontade".
Depois Falamos
E votante no PSD.
Ou seja estou habituado a perder.
Mesmo ganhando no distrito e/ou no país.
Em todo o tipo de eleições, de autárquicas a presidenciais,foram mais as vezes que o PSD ou os candidatos por ele apoiados perderam do que ganharam em Guimarães.
Assim foi, uma vez mais, a 5 de Junho.
Em que o concelho vimaranense teve a duvidosa honra (na minha perspectiva como é óbvio) de ser um dos 5 a norte do Mondego em que o PSD não ganhou as eleições.
Acompanhado por Fafe e Vizela que com Guimarães partilham "fronteiras".
E mais a sul por Santo Tirso e Matosinhos.
Será fatalidade esta tendência para perder na cidade berço ?
Não creio.
Porque noutros municípios, igualmente de câmaras socialistas como Braga,o PSD vence regularmente outro tipo de eleições que não autárquicas.
E mesmo em Guimarães o PSD já ganhou em legislativas,autárquicas e presidenciais.
Não caberia aqui, nem é esse o motivo deste post, a explicitação das razões pelas quais em Guimarães o PSD perde mais do que ganha.
Existem e não são inultrapassáveis.
Atentemos então nas ultimas eleições.
O PS ganhou com 4577 votos de vantagem em relação ao PSD.
35.908 votos para os socialistas e 31.331 para os social democratas,com a curiosidade de os resultados serem idênticos aos de 2002( 36143-32164)!
Uma vantagem bem diferente da alcançada em 2009( 21.130 votos) ou em 2005(22.491)mas inferior á de 2002 (3979) nas ultimas legislativas ganhas pelo PSD.
Claro que se olhássemos para as ultimas autárquicas a vantagem do PS ainda foi maior(24.417) mas tal sucedeu em circunstâncias que não se repetirão.
Que concluir disto?
Que o núcleo duro do PS, avaliável nas derrotas como é evidente, anda nos trinta e cinco mil eleitores enquanto o do PSD andará pelos 25.000.
Alguma estabilidade eleitoral do CDS que de 2002 para 2011 obteve os quatro seguintes resultados: 7358-6482-7851-8810.
Em termos de freguesias, e apenas em relação a 2011, os seguintes resultados.
O PS vence em 38 freguesias, o PSD em 30 e empatam numa(Gominhães).
Com a curiosidade das vitórias do PSD em grandes freguesias como Azurém, Creixomil ou Caldelas e nas da cidade.
O que traduz um resultado muito equilibrado entre os dois partidos e que apenas o tradicional voto á esquerda no sul do concelho desequilibrou a favor do PS.
Mas sendo também evidente um voto urbano a consolidar-se no PSD e CDS!
Curiosidades a terminar:
PSD e CDS juntos obtém 40.141 votos batendo o PS por 4233 votos e ultrapassando,até, a votação de Cavaco Silva nas ultimas presidenciais cifrada em 38.320 votos.
Nas freguesias a soma aritmética dos dois partidos (porque a soma politica é mais difícil...) permitir-lhes-ia vencer em 50 deixando para o PS apenas 19.
São números.
E claro que é difícil fazer extrapolações destas eleições para autárquicas onde existem muitos outros factores a considerar.
Certo,certo, é que em Guimarães há pelo menos 40.000 eleitores dispostos a votarem no PSD e no CDS desde que lhes sejam dados motivos para tal.
É um belo ponto de partida.
Que significa existir caminho...
E como dizia Churchill..." o caminho está onde está a vontade".
Depois Falamos
quarta-feira, junho 08, 2011
Explicações Exigem-se!
As afirmações de Ana Gomes sobre Paulo Portas são de uma violência, de um acinte, de uma sanha de tal ordem que jamais poderão passar em claro.
Não me lembro , no Portugal democrático, de um ataque pessoal tão violento e concreto a um politico como este desferido pela tradicionalmente desbocada eurodeputada socialista.
É um ataque que mexe com a honra do politico, a intimidade do cidadão, a honorabilidade da pessoa.
Não é possível fazer de conta que não existiu.
Ou seguir a cómoda teoria de que mais vale não dar resposta a ataques destes.
Não!
É preciso que Ana Gomes explique no sitio próprio, o tribunal, a que se referia naquilo que afirmou sobre Paulo Portas.
Dos submarinos ás comparações com Dominique Strauss-Kahn passando pelas insinuações sobre ministros de Durão Barroso (que não teve a coragem de nomear)que recorriam á prostituição.
