quinta-feira, janeiro 31, 2008

O Supra Sumo


Já tinhamos na vida publica algumas personagens completamente abalizadas para darem opinião sobre tudo.
E sobre todos !
Marcelo,Pacheco,Pulido Valente,Sousa Tavares e mais uns poucos brindam-nos constantemente com as suas doutas opiniões,quase dogmas,sobre tudo que mexe.
Mas há um novo astro no firmamento.
Cujo brilho ameaça atirar para o limbo do esquecimento todos os outros.
Berardo himself.
Depois de quase ter levado um país ao desespero com os milhares de aparições na comunicação social a falar do BCP.
Após ter feito uma perninha no Benfica,atacando Rui Costa (o futuro presidente) e ajudando a destabilizar mais um bocado uma instituição já de si bastante destabilizada.
E tendo-nos ,mais recentemente,brindado com uma clara e técnicamente perfeita explicação sobre vantagens e desvantagens da Ota poderia parecer que as a´reas de saber de tão ilustre personagem estariam esgotadas.
Qual quê.
Ei-lo já a comentar a mini remodelação ministerial,opinando sobre os escolhidos,e tranquilizando-nos com a revelação de que há muito sabia do que se ia passar.
É sempre bom a Pátria poder contar com entes superiores que velam para que tudo corra bem.
Só existe uma coisinha de que Berardo não fala e eu tanto gostava de ouvi-lo.
A forma como arranjou dinheiro na CGD para comprar acções do BCP.
A hábil solução de garantir o empréstimo com as acções que comprou.
E posterior substituição dessa garantia por outra (acções de diferente empresa) de muito menor valor.
Mas disso não fala Berardo.
"Jamais" como diria um dos seus,seguramente,amigos de percurso.
Depois Falamos

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Remendos !


Depois de muito pensar, e de hesitações sem fim,o eng(hoje estou magnânimo...) Pinto de Sousa lá remendou o governo !
Pouco e mal diga-se de passagem.
Quando se impunha uma grande remodelação capaz de dar um novo alento a áreas que estão de há muito paradas,o chefe do governo limitou-se a uns remendos de circunstância.
Saiu o periclitante ministro da saúde e a inexistente ministra da cultura a par do desistente secretário de estado dos assuntos fiscais.
No primeiro caso,curiosamente,após uma semana de grande mediatismo com presença constante em telejornais e programas de informação.
Aquilo que parecia ser um segundo alento para um ministro altamente impopular acabou por ser o seu canto do cisne.
Foi e não deixou saudades.
Substituido por uma respeitável personalidade de terceira linha politica,que ainda não era ministra e já dava entrevistas como tal e agora se sabe que tem uns problemazinhos para resolver com o Tribunal de Contas.
Começa mal...
Na Cultura substituiu uma ministra invisivel por alguém sem visibilidade e nos assuntos fiscais ,finalmente,deixou o homem ir embora.
Ficaram por remendar,embora bem precisassem,outras áreas da governação.
Obras Públicas,Agricultura,Economia e Educação essencialmente,sectores onde existe um descontentamento generalizado.
Mas Pinto de Sousa,eventualmente por ter a lista telefónica esgotada,preferiu deixar andar.
Para mal do país certamente , mas com vantagem para o anedotário nacional que vai continuar a ter enormes fontes de inspiração.
Depois Falamos

