Em Portugal existe uma curiosa e ancestral tendência para complicar.
O futebol,actividade fundamental no país,é bem exemplo disso.
Bem exemplo mas mau exemplo.
Veja-se a selecçao no Euro 2008:
Dois jogos,duas vitórias,boas exibições e tudo parece correr sobre rodas.
Eis senão quando,no rescaldo do jogo com os checos,começam a acontecer fenómenos inaceitáveis para uma selecção a disputar uma fase final de tão importante competição.
Como se já não bastasse a mal resolvida (até ao momento) novela Ronaldo/Real Madrid,eis que inopinadamente Scolari anuncia que finalizado a prova vai deixar a selecção rumo aos milhões do Chelsea.
Sabe-se agora que Abramovitch esteve em Neuchatel reunido com o treinador a tratar da futura vidinha deste.
Depois Deco segue o mesmo caminho.
Pior,devidamente autorizado pelos responsáveis(???) ausenta-se para Barcelona para tratar de assuntos pessoais.
Leia-se transferência para o Chelsea.
Pelos vistos até ao iate do magnata russo,ao largo da Croácia,foi.
Bela atitude.
Parece um grupo excursionista de solteiros e casados,em viagem de turismo,na qual para se entreterem vão dando uns chutos numa bola !
Quaresma,Moutinho,Miguel Veloso também tem o seu futuro indefenido.
E tem o mesmo direito de Scolari,Deco e Ronaldo de tratarem da sua vida enquanto estão a disputar a fase final do Euro 2008.
Portugal,os portugueses e especialmente os emigrantes que tem sido extraordinários no apoio á equipa,é que não mereciam esta degradante exibição de falta de profissionalismo.
Para não lhe chamar bem pior !
De facto é mais do que tempo do sr Madail ir embora da Federação Portuguesa de Futebol.
Além do mais perdeu completamente a autoridade.
Depois Falamos.
1 comentário:
Eu não sei se foi bom que, assegurado o apuramento para os quartos-de-final, os jogadores e o treinador resolvessem o seu futuro e afastassem uma dúvida e um problema que os fazia estar mais ansiosos e inseguros ou se foi péssimo porque resolver esse problema traz desconcentração e os jogadores deixam, nem que seja por algumas horas, de se focar nas suas missões futuras da selecção nacional. Sinceramente, não sei.
Quanto a Scolari, eu preferia que continuasse. Mas a nenhum português é legítimo, passados cinco anos, impedir que Scolari também tenha a sua oportunidade de ir ganhar uns bons milhões de euros. De resto, é isso que penso, coerentemente, no caso da continuidade de Moutinho no Sporting.
Só poderiamos condenar toda esta situação se fossemos produtivos. Porque esta selecção foi segunda num europeu e terceira num mundial e, hoje, o país está mais na cauda da Europa do que ontem. A realidade nacional não se reflecte na selecção, que tem, na minha opinião, o melhor jogador do Mundo e os mais promissores jovens da Europa.
Talvez por isso seja ainda mais difícil gerir-se esta selecção nacional. Mas, pelos resultados e pelas exibições, os responsáveis pela selecção, têm de estar de parabéns, independentemente de estarmos, ou não, de acordo com algumas decisões.
Espero que, resolvidas as dúvidas em relação ao futuro de alguns jogadores e do seleccionador, aqueles percebam que Scolari merece o seu empenho até ao fim...e que os jogadores lhe dêem um título europeu que Scolari e a Federação já fizeram por merecer. Porque, no fim do Euro, não haverá mais Scolari. Desejo que esse seja o impacto destas notícias: calma, tranquilidade, certeza, empenho e ambição por ganhar o Euro não só pelos portugueses, não só pelos emigrantes, mas, agora, também por Scolari.
De qualquer modo, ganhar este Euro será mesmo muito difícil. Mas a verdade é que jogo após jogo, exibição após exibição, vitória após vitória, a esperança é cada vez maior...
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