O que Ana Gomes disse é gravíssimo.
E não pode ser atribuído á azia eleitoral de domingo, a algum surto de febre, ou a algumas sequelas da doença das "vacas loucas".
Não.
Ela afirmou o que afirmou sabendo o que estava a fazer.
Espero que Paulo Portas e o CDS lhe instaurem de imediato, se é que não o fizeram já,um processo crime por difamação.
Como cidadão e apoiante do próximo governo ficarei profundamente incomodado se assim não for.
Depois Falamos
Não me lembro , no Portugal democrático, de um ataque pessoal tão violento e concreto a um politico como este desferido pela tradicionalmente desbocada eurodeputada socialista.
É um ataque que mexe com a honra do politico, a intimidade do cidadão, a honorabilidade da pessoa.
Não é possível fazer de conta que não existiu.
Ou seguir a cómoda teoria de que mais vale não dar resposta a ataques destes.
Não!
É preciso que Ana Gomes explique no sitio próprio, o tribunal, a que se referia naquilo que afirmou sobre Paulo Portas.
Dos submarinos ás comparações com Dominique Strauss-Kahn passando pelas insinuações sobre ministros de Durão Barroso (que não teve a coragem de nomear)que recorriam á prostituição.
O que Ana Gomes disse é gravíssimo.
E não pode ser atribuído á azia eleitoral de domingo, a algum surto de febre, ou a algumas sequelas da doença das "vacas loucas".
Não.
Ela afirmou o que afirmou sabendo o que estava a fazer.
Espero que Paulo Portas e o CDS lhe instaurem de imediato, se é que não o fizeram já,um processo crime por difamação.
Como cidadão e apoiante do próximo governo ficarei profundamente incomodado se assim não for.
Depois Falamos
Porque Não ?
Há dois lugares no terrenos de jogo onde, desde que em boas condições físicas,os jogadores mais velhos são extremamente importantes.
E decisivos.
O guarda redes e o ponta de lança.
Porque são lugares onde a experiência faz a diferença.
São tantos os exemplos que vou citar apenas dois e de jogadores já retirados.
Michel Preud'homme e Beto Acosta.
Vem isto a propósito da anunciada não renovação do contrato de Nuno Gomes com o Benfica e da vontade dos encarnados em lhe darem um lugar nos gabinetes.
O que vai contra a vontade do jogador desejoso de jogar pelo menos mais um ano e admitindo fazê-lo em Portugal.
E aí pergunto:
Porque não no Vitória ?
Não tendo lugar no Porto, e sendo duvidoso que quisesse atravessar a 2ª circular, que melhor clube em Portugal que o Vitória para concluir a sua carreira.
Com vantagem para as duas partes.
Nuno Gomes jogava num clube que disputa as competições europeias, com uma massa associativa entusiástica, e sem a concorrência que tem no Benfica.
A correrem-lhe bem as coisas ainda podia espreitar um lugar na selecção para o Euro 2012.
O Vitória contratava um jogador de qualidade, goleador, muito experiente e que seria um enorme sucesso na venda de camisolas e noutras áreas ligadas ao marketing e merchandising.
E motivava os adeptos.
No fundo repetir-se-ia um modelo que já teve sucesso com Vitor Paneira e Neno.
Mas isto sou eu a pensar...
Depois Falamos
E decisivos.
O guarda redes e o ponta de lança.
Porque são lugares onde a experiência faz a diferença.
São tantos os exemplos que vou citar apenas dois e de jogadores já retirados.
Michel Preud'homme e Beto Acosta.
Vem isto a propósito da anunciada não renovação do contrato de Nuno Gomes com o Benfica e da vontade dos encarnados em lhe darem um lugar nos gabinetes.
O que vai contra a vontade do jogador desejoso de jogar pelo menos mais um ano e admitindo fazê-lo em Portugal.
E aí pergunto:
Porque não no Vitória ?
Não tendo lugar no Porto, e sendo duvidoso que quisesse atravessar a 2ª circular, que melhor clube em Portugal que o Vitória para concluir a sua carreira.
Com vantagem para as duas partes.
Nuno Gomes jogava num clube que disputa as competições europeias, com uma massa associativa entusiástica, e sem a concorrência que tem no Benfica.
A correrem-lhe bem as coisas ainda podia espreitar um lugar na selecção para o Euro 2012.
O Vitória contratava um jogador de qualidade, goleador, muito experiente e que seria um enorme sucesso na venda de camisolas e noutras áreas ligadas ao marketing e merchandising.
E motivava os adeptos.