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Mentiras avulso

Compreendo,em nome da tolerância,que alguém pago para dar opiniões nos mais diversos meios de comunicação e que ainda por cima se tem em si próprio na mais alta conta,tenha por vezes dificuldade em arranjar assunto.
É o Público,é a Sabado,é a TSF,é a SIC,são mais alguns números avulso,e não há imaginação que aguente tanto comentário,tanta opinião,tanta prosápia,tanta vaidade.
E então na ausência de factos reais passa-se á invenção.
Sempre á custa do PSD.
O partido a que aderiu,após os delirios revolucionários dos anos 70,e que generoso como é lhe permitiu construir uma carreira política altamente reprodutiva em termos de remunerações.
Deputado,deputado europeu,presidente da distrital de Lisboa,lider parlamentar,por todos esses lugares passou,sem deixar marca nem saudade,mas sempre construindo um curriculum e alcançando uma notoriedade que lhe permitiram o palco mediático de que continua a disfrutar.
Falo,como já terão percebido,de Pacheco Pereira.
Que não perdoa á maioria dos militantes do PSD o terem-se "borrifado" para as suas opiniões e eleito um lider de que não gosta.
Por razões pessoais,por razões de estilo,por postura política,seja pelo que for ele não gosta de Luis Filipe Menezes.
Talvez por,lá nas profundezas do seu emaranhado pensamento, saber que Menezes vale votos por si só enquanto ele,Pacheco,para ir a algum lado tem de ir á boleia de alguém !
E o remédio para isso é uma cruzada quixotesca e patética contra o lider do seu próprio partido.
Que lá na extrema esquerda revolucionária,marxista-leninista,de onde veio já lhe teria valido um pontapé no fundo das costas.
Mas que no PSD,livre dos fundamentalismos de um passado recente,nunca receberá.
E ainda bem.
Mas Pacheco,com a arrogância que o caracteriza,ás vezes vai longe de mais.
E mente.
Leia-se o parágrafo abaixo,transcrito do "Abrupto",e no qual Pacheco se estende ao comprido:

"A página pessoal de Menezes é claramente pensada pelos profissionais da agência e substitui o seu antigo blogue, feito por um assessor da Câmara da Gaia, que copiava e assinava em nome de Menezes textos da Wikipédia sobre Bergman e Antonioni para dar um tom cultural à coisa. O blogue de Lopes, a quem a forma de blogue calha bem com a personalidade, é essencialmente sobre aquilo que ele pensa que é. E ninguém melhor que o próprio para lhe dar o tom narcísico absoluto da personagem dentro daquilo que é a sua ecologia do gosto. A página de Menezes é sobre aquilo que Cunha Vaz acha que Menezes deve parecer que é. E por isso é muito mais de plástico.

Deixando de lado o mau gosto de algumas afirmações,oriundas da tal arrogância já conhecida,uma coisa posso garantir porque sei exactamente a realidade.
É completamente falso que alguma vez a "Cunha Vaz" tenha interferido na concepção,construção,imagem,conteúdos do site pessoal de Luis Filipe Menezes.
É mentira !
Mentira !
Pacheco mente quando afirma o que afirma.
Sei quem a construiu,quem faz a sua manutenção,quem durante os meses que tem de vida nela introduziu os conteúdos.
A concepção da página e respectiva colocação on line são muito anteriores a qualquer tipo de colaboração entre a referida agência de comunicação e Luis Filipe Menezes.
Quer como candidato a lider quer como presidente do partido.
A ânsia de dizer mal,de criticar por criticar,de procurar nos palcos que tem disponiveis o enfraquecimento de uma liderança tem este resultado.
A mentira.
Se Pacheco fosse como Pinóquio,e a cada mentira lhe crescesse o nariz, valeria a pena ver a próxima "Quadratura do Circulo".
Afinal estamos em tempo de Carnaval e há máscaras que assentam bem a quem as usa.
Depois Falamos

domingo, janeiro 27, 2008

Vergonha ou falta dela...


A divertida personagem que preside aos destinos do Benfica (oxalá que por muitos anos...) veio na ressaca da inesperadissima vitória em Guimaraes proferir uma declaração que só lhe fica bem.
Diz o senhor em questão que "...os arbitros que apitam os jogos do Benfica perderam a vergonha...".
Não é novidade,há mais de cinquenta anos que assim é,mas fica sempre bem o presidente do clube mais beneficiado pelas arbitragens na história do futebol português vir a público admitir essa realidade.
Só falta,como está agora na moda,vir pedir públicas desculpas a todos os lesados por essa tendência arbitral (chamemos-lhe assim...) que durantes dezenas de anos falseou resultados,deu titulos e impediu outros de os ganharem.
Mas também era pedir demais...
Assim já não está mal !
Depois Falamos

