quinta-feira, outubro 31, 2013
quarta-feira, outubro 30, 2013
A Purga!
Artigo 9º (Sanções)
4. Cessa a inscrição no Partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura adversária da candidatura apresentada pelo PPD/PSD.
5. O disposto no número anterior determina ainda a suspensão automática e imediata de todos os direitos e deveres de militante, desde o momento da apresentação da candidatura até ao trânsito de decisão final.
É com base neste artigo dos estatutos que um vasto conjunto de militantes do PSD (quase mil nesta primeira leva segundo o Publico) se vê ameaçado de expulsão do partido.
Do qual se encontram já suspensos, com base no ponto 5, sem que facto lhes tenha sido dado conhecimento!
Nem nota de culpa, nem processo disciplinar, nem um simples aviso.
Uma simples denúncia(como nos tempos da PIDE) feita ao sabor dos interesses do bufo denunciante serve aos serviços centrais do PSD (onde pelos vistos existem admiradores de Estaline e não estou a falar obviamente dos funcionários) para suspenderem direitos e deveres com uma arbitrariedade que causa a maior repulsa em quem acredite nos princípios do Estado de Direito.
E deixa no ar a certeza que muitas dessas denuncias, não provadas ( e vivemos num país em que à face da lei se é inocente até prova em contrário), se destinam apenas a beneficiar eleitoralmente os denunciantes como em Gaia.
Porque a suspensão preventiva, e não comunicada aos próprios, impede-os de votarem nas eleições marcadas para a concelhia e mesmo que no futuro venham a ser absolvidas das acusações já ninguém lhes pode devolver o direito de participarem na eleição dos seus orgãos concelhios.
Tudo isto é tão grave como triste.
Grave porque leva o PSD para o caminho de um totalitarismo e uma arbitrariedade interna completamente ao arrepio dos genes do partido e dos princípios que nortearam o seu funcionamento durante muitos anos.
O que sendo por si só suficientemente triste é ainda agravado pelo facto de o partido andar a perder tempo (e presumivelmente militantes) em absurdas purgas internas em vez de se concentrar nas razões porque perdeu as autárquicas e quem são os responsáveis desse descalabro.
Provavelmente, e num ou noutro caso, os mesmos que andam agora tão empenhados em arranjar bodes expiatórios para os insucessos de que são eles os grande responsáveis tentando com isso criar uma manobra de diversão que permita esconder o seu fracasso.
De resto, e olhando para os estatutos fico com sérias duvidas sobre o que é ser apoiante de uma candidatura adversária.
Andar na rua com uma bandeirinha ?
Ir a um almoço ou jantar de campanha?
Manifestar pública oposição a uma candidatura do partido como fez Paulo Rangel?
Dar uma entrevista a dizer que não vota no PSD como fez Rui Rio?
Aceitar cargos de responsabilidade numa candidatura do PSD e não mexer uma palha?
Escolher candidatos para o partido que são um perfeito disparate?
É um conceito demasiado vago e permissivo a todas as arbitrariedades para fazer parte dos estatutos de um partido democrático como PSD.
Mas que agrada e muito a todos os olham para o partido como uma coutada ao serviços dos seus interesses e dos grupos que os rodeiam.
Depois Falamos
P.S. Creio que neste conceito larguíssimo de "apoiante" de candidaturas adversárias do PSD também cabe o famoso "...Que se lixem as eleições..." proferido por um não menos famoso militante do PSD.
Será que também já lhe suspenderam a militância?
terça-feira, outubro 29, 2013
A Solidão de Ronaldo
Há modalidades em que ser muito bom sozinho basta.
Ténis, boxe, natação, judo entre outras.
Nas de equipa não.
Porque por muito bom que o praticante seja se não tiver uma equipa que em seu redor o ajude a exponenciar as suas potencialidades nunca chegará ao nível que a sua própria qualidade lhe proporcionaria.
É assim no futebol, no basquetebol, no ciclismo entre outras.
Nos últimos 50 anos Portugal teve, pelo menos, três futebolistas de categoria mundial.
Eusébio, Figo e Ronaldo.
Embora outros como Futre, Chalana, Alves, Oliveira ou Humberto Coelho pudessem nesse aspecto terem sido mais do que foram.
Eusébio brilhou a grande altura no Benfica e na selecção.
Mas teve com ele grandes jogadores como Coluna, Germano, Simões ou José Augusto.
No clube e na selecção.
Figo brilhou intensamente em grandes equipas do Barcelona e do Real Madrid rodeado por constelações de estrelas.
Em Barcelona com Ronaldo, Guardiola, Stoichkov,Luis Henrique.
Em Madrid com Zidane, Raúl, Roberto Carlos, Ronaldo.
Na selecção com Rui Costa,Pauleta,Deco,Ricardo Carvalho e o emergente Cristiano Ronaldo.
E por isso, para além do imenso talento individual, Eusébio e Figo atingiram um nível mundial devido à qualidade dos que com eles jogavam.
Com Ronaldo tem sido diferente.
Porque se em termos de clubes tem tido excelentes companhias.
No Manchester United com Giggs, Rooney, Ferdinand,Scholes.
No Real Madrid com Casillas, Ozil, Higuain,Xabi Alonso.
Mas na selecção o "vazio" em seu redor tem-se vindo a intensificar com a "reforma" da geração do Euro 2004 e o desnível de qualidade daí resultante.
E por isso Ronaldo está cada vez mais "só".
Quase lembrando excepcionais jogadores do passado que tiveram o azar de nascerem em países onde os talentos não abundavam.
Como o dinamarquês Simonsen (nasceu demasiado cedo), os galeses Ian Rush e Ryan Giigs ou o sueco Thomas Larsson.
Solistas em orquestras pouco afinadas ao longo das suas carreiras a nível de selecção.
E se Ronaldo, por mérito próprio e dos clubes onde jogou, é uma estrela mundial receia-se que a selecção que o rodeia seja incapaz de o ajudar a atingir os patamares que o seu talento bem merece.
O triunfo numa grande prova internacional,Europeu ou Mundial, a nível de selecções.
Depois Falamos
P.S: É algo irónico falar de ganhar provas a nível de selecção quando estamos à "rasquinha" para nos apurarmos para o Brasil. Mas aí as responsabilidades não são de Ronaldo.
Ténis, boxe, natação, judo entre outras.
Nas de equipa não.
Porque por muito bom que o praticante seja se não tiver uma equipa que em seu redor o ajude a exponenciar as suas potencialidades nunca chegará ao nível que a sua própria qualidade lhe proporcionaria.
É assim no futebol, no basquetebol, no ciclismo entre outras.
Nos últimos 50 anos Portugal teve, pelo menos, três futebolistas de categoria mundial.
Eusébio, Figo e Ronaldo.
Embora outros como Futre, Chalana, Alves, Oliveira ou Humberto Coelho pudessem nesse aspecto terem sido mais do que foram.
Eusébio brilhou a grande altura no Benfica e na selecção.
Mas teve com ele grandes jogadores como Coluna, Germano, Simões ou José Augusto.
No clube e na selecção.
Figo brilhou intensamente em grandes equipas do Barcelona e do Real Madrid rodeado por constelações de estrelas.
Em Barcelona com Ronaldo, Guardiola, Stoichkov,Luis Henrique.
Em Madrid com Zidane, Raúl, Roberto Carlos, Ronaldo.
Na selecção com Rui Costa,Pauleta,Deco,Ricardo Carvalho e o emergente Cristiano Ronaldo.
E por isso, para além do imenso talento individual, Eusébio e Figo atingiram um nível mundial devido à qualidade dos que com eles jogavam.
Com Ronaldo tem sido diferente.
Porque se em termos de clubes tem tido excelentes companhias.
No Manchester United com Giggs, Rooney, Ferdinand,Scholes.
No Real Madrid com Casillas, Ozil, Higuain,Xabi Alonso.
Mas na selecção o "vazio" em seu redor tem-se vindo a intensificar com a "reforma" da geração do Euro 2004 e o desnível de qualidade daí resultante.
E por isso Ronaldo está cada vez mais "só".
Quase lembrando excepcionais jogadores do passado que tiveram o azar de nascerem em países onde os talentos não abundavam.
Como o dinamarquês Simonsen (nasceu demasiado cedo), os galeses Ian Rush e Ryan Giigs ou o sueco Thomas Larsson.
Solistas em orquestras pouco afinadas ao longo das suas carreiras a nível de selecção.
E se Ronaldo, por mérito próprio e dos clubes onde jogou, é uma estrela mundial receia-se que a selecção que o rodeia seja incapaz de o ajudar a atingir os patamares que o seu talento bem merece.
O triunfo numa grande prova internacional,Europeu ou Mundial, a nível de selecções.
Depois Falamos
P.S: É algo irónico falar de ganhar provas a nível de selecção quando estamos à "rasquinha" para nos apurarmos para o Brasil. Mas aí as responsabilidades não são de Ronaldo.
Que Dupla!
Embora evitando pronunciar o nome um do outro ou até encontrarem-se em locais tão lógicos como a tomada de posse do presidente da câmara de Lisboa o camarada (deles...embora mais de um que do outro!) António Costa.
Um governou seis anos.
Em que o outro se fez de "morto".
O que governou fez asneiras imensas, erros que arruinaram o país, envolveu-se numa imensidade de casos mal explicados que vão da sua licenciatura ao Freeport.
O outro não deu por nada!
O ex governante patrocinou uma tentativa nunca antes vista de controlar bancos, comunicação social e poder politico naquilo que seria uma concentração de poder num homem só nunca vista em democracia.
O outro não viu nada.
Agora o primeiro, depois de uma luxuosa estadia em Paris,voltou a Portugal sedento de vingança e de ajustes de contas com o passado.
Insulta, calunia, mente (isso não é novo nele) demonstrando um descontrole emocional inédito que transformou o "animal feroz" num "animal raivoso".
O outro não repara nem se demarca nomeadamente da linguagem.
O "raivoso", esquecido do que fez no governo, "bate" em tudo que mexe recusando-se a ver que os portugueses ainda estão bem lembrados do que foi a sua caótica governação e o preço que todos estamos a pagar por ele.
O "distraído", nisso em sintonia(nalguma coisa tinha de ser...)com o "raivoso", alinha no fazer de conta que para trás do actual governo vivíamos no paraíso e que a crise começou em Junho de 2011.
Depois de semanas a pedir eleições anda agora a vender as virtualidades de um suposto conjunto de propostas para sairmos da crise (o tal documento de 19 páginas...) das quais a generalidade dos portugueses não conhece uma única.
Estão muito bem, embora não pareça,um para o outro.
Um porque se recusa a ver no passado o motivo para não ter futuro e o outro porque não enxerga que o não se ter demarcado desse passado lhe retira a credibilidade para propor um futuro diferente.
Depois Falamos
"Paços" Felizes
O Vitória conseguiu ,esta noite, em Paços de Ferreira um triunfo justo e algo feliz.
Justo pelo que fez na segunda parte.
Dominou o jogo, controlou o adversário, e soube desferir os golpes certeiros num Paços que jogava sobre brasas e que nunca recuperou animicamente do golo do empate.
E aí entra a questão do algo feliz.
Porque a primeira parte foi fraca, de parte a parte, e o (grande) golo de Sérgio Oliveira foi o unico momento de destaque e que merece referência.
Acontece que a três minutos do intervalo, num lance inofensivo, Gregory derruba Tomané e Olimpio transformou o penalty com a classe habitual e o Vitória evitou ir para o intervalo em desvantagem no marcador.
Na segunda parte com algumas correcções posicionais e a notória subida de rendimento de André Santos foi tempo de construir um triunfo categórico e que permite à equipa galgar alguns lugares na classificação e deixar para trás concorrentes directos na luta por um lugar europeu.
Destaques:
Os essenciais estão nas fotografias.
O espectacular apoio dos vitorianos (nada de novo!) e o bom jogo de Tomané com um golo e um remate perigoso na primeira parte, mais a grande penalidade, e uma entrega notável ao jogo.
Mas também Barrientos, Marco Matias, Olimpio e Moreno, para além do referido André Santos, rubricaram boas exibições.
Depois Falamos
P.S: Fiquei particularmente satisfeito com o golo e a exibição de Tomané.É um "miudo" espectacular, humilde e trabalhador como poucos e bem mereceu essa satisfação.
segunda-feira, outubro 28, 2013
Pobre PSD
É uma situação gravíssima mas que se conta em poucas palavras.
E que ao contrário do que possa parecer é de âmbito nacional, pelos métodos empregues e pelo que indicia quanto ao futuro, e não apenas circunscrita ao âmbito concelhio.
Estão marcada para 23 de Novembro eleições para a concelhia do PSD Gaia.
Duas listas concorrem.
Uma encabeçada por um dos grandes responsáveis da catástrofe eleitoral e de sucessivos anos de autismo e outra por um militante do partido que percebeu o resultado das eleições.
Quanto a candidatura deste ultimo pediu à sede nacional uma listagem de militantes da secção constatou que dela não constavam, misteriosamente, algumas dezenas de pessoas regularmente inscritas e com as cotas pagas.
Qual a ligação entre elas para além de serem militantes do mesmo partido?
Uma grande parte, mas não todas, tinham apoiado a candidatura independente de José Guilherme Aguiar.
Apoiado mais ou menos mas nenhuma tendo sido candidata nas listas.
Entre os "ausentes" encontra-se toda a família do candidato independentemente de terem ou não apoiado activamente a candidatura!
Para não andarmos com meia palavras a este procedimento chama-se purga.
No pior estilo de Estaline que fazia desaparecer (literalmente e não apenas de listas) aqueles que o incomodavam.
Ou seja: dezenas de pessoas foram expulsas do PSD sem de tal lhes ser dado conhecimento!
Sem nota de culpa,sem processo disciplinar, sem o direito de serem ouvidas.
Expulsas a tempo de não poderem votar nas eleições de 23 de Novembro.
Sendo que algumas não tiveram qualquer envolvimento na candidatura de Guilherme Aguiar.
E como se processaram as coisas?
Não conheço o "modus operandi" mas não deve ter sido muito diferente deste:
Um bufo em Gaia, no pior estilo da extinta PIDE, elaborou uma listagem daqueles que importava riscar do partido para que eventualmente não viessem a estorvar(através do voto) aqueles que se propõe acabar com o pouco que ainda resta do PSD em Gaia.
Enviou-a para Lisboa onde, na sede nacional, um qualquer aprendiz de Estaline com poder suficiente para tal mandou apagá-las (como durante o Estalinismo se fazia ás fotografias onde aparecia Trotsky) dos ficheiros do PSD.
Num partido democrático é inaceitável esta politica de julgamentos á distância(sem direito mínimo à defesa) e "execuções" sumárias.
Porque para além de tudo o mais, que é muito e é gravíssimo, significa que se manipulam cadernos eleitorais segundo a vontade de quem tem poder no partido.
A agravar o que já era péssimo nas eleições para a distrital de Lisboa também já foram detectadas "manobras purgatórias" semelhantes.
O que significa que se estes procedimentos não forem travados ,e os seus responsáveis afastados, não haverá doravante uma eleição no partido que dê garantias mínimas de transparência e isenção para quem as disputa face a "afilhados" dos promotores destas vergonhosas purgas.
Depois Falamos
P.S. Que pensará disto Pedro Passos Coelho que tão indignado ficou quando Manuela Ferreira Leite o afastou(e a Miguel Relvas) das listas de deputados em 2009.
Bem gostava de saber...
domingo, outubro 27, 2013
Sugestão de Leitura
Lido entre ontem e hoje quer pelo interesse do tema quer pela qualidade do escritor um dos grandes jornalistas americanos da actualidade.
Sou um verdadeiro interessado por tudo que diga respeito a John Kennedy.
Vida, pensamento politico e assassinato.
E pelo muito que já li e vi, nomeadamente o filme "JFK" com Kevin Costner, acredito tanto na tese do atirador solitário (Lee Oswald) como acredito que a morte de Sá Carneiro em Camarate foi um acidente!
Foram ,isso sim, duas conspirações destinadas a abater dois lideres que se afirmavam e que tinham inimigos poderosos e dispostos a tudo.
Kennedy morreu em Dallas fará cinquenta anos no próximo dia 23 de Novembro e Sá Carneiro em Camarate há trinta e três anos que se completarão no próximo dia 4 de Dezembro.
Num caso como noutro continua sem se saber a Verdade.
Mas livros como este ajudam a perceber muita coisa.
E por isso vale a pena lê-lo.
Depois Falamos
sábado, outubro 26, 2013
sexta-feira, outubro 25, 2013
Regresso ao PPD
E embora não viva obcecado pelo passado olho sempre para o que ele me recorda de bom mais que não seja como fonte de motivação para o presente e para o futuro.
O PPD é das boas recordações do passado.
Do tempo "glorioso" em que me filiei na JSD (Janeiro de 1975) e em que se vestia a "camisola" do partido com um fervor e uma dedicação que o tempo foi fazendo escassear e depois desaparecer nas gerações que vieram a seguir.
De um partido interclassista, de centro esquerda, liderado por uma figura inigualável como foi Francisco Sá Carneiro e que se tornou numa boa escola de vida para muitos dos que por lá passaram.
De um partido em que as bases contavam, as concelhias tinham poder de decisão, as distritais eram respeitadas por quem dirigia e os conselhos nacionais duravam um fim de semana de discussão politica de alto nível e que enriquecia o partido.
Já para não falar dos congressos que foram sempre, mas muito especialmente nesses tempos, grandes espaços de debate politico e estratégico com peso determinante nas opções que o partido a seguir tomava.
Tenho saudades de cartazes como este (colei muitos) que eram a marca distintiva do nosso partido.
Com o seu símbolo e as cores distintivas da social democracia, com o laranja vivo que marcava a diferença, com a sua denominação original(PPD) que para muitos ficou no ouvido para sempre.
O saudosista que sou sabe que esse tempo é irrepetível e que esse PPD não volta.
Mais que não seja porque muitos dos que o fundaram e lhe deram vida já não estão entre nós ou da politica se foram afastando até por questões de idade.
Mas acho legitimo desejar um PSD diferente.
Em que as bases não sejam números, em que as concelhias não sejam receptáculos das decisões "superiores", em que as distritais não estejam acorrentadas (e amordaçadas) ás carreiras politicas de alguns dos seus dirigentes,em que os conselhos nacionais não sejam um aborrecido pró forma de algumas noites de 4ªa feira, em que os congressos não sejam apenas a entronização de líderes(e dos seus círculos de poder) e a aprovação de moções cujo cumprimento ninguém fiscaliza.
