sexta-feira, setembro 29, 2006

As Chaves do sucesso


O Vitória,iniciada nova época exactamente como terminara a anterior,ou seja,com insucessos desportivos e tremenda insatisfação dos sócios,está já naquela fase de ver cada jogo como uma final.
Não para evitar a descida de divisão,pelo menos assim se espera,mas para não perder o comboio da subida para o qual outros parecem já ter bilhetes comprados.
Não valerá grandemente a pena estar,uma vez mais,a bater no "ceguinho" e a escalpelizar as razões pelas quais o clube vive nesta vil e apagada tristeza.
Já o disse aqui,tempos atrás,que cada dia que o actual presidente e os restantes orgãos sociais se mantém em funções é um dia perdido na história do clube.
Importará mais,muito mais,pensar no futuro,nas soluções para sair da crise e,essencialmente, nas medidas a tomar para que ela não se repita nunca mais.
A primeira medida passa,como atrás foi dito,pela exoneração dos actuais orgãos sociais.
Não servem.
A seguir é importante que o Vitória saiba encontrar no seu seio,preferencialmente nos milhares de associados que nunca foram dirigentes de outros clubes do concelho,um conjunto de pessoas disponiveis para servirem o clube abnegadamente,sem vaidades nem preocupação de protagonismos,com tarefas bem distribuidas e capazes de um trabalho solidário para o engrandecimento do Vitória.
Um deles,o mais bem posicionado,será o presidente.
Num sistema de direcção colegial e não no presidencialismo dos ultimos (quase) trinta anos.
Depois é importante ter a coragem de avançar para uma SAD.De forma clara,num processo transparente em que fique bem definida qual a participalção do clube na SAD,qual o lote de acções para os sócios e qual o lote de acções para o publico em geral.
Entendo,é minha opinião,que o clube nunca deve ficar com menos de 35% da SAD.
Não será o modelo de gestão que mais me agrada,mas hoje face á crise desportiva evidente e financeira suposta,não vejo qualquer outra possibilidade de encontrar dirigentes que queiram seguir outro caminho.
Mecenas já não há e em bom rigor nem é desejável que existam.
Este clube,como qualquer clube tem de viver dentro das suas possibilidades,receitas e despesas,sob pena de um dia se precipitar num abismo sem retorno.
Finalmente,estou apenas a citar aquilo que entendo como grandes linhas de orientação,é preciso equacionar sériamente a venda do actual complexo desportivo,negociando com a Câmara a revisão do PDM para aqueles terrenos e utilizando a receita da venda para sanear financeiramente o clube e construir um novo centro de estagio afastado da cidade.
Em Ronfe,S.Torcato,Pevidém,etc.
A exemplo do que faz o Porto (Olival/Gaia) o Benfica (Seixal) ou o Sporting (Alcochete).
Como vitoriano de bancada(onde seguramente permanecerei),com 34 anos de associado,apoiarei quem se apresentar a votos com ideias dentro da linha aqui defendida e que protagonize uma candidatura colegialmente credivel.
Que leve o clube,em termos directivos,de regresso ao espirito do Bem-lhe-vai,da Amorosa,do Estádio Municipal.
Um Vitória dos sócios e para os sócios.
Um verdadeiro Vitória de Guimarães.
Depois Falamos

3 comentários:

Rui Miguel Ribeiro disse...

A conclusão do comment anterior verbaliza aquilo que pensei quando acabei de ler o post: «Não duvido do que escreveste na resposta ao meu comment anterior, nem do que reiteraste neste post, mas uma pessoa com ideias claras e sólidas e uma linha de rumo para um clube à deriva como o Vitória parece ser, arrisca-se a que se junte uma hoste à sua volta, lhe entreguem uma espada e o "empurrem" para a frente de batalha.»
Espero que o Vitória recupere e que tu só te deixes envolver até onde realmente quiseres (de preferência, mantendo a cabeça de fora!).

Luis Cirilo disse...

Meus Caros Daniel,Diogo (que não tenho o prazer de conhecer) e Rui Miguel ("velho" amigo e companheiro de muitas lutas):Agradeço muito sinceramente as vossas palavras.Como terão percebido gosto muito do Vitoria e estou francamente preocupado com o presente e sobretudo com o futuro do clube.
Já aqui deixei escrito em várias ocasiões ,e continuarei a fazê-lo sempre que achar oportuno,a minha opiniao sobre os actuais orgaos sociais.Especialmente sobre presidente e direcção.
Quando o presidente Pimenta Machado saiu pensei ,seriamente,candidatar-me á presidência do Vitoria.Entendi,a tempo,que não teria as condições necessárias para o fazer naquele contexto.
Durante estes anos de afundamento do clube dei sempre a minha opinião,de forma clara e frontal,sobre o que se estva a passar.Nomeadamente na Radio Santiago no "Fórum Vitória".
Procurei igualmente fazê-lo na famosa assmebleia geral da moção de confiança,mas como estarão recordados o "sistema" não o permitiu.
Assumi,perante mim próprio, a decisão de não me envolver, a não ser como associado com direito a voto, na sucessão deste presidente.
Seja em que qualidade fôr.
Não serei candidato a nenhum orgão, em nenhuma lista ,se para tal fôr convidado.
Não por entender que não poderia dar o meu contributo,minimamente válido como dei no passado,a uma soliçao directiva.
Mas porque não tenho a minima motivação para ser dirigente desportivo nos proximos anos.
Há vida,muitissima mais vida,para além do futebol.

Gonçalo Capitão disse...

Luís,

Vindo de um adepto da Briosa, como eu, sabes o que valem as palavras seguintes: se te candidatares, um dia, prometo embirrar um bocadinho menos com o Vitória!

:)