Que grande filme.
Na melhor tradição dos filmes de "James Bond"!
Emoção num inicio de filme trepidante como é hábito, suspense, um vilão na melhor tradição "bondiana",o reaparecer de uma organização criminosa que vem doutros tempos, mulheres bonitas, carros fantásticos e acção. Muita acção!
Esta série de quatro filmes protagonizados por Daniel Craig (um dos melhores Bond de sempre) tem a originalidade de existir uma ligação entre os quatro filmes com personagens e situações a entrecruzarem-se entre eles fazendo de "Casino Royale", "Quantum of Solace", "Skyfall" (provavelmente o melhor dos quatro) e "Spectre" uma longa história com traços comuns.
O que não acontecia noutros filmes de 007 com histórias independentes umas das outras e com raríssimas repetições de personagens.
Mas "Spectre" é também um filme com alguns laivos de saudosismo.
Desde a "ressurreição" da sinistra organização "Spectre" ,e do seu temível chefe Ernst Blofeld (a que nem falta o tradicional gato branco), à reaparição do mítico Aston Martin DB5 possivelmente o mais popular de todos os carros usados por James Bond.
Quanto aos actores há que dizer que Daniel Craig tem mais um excelente desempenho naquela que poderá ter sido,esperemos que não, a sua ultima aparição como James Bond e Christoph Waltz compõe um Blofeld ao nível do feito no passado por Donald Pleasense ou Telly Savalas mas sem chegar ao extraordinário desempenho de Javier Bardem como "Silva" (em Skyfall) naquele que é em minha opinião o melhor inimigo de Bond dos 24 filmes oficiais e do extra oficial "Nunca mais digas nunca".
Mónica Bellucci tem uma participação demasiado curta e Léa Seydaux é uma "Bond girl" ao nível do esperado embora o final do filme seja ,nessa matéria, diferente do habitual abrindo portas a especulações diversas sobre o futuro próximo de 007.
Ralph Fiennes sucede a Judi Dench como "M", situação que resulta de "Skyfall" e Ben Whishaw é um "Q" da nova geração mas sem chegar,ainda, ao desempenho de John Cleese e muito menos de Desmond Llewelyn que está para "Q" como Sean Connery para Bond.
E ,sim, Naomie Harris compõe uma excelente "Moneypenny" muito mais participativa e interessante do que a composta por Lois Maxwell em quase todos os filmes da série.
Em suma (mais) um excelente filme de James Bond.
Venha o próximo.
Depois Falamos.
2 comentários:
Não sou grande fã deste Bond, nem da forma como os filmes tem sido rodados.
Acho o actor demasiado afastado do estilo britânico, rude e violento. Tal mudança no paradigma de "actores Bond" vem da necessidade de adaptar os filmes ao estilo americano e ao gosto dos espectadores americanos, grandes amantes de filmes ao estilo "tiros e bombas e socos nas trombas". Convenhamos, o mercado americano é grande e apetecível nesta época de crise...
Este Bond, a mim, não me convence...nem agrada!
Caro Saganowski:
Desta vez estamos em profundo desacordo.
Porque acho que Daniel Craig compõe um grande 007 e os quatro filmes que interpretou são em três dos casos (a excepção é "Quantum of Solace" claramente abaixo dos outros)muito bons.
Mas gostos não se discutem.
Basta ver o "Ao serviço de sua Majestade", interpretado pelo mal amado George Lazenby, que é dos melhores filmes do 007.
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