Creio não estar a pedir muito.
Porque a continuarmos exactamente assim qualquer dia o problema resolve-se por si só.
Como se resolveu o do PRD , da ASDI ou da UEDS apenas para citar partidos que tiveram representação parlamentar.
Exagero?
Talvez.
Mas é melhor não se tirar a "prova dos nove".
Porque pode ser um "noves fora...nada" !
Depois Falamos
Histórias Antigas
A Assembleia Municipal de Guimarães tem hoje a sua primeira sessão do actual mandato tendo como ponto único da ordem de trabalhos a eleição da Mesa que irá dirigi-la durante os quatro anos do mandato.
Duas listas concorrem.
A do PS encabeçada por António Magalhães e uma outra que candidata José Couceiro da Costa (PSD) com o apoio do CDS, do PCP , do MPT e de "Os Verdes" e integrando elementos de todos os partidos.
Naturalmente que o PS que goza de maioria absoluta no total da Assembleia (porque excluindo os presidentes de junta pela primeira vez a oposição elegeu mais deputados que o PS) é favorito para a eleição da sua lista.
Mas a propósito disto vieram-me à memória duas histórias antigas passadas na Assembleia Municipal.
Há 15 ou 16 anos atrás.
Ao tempo eu era líder parlamentar do PSD e Emídio Guerreiro presidente da concelhia e cada sessão da assembleia era uma oportunidade de fazer frente ao PS e de tentar vencer os debates porque quanto ás votações...estávamos conversados.
Até um dia.
No domingo anterior o Vitória, que vinha fazendo excelente carreira no campeonato,tinha sido (mais uma vez) prejudicado por uma daquelas arbitragens que todos conhecemos e que gerara grande indignação em Guimarães.
E então de que nos fomos lembrar eu e o Emídio.
De apresentar uma moção na assembleia municipal a repudiar as arbitragens e a manifestar profunda solidariedade ao Vitória perante os atropelos de que era alvo.
Lembro-me de a ter escrito e era daqueles textos que fazia chorar uma pedra!
Apresentada a moção e lida pelo presidente da mesa (Dr. Mota Prego) constatamos que o executivo camarário e a direcção da bancada socialista liderada pelo meu amigo Manuel Ferreira eram contra a moção e queriam chumbá-la.
Confesso que nunca percebi porquê.
Posta a votação a sua admissibilidade , e pese embora os sinais frenéticos da mesa do executivo para a direcção da bancada socialista e desta para as filas atrás de si,a proposta foi admitida a votação.
Que de imediato efectuada pelo dr Mota Prego, com assinalável espírito democrático, recolheu uma maioria esmagadora a seu favor sendo aprovada!
Lembro-me bem da fúria do então presidente da câmara(e hoje candidato a presidente da Mesa) e da atrapalhação na primeira fila da bancada socialista.
No uso da palavra António Magalhães, de cabeça perdida, acusou o PSD de várias coisas entre as quais de ter abusado da ingenuidade de muitos deputados socialistas ou coisa do género.
E garantiu que tal nunca mais aconteceria.
Atrás de tempo,tempo vem.
Passadas umas semanas ,e a propósito de uma polémica que envolvia os Bombeiros de Guimarães, lá apareceu o PSD com mais uma moçãozinha de solidariedade.
Desta vez com os Bombeiros.
E a história foi igualzinha.
Admitida á votação e aprovada por larga maioria face á indignação do executivo socialista e da sua direcção de bancada.
A solidariedade dos deputados com o Vitória e com os Bombeiros falou mais alto do que a disciplina partidária.
Em 24 anos de poder absoluto do PS foram as duas únicas votações que perdeu na Assembleia Municipal.
Mas perdeu.
Curiosas histórias de que me fui lembrar logo hoje...
Depois Falamos
Duas listas concorrem.
A do PS encabeçada por António Magalhães e uma outra que candidata José Couceiro da Costa (PSD) com o apoio do CDS, do PCP , do MPT e de "Os Verdes" e integrando elementos de todos os partidos.
Naturalmente que o PS que goza de maioria absoluta no total da Assembleia (porque excluindo os presidentes de junta pela primeira vez a oposição elegeu mais deputados que o PS) é favorito para a eleição da sua lista.
Mas a propósito disto vieram-me à memória duas histórias antigas passadas na Assembleia Municipal.
Há 15 ou 16 anos atrás.
Ao tempo eu era líder parlamentar do PSD e Emídio Guerreiro presidente da concelhia e cada sessão da assembleia era uma oportunidade de fazer frente ao PS e de tentar vencer os debates porque quanto ás votações...estávamos conversados.
Até um dia.
No domingo anterior o Vitória, que vinha fazendo excelente carreira no campeonato,tinha sido (mais uma vez) prejudicado por uma daquelas arbitragens que todos conhecemos e que gerara grande indignação em Guimarães.
E então de que nos fomos lembrar eu e o Emídio.
De apresentar uma moção na assembleia municipal a repudiar as arbitragens e a manifestar profunda solidariedade ao Vitória perante os atropelos de que era alvo.
Lembro-me de a ter escrito e era daqueles textos que fazia chorar uma pedra!
Apresentada a moção e lida pelo presidente da mesa (Dr. Mota Prego) constatamos que o executivo camarário e a direcção da bancada socialista liderada pelo meu amigo Manuel Ferreira eram contra a moção e queriam chumbá-la.
Confesso que nunca percebi porquê.
Posta a votação a sua admissibilidade , e pese embora os sinais frenéticos da mesa do executivo para a direcção da bancada socialista e desta para as filas atrás de si,a proposta foi admitida a votação.
Que de imediato efectuada pelo dr Mota Prego, com assinalável espírito democrático, recolheu uma maioria esmagadora a seu favor sendo aprovada!
Lembro-me bem da fúria do então presidente da câmara(e hoje candidato a presidente da Mesa) e da atrapalhação na primeira fila da bancada socialista.
No uso da palavra António Magalhães, de cabeça perdida, acusou o PSD de várias coisas entre as quais de ter abusado da ingenuidade de muitos deputados socialistas ou coisa do género.
E garantiu que tal nunca mais aconteceria.
Atrás de tempo,tempo vem.
Passadas umas semanas ,e a propósito de uma polémica que envolvia os Bombeiros de Guimarães, lá apareceu o PSD com mais uma moçãozinha de solidariedade.
Desta vez com os Bombeiros.
E a história foi igualzinha.
Admitida á votação e aprovada por larga maioria face á indignação do executivo socialista e da sua direcção de bancada.
A solidariedade dos deputados com o Vitória e com os Bombeiros falou mais alto do que a disciplina partidária.
Em 24 anos de poder absoluto do PS foram as duas únicas votações que perdeu na Assembleia Municipal.
Mas perdeu.
Curiosas histórias de que me fui lembrar logo hoje...
Depois Falamos
Sugestão de Leitura
Versa histórias passadas no Parlamento ao longo de mais de 100 anos (mas com especial incidência no pós 25 de Abril) com protagonistas conhecidos e que fizeram páginas de jornais e noticias de rádio e televisão ao longo dos anos.
Algumas dessas histórias pelo menos.
Porque outras são reveladas por este livro de Catarina Madeira e Márcia Galrão e dão para rir e sorrir um bom bocado.
Li-o com muito interesse confesso.
Porque,além do interesse global do livro,tive a oportunidade de assistir a algumas das histórias que nele se contam no tempo em que fui deputado.
Desde a vaia a Jaime Gama pela malcriadice com Manuela Ferreira Leite ao tristemente famoso "...há vida para lá do déficit..." de Jorge Sampaio.
Um livro muito interessante.
Depois Falamos
Reflexão "Presidencial"
Sem trazer para aqui "clubites" e rivalidades não deixa de ser curioso constatar quão diferentes são as formas como os adeptos de Vitória e Braga se envolvem na vida das suas colectividades e na escolha de quem as dirige.
Atentemos nos últimos trinta e três anos.
Enquanto o Vitória atravessou uma longa liderança de Pimenta Machado que presidiu ao clube entre 1980 e 2004 o Braga durante esse período teve vários presidentes desde Mesquita Machado a António Salvador passando por João Gomes de Oliveira, Fernando Oliveira e outros.
E enquanto com Pimenta Machado , mesmo nos seus tempos áureos, existiu sempre um pulsar associativo que levou a várias candidaturas alternativas no Braga cada vez que acabava um mandato era uma aflição para convencer quem estava a continuar ou arranjar quem lhe sucedesse.
Por isso o então presidente da autarquia,Mesquita Machado, com o auxilio do falecido cónego Eduardo Melo tiveram de deitar várias vezes a mão ao clube perante a ameaça de um vazio insuperável.
Nos últimos dez anos as coisas mudaram.
Enquanto no Vitória com a saída de Pimenta Machado se sucederam três presidentes numa década (Vítor Magalhães, Emílio Macedo e Júlio Mendes)no Braga foi exactamente ao contrário com o clube a estabilizar sob a liderança de António Salvador que preside desde 2003 pese embora sucessivas ameaças de abandono nunca concretizadas.
Sendo certo que os três últimos presidentes foram eleitos em eleições rijamente disputadas, independentemente dos resultados serem mais ou menos confortáveis para quem ganhou, enquanto Salvador foi sempre eleito sem oposição.