quinta-feira, janeiro 24, 2008

O Sagrado Matrimónio


Somos um país de tradição católica em que o casamento é uma instituição fundamental.
Mas somos também uma nação aberta ao mundo,com uma grande capacidade de adaptação aos tempos e ás culturas,em que aceitamos de braços abertos quase tudo que vem de fora com aura de novidade.
Assim coexistem casamentos com uniões de facto,amizades coloridas com namoros tradicionais,pessoas solteiras que vivem juntas e pessoas casadas que vivem em casas separadas.
Há de tudo e para todos os gostos.
E muito bem.
Vem-me esta reflexão a propósito de um artigo que li um destes dias em que a jornalista autora da peça,fraca por sinal,é namorada semi oficial do chefe do governo.
E em que proferia um violento ataque ao lider da oposição.
Sendo impossivel distinguir onde terminava o rigor jornalistico e começava o facciosismo afectivo.
Sendo que o segundo,em boa verdade,esmagava o primeiro.
Se é que este,nesse artigo,sequer existia...
E baseado nesse (mau) exemplo,com a ajuda de amigos conhecedores,fui elaborando uma lista de jornalistas/comentadores/cronistas que são casados/casadas/namorados/namoradas de menbros do governo ou assessores do mesmo governo.
Só digo isto:
É um panorama assustador.
São mais que muitos.
Ou seja,de um lado e de outro,existem muitos empregos/avenças a defender.
O que explica muito do desiquilibrio politico/jornalistico que vivemos nos dias de hoje.
E nessa matéria,também por não precisar,nem Salazar foi tão longe...
Depois Falamos

As Vacas



Há dois países no mundo em que existem vacas sagradas.

Na India onde os quadrupedes própriamente ditos são venerados e circulam por onde muito bem lhes apetece.

E Portugal em que as "vacas sagradas" sáo bipedes,escrevem em jornais e falam nas rádios e televisões,o que muito bem querem e lhes apetece e não admitem qualquer tipo de contestação.

Porque se ela existe,se alguém coloca em causa as opiniões (porque então se forem os lugares é um escandalo nacional !) juntam-se num movimento corporativo digno do antigo regime e tentam destruir que ousa colocá-los em questão.

Nos ultimos dias,a propósito de declarações legitimas de L.F.Menezes,tem sido um verdadeiro concurso de escribas a ver quem consegue dizer pior.

Do inenarrável Pulido Valente ao insuportável Sousa Tavares,passando por espécimes menores tem sido um verdadeiro coro afinado.

Nalguns casos com uma considerável falta de educação e de nivel.

Onde alguns jornaleiros (porque jornalistas é coisa diferente) do DN tem assumido particular,e negativo,destaque.

Para esta gente não existe Sócrates,Correia de Campos,Mario Lino ou Maria Lurdes Rodrigues.

Não existe inflacção,urgencias fechadas,trapalhadas á volta de aeroportos,desempregados,interior em desertificação,etc,etc.

Para eles,quais rafeiros que mordem onde o dono manda,o principal problema do país é o facto de Menezes discordar do desiquilibrio ( a favôr do PS e do Governo de forma esmagadora)existente nos comentários televisivos.

O PS/Governo já controlam o sistema financeiro (Banco de Portugal + CGD+BCP), grande parte da comunicação social , os milhões que aí vem através do QREN entre muitas outras coisas.

É um poder absoluto,imenso e não democrático.

Se a isso se juntar meia hora semanal de televisão para um porta voz do PS (Antonio Vitorino) sem contraditório,mais uma hora para um ortodoxo sem oposição (Jorge Coelho),mas os tempos de antena avulsos noutros canais e rádios,perceber-se-á que desde Salazar nunca tanto poder esteve concentrado num homem.

Sócrates !

E ainda existem aqueles,até no PSD,que acham que o lider do partido deve ficar calado,contemporizar e fazer de conta que vivemos numa democracia muito perfeita.

Eu sei ,todos sabemos,que noutras culturas do passado existia a tradição de matar o mensageiro que trazia más noticias.

Como se a culpa fosse dele.

No nosso sistema partidário é mais ou menos a mesma coisa.

Com a diferença de que aqui se trata de morte politica e não morte de facto.

E quando o mensageiro aparece a dizer que o "Rei vai nú" os "Brutus" dos tempos modernos começam logo a afiar as facas...