No fundo repetir-se-ia um modelo que já teve sucesso com Vitor Paneira e Neno.
Mas isto sou eu a pensar...
Depois Falamos
Legislativas 2011-Distrito de Braga
O PSD obteve um bom resultado no distrito de Braga.
Da ultima vez que aí tinha ganho as legislativas, em 2002, elegera nove deputados através de 201.458 votos e uma percentagem de 44.4%.
Desta feita obteve uma votação inferior( 194.217 votos e 40,09% de percentagem)mas voltou a eleger nove deputados e esse era o objectivo essencial.
Aspectos a realçar:
A vitória em 11 dos catorze concelhos a demonstrar uma hegemonia eleitoral que se estendeu aos municípios governados pelo PS.
Foi o caso de Braga, Barcelos,Vieira do Minho e Terras de Bouro.
Saliência muito especial para a excelente vitória obtida em Cabeceiras de Basto onde o PSD não vencia em legislativas há muito tempo e onde o poder autárquico socialista se faz sentir de forma quase asfixiante.
De menos bom as derrotas em Guimarães,Fafe e Vizela.
Três dos apenas cinco municípios (os outros dois foram Santo Tirso e Matosinhos)a norte do Mondego onde o PSD não venceu estas legislativas.
De salientar ,contudo, que em Vizela de 2009 para agora se captaram quase 1000 votos ao PS.
Em Fafe a recuperação ainda foi mais evidente.
De 5992 votos de diferença em 2009 passou-se agora para uma vantagem do PS de apenas 908 votos o que é assinalável.
De Guimarães se falará em próximo post.
Em conclusão pode dizer-se que o PSD obteve um bom resultado neste distrito mas terá ficado a dever a si próprio um resultado ainda melhor.
Que era possível.
Nos restantes partidos , e por comparação com 2009, vimos o PS perder 48.537 votos e dois deputados naquilo que é uma pesada derrota.
O CDS manteve dois deputados e cresceu 2.197 votos bastante aquém do que esperava e bem longe do ansiado terceiro parlamentar.
O PCP manteve o seu deputado e aumentou em 671 votos o seu resultado o que pode considerar-se satisfatório até em função do eclipse do partido á sua esquerda.
Finalmente o Bloco de Esquerda.
Que acompanhou em Braga o desastre sofrido a nível nacional.
Perdeu o deputado e 18.463 votos no que se pode considerar uma perfeita hecatombe.
Merecida aliás.
Conclusão?
Braga acompanhou o resto do país na onde de mudança e deu um contributo interessante para a vitória do PSD.
Mais do que isso, e agora importa é o futuro, deixou indicações muito interessantes para as autárquicas de 2013.
Porque, á excepção de Vizela, o PSD sozinho ou em coligação com o CDS tem maioria em todos os restantes 13 concelhos do distrito a repetirem-se estes resultados.
Eu sei que são eleições diferentes.
Mas os cidadãos eleitores são os mesmos.
Importa é dar-lhes bons motivos para continuarem a votar no PSD.
Depois Falamos
Da ultima vez que aí tinha ganho as legislativas, em 2002, elegera nove deputados através de 201.458 votos e uma percentagem de 44.4%.
Desta feita obteve uma votação inferior( 194.217 votos e 40,09% de percentagem)mas voltou a eleger nove deputados e esse era o objectivo essencial.
Aspectos a realçar:
A vitória em 11 dos catorze concelhos a demonstrar uma hegemonia eleitoral que se estendeu aos municípios governados pelo PS.
Foi o caso de Braga, Barcelos,Vieira do Minho e Terras de Bouro.
Saliência muito especial para a excelente vitória obtida em Cabeceiras de Basto onde o PSD não vencia em legislativas há muito tempo e onde o poder autárquico socialista se faz sentir de forma quase asfixiante.
De menos bom as derrotas em Guimarães,Fafe e Vizela.
Três dos apenas cinco municípios (os outros dois foram Santo Tirso e Matosinhos)a norte do Mondego onde o PSD não venceu estas legislativas.
De salientar ,contudo, que em Vizela de 2009 para agora se captaram quase 1000 votos ao PS.
Em Fafe a recuperação ainda foi mais evidente.
De 5992 votos de diferença em 2009 passou-se agora para uma vantagem do PS de apenas 908 votos o que é assinalável.
De Guimarães se falará em próximo post.
Em conclusão pode dizer-se que o PSD obteve um bom resultado neste distrito mas terá ficado a dever a si próprio um resultado ainda melhor.
Que era possível.
