quinta-feira, fevereiro 13, 2020

Jamor ?

Depois de duas enlameadas, pelos árbitros e pelo VAR, meias finais da Taça de Portugal em que os erros foram mais que muitos e sempre a favorecerem os mais fortes (com excepção de um penalti sonegado ao Porto no jogo de Viseu) apuraram-se para o jogo derradeiro os clubes que o "sistema" mais desejava, ou seja, Benfica e Porto.
Há dezasseis anos que não acontecia uma final entre estes dois inimigos figadais do desporto português que nos propiciam (por mim bem dispensava) diariamente um confronto de insultos, insinuações e suspeições absolutamente indignas de colectividades de um país que se supõe civilizado.
E é. O país. Eles é que não.
Pois agora a propósito dessa final, que nos seus patéticos "mind games" já ambos andam a preparar, começam a surgir vozes a pôr em causa ( e muito bem diga-se de passagem) as condições de segurança que o Jamor oferece para um jogo de tão elevado risco.
Bem vindos ao clube.
Pela parte que me toca quer neste blogue, quer em artigos no zerozero, quer em artigos publicados em jornais, quer até nos tempos de comentador televisivo no Porto Canal h+a muito tempo que defendo que aquele estádio já não tem condições para albergar jogos da dimensão da final da taça.
Deixo a seguir cinco links ( aquiaquiaqui,aquiaqui) em que fundamento a minha opinião.
O primeiro deles de 2011 embora haja mais antigos.
É um estádio sem conforto por ser descoberto (já lá apanhei um calor insuportável na final de taça de 1988 e chuva torrencial na de 2017), sem a lotação necessária para grandes jogos, sem casas de  banho e bares condignos e sem as condições de segurança necessárias a eventos em que vem ao de cima grandes paixões e enormes rivalidades.
Não nego que a FPF tenha desenvolvido um grande esforço de modernização mas definitivamente é um estádio ultrapassado, o enquadramento e a paisagem são excelentes mas isso não interessa para nada, que a própria selecção nacional deixou de utilizar há muito tempo preferindo uma dezena de estádios bem mais modernos que há no país.
A única razão para ser mantido como local permanente da final da taça é ser em Oeiras, ao pé de Lisboa, e isso dá muito jeito, por todas as razões, aos dois clubes maiores da capital e aos seus adeptos que assim evitam deslocações quando os seus clubes marcam presença no jogo da final.
Pode ser que a propósito da final deste ano, e esperemos que apenas por razões e não por factos a lamentar, se comece a pensar seriamente em deixar o Jamor e marcar o local da final por acordo entre os dois finalistas de cada edição.
É muito mais adequado aos tempos que vivemos e às realidades que temos.
Depois Falamos.

Sem comentários: