Há que dizer que os três personagens deste cartoon de António são os expoentes máximos do ridículo que neste momento se vive neste país.
O do meio envergonha-nos todos os dias tais as figuras que faz.
Nomeadamente comportando-se como um vulgar comentador desportivo, analisando as exibições da selecção e avaliando o desempenho individual de cada jogador.
Não só não tem a mínima noção do ridículo como rebaixa a dignidade do cargo que ocupa a níveis inimagináveis.
O gorducho à sua direita é um expoente de irresponsabilidade, de incompetência e da enorme dificuldade em compatibilizar o que diz com a verdade das coisas.
Tem o governo a desfazer-se aos bocados, vários casos de incompatibilidade dos seus ministros entre as funções públicas e os negócios particulares, um país com os problemas a agravarem-se todos os dias.
O terceiro é um daqueles casos em que basta dar-lhe poder para se lhe conhece ro carácter.
O episódio de prepotência e arrogância, protagonizado um destes dias, com os agentes da PSP em serviço no Parlamento dizem tudo sobre um "lobo" que por questões de pré candidatura presidencial anda por aí armado em "cordeiro".
Caiu-lhe a máscara.
Pois os três personagens, que para desgraça do país são as três figuras cimeiras da hierarquia do Estado, resolveram que a prestação da selecção nacional no Mundial do Catar era indissociável das suas presenças pelo que fazerem uma escala, tipo piquete, para irem assistir aos jogos no temor de que sem eles Portugal saisse copiosamente derrotado dos três.
Simplesmente ridículo.
E um péssimo sinal dado a um país que mergulhado em problemas, da economia e finanças à saúde e justiça, gostaria de ver os seus máximos responsáveis menos preocupados com futebol e mais empenhados na resolução daquilo para que foram realmente eleitos.
Compreenderia que o Presidente e o primeiro ministro (o presidente do Parlamento não há cenário nenhum que justifique a sua ida) fossem ao Catar se a selecção atingisse as meias finais onde faria sentido estar o PM e a final onde a presença do Presidente seria de todo justificada.
Agora jogos da fase de grupos?
Ainda por cima quando se entretiveram em discursos pomposos sobre questões internas do Catar, quando em casos similares verificados noutros países ficaram muito caladinhos, que acarretaram problemas diplomáticos bem evitáveis e obrigaram a que aquele que não tinha que ir , mas foi, tivesse de pôr àgua na fervura com as únicas declarações sensatas do trio sobre as tais questões internas.
Talvez porque tendo sido ministro dos negócios estrangeiros e estar familiarizado com estas coisas da diplomacia tenha percebido melhor que os outros dois que as acusações feitas podiam sair-nos muito caras se o governo do Catar resolvesse agir no quadro das acusações que lhe eram feitas sobre comportamentos autoritários e mandasse empresas e trabalhadores portugueses que estão no país darem um volta ao bilhar grande como se costuma dizer.
Em suma do trio de viajantes compulsivos (então o do meio...) dois já lá foram e o terceiro lá estará na sexta feira mas com a ameaça, que seguramente vão cumprir, de lá voltarem consoante a selecção vá avançando na prova.
Pena é voltarem!
Depois Falamos.