Hoje a situação é curiosa.
O Vitória depois de anos de turbulência parece ter encontrado a estabilidade e está de regresso a um caminho de sucesso desportivo com a conquista de troféus nacionais em várias modalidades e regressando ás competições europeias em termos de futebol.
O Braga, depois da melhor década da sua história com um vice campeonato, uma taça da liga e uma final europeia como cerejas em cima do bolo, encontra-se perante a enésima ameaça de abandono de António Salvador (se se concretizará ou não logo se verá. mas eu só acredito quando vir outro presidente tomar posse...) e o habitual vazio para além dele.
E isto é de facto curioso.
Porque no Vitória, mesmo mergulhado em grandes problemas financeiros, há sempre quem apareça para se candidatar e as eleições nunca tiveram menos de dois candidatos.
No Braga, aparentemente em situação confortável face à tal década de sucesso, não aparece rigorosamente ninguém,
Não tenho a presunção de saber as razões todas pelas quais isso acontece.
Mas tenho uma ideia sobre o assunto ( e apenas estou a reportar-me às três ultimas décadas) que é esta:
No Vitória, por razões diversas, os adeptos sempre sentiram (e souberam) que os destinos do clube eram essencialmente da sua responsabilidade e por isso em cada momento difícil souberam dar a resposta necessária.
Nuns casos melhor que noutros mas nunca faltaram soluções.
No Braga a questão pôs-se de outra forma.
O clube foi-se transformando progressivamente num "protectorado" do município face à omnipresença de Mesquita Machado e os adeptos foram-se desinteressando da vida associativa porque sabiam que quando fosse preciso "...O Mesquita resolve...".
Os verdadeiros braguistas não gostam menos do Braga que os vitorianos do Vitória!
Só que enquanto nós vivemos o clube todos os dias eles vivem-no essencialmente durante os jogos porque do resto tratava Mesquita Machado (e na ultima década António Salvador com ajuda do ex autarca) e o seu lobby de poder autárquico.
Ou seja: enquanto nos últimos trinta anos as gestões autárquicas do município de Guimarães foram "marginais" em relação á gestão do Vitória a autarquia de Braga foi essencial à sobrevivência do clube.
E esta é a maior curiosidade para o futuro.
Porque a mudança de poder em Braga, com a saída de cena de Mesquita Machado e a chegada da coligação "Juntos por Braga", teve já uma consequência no clube.
Um "ataque de pânico" de Salvador e a sua intenção de abandonar a liderança do clube por razões profissionais, não duvido, mas também pelo receio do que a mudança politica no município possa significar em relação ao futuro a desaparição do "guarda chuva" autárquico e da tranquilidade que isso lhe proporcionava.
Porque sendo os novos autarcas de Braga (nomeadamente Ricardo Rio) adeptos do Braga não acredito que promovam a "promiscuidade" entre município e clube que foi apanágio das gestões de Mesquita Machado durante muitos anos.
Um assunto que acompanharei com curiosidade nos próximos tempos e a que o Vitória não deve estar desatento.
Tema para futuro post quem sabe...
Depois Falamos.
Atentemos nos últimos trinta e três anos.
Enquanto o Vitória atravessou uma longa liderança de Pimenta Machado que presidiu ao clube entre 1980 e 2004 o Braga durante esse período teve vários presidentes desde Mesquita Machado a António Salvador passando por João Gomes de Oliveira, Fernando Oliveira e outros.
E enquanto com Pimenta Machado , mesmo nos seus tempos áureos, existiu sempre um pulsar associativo que levou a várias candidaturas alternativas no Braga cada vez que acabava um mandato era uma aflição para convencer quem estava a continuar ou arranjar quem lhe sucedesse.
Por isso o então presidente da autarquia,Mesquita Machado, com o auxilio do falecido cónego Eduardo Melo tiveram de deitar várias vezes a mão ao clube perante a ameaça de um vazio insuperável.
Nos últimos dez anos as coisas mudaram.
Enquanto no Vitória com a saída de Pimenta Machado se sucederam três presidentes numa década (Vítor Magalhães, Emílio Macedo e Júlio Mendes)no Braga foi exactamente ao contrário com o clube a estabilizar sob a liderança de António Salvador que preside desde 2003 pese embora sucessivas ameaças de abandono nunca concretizadas.
Sendo certo que os três últimos presidentes foram eleitos em eleições rijamente disputadas, independentemente dos resultados serem mais ou menos confortáveis para quem ganhou, enquanto Salvador foi sempre eleito sem oposição.
O Vitória depois de anos de turbulência parece ter encontrado a estabilidade e está de regresso a um caminho de sucesso desportivo com a conquista de troféus nacionais em várias modalidades e regressando ás competições europeias em termos de futebol.
O Braga, depois da melhor década da sua história com um vice campeonato, uma taça da liga e uma final europeia como cerejas em cima do bolo, encontra-se perante a enésima ameaça de abandono de António Salvador (se se concretizará ou não logo se verá. mas eu só acredito quando vir outro presidente tomar posse...) e o habitual vazio para além dele.
E isto é de facto curioso.
Porque no Vitória, mesmo mergulhado em grandes problemas financeiros, há sempre quem apareça para se candidatar e as eleições nunca tiveram menos de dois candidatos.
No Braga, aparentemente em situação confortável face à tal década de sucesso, não aparece rigorosamente ninguém,
Não tenho a presunção de saber as razões todas pelas quais isso acontece.
Mas tenho uma ideia sobre o assunto ( e apenas estou a reportar-me às três ultimas décadas) que é esta:
No Vitória, por razões diversas, os adeptos sempre sentiram (e souberam) que os destinos do clube eram essencialmente da sua responsabilidade e por isso em cada momento difícil souberam dar a resposta necessária.
Nuns casos melhor que noutros mas nunca faltaram soluções.
No Braga a questão pôs-se de outra forma.
O clube foi-se transformando progressivamente num "protectorado" do município face à omnipresença de Mesquita Machado e os adeptos foram-se desinteressando da vida associativa porque sabiam que quando fosse preciso "...O Mesquita resolve...".
Os verdadeiros braguistas não gostam menos do Braga que os vitorianos do Vitória!
Só que enquanto nós vivemos o clube todos os dias eles vivem-no essencialmente durante os jogos porque do resto tratava Mesquita Machado (e na ultima década António Salvador com ajuda do ex autarca) e o seu lobby de poder autárquico.
Ou seja: enquanto nos últimos trinta anos as gestões autárquicas do município de Guimarães foram "marginais" em relação á gestão do Vitória a autarquia de Braga foi essencial à sobrevivência do clube.
E esta é a maior curiosidade para o futuro.
Porque a mudança de poder em Braga, com a saída de cena de Mesquita Machado e a chegada da coligação "Juntos por Braga", teve já uma consequência no clube.
Um "ataque de pânico" de Salvador e a sua intenção de abandonar a liderança do clube por razões profissionais, não duvido, mas também pelo receio do que a mudança politica no município possa significar em relação ao futuro a desaparição do "guarda chuva" autárquico e da tranquilidade que isso lhe proporcionava.
Porque sendo os novos autarcas de Braga (nomeadamente Ricardo Rio) adeptos do Braga não acredito que promovam a "promiscuidade" entre município e clube que foi apanágio das gestões de Mesquita Machado durante muitos anos.
Um assunto que acompanharei com curiosidade nos próximos tempos e a que o Vitória não deve estar desatento.
Tema para futuro post quem sabe...
Depois Falamos.
quinta-feira, outubro 24, 2013
"Fúria" Portuguesa
Deixei passar algumas horas antes de escrever estas linhas sobre o Bétis-Vitória que ,com enorme indignação, acompanhei via um canal de televisão creio que espanhol chamado SIC.
Mas a indignação televisiva fica para depois.
Para já a indignação do "costume".
Em que numa prova da UEFA do "querido" senhor Platini o Vitória Sport Clube (de Guimarães, Portugal) foi mais uma vez escandalosamente prejudicado por uma equipa de arbitragem cuja principal tarefa parece ter sido inclinar decisivamente o relvado para o lado da equipa do país do senhor Angel Villar o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol e simultâneamente presidente do comité de arbitragem da UEFA do senhor Platini.
Uma grande penalidade (e o cartão vermelho respectivo) sobre Malonga e o golo bético em fora de jogo foram os lances mais escandalosos mas muitos outros houve em que a diferença de critérios foi gritante.
Dos critérios disciplinares a lances de andebol que o árbitro e o fiscal de linha( num dos casos a dois passos) não sancionaram para não terem de mostrar segundo amarelo a um jogador espanhol.
S. Petersburgo, Basileia, Sevilha são etapas de um calvário vitoriano na UEFA que parece não ter fim.
Mas não foi só pelo árbitro que perdemos.
Perdemos igualmente por erros defensivos e ofensivos, das sucessivas perdas de bola no golo sofrido a duas oportunidades desperdiçadas de baliza aberta, dos quais a responsabilidade é unicamente da equipa e da sua falta de experiência em jogos deste nível.
E depois há realidades que não são passíveis de serem camufladas:
Kanu (21 anos)Paulo Oliveira (21) Abdoulaye (22) e Addy (23) serão provavelmente o quarteto defensivo mais jovem da Liga Europa.
E isso "paga-se" em termos de falta de experiência como hoje se viu em vários lances.
Onde valeu, em pelo menos duas ocasiões flagrantes, a enorme categoria de Douglas.
E daí para a frente, com a excepção de André Santos, a experiência em jogos europeus também é pouca ou nenhuma.
E isso "paga-se".
E se jogadores como Leonel Olimpio colmatam isso com a enorme experiência profissional outros estão a fazer o seu caminho e chegarão,rapidamente estou certo, ao patamar competitivo adequado a jogar numa Liga Europa.
Dir-me-ão, sem por em causa a qualidade de Russi também ele a ambientar-se a outro tipo de futebol, que Maazou fez falta.
Fez.
Muita.
Por culpa própria (lá está mais um erro de que só nos podemos culpar a nós) porque ninguém o mandou tirar a camisola para festejar o golo em Lyon.
Conclusão de tudo isto?
Acredito que vamos passar á fase seguinte.
Porque em Guimarães quer o Bétis quer o Lyon estão perfeitamente ao nosso alcance e a "fúria portuguesa"(no relvado e nas bancadas), alimentada pelo roubo de hoje, permitirá duas vitórias que nos apurarão.
Depois Falamos.
P.S. Quanto á indignação televisiva ela é fácil de explicar.
O canal, possivelmente espanhol,chamado SIC no jornal da tarde anunciava um Bétis-Sporting (!!!)vá-se lá saber porquê.
Os comentadores do jogo, além de muito felizes com o golo do benfiquista Miguel Vitor a jogar num clube qualquer de um qualquer país, fartaram-se de disparatar nos comentários(só a titulo de exemplo com a equipa a perder queriam tirar Russi e meter Barrientos...) e revelaram uma "isenção" que nunca lhes vi quando o clube português em campo é de Lisboa ou do Porto.
Até queriam expulsar o Addy num lance que nem falta foi!
Mas a indignação televisiva fica para depois.
Para já a indignação do "costume".
Em que numa prova da UEFA do "querido" senhor Platini o Vitória Sport Clube (de Guimarães, Portugal) foi mais uma vez escandalosamente prejudicado por uma equipa de arbitragem cuja principal tarefa parece ter sido inclinar decisivamente o relvado para o lado da equipa do país do senhor Angel Villar o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol e simultâneamente presidente do comité de arbitragem da UEFA do senhor Platini.
Uma grande penalidade (e o cartão vermelho respectivo) sobre Malonga e o golo bético em fora de jogo foram os lances mais escandalosos mas muitos outros houve em que a diferença de critérios foi gritante.
Dos critérios disciplinares a lances de andebol que o árbitro e o fiscal de linha( num dos casos a dois passos) não sancionaram para não terem de mostrar segundo amarelo a um jogador espanhol.
S. Petersburgo, Basileia, Sevilha são etapas de um calvário vitoriano na UEFA que parece não ter fim.
Mas não foi só pelo árbitro que perdemos.
Perdemos igualmente por erros defensivos e ofensivos, das sucessivas perdas de bola no golo sofrido a duas oportunidades desperdiçadas de baliza aberta, dos quais a responsabilidade é unicamente da equipa e da sua falta de experiência em jogos deste nível.
E depois há realidades que não são passíveis de serem camufladas:
Kanu (21 anos)Paulo Oliveira (21) Abdoulaye (22) e Addy (23) serão provavelmente o quarteto defensivo mais jovem da Liga Europa.
E isso "paga-se" em termos de falta de experiência como hoje se viu em vários lances.
Onde valeu, em pelo menos duas ocasiões flagrantes, a enorme categoria de Douglas.
E daí para a frente, com a excepção de André Santos, a experiência em jogos europeus também é pouca ou nenhuma.
E isso "paga-se".
E se jogadores como Leonel Olimpio colmatam isso com a enorme experiência profissional outros estão a fazer o seu caminho e chegarão,rapidamente estou certo, ao patamar competitivo adequado a jogar numa Liga Europa.
Dir-me-ão, sem por em causa a qualidade de Russi também ele a ambientar-se a outro tipo de futebol, que Maazou fez falta.
Fez.
Muita.
Por culpa própria (lá está mais um erro de que só nos podemos culpar a nós) porque ninguém o mandou tirar a camisola para festejar o golo em Lyon.
Conclusão de tudo isto?
Acredito que vamos passar á fase seguinte.
Porque em Guimarães quer o Bétis quer o Lyon estão perfeitamente ao nosso alcance e a "fúria portuguesa"(no relvado e nas bancadas), alimentada pelo roubo de hoje, permitirá duas vitórias que nos apurarão.
Depois Falamos.
P.S. Quanto á indignação televisiva ela é fácil de explicar.
O canal, possivelmente espanhol,chamado SIC no jornal da tarde anunciava um Bétis-Sporting (!!!)vá-se lá saber porquê.
Os comentadores do jogo, além de muito felizes com o golo do benfiquista Miguel Vitor a jogar num clube qualquer de um qualquer país, fartaram-se de disparatar nos comentários(só a titulo de exemplo com a equipa a perder queriam tirar Russi e meter Barrientos...) e revelaram uma "isenção" que nunca lhes vi quando o clube português em campo é de Lisboa ou do Porto.
Até queriam expulsar o Addy num lance que nem falta foi!
quarta-feira, outubro 23, 2013
O Brasil e o Bento
Publiquei este artigo no site da Associação Vitória Sempre
Quis o
sorteio que Portugal vá encontrar a Suécia no play off de apuramento para o
Mundial de 2014 depois de uma fase de apuramento em que a selecção nacional fez
um percurso pouco mais do que deprimente.
De facto um
país que dispõe de um lote de jogadores seleccionáveis de muito boa qualidade a
que se junta o talento extra de um futebolista de classe mundial tinha
obrigação “naquele” grupo de se apurar tranquilamente sem estar à espera de
dois jogos de resultado completamente imprevisível.
Mas sendo
incapaz de ganhar um jogo a Israel (e não perdendo o jogo fora por “milagre”) e
cedendo um empate caseiro a essa “potência” chamada Irlanda do Norte não
podíamos de facto ter uma sorte diferente.
E isto
leva-nos ao tema deste artigo.
A selecção
perante Portugal.
Todos
sabemos que a nossa selecção teve uma década de grande brilhantismo (2000 a
2010) estando presente em todas as fases finais das grandes competições muito
por força do talento de uma geração que acabou (Figo, Pauleta, Rui Costa, Deco,
Costinha, Sérgio Conceição, Maniche, Jorge Andrade, Vítor Baía, Fernando Couto
entre outros) e do que dela resta mas não joga na selecção por diferentes
razões como Ricardo Carvalho, Tiago ou Simão.
Desse tempo
“resta” Ronaldo.
Que é muito,
porque é um excepcional jogador, e é pouco porque é caso único na selecção em
termos de talento muito acima da média.
Foram dez
anos extraordinários.
Para os
quais muito contribuiu (até 2008) Luís Filipe Scolari.
Que não só
criou um espirito de grupo fortíssimo como uniu os portugueses em volta da
selecção de uma forma nunca anteriormente vista.
Porque tinha
grandes jogadores é verdade.
Mas
essencialmente porque nós, adeptos, sentíamos que era verdadeiramente a
selecção de todos nós e não a selecção dos empresários, dos interesses
clubistas ou de outro tipo de interesses.
Podíamos
discordar da ausência deste ou daquele jogador (Vítor Baía e Pedro Mendes por
exemplo) mas sabíamos que era o critério do seleccionador e nada mais.
E os
resultados davam-lhe (quase) sempre razão.
Paulo Bento
deu cabo disso tudo.
É verdade
que já não tem o naipe de escolhas de grande qualidade que Scolari tinha, mas é
igualmente verdade que desde o primeiro momento pautou as suas convocatórias
por critérios e escolhas que semearam a desconfiança de que era sensível, e
muito, a alguns espíritos santos de orelha!
Somaram-se
os equívocos (André Gomes do Benfica B foi á selecção A!), os conflitos
(Ricardo Carvalho, Bosingwa), os ostracismos (Manuel Fernandes, Eliseu, João
Tomás) os sub aproveitamentos (Danny é um caso escandaloso) e as evoluções a
velocidade espantosa (Licá e Josué) que foram progressivamente afastando os
portugueses da selecção.
Veja-se
ainda agora, na dupla jornada com Israel e Luxemburgo, Paulo Bento convocou 25
jogadores (mais do que se leva para a fase final de um mundial!) e privado de
Pepe e Ronaldo para o jogo com os galácticos luxemburgueses ainda mandou vir
mais dois jogadores para completar o naipe.
Bruma da
selecção sub 21 e Rolando directamente do banco do Inter.
Que, aliás,
vieram fazer turismo porque não jogaram.
Mas como a
FPF é rica dá para tudo até para disparates destes sem que ninguém, pelo menos
que se saiba, tenha pedido ao seleccionador uma explicação racional para tanto
jogador convocado.
Não admira,
portanto, que cada vez mais os portugueses sintam que “aquela” selecção não é
nada com eles e até apareçam vozes em número cada vez maior a desejarem que
Portugal não vá à fase final do Mundial como castigo para tanta asneira.
Não penso
dessa forma.
Embora
entenda que o ideal seria a selecção apurar-se e mudar imediatamente de
seleccionador para não ir ao Brasil repetir as pobres exibições que a tem
caracterizado nos últimos anos.
Assumo que
como adepto do futebol e vitoriano não gosto de Paulo Bento.
Como adepto
do futebol (e da selecção) pelas razões atrás expostas.
Como
vitoriano porque entendo que o seleccionador não tem tratado o clube da forma
mais justa e merecida o que é particularmente incompreensível dado ter cá
jogado e sido sempre bem tratado.
O Vitória
tem sido nos últimos dois anos um clube exemplar na aposta no futebolista
português (Paulo Oliveira, Tiago Rodrigues, Ricardo, Luís Rocha, André André,
Baldé, Marco Matias entre outros) que bem merecia algum reconhecimento por
parte de quem beneficia directamente desse trabalho como é o caso da FPF que em
todas as selecções (menos a A) tem jogadores do clube.
Pois o
seleccionador que teve o arrojo de convocar para a selecção jogadores como
André Gomes, André Almeida, Cédric nunca deu uma oportunidade a um jogador do
Vitória de jogar pela selecção nacional nem que fosse num jogo particular.
E tenho a
certeza que não fariam pior figura do que alguns a que PB dá oportunidades
atrás de oportunidades sem proveito visível.
Pior: Não me
lembro, mas posso estar enganado, de alguma vez o seleccionador se ter dignado
a vir ao D. Afonso Henriques ver um jogo do Vitória em que tem a garantia de
ver vários jogadores portugueses mas é presença frequente em estádios de clubes
que bastas vezes alinham onze estrangeiros e onde não há portugueses com valor
para jogarem numa selecção A…mas jogam.
Definitivamente
espero que Portugal se apure para o Mundial.
Porque se
não o fizer já se sabe quem é o responsável.
Que nesse
caso ou se demite ou é demitido.
Portugal e o
futebol português merecem bem melhor do que um seleccionador com as
insuficiências de Paulo Bento.
P.S. A FPF,
como de costume, marcou o jogo do play off para o estádio nacional do “regime”.
Gulosa pela
receita e ignorantemente convicta que grande lotação significa grande apoio.
Também essa
escolha (porque repetida e repetitiva) nada ajuda a reaproximar Portugal (que é
muito mais que Lisboa) da selecção.
Mesmo
assim…Boa Sorte!
"Like"
O facebook será hoje a rede social mais popular em todo o mundo e aquela que mais aderentes tem.
Por ela passa um pouco de tudo.
Vidas pessoais e profissionais, amores e ódios, negócios e politica, desporto e muito mais assuntos e temas que nem a mais fecunda das imaginações conseguiria elencar na sua totalidade.
Cada um utiliza-o como muito bem entende dentro da imensa liberdade que ele proporciona.
Confesso que vejo,por vezes, pessoas exporem as suas vidas de uma forma quase obscena quer através do que escrevem quer de fotos e vídeos que publicam sem qualquer restrição ou preocupação com o universo que a eles tem acesso.
Mas cada um sabe de si.
Embora me faça muita impressão a forma como alguns pais expõe fotografias e outras informações dos filhos num tempo em que as redes sociais são intensamente frequentadas por pedófilos.
E aí já não é cada um sabe de si.
Porque as crianças não tem culpa nenhuma da irresponsabilidade dos pais.
Pessoalmente utilizo o facebook apenas na óptica da amizade.
Contactando amigos, reencontrando velhas amizades que o tempo não matou mas que a vida separou, fazendo aqui e ali novas amizades.
Trocando ideias, debatendo temas que vão da politica ao desporto, actualizando informação.
E depois o FB tem uma faceta extraordinária.
As mensagens de aniversário.
Que recebemos de amigos, de pessoas que conhecemos apenas no facebook, de familiares com quem só estamos de longe a longe.
Esta semana fiz anos.
E via facebook, quer por mensagens privadas quer por publicações na cronologia,recebi (com muita alegria) largas centenas de mensagens.
De Portugal(incluindo Madeira e Açores) na sua maioria.
Mas também de amigos e amigas espalhados pelo mundo.
De Inglaterra, de França, da Bélgica, do Brasil, do Kuwait, do Chile, dos Estados Unidos, de Espanha,da Venezuela, de Andorra, de Macau, de Timor, de Angola e provavelmente de mais um ou outro país.
Nesta óptica o Facebook vale bem a pena.
Depois Falamos
Por ela passa um pouco de tudo.
Vidas pessoais e profissionais, amores e ódios, negócios e politica, desporto e muito mais assuntos e temas que nem a mais fecunda das imaginações conseguiria elencar na sua totalidade.
Cada um utiliza-o como muito bem entende dentro da imensa liberdade que ele proporciona.
Confesso que vejo,por vezes, pessoas exporem as suas vidas de uma forma quase obscena quer através do que escrevem quer de fotos e vídeos que publicam sem qualquer restrição ou preocupação com o universo que a eles tem acesso.
Mas cada um sabe de si.
Embora me faça muita impressão a forma como alguns pais expõe fotografias e outras informações dos filhos num tempo em que as redes sociais são intensamente frequentadas por pedófilos.
E aí já não é cada um sabe de si.
Porque as crianças não tem culpa nenhuma da irresponsabilidade dos pais.
Pessoalmente utilizo o facebook apenas na óptica da amizade.
Contactando amigos, reencontrando velhas amizades que o tempo não matou mas que a vida separou, fazendo aqui e ali novas amizades.
Trocando ideias, debatendo temas que vão da politica ao desporto, actualizando informação.
E depois o FB tem uma faceta extraordinária.
As mensagens de aniversário.
Que recebemos de amigos, de pessoas que conhecemos apenas no facebook, de familiares com quem só estamos de longe a longe.
Esta semana fiz anos.
E via facebook, quer por mensagens privadas quer por publicações na cronologia,recebi (com muita alegria) largas centenas de mensagens.
De Portugal(incluindo Madeira e Açores) na sua maioria.
Mas também de amigos e amigas espalhados pelo mundo.
De Inglaterra, de França, da Bélgica, do Brasil, do Kuwait, do Chile, dos Estados Unidos, de Espanha,da Venezuela, de Andorra, de Macau, de Timor, de Angola e provavelmente de mais um ou outro país.
Nesta óptica o Facebook vale bem a pena.
Depois Falamos
segunda-feira, outubro 21, 2013
O Capitão!
Não conhecia pessoalmente Leonel Olimpio antes de ter desempenhado funções directivas no Vitória.
Conhecia-o apenas como jogador, no Gil Vicente e no Paços de Ferreira, e quando veio para Guimarães foi um reforço que me pareceu bem contratado mas não mais do que isso.
A sua primeira época foi, como é timbre dele, de grande regularidade disputando trinta jogos oficiais nas várias competições que o clube disputou.
Na época passada fez trinta e três jogos, marcando dois golos, e capitaneando a equipa em variadíssimas ocasiões a mais inesquecivel das quais na final do Jamor.
Entretanto, e nos meses em que tive responsabilidade pelo futebol do Vitória, tive a oportunidade de conhecer o homem que está para além do jogador e o jogador que está para lá dos jogos.
E confesso que aumentei exponencialmente a minha admiração por ele.
Porque no dia a dia conheci um homem educado, correctissimo no trato, com peso no balneário e com quem é fácil trabalhar.
E vi um jogador de um profissionalismo inatacável que treinava sempre nos limites e é um verdadeiro exemplo para os colegas que com ele trabalham.
Um verdadeiro "capitão".
Na linha dos que o antecederam como Alex e Flávio Meireles.
Esta época, com o Vitória em quatro frentes, mais uma vez Leonel Olimpio está na primeira linha do combate.
Sereno, discreto, mas essencial.
Porque Leonel Olimpio é daqueles jogadores que quando estão em campo muitas vezes nem se dá por eles mas quando não estão dá-se pela ausência e de que maneira...
Não ficará para sempre no Vitória.
Mas ficará para sempre na história do Vitória.
Porque, alem do mais, foi o nosso "capitão" no Jamor.
E a forma como entrou em campo à frente da equipa, naquele seu estilo de "peito feito" e a olhar os adversários nos olhos, tem muito a ver com a atitude com que a equipa encarou o jogo.
E o ganhou!
Depois Falamos
P.S. A forma como,com a família,se deslocou a Coimbra para assistir à final da taça de Portugal de voleibol entre o Vitória e o Fonte Bastardo revela algo que considero importante.
Não nasceu cá mas já tem o nosso ADN.
O ADN dos Conquistadores.
domingo, outubro 20, 2013
Sintra e Cabeceiras de Basto
Aparentemente.
Porque as ultimas autárquicas provocaram uma curiosa geminação entre ambos!
Em Sintra ganhou o PS (já se falou disso que chegasse nesta página) elegendo quatro vereadores e a lista encabeçada pelo ex vice presidente da autarquia (Marco Almeida) ficou em segundo elegendo outros quatro.
O PSD, com dois eleitos, ficou em terceiro e decidiu fazer maioria com o PS!
Em Cabeceiras de Basto o PS voltou a vencer,embora mudando de presidente de câmara, com três eleitos e uma lista independente encabeçada pelo ex vice presidente da autarquia(Jorge Machado) elegeu outros três.
O PSD , com um eleito, ficou em terceiro lugar e fará maioria com a oposição ou com o poder.
Como vêem as semelhanças são muitas.
Excepto a fundamental.
Em Sintra o PSD aliou-se ao PS.
Em Cabeceiras de Basto ainda não e nem é certo que o venha a fazer.
Percebo o dilema do meu amigo Mário Leite, vereador eleito, perante este cenário em que tendo um resultado abaixo do esperado ficou de repente com um poder que o partido não tinha há muito tempo.
Difícil será, penso eu, decidir o que fazer.
E como há decisões cuja gravidade ultrapassa a esfera de quem tem de decidir em solitário(ou quase) eu quase sugeriria ao Mário Leite que mandasse um telegrama ao líder do partido em termos idênticos a estes:
"Caro Coelho ponto. 3-3-1 Cabeceiras Basto ponto. Que faço ponto? Uma "Sintrada" ponto? ou oposição ponto? resposta urgente ponto. Saudações SD ponto."
Parece brincadeira mas não é.
É que casos como Sintra e Cabeceiras de Basto há mais.
E o PSD não definiu nenhuma orientação para eles.
Depois Falamos
sábado, outubro 19, 2013
Novos Mistérios na "Estrada de Sintra"
Embora o livro seja bem mais interessante (e menos sórdido!) que aquilo de que vamos falar neste novo mistério da "estrada de Sintra".
Já por várias vezes abordei neste espaço a pouca vergonha protagonizada por alguns responsáveis do PSD distrital e nacional ao inviabilizarem a candidatura naturalmente ganhadora de Marco Almeida substituindo-a pela candidatura arranjada á pressa do vice presidente do partido Pedro Pinto com o "belo" resultado que se sabe.
Terceiro lugar e uma votação quase ridícula.
Mas se isso por si só já poderia ser um mistério, e só não o é porque toda a gente sabe que o não apoio à candidatura de Marco Almeida pelo PSD foi a vingança por ele não ter apoiado a candidatura de Passos Coelho à liderança do partido (entre outras razões...), na sequência das eleições e da oferta da câmara ao PS surgem dois verdadeiros mistérios.
Um parece-me caso de policia.
O outro é puramente politico.
Vamos ao primeiro.
É estranhissimo e merece apuramento até ás ultimas consequências o facto de nas quatro freguesias ganhas pela candidatura de Marco Almeida o voto nulo ter andado na casa dos 2% enquanto nas restantes andou nos 7% a 8% !
Não sei se é mas que cheira a fraude por todo o lado isso cheira!
Especialmente quando se sabe que a candidatura independente não tinha delegados em todas as mesas de voto e a maioria dos que tinha eram inexperientes na matéria.
E com uma diferença de 1700 votos da candidatura do PS em relação á de Marco Almeida, em 122.918 votantes, com 5.113 votos nulos é legitimo que se questione a verdade do resultado.
E aí aparece o segundo mistério.
Apurada a vitória(???) do "cristão novo do socialismo" Basílio Horta (outro que no dia em que nasceu a vergonha estava de férias) , e com todas estas duvidas sobre a possível fraude eleitoral, eis que o PSD se apressa a fazer um acordo com o PS e a viabilizar o governo da câmara.
E este é um mistério politico.
Porque ou o presidente do partido e a CPN consideram que a estratégia do PSD deve passar por dar a "mãozinha"(curiosa ironia) ao PS onde este ganhou sem maioria e assumem assim uma lógica de "bloco central" ou então Sintra foi um caso excepcional protagonizado por um vice presidente do partido sem o partido saber porquê.
São mistérios a mais para uma autarquia só.
E embora não duvide que Eça e Ramalho escreveriam um belo livro sobre estes novos mistérios da "estrada de Sintra" estou muito mais interessado em ouvir as explicações de Passos Coelho sobre porque razão se viabiliza uma câmara do PS e, ainda por cima, ganha de forma no mínimo suspeita.
É estratégia? Porquê?
É excepção? Porquê?
Provavelmente Passos Coelho nunca explicará.
Mas pode ficar certo que estes mistérios de Sintra são contributos para abrir a caixa de Pandora em que a sua liderança mergulhou de forma irreversível.
Depois Falamos.
quinta-feira, outubro 17, 2013
Sócio Honorário
Tendo presidido à câmara desde 1989 até 2013 António Magalhães esteve ligado na sua exclusiva condição de autarca a períodos de enorme expansão do clube desde a construção do complexo desportivo ás sucessivas obras de remodelação do estádio que permitiram que ele hoje tenha a funcionalidade e o conforto que o caracterizam.
E com maior ou menor prazer trabalhou com os quatro presidentes(dois dos quais o acompanham na foto)que o clube teve nesse período de tempo.
Isso é inegável.
E por isso esta proposta da direcção não me choca embora também não me entusiasme por aí além.
Porque há o reverso da medalha.
Anos e anos de conflito com o clube nos quais a culpa nem sempre foi de Pimenta Machado (como se gosta de fazer crer nos tempos que correm) e dos quais o Vitória saiu lesado.
Apoios eleitorais, não expressos mas visíveis no terreno, a candidaturas aos orgãos sociais do clube que agradavam mais ao poder municipal e em detrimento das que asseguravam uma maior independência.
Destaque dado a antigos atletas do clube mais alinhados com as politicas municipais em detrimento de outros que pagaram o seu distanciamento com a falta de homenagens que bem mereciam.
E mais recentemente o chumbo de uma proposta do Vitória para construir piscinas e ginásios em terrenos do complexo que a câmara indeferiu com argumentos nada convincentes e que prejudicaram a expansão e condições de trabalho das nossas modalidades amadoras.
E por isso compreendendo que esta proposta apareça não fico muito entusiasmado com ela.
Porque se o Vitória vai elevar António Magalhães a sócio honorário o S.C Braga devia eleger Mesquita Machado como presidente honorário e fazer-lhe uma estátua em frente ao estádio AXA.
Não sei se me fiz entender?
Depois Falamos.
P.S Para que não existam dúvidas se puder estar presente na AG votarei favoravelmente a proposta.
quarta-feira, outubro 16, 2013
Enfim...
Ontem perante o "poderoso" Luxemburgo, e que jogou durante uma hora com 10 elementos,lá conseguimos uma retumbante vitória por 3-0 e o acesso ao play off de apuramento para o mundial.
Mas é incontornável que a selecção, pese embora ter criado várias oportunidades e algumas desperdiçadas de forma inacreditável, voltou a fazer uma exibição muito pobre e que deixa as maiores inquietações se porventura o adversário que nos tocar em sorte for de bom nível.
Paulo Bento ,esse, esteve ao nível da equipa.
Muito fraco.
Convocou para estes dois jogos uma imensidão de jogadores (até Bruma foi "pescado" nos sub 21 sem qualquer proveito) mas depois na hora de decidir equipa e substituições foi o descalabro pela absoluta incapacidade de mudar fosse o que fosse.
Atente-se a titulo de exemplo nas substituições de ontem:
A certa altura resolveu jogar com dois pontas de lança.
Vai daí resolve tirar Veloso para meter Hugo Almeida.
Só que na altura em que ia proceder à substituição verifica-se a lesão de Ricardo Costa que o obriga a sair do terreno.
O lógico seria, penso eu enquanto "treinador" de bancada", fazer Hugo Almeida substituir Ricardo Costa e recuar Veloso para central ao invés de queimar uma substituição fazendo entrar Sereno.
Recordo que estávamos a jogar contra 10 luxemburgueses.
Depois, com apenas uma substituição para fazer, opta por tirar Coentrão e fazer entrar Antunes.
Antunes que devia, isso sim, ter sido titular face à boa exibição de Alvalade e Coentrão para o qual já não há paciência para tanta estupidez e que ainda ontem viu mais um amarelo absolutamente disparatado e apenas compreensível face ás evidente limitações de raciocionio do jogador.
Dir-me-ão que não terá efeitos no play off porque estava "limpo".
Direi que se no primeiro jogo vir uma amarelo, o que é perfeitamente possível, ficará impedido para o jogo decisivo.
O que com Antunes neste estado de forma nem será problema em boa verdade.
Em suma pode dizer-se que equipa e seleccionador estiveram ao mesmo nível.
Fraco.
O que num caso se lamenta mas no outro já nem admira.
Depois Falamos
Mas é incontornável que a selecção, pese embora ter criado várias oportunidades e algumas desperdiçadas de forma inacreditável, voltou a fazer uma exibição muito pobre e que deixa as maiores inquietações se porventura o adversário que nos tocar em sorte for de bom nível.
Paulo Bento ,esse, esteve ao nível da equipa.
Muito fraco.
Convocou para estes dois jogos uma imensidão de jogadores (até Bruma foi "pescado" nos sub 21 sem qualquer proveito) mas depois na hora de decidir equipa e substituições foi o descalabro pela absoluta incapacidade de mudar fosse o que fosse.
Atente-se a titulo de exemplo nas substituições de ontem:
A certa altura resolveu jogar com dois pontas de lança.
Vai daí resolve tirar Veloso para meter Hugo Almeida.
Só que na altura em que ia proceder à substituição verifica-se a lesão de Ricardo Costa que o obriga a sair do terreno.
O lógico seria, penso eu enquanto "treinador" de bancada", fazer Hugo Almeida substituir Ricardo Costa e recuar Veloso para central ao invés de queimar uma substituição fazendo entrar Sereno.
Recordo que estávamos a jogar contra 10 luxemburgueses.
Depois, com apenas uma substituição para fazer, opta por tirar Coentrão e fazer entrar Antunes.