Nos restantes partidos , e por comparação com 2009, vimos o PS perder 48.537 votos e dois deputados naquilo que é uma pesada derrota.
O CDS manteve dois deputados e cresceu 2.197 votos bastante aquém do que esperava e bem longe do ansiado terceiro parlamentar.
O PCP manteve o seu deputado e aumentou em 671 votos o seu resultado o que pode considerar-se satisfatório até em função do eclipse do partido á sua esquerda.
Finalmente o Bloco de Esquerda.
Que acompanhou em Braga o desastre sofrido a nível nacional.
Perdeu o deputado e 18.463 votos no que se pode considerar uma perfeita hecatombe.
Merecida aliás.
Conclusão?
Braga acompanhou o resto do país na onde de mudança e deu um contributo interessante para a vitória do PSD.
Mais do que isso, e agora importa é o futuro, deixou indicações muito interessantes para as autárquicas de 2013.
Porque, á excepção de Vizela, o PSD sozinho ou em coligação com o CDS tem maioria em todos os restantes 13 concelhos do distrito a repetirem-se estes resultados.
Eu sei que são eleições diferentes.
Mas os cidadãos eleitores são os mesmos.
Importa é dar-lhes bons motivos para continuarem a votar no PSD.
Depois Falamos
terça-feira, junho 07, 2011
Impasse
Sou um admirador incondicional de Francisco Sá Carneiro.
O que não será novidade para os leitores regulares deste blogue.
Tenho todos os livros por ele escritos e quase todos que sobre ele se escreveram.
E se posso dizer hoje que tenho todos é porque,finalmente, encontrei um que me faltava.
Comprei-o em 1978,altura em que foi escrito, mas perdi-lhe o rasto há muitos anos.
Provavelmente emprestado a alguém que se esqueceu de o devolver.
Procurei em livrarias,alfarrabistas, comerciantes de livros usados.
Em lado nenhum o encontrei.
Completamente esgotado.
Um destes dias, na internet,encontrei um anúncio de livros á venda entre os quais se encontrava o longamente procurado.
Fui hoje buscá-lo.
E garanto que não o empresto a ninguém.
Porque sendo um pequeno livro de 100 páginas,que reúne artigos e entrevistas de FSC durante o ano "quente" de 1978, é daqueles que melhor traduz o pensamento politico e estratégico do fundador do PSD.
Em boa hora o reencontrei.
Porque o pensamento de Sá Carneiro sobre Portugal deve continuar a ser uma referência fundamental do PSD agora novamente chamado á responsabilidade de governar.
Depois Falamos
O que não será novidade para os leitores regulares deste blogue.
Tenho todos os livros por ele escritos e quase todos que sobre ele se escreveram.
E se posso dizer hoje que tenho todos é porque,finalmente, encontrei um que me faltava.
Comprei-o em 1978,altura em que foi escrito, mas perdi-lhe o rasto há muitos anos.
Provavelmente emprestado a alguém que se esqueceu de o devolver.
Procurei em livrarias,alfarrabistas, comerciantes de livros usados.
Em lado nenhum o encontrei.
Completamente esgotado.
Um destes dias, na internet,encontrei um anúncio de livros á venda entre os quais se encontrava o longamente procurado.
Fui hoje buscá-lo.
E garanto que não o empresto a ninguém.
Porque sendo um pequeno livro de 100 páginas,que reúne artigos e entrevistas de FSC durante o ano "quente" de 1978, é daqueles que melhor traduz o pensamento politico e estratégico do fundador do PSD.
Em boa hora o reencontrei.
Porque o pensamento de Sá Carneiro sobre Portugal deve continuar a ser uma referência fundamental do PSD agora novamente chamado á responsabilidade de governar.
Depois Falamos
segunda-feira, junho 06, 2011
Legislativas 2011
Passadas 24 horas sobre as eleições e tendo já sido feitas milhares de análises e avaliações dos resultados, bem como sobre cenários delas decorrentes, já não haverá muito a dizer sobre o assunto.
Ainda assim arrisco deixar aqui cinco curtas notas sobre os partidos com assento parlamentar.
O PSD foi o grande vencedor.
Elegeu deputados em todos os círculos, ganhou em 15 dos 18 distritos, venceu na Madeira e nos Açores.
A sua hegemonia foi de tal ordem que a Norte do Mondego só não venceu em cinco concelhos.
Guimarães,Fafe e Vizela do distrito de Braga e Matosinhos e Santo Tirso do distrito do Porto.