Depois Falamos

terça-feira, janeiro 22, 2008

Números são números


O jornal "A Bola" ,orgão oficioso do Benfica,lembra-se de vez em quando que além de defender o SLB,dar uma ajudinha ao Sporting e contrariar o FCP ainda existem outros clubes no nosso futebol.
E faz uns estudos e umas reportagens que até são interessantes.
Embora a forma obcecada como se ocupa dos três da "vida airada" lhe retire algum rigor e objectividade na análise das coisas.
Na edição de ontem e a propósito das afluências de público aos estádios,descobriu que as dez maiores assistências em jogos sem o trio são no Minho.
E todos contentes com a descoberta anunciavam essa realidade e precisavam que sete delas em Guimarães e três na "arcebispolândia" !
Esqueceram-se foi de precisar que as sete maiores em Guimarães e as três ultimas em Braga.
São detalhes,é certo,mas que fazem toda a diferença.
Depois Falamos

Tio Patinhas


Serenamente,sem polémica,apetece-me dizer o seguinte.
Vivemos em Portugal,um país pobre com uma economia débil e muito dependente da conjuntura exterior.
O fosso entre ricos e pobres não tem vindo a diminuir,antes pelo contrário,e a classe média tende cada vez mais a diluir-se nos pobres e a afastar-se dos ricos.
Ainda assim,ou talvez por causa disso,os lucros da banca privada não param de aumentar e,relatório de contas após relatório de contas,constatamos que cada vez é uma actividade mais lucrativa.
O BCP,instituição de referência e pioneira em Portugal da banca privada pós 25 de Abril,após muitos anos de excelência encontra-se mergulhado em convulsões internas que ainda vão demorar a resolver.
Consequência de guerras entre gestores, de disputas entre maçonaria e opus dei ,ou de outras razões quaisqueres,a verdade é que a imagem se detiorou,o valor das acções caiu brutalmente e quem pagou a crise foram os pequenos accionistas.
Que por alguma razão votaram massivamente,embora debalde,em Miguel Cadilhe.
Em muitos casos,estimulados pelo próprio Banco,esses pequenos accionistas endividaram-se para comprar acções na perpspectiva de realizaram posteriores mais valias.
É a desgraça que se sabe.
Sem oportunidade de recorrerem ao crédito criativo,como por exemplo o especulador bolsista Joe Berardo,hoje muitos deles atravessam situações bem dificeis.
E assistem,atónitos e revoltados,a um dos responsáveis da instabilidade interna sair do Banco com uma indemenização de 10 milhões de euros (dois milhões de contos) e um ordenado vitalicio mensal de 35.000 euros (sete mil contos).
Após dez anos de trabalho no BCP !
É uma empresa privada, é certo ,pertença dos seus accionistas.
Mas a moral não tem fronteiras entre publico e privado.
E embora estas remunerações sejam legais são profundamente imorais.
É um caso em que,como diria alguém,a a debandada das élites compensa...
Depois Falamos

domingo, janeiro 20, 2008

Tanzânia


Clipping


A imprensa de fim de semana,e ainda falta o comentário do professor Marcelo,tem-se pautado por uma grande convergência na critica ás posições do lider do PSD quando este se refere á falta de equilibrio no comentário politico.
No Expresso,Público,Diário de Noticias,SIC,etc é um "fartar vilanagem" nos ataques a Luis Filipe Menezes.
Como se por acaso o PSD,e o seu lider,não tivessem razão no que dizem.
Quando dia a dia,semana a semana,vemos e ouvimos comentadores alinhados com o PS/Governo,laudatórios de Sócrates e destas"magnificas" politicas que trazem os portugueses tão felizes !
E não vemos um comentador,um que seja,a defender politicamente as posições do PSD.
E a questão,sejamos claros,já vem desde o passado,desde outras lideranças.
A gente do PSD(?) que tem assento nesses espaços faz gala em manter a maior distância do partido,das posiçoes que este toma e do respectivo lider.
Seja Menezes,fosse Mendes,Santana ou Barroso.
Claro que estes comentadores supra sumo,que nunca se enganam nem nunca tem duvidas,adoram ser incensados pelos politicamente correctos,por aqueles por quem a subserviência,qualquer subserviência,é a marca genética da sua presença na politica.
Babam-se de gozo narcisico perante os elogios á sua inteligência,visão politica e independência de comentário.
Quando aparece alguém que não os incensa, nem os vê como gurus politicos,levanta-se um coro orquestrado de indignação e consequente bota abaixo.
Veja-se o paradoxo:
Esses comentadores que tem opinião sobre tudo e sobre todos não admitem que alguém tenha opinião sobre eles próprios !
É o autismo levado á ultima consequência.
Quando,em bom rigor,ninguém os quer retirar das suas cátedras do comentário e consequentes cachets .
Apenas se pretende equilibrio político.
E igualdade de oportunidades.
Depois Falamos

Tigre

Foto: National Geographic

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Ei-lo de novo...