Antunes que devia, isso sim, ter sido titular face à boa exibição de Alvalade e Coentrão para o qual já não há paciência para tanta estupidez e que ainda ontem viu mais um amarelo absolutamente disparatado e apenas compreensível face ás evidente limitações de raciocionio do jogador.
Dir-me-ão que não terá efeitos no play off porque estava "limpo".
Direi que se no primeiro jogo vir uma amarelo, o que é perfeitamente possível, ficará impedido para o jogo decisivo.
O que com Antunes neste estado de forma nem será problema em boa verdade.
Em suma pode dizer-se que equipa e seleccionador estiveram ao mesmo nível.
Fraco.
O que num caso se lamenta mas no outro já nem admira.
Depois Falamos
terça-feira, outubro 15, 2013
O Buzinão do Arménio
As coisas são o que são.
Quando depois de muitos anos de liderança da CGTP Carvalho da Silva, entretanto licenciado e doutorado em Sociologia, resolveu seguir a vida académica o PCP escolheu Arménio Carlos para o substituir com um objectivo bem definido.
Arménio foi para a CGTP não para resolver problemas mas para os criar.
A este governo e a qualquer outro que desagrade ao PCP.
E por isso toda a estratégia de endurecimento negocial da central sindical, as greves gerais em número inédito, as constantes manifestações visam apenas dar seguimento a essa estratégia e fazer cair na rua um governo com maioria parlamentar.
Mas Arménio revela-se um sonhador.
E sonhou que também ele teria direito ao seu buzinão na ponte 25 de Abril a exemplo do acontecido em 1994 e que indiciou o fim do ciclo cavaquista.
E vem daí a absurda ideia de utilizar uma ponte para fazer uma manifestação politica.
Ideia que até hoje, com 39 anos de democracia, não tinha ocorrido a ninguém!
Ocorreu ao Arménio.
E se o governo tiver a triste ideia de ceder nesta matéria estou a ver o Arménio,uma vez atingido este objectivo, já a pensar noutro número de "circo".
Como fazer um piquenique revolucionário numa das pistas do aeroporto de Lisboa ou uma marcha pela linha do norte da CP.
Acham um exagero?
Deem-lhe "corda"...
Depois Falamos
P.S. Conhecendo Miguel Macedo acho que o Arménio não vai ter sorte nenhuma.
Espero não me enganar.
Quando depois de muitos anos de liderança da CGTP Carvalho da Silva, entretanto licenciado e doutorado em Sociologia, resolveu seguir a vida académica o PCP escolheu Arménio Carlos para o substituir com um objectivo bem definido.
Arménio foi para a CGTP não para resolver problemas mas para os criar.
A este governo e a qualquer outro que desagrade ao PCP.
E por isso toda a estratégia de endurecimento negocial da central sindical, as greves gerais em número inédito, as constantes manifestações visam apenas dar seguimento a essa estratégia e fazer cair na rua um governo com maioria parlamentar.
Mas Arménio revela-se um sonhador.
E sonhou que também ele teria direito ao seu buzinão na ponte 25 de Abril a exemplo do acontecido em 1994 e que indiciou o fim do ciclo cavaquista.
E vem daí a absurda ideia de utilizar uma ponte para fazer uma manifestação politica.
Ideia que até hoje, com 39 anos de democracia, não tinha ocorrido a ninguém!
Ocorreu ao Arménio.
E se o governo tiver a triste ideia de ceder nesta matéria estou a ver o Arménio,uma vez atingido este objectivo, já a pensar noutro número de "circo".
Como fazer um piquenique revolucionário numa das pistas do aeroporto de Lisboa ou uma marcha pela linha do norte da CP.
Acham um exagero?
Deem-lhe "corda"...
Depois Falamos
P.S. Conhecendo Miguel Macedo acho que o Arménio não vai ter sorte nenhuma.
Espero não me enganar.
segunda-feira, outubro 14, 2013
domingo, outubro 13, 2013
Clarificar
Não sei se Mário Soares tem, ou não, problemas de senilidade.
Parece ter mas isso é problema dele e da família.
A verdade é que continua a dar entrevistas, a formular opiniões, a tomar posições politicas com o maior dos á vontades e com uma abertura enorme por parte da comunicação social.
E por aí não vinha mal ao mundo.
Acontece que nos últimos tempos enveredou pelo insulto puro e duro.
Inaceitável na linguagem politica e indigno de quem já foi primeiro ministro e presidente da república entre outros cargos públicos.
Agora resolveu chamar delinquentes aos membros do governo e defender que tem de ser julgados quando abandonarem funções.
E isto é gravíssimo.
E impõe-se uma clarificação que faça jurisprudência.
Ou o senhor face aos cargos que teve é inimputável e pode dizer tudo que lhe apetecer ou então é um cidadão como os outros e o governo tem a obrigação de o processar judicialmente de imediato.
Na primeira opção confirmar-se-á que George Orwell tinha razão ("os animais são todos iguais mas há uns mais iguais que outros") e que Portugal é uma república das bananas onde os membros do governo podem ser insultados sem se acharem beliscados pelo insulto.
Na segunda opção ficará claro que não há cidadãos acima da Lei e que seja quem for tem de assumir responsabilidades pelo que faz e diz.
O governo decidirá o que fazer.
Na certeza de que se não fizer nada pode esperar um aumento da crispação, da contestação e dos insultos aos membros do governo onde quer que apareçam em público.
Com exemplos destes...
Depois Falamos
Parece ter mas isso é problema dele e da família.
A verdade é que continua a dar entrevistas, a formular opiniões, a tomar posições politicas com o maior dos á vontades e com uma abertura enorme por parte da comunicação social.
E por aí não vinha mal ao mundo.
Acontece que nos últimos tempos enveredou pelo insulto puro e duro.
Inaceitável na linguagem politica e indigno de quem já foi primeiro ministro e presidente da república entre outros cargos públicos.
Agora resolveu chamar delinquentes aos membros do governo e defender que tem de ser julgados quando abandonarem funções.
E isto é gravíssimo.
E impõe-se uma clarificação que faça jurisprudência.
Ou o senhor face aos cargos que teve é inimputável e pode dizer tudo que lhe apetecer ou então é um cidadão como os outros e o governo tem a obrigação de o processar judicialmente de imediato.
Na primeira opção confirmar-se-á que George Orwell tinha razão ("os animais são todos iguais mas há uns mais iguais que outros") e que Portugal é uma república das bananas onde os membros do governo podem ser insultados sem se acharem beliscados pelo insulto.
Na segunda opção ficará claro que não há cidadãos acima da Lei e que seja quem for tem de assumir responsabilidades pelo que faz e diz.
O governo decidirá o que fazer.
Na certeza de que se não fizer nada pode esperar um aumento da crispação, da contestação e dos insultos aos membros do governo onde quer que apareçam em público.
Com exemplos destes...
Depois Falamos
sábado, outubro 12, 2013
Passado e Futuro
Porque tendo um passado honroso (e quanto mais passado mais honroso...) e sendo receio de muita gente nas bases que não tenha presente resta pensar no futuro de um partido que vive provavelmente a fase mais dificil da sua história.
Dir-me-ão os desse tempo que a crise das "Opções Inadiáveis" e a cisão no grupo parlamentar foram igualmente momentos criticos na vida deste partido.
Foram!
Mas tinhamos Sá Carneiro.
E gente que sempre lhe foi leal como os retratados na fotografia(António Capucho, Leonardo Ribeiro de Almeida, Vitor Crespo e Montalvão Machado) e muitos outros que pelo país fora souberam lutar por ele e pelas suas estratégias.
Hoje não temos Sá Carneiro
Também se tivessemos estariamos seguramente bem melhor no PSD e no país.
E dos da fotografia resta António Capucho que uma rapaziada sem memória,sem ideologia e sem querer saber da politica mais do que os proventos que ela pode dar, quer expulsar do partido por ter sido coerente consigo próprio e não pactuar com "vendettas" no pior estilo siciliano.
O partido vive, pois, momentos muito dificeis.
Estrondosamente derrotado nas autárquicas (outrora o seu bastião mais forte), liderando um governo que ás vezes até parece que são dois governos consoante quem dá as conferências de imprensa, tendo um primeiro ministro simpático e bem intencionado para o qual o preço dos combustiveis serve para regular questões ambientais e para quem que mentir ao Parlamento não é grave, tendo como rosto do país no estrangeiro um ministro chamado Rui Machete e como rosto do PSD no país o vice presidente Marco António Costa, o PSD atravessa de facto uma crise politica e identitária sem paralelo.
Daí que se olhe cada vez mais para dentro do partido em busca de quem possa travar um declínio que parece inevitável e em que as europeias do próximo ano ameaçam ser apenas uma "bricadeira" sem graça face ao que se teme possam ser as legislativas de 2015.
Não é que a alternativa socialista seja de recear por si só.
Seguro e os que o rodeiam são a versão oposicionista do poder actual e trazem ás costas a famigerada "tralha" socratista outra vez muito activa.
Mas o descontentamento popular visivel nas autárquicas ( e a que alguma rapaziada do PSD bem ajudou dando câmaras ao PS) com o governo e com o PSD pode ter um efeito devastador na votação do partido e remetê-lo para percentagens que desconhece em absoluto.
E por isso se fala, cada vez mais , numa alternativa interna.
Volto a Sá Carneiro.
O que o partