segunda-feira, maio 29, 2017

Uma Taça Amarga

A final da Taça de Portugal juntava este ano duas equipas que tiveram sucesso na Liga.
O Benfica ganhara o campeonato, conseguira o primeiro tetra da sua história e estava no Jamor com a ambição da dobradinha enquanto o Vitória se classificara no "seu" quarto lugar e estava na final com a ambição de vencer pela segunda vez o troféu.
Havia a pairar sobre o jogo, mas depressa se verificou que sem qualquer razão, o fantasma do recente jogo do campeonato em que os encarnados haviam vencido de forma expressiva e isso terá levado a que alguns pensassem que o jogo da final era apenas um pro forma antes da entrega da taça ao Benfica porque mais golo menos golo o triunfo estaria assegurado.
A verdade é que a velha máxima de não haver dois jogos iguais se confirmou plenamente e o Vitória do Jamor nada teve a ver com o Vitória da Luz e isso permitiu um jogo muito mais disputado e bem mais interessante.
O Vitória foi a melhor equipa da primeira parte, teve as melhores ocasiões, mas não conseguiu chegar ao golo que lhe permitiria enfrentar a segunda parte com outra estratégia e isso em alta competição paga-se muito caro.
Porque com um golo logo no início da segunda parte, num lance em que Jonas teve todo o tempo para preparar o remate e Jimenez o tempo que quis para a recarga, o Benfica ganhava vantagem que veria reforçada poucos minutos depois num golo de Salvio que chegou a fazer pairar, outra vez, o fantasma dos 0-5.
A verdade é que o Vitória não perdeu a cabeça, nem desistiu de discutir  o resultado, e conseguindo um golo por Zungu reentrou na discussão da final pese embora em contra ataque o Benfica tenha construído e desperdiçado três boas oportunidades de golo que dariam ao marcador um expressão injusta face à realidade do jogo.
Em suma uma taça ganha pela melhor equipa desta final (e desta época) enquanto o Vitória foi um digno vencido que discutiu o jogo até ao fim e podia perfeitamente ter saído vencedor se tivesse sido mais eficaz a concretizar e mais acertado a defender.
Hugo Miguel fez um bom trabalho e não teve qualquer influência no resultado o que é sempre de enaltecer e em especial num jogo desta importância.
O vídeo árbitro em estreia nas duas vezes em que foi consultado confirmou as decisões do árbitro!

3 comentários:

A:C: disse...

Viria mais a propósito o titulo: "Carta a Garcia parte 4"
O Braga depois de os ter eliminado numa meia-final da Liga Europa vem vendendo resultados desde essa data, e de bónus ainda teve direito de lhe vender um barrete caro.
Mais recentemente, o Moreirense por os ter impedido de ficar com a lata do costume teve de parar de atacar até ao fim do jogo depois de ter sofrido um golo em casa.
Há 4 anos o Vitória por os ter privado do prémiozinho de consulação, tem sido castigado com perda de pontos em todos os jogos contra eles. Este ano dos 4 golos que sofreu nos dois jogos em casa, 3 foram marcados da mesma forma, vindos da mesma faixa perante a passividade dos mesmos que lhes deram corredor, e pelos mesmos que lhes ofereceram salvo conduto de acesso à àrea. Na Luz então foi mais do que evidente que se dispuseram a ser os ovos moles do aviário.
Ontem, para culminar marcam um golo, e batem em retirada não voltando a passar de meio-campo, e aínda lhes concederam insistentemente a hipótese de voltarem a golear-nos.
Já não bastava os fretes que as várias direcções tem vendido tanto ao "embaixador do país", como ao "paladino do norte" (o 4º clube da cidade do Porto atrás do Salgueiros, Benfica e Sporting) dependendo de qual dos dois estiver na crista da onda, e agora as equipas desde há três épocas para cá também vem alinhando pelo sistema do falido da borracha reciclada, do guarda costa dos tuneis, e do minerva cão desdentado, que se descontrola para descontrolar os outros, que deve estar a substituir o chalado de bigodes que bate na mulher e no filho.
Urge um golpe de estado no Vitória e escorraçar de vez com as ratazanas que lá estão, com as outras que há muito se mudaram para cá de violas e bagagens, que já cantavam mal e desencantavam em outros lados, vender os vendilhões de campo e colocar no lugar deles os da nossa formação quenão só é das melhores do país, como também amam a Cidade, o Clube, e são mais ambiciosos sem venderam a alma a discipulos do papa com as cotas mais em dia do que as do segundo maior endividado do mundo ad eternum.

Anónimo disse...

Foi uma grande época do Vitoria. Mas perdemos a final quando entrou o jogador emprestado da equipa de lisboa. O outro que veio de uma equipa de lisboa, também alguém o viu? H.M.

luis cirilo disse...

Caro De Guimarães:
Acredito num Vitória forte, independente, com voz própria e sem se sujeitar a empréstimos de jogadores que só servem para nos condicionar.
Defendo que o nosso clube deve ter boas relações com todos que nos respeitem mas sem privilegiar nenhum e sem deles depender em nada.
Há muito a fazer no futebol português para melhorar a sua competitividade, para reforçar a verdade desportiva e para acabar com esta humilhante imagem de ser um futebol de três coutadas e o resto é paisagem.
E o Vitória tem grandes responsabilidades em desencadear essa revolução,que não pode fazer sozinho é claro, porque é o maior clube português a seguir aos "couteiros".
Haja vontade, coragem e determinação.
Caro H.M.:
Cometemos alguns erros que nos custaram a Taça. A entrada de Célis poderá ter sido um deles.