Pacheco himself !
Desta vez arremetendo,porque ele todas as semanas arremete contra o PSD,contra a proposta do lider do partido em equilibrar politicamente os espaços de debate nas televisões.
A situação actual é a seguinte em termos de programas regulares:
Na RTP existem dois comentadores fixos que são Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino.
Enquanto este é a voz do governo,e as vezes em sessões partidárias até aparece como porta voz do PS,aquele está muito longe de estar sequer alinhado com as posiçoes do partido a que pertence e de que já foi lider.
Critica tudo e todos,mais uns do que outros,como é sabido.
Na SIC,naquele eterno "quadratura do circulo",é o que se sabe.
Jorge Coelho defende o PS e o governo,Lobo Xavier o CSD e Pacheco Pereira ataca o PSD tanto quanto pode.
Dai a vontade,legitima,de o PSD ter na comunicação social quem de forma periódica defenda as suas posições.
A exemplo do que acontece com o PS.
Pois Pacheco,o eterno comentador,vem considerar esse desejo do partido em que está inscrito (porque militar é coisa bem diferente) como "ridiculo" e "anti democrático".
Nem valerá a pena tecer grandes considerações sobre esta postura de Pacheco.
Não traz nada de novo.
Apenas manifestar compreensão pelas preocupações do insigne profissional do comentário.
Porque mais comentadores significam concorrência.
E isso reflecte-se nos cachets !
É a vida.
Depois Falamos

terça-feira, janeiro 15, 2008

Cá os esperamos...


É aqui !
Sábado,dia 26, no estádio D.Afonso Henriques o Vitória vai atacar o segundo lugar do campeonato.
Uma equipa que no ano passado,nesta altura,se arrastava penosamente a meio da tabela da II Liga.
Um feito notável,protagonizado por treinador,jogadores e direcção.
Mas que tem na sua génese um apoio fantástico de uns adeptos que continuo a considerar inigualáveis em Portugal.
Perto dos 30.000 sócios e das 20.000 cadeiras vendidas,quarta média de assistências dos clubes portugueses sem ter defrontado ainda os crónicos candidatos ao titulo,um entusiasmo e uma paixão sem paralelo.
Não sei,ninguém sabe,se o Vitória vai alcançar a "Champions".
Depende de muitos factores.
Mas sei,todos os vitorianos sabem,que a Bwin Liga connosco é bem diferente.
Para muito melhor.
Depois Falamos

Pinguins

Foto:National Geographic

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tempos Sombrios


A democracia portuguesa vive tempos de inquietação.
Sombrios até.
É a arrogância em crescendo do governo,é o governador do B.P. a imitá-lo,é o caso BCP,é a ASAE a treinar para CIA á portuguesa,é a Ota e Alcochete e um ministro sem vergonha,é o descalabro na Saúde com o ministro mais autista de que há memória,enfim os exemplos multiplicam-se perante um país cada vez mais atónito com este socialismo á portuguesa.
Á Sócrates melhor dizendo.
Há contudo um caso preocupante ,diluido neste conjunto mas de enorme significado,que é o do secretário de estado da segurança social.
Que achou que os reformados não sabem administrar o seu dinheiro e que por isso era melhor pagar-lhes os retroactivos em prestações para não gastarem tudo de uma vez !!!
É desumana,cruel e injusta esta forma de pensar.
Quando,além de tudo o mais,estamos a falar de uns miseros euros para quem,na maioria dos casos,necessitava de bem mais.
Retroactivos e pensões.
É grave,e muito mais frequente em regimes totalitários,existir quem se arrogue o direito de pensar e decidir em nome do povo.
Em coisas que são da estrita opção de cada um.
Tivemos 48 anos disso !
Mas muito mais grave é existir um primeiro ministro que caucione esta forma de pensar mantendo tão infeliz pensador no governo.
Ou será que é orientação do governo pensar assim ?
Depois Falamos

