segunda-feira, fevereiro 24, 2020

Jackson

 Foi um dos melhores pontas de lança que passou pelo futebol português nos últimos largos anos. Depois foi para Espanha e para a China onde ganhou a vida mas perdeu a carreira fruto de sucessivas lesões.
 Hoje não sendo uma sombra do jogador que foi é, ainda assim, um atleta limitado com dificuldade em correr e em fazer movimentos em que outrora era exímio. 
O talento continua lá todo mas falta a saúde que lhe permita exprimi-lo na plenitude. 
Apenas podemos louvar a sua força de vontade e espirito de sacrifício que por amor ao futebol, que não por necessidade económica, o mantém a jogar a um nível que não é o dele mas também não envergonha o seu percurso.
 Ontem, a finalizar a primeira parte de um jogo que estava 0-0, falhou um pénalti. 
Como já tinha falhado outros no passado e como pode falhar qualquer jogador que assuma a responsabilidade de os marcar. 
Nas redes sociais soltou-se de imediato aquilo que elas tem de pior. 
E imagino o que lhe terão chamado muitos dos que andaram toda a semana a chorar lágrimas de crocodilo pelo coitadinho do Marega.
 E por falar nisso convém recordar, porque nunca é demais, que quando dois meses atrás Jackson Martinez, um ponta de lança negro da equipa adversária, foi substituído no Vitória-Portimomense teve todo o estádio D. Afonso Henriques a aplaudi-lo como tributo ao seu amor ao futebol. 
De facto andam por aí narrativas que só não dão vontade de rir por porem em causa o Vitória e Guimarães. 
Porque são ridiculas até dizer basta.

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