segunda-feira, setembro 25, 2006

Horas


No país em geral, e no Portugal politico em particular,o cumprimento de horário é algo que se verifica como excepção rarissima e não como regra de cumprimento habitual.
Marcada uma determinada hora para o inicio de uma cerimonia,de um evento,seja do que for,já todos sabemos que não vale a pena ser pontual porque neste país nada começa a horas.
Por educação recebida e por feitio (apurado no serviço militar) sempre gostei de cumprir horários.
Entendi,e entendo,que se todos o fizessemos a vida seria muito mais simples ...para todos !
Prefiro mil vezes esperar do que esperarem por mim.
No tempo em que estive na assembleia da república sempre me fez confusão que plenário e comissoes começassem sempre,mas sempre,com quinze,vinte minutos de atraso.
É verdade que no tempo em que o presidente da aasembleia era Mota Amaral foi feito um notável esforço no caminho da pontualidade.
Mas foi a excepçao e não a regra.
O mesmo se passa em actos com menbros do governo,em cerimonias do Poder Local,ou em muitos outros tipos de actividade do dia a dia de todos nós.
E mais confusão me faz por saber que os portugueses (e dentro deles os agentes politicos) que não começam nada a horas,se atrasam para tudo,fazem da pontualidade tábua rasa,são os mesmos que conseguem chegar com pontualidade,as vezes até com adianto em relaçao á hora marcada,ao futebol,ao cinema e aos espectaculos musicais.
É apenas uma questão de autodisciplina.
Depois Falamos

3 comentários:

Gonçalo Capitão disse...

Infelizmente, como adoro ir ao cinema, posso dizer-te que, não sabendo se muitas figuras públicas vão ver filmes (duvido...), o atraso é regra, sendo eu, que entro a tempo na sala, confrontado com várias terminações de coluna vertebral à altura do meu rosto, tal a quantidade de pessoas que, depois da hora, insiste em passar-nos à frente.

Quanto à pontualidade, concordo.

O deputado e nosso ex-colega Correia de Jesus tem um opúsculo sobre o "Direito ao tempo", que é delicioso!...

A dita obra versa, precisamente, o tema. Aliás, creio não cometer uma inconfidência ou deselegância ao dizer que o dr. Correia de Jesus, quando desempenhou uma determinada função pública, instituiu uma prática genial: chegava à hora exacta e aguardava cinco minutos no carro, para que os colaboradores usufruíssem dessa tolerância, que não podia, em caso algum, ser excedida.
Se, como eu, já o estimavas, creio que agora, dado o teu post, o idolatrarás. :)

Couve disse...

Já somos dois que gostam da pontualidade e fazem tudo por tudo para a cumprir.

Mas também te digo que quando em Portugal quando se começar a perceber o que significa a palavra RESPEITO, respeito pelos horários, pelo próximo e Portugal, ninguém nos parará.

António Jorge Lopes disse...

Caro Luis,

Não é apenas uma questão de auto-disciplina, é bem mais grave: o relógio já só serve para adereço decorativo, pelo que só se lembram dele para o mostrar "às garinas e aos garinos" para fazer "boa" figura.

Como sabes, alinho contigo na questão da pontualidade!