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Os Putos


Não,não me refiro á obra,aliás magnifica, de Altino Tojal.
Refiro-me a outros putos.
Que tem idade para serem homens mas não passam de garotos.
Que ocupam cargos para que não tem categoria.
Que substituem a frontalidade pela calúnia,a coragem pela intriga,o confronto leal pelo golpe baixo .
Que por si sós pouco valem mas cuja afirmação vem sempre á boleia de quem precisa de servos obedientes e pouco escrupulosos.
Que não tem pejo em trocar de amigos,de lealdades,de compromissos.
Importa é manterem-se á superficie.
Como as rolhas de cortiça.
Que dão o dito pelo não dito com a facilidade e rapidez com que os semáforos mudam de cor.
Vivem no submundo da sociedade.
Sem valores,sem convicções,sem honra.
Sem serem leais a ninguém e todos sabendo que com eles para nada de bom se pode contar.
A não ser para golpezinhos,golpes e golpadas.
Andam por aí no meio de gente muito mais séria do que eles.
Também não é dificil..
Conheço-os muito bem.
Deixá-los ir andando...
Depois Falamos

Policias e Ladrões


Ainda voltando ao temas das desgraças recentes do "Animal Feroz" não deixa der ser curioso assinalar que,ao contrário do que muitos pensam,ele revela preocupantes sinais de falta de autoridade.
Nomeadamente para com aqueles que lhe são próximos e foram por ele escolhidos.
Ou seja,os membros do seu governo.
Váriois exemplos entre muitos possiveis:
Foram as divertidas gaffes do ministro Manuel Pinho sobre a responsabilidade dos consumidores no preço da energia ou os baixos salários praticados em Portugal como factor de promoção do investimento externo.
Foi o patético "jamais" do ministro Mário Lino.
Foi ainda a tese de Mário Lino sobre o "deserto" que seria a margem sul.
Foram as declarações de Laurentino Dias sobre a arbitragem.
Ou as recentes e disparatadas afirmações do secretário de estado da segurança social sobre fraccionar os retroactivos das pensões.
A tudo isto Sócrates encolheu os ombros,assobiou para o ar e fez de conta que não era nada com ele.
Em vez de tomar as decisões que se impunham.
Mas o ministro das finanças,Deus nos valha,conseguiu ir mais longe ainda no despautério e falta de senso.
Quando reagindo ás criticas da oposição ao papel do governador do Banco de Portugal no caso BCP,afirmou que a oposição não devia ir atrás do policia mas dos ladrões.
Não,não foi nenhum chefe de claque futebolistica que chamou ladrão ao árbitro do jogo da sua equipa.
Foi o ministro das finanças,Deus nos valha repito,que comparou Constâncio a um policia e sucessivas administrações do BCP a ladrões.
Um primeiro ministro com autoridade e sentido de estado tê-lo-ia demitido de imediato após um obrigatório pedido público de desculpas.
A ninguém,muito menos a um membro do governo com as responsabilidades de Teixeira dos Santos,devia ser permitido este tipo de linguagem,este lançar de suspeições sobre pessoas que até prova em contrário são gente de bem.
O que fez Sócrates ?
Nada !
Porque simplesmente perdeu a autoridade sobre o seu próprio governo.
Depois Falamos

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Pobre Animal Feroz


O debate de hoje,no Parlamento,demonstrou que o outrora "animal feroz"...já era !
Cercado pelas bancadas da oposição,consciente da trapalhada explicativa em que se enredou por causa da não convocação do referendo,perseguido pelo escândalo BCP/CGD,ridicularizado pelas patetices de um secretário de estado,com uma situação económica que só ele acha em recuperação,Sócrates foi simplesmente penoso.
Penoso no modo,penoso no conteúdo.
Ele,que nos primeiros tempo passava este tipo de debates ao ataque,viu-se obrigado a defender,a explicar e justificar.
Enervou-se,perdeu o controle,enveredou por argumentos menores quando o que se lhe pedia eram afirmações convincentes.
Perdeu mais um debate.
Perdeu com Santana,perdeu com Portas,perdeu com Louçã !
Apenas equilibrou com o voluntarioso Jerónimo,o que por si só demonstra o estado em que está a crise...
A tal ajudou uma prestação quase inexistente do PS,incapaz de ser o par de muletas que o PM tanto necessitava,que quando entrou em campo já o jogo estava perdido há muito.
E a entrada no debate do lider parlamentar socialista foi tão densa,tão embrulhada,que acho que ninguém (a começar por Sócrates !!!) conseguiu perceber a primeira pergunta feita.
Tempos dificeis para o governo socratista.
Tão dificeis que no final do debate ninguém,mas ninguém mesmo ,lhe terá dito..Porreiro pá !
Depois Falamos

terça-feira, janeiro 08, 2008

È mesmo para rir...


São bastas as razões para rir.
Dos que não são benfiquistas como é natural.
São os kits de sócio,são as desavenças de Veiga & Vieira Sa,são as entrevistas de Nuno Gomes,as declarações de Camacho (jogar á Porto...),as confissões de Simão,as intentonas de Berardo, os amuos de Rui Costa,enfim,disparates por todo o lado.
Este fim de semana jogadores e direcção ainda conseguiram melhor.
Dois jogadores desentendem-se em campo,o treinador e muito bem substitui-os,a direcção castiga ambos.
Até aqui tudo normal dentro da anormalidade protagonizada por Luisão e Katsouranis.
Mas Vieira,o conhecido expert em futebol,resolveu intervir.
E então mantendo o castigo a um dos jogadores retira-o ao outro com o espantoso argumento de que é um dos capitães de equipa !!!
Mas então isso não pressuporia que devia ser um exemplo em campo ?
E que devia portar-se melhor que todos os outros ?
Para Camacho sim.
Para Vieira não.
De uma assentada Vieira desautorizou o treinador,premiou indisciplina e arranjou pretexto para resolver internamente qualquer coisa que correria mal.
Não conseguiu foi disfarçar o lindo ambiente que se viverá no balneário da Luz.
E depois,claro,tem de inventar pretextos e desculpas para justificarem a superioridade do F.C. Porto.
Coitados...
Depois Falamos

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Cumprir ou não Cumprir


Os mandatos são para cumprir.
É um velho chavão que radica em algo de essencial para quem elege candidatos para qualquer lugar.
A certeza de que os eleitos cumprirão cabalmente o mandato para que foram escolhidos.
E cumprir cabalmente significa,claramente,cumpri-los até ao fim !
Contudo,no nosso universo politico vai-se criando o nefasto hábito de os eleitos,uma vez no poder,darem uma interpretação muito própria ao significado do conceito"cumprir" .
Que hábilmente se vai trasnformando no conceito de cumprir até quando nos der jeito...
E por isso,lamentávelmente,se vai assistindo com uma frequência cada vez maior á antecipação de eleições para orgãos partidários concelhios e distritais.
Com uma muita imaginativa gama de argumentos:
Ou é porque há um novo lider,ou um novo ciclo politico,ou é preciso adequar o novo mandato aos ciclos eleitorais,ou é necessário reafirmar a legitimidade,enfim todos os pretextos servem.
Curiosamente,deve ser coincidência,essa antecipação de eleições faz sempre coincidir o novo mandato com o periodo em que se processam escolhas importantes.
Deputados,deputados europeus,candidatos a autarquias !
Esse tipo de procedimento,que serve amplamente os interesses de quem o despoleta,não serve contudo o das organizações de que fazem parte.
Porque ao colocar na mão dos principais interessados a escolha de datas óbviamente dá-lhes enorme vantagem em termos de calendário eleitoral e captação de apoios.
E impede um debate de ideias e uma concorrência em plano de igualdade que é uma das traves mestras da democracia.
Solução para estes procedimentos desprovidos da mais elementar ética politica ?
Muito simples:
Ou as organizações e partidos proibirem a antecipação de eleiçoes ou então aqueles que não levarem o mandato até ao fim ficarem impedidos de se recandidatarem no âmbito das tais eleições antecipadas.
E isso serve a democracia,o debate interno,e a qualidade das escolhas.
Se houver coragem e determinação é fácil.
Se não houver...as golpadas continuarão a proliferar e os cidadãos cada vez mais descrentes da qualidade da democracia que vamos tendo.
Depois Falamos

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Brigada do Reumático


A "Brigada do Reumático" original foi constituida por um grupo de oficiais de altas patente que foram jurar fidelidade ao antigo regime a poucas semanas do 25 de Abril.
Na sequência da publicação do livro de António de Spinola (Portugal e o Futuro) o regime decadente exigiu ás forças armadas ,através dos oficiais de alta patente ,uma prova de solidariedade.
Ela foi dada nesse beija mão a Marcelo Caetano que o povo com aquela mordacidade bem portuguesas logo alcunhou como a brigada do reumático.
Precisamente porque nela participaram os oficiais generais,logo os mais antigos,convictos que representavam o sentir de todas as forças armadas.
Enganavam-se porque o problema,para o regime é claro,estava nos capitães !
Com o advento do 25 de Abril pensariam alguns que estava passado o tempo das brigadas do reumático e adquiridos novos hábitos.
Puro engano.
O que aconteceu,acontece e acontecerá é que as brigadas do reumático democratizaram-se,rejuvenesceram e alargaram o leque de abrangidos.
Existem nos partidos,nas empresas,nos sindicatos,nas associações e em muitos outros sitios onde exista poder para repartir e benesses para receber.
Abrangem agora todas as idades,estratos sociais,categorias profissionais.
Onde houver poder,ainda que inoperante,gasto e pouco prestigiado,mas poder,lá está a respectiva brigada do reumático.
Porque em bom rigor a muitos,não todos,o que interessa é que nenhuma migalha se perca entre a mesa e o chão.
Ainda que para a apanhar se vejam sujeitos aos mais ridiculos contorcionismos.
Depois Falamos

Citação



"Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, janeiro 01, 2008

BCPezices...


Será preciso ter muita imaginação para conseguir armar uma trapalhada semelhante á que está montada á volta do maior banco privado português.
Desde o governo,insaciável na sua vontade de controlar tudo e todos,que completamente ao arrepio dos interesses das CGD resolve de uma penada transferir três administradores de um banco para o outro como quem muda de camisa.
Pouco se importando com clientes,interesses e estratégias da Caixa,que sendo um banco público devia merecer outro respeito por parte de quem o tutela.
Depois a inadmissivel,desastrada e infeliz (para não lhe chamar bem pior) intromissão do cinzentão mais cinzentão da politica portuguesa,o inefável governador do Banco de Portugal,arrogando-se competências que não tem,proferindo sentenças para que não está habilitado e demonstrando á saciedade aquilo que se sabe desde sempre.
É um comissário politico do PS nas funções que exerce,o que aliás já tinha demonstrado na forma abissalmente diferente como tratou assuntos idênticos.
Falo do déficit e do tratamente que Constâncio lhe deu conforme o primeiro ministro se chamava Santana Lopes ou José Sócrates.
A seguir a onda de ataques ao lider do PSD,desde o ministro das finanças ao clone plástico de Sócrates a que alguns chamam Silva Pereira,apenas porque cometeu a "ousadia" de denunciar a enorme negociata que se desenhava por trás de todo o caso BCP.
No meio de tudo isto,com o banco fragilizado e o bom nome daqueles que o administraram desde 1999 posto em causa,surgem ainda fenómenos inexplicáveis como o da subscrição da lista de Santos Ferreira por parte de Jardium Gonçalves e alguns ex administradores.
Porquê ? Para quê ? Em nome de quê ?
Eis senão quando aparece,em boa hora,Miguel Cadilhe a denunciar tudo isto,a chamar ás atitudes do governador do Banco de Portugal aquilo que outros pensam mas não dizem e a assumir-se como alternativa ao mega "cozinhado" a que se ia assistindo.
Caiu o "Carmo e a Trindade" por alguém ter a coragem de dizer que o rei vai nú.
Espero,e isso seria excelente,que Cadilhe ganhe.
Primeiro porque me parece uma boa solução para o Banco.
Depois porque seria delicioso ver o PS,que tudo fez para os dois maiores bancos do país serem dirigidos por socialistas,ter de engolir dois social democratas á frente da CGD e do BCP.
Restam um desejo e uma interrogação.
O desejo de que os problemas do maior banco privado português se resolvam depressa,bem,e pelos seus accionistas.
È o que costuma acontecer nas empresas privadas e nas economias de mercado que funcionam normalmente.
A interrogação simples,mas importante:
Berardo,porque não te calas ?
Depois Falamos

Bom Ano Novo


FELIZ 2008