sexta-feira, janeiro 15, 2021

Não

Gosto do debate político!
Vivo, duro, com troca de ideias e argumentos assentes em convicções mas sem nunca resvalar para o insulto e para a tentativa de achincalhamento dos adversários.
Revoltei-me durante muitos anos, e ainda me revolto, com a panóplia de insultos, insinuações canalhices e mentiras que a esquerda e a extrema esquerda proferiram, e proferem, desde 1975 contra homens que muito fizeram por Portugal como Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco Silva ou Pedro Passos Coelho.
Nalguns casos bem piores que a lamentável troca de "mimos" entre alguns dos candidatos a estas presidenciais.
Ontem ouvi André Ventura referir-se a alguns dos outros candidatos, e ao próprio líder do PCP, de uma forma inaceitável que merece clara censura pelos termos utilizados.
E digo-o com o à vontade com que noutras ocasiões o tenho elogiado.
Esteve muito mal.
Percebo, embora sendo atenuante não seja justificação, que André Ventura deve estar com a paciência de rastos depois de andar a ser continuamente insultado há largos meses por alguns dos seus adversários nesta eleição, pela comunicação social (especialmente o grupo Impresa através do Expresso e da SIC) , pelos "heróis" que pululam nas redes sociais, por dirigentes de vários partidos incluindo um a quem deu a mão nos Açores.
Já para nem falar das imbecilidades do Ricardo Araujo Pereira.
Mas quem tem a legítima ambição de ser Presidente da República não pode baixar o nível, não pode usar a linguagem dos adversários ( recordo que nos últimos tempos lhe ouvi chamar fascista, xenófobo, racista, aprendiz de ditador, cobarde, vil, troca tintas, vigarista entre outros termos que a esquerda acha que tem o direito de aplicar aos adversários mas que se escandaliza quando lhe são aplicados) , não pode cair em provocações por mais elaboradas que sejam.
Já toda a gente percebeu que Marcelo Rebelo de Sousa vai ganhar folgadamente as eleições e que o grande objectivo da esquerda radical (mesmo a que se acoita no PS) é impedir André Ventura de ficar em segundo lugar à frente da inenarrável Ana Gomes.
E para isso estão e vão usar tudo que lhes seja possível das acções de rua contra a campanha de AV aos comentadores pagos pelos 15 milhões com que o governo domesticou grande parte da comunicação social passando por sondagens manipuladas.
Seja como for André Ventura tem de saber responder a isso sem descer o nível do debate e deixando os golpes baixos para quem é de há décadas especialista neles.
Não pode é repetir o que fez ontem!
Que foi feio.
E com Marcelo a pairar muito acima desta campanha cabe aqui uma palavra de elogio a João Ferreira que se recusou a responder aos insultos e não foi por um caminho que em boa verdade não devia interessar a ninguém.
Depois Falamos

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