Uma vitória expressiva com 105 deputados eleitos(com previsivelmente mais três dos círculos da emigração) o melhor resultado depois das maiorias absolutas de Cavaco Silva.
Um resultado excelente.
Mas a sensação de que podia ter sido melhor.
Tema para postagem futura.
Do descalabro eleitoral do PS nem valerá muito a pena falar de tão evidente que é. Um dos piores resultados de sempre dos socialistas e Sócrates a ser o raríssimo caso de um primeiro ministro eleito que perde eleições.
Bem mereceu.
O CDS cresceu nestas eleições.
Passou de 21 para 24 deputados e obteve resultados inesperados em Setúbal e Lisboa.
Mas cresceu menos do que chegou a esperar e não terá no governo o peso que gostaria de ter.
Aliás na noite eleitoral os sorrisos no Largo do Caldas eram um bocadinho forçados.
Pelo menos pareciam.
Bom resultado obteve o PCP.
Aumentou um deputado ao seu grupo parlamentar, afirmou-se como o maior partido de esquerda á esquerda do PS e viu,seguramente com satisfação imensa, o Bloco ficar com metade dos deputados comunistas.
Os comunistas habituaram-nos ao discurso de que ganham sempre mesmo quando perdem.
Desta vez, no seu campeonato,ganharam claramente.
O Bloco de Esquerda teve um resultado horrível face ás suas aspirações.
Perderam 270.000 votos no país, perderam deputados (incluindo o próprio líder parlamentar),passaram a quinto partido.
Nestes dois últimos anos cometeram demasiados erros de que o apoio a Alegre não foi o menor.
Bem pode Louçã assobiar para o ar, bem pode o BE assegurar que nada se passa, bem podem garantir oposição popular.
A questão hoje é saber para que serve o Bloco.
E são cada vez mais os que acham que não serve para nada!
Uma coisa, a concluir, se pode ter como certa.
O PSD sozinho teve mais votos e deputados que PS+PCP+BE.
E esse é um dado a reter para o que aí vem.
Depois Falamos
Ainda assim arrisco deixar aqui cinco curtas notas sobre os partidos com assento parlamentar.
O PSD foi o grande vencedor.
Elegeu deputados em todos os círculos, ganhou em 15 dos 18 distritos, venceu na Madeira e nos Açores.
A sua hegemonia foi de tal ordem que a Norte do Mondego só não venceu em cinco concelhos.
Guimarães,Fafe e Vizela do distrito de Braga e Matosinhos e Santo Tirso do distrito do Porto.
Uma vitória expressiva com 105 deputados eleitos(com previsivelmente mais três dos círculos da emigração) o melhor resultado depois das maiorias absolutas de Cavaco Silva.
Um resultado excelente.
Mas a sensação de que podia ter sido melhor.
Tema para postagem futura.
Do descalabro eleitoral do PS nem valerá muito a pena falar de tão evidente que é. Um dos piores resultados de sempre dos socialistas e Sócrates a ser o raríssimo caso de um primeiro ministro eleito que perde eleições.
Bem mereceu.
O CDS cresceu nestas eleições.
Passou de 21 para 24 deputados e obteve resultados inesperados em Setúbal e Lisboa.
Mas cresceu menos do que chegou a esperar e não terá no governo o peso que gostaria de ter.
Aliás na noite eleitoral os sorrisos no Largo do Caldas eram um bocadinho forçados.
Pelo menos pareciam.
Bom resultado obteve o PCP.
Aumentou um deputado ao seu grupo parlamentar, afirmou-se como o maior partido de esquerda á esquerda do PS e viu,seguramente com satisfação imensa, o Bloco ficar com metade dos deputados comunistas.
Os comunistas habituaram-nos ao discurso de que ganham sempre mesmo quando perdem.
Desta vez, no seu campeonato,ganharam claramente.
O Bloco de Esquerda teve um resultado horrível face ás suas aspirações.
Perderam 270.000 votos no país, perderam deputados (incluindo o próprio líder parlamentar),passaram a quinto partido.
Nestes dois últimos anos cometeram demasiados erros de que o apoio a Alegre não foi o menor.
Bem pode Louçã assobiar para o ar, bem pode o BE assegurar que nada se passa, bem podem garantir oposição popular.
A questão hoje é saber para que serve o Bloco.
E são cada vez mais os que acham que não serve para nada!
Uma coisa, a concluir, se pode ter como certa.
O PSD sozinho teve mais votos e deputados que PS+PCP+BE.
E esse é um dado a reter para o que aí vem.
Depois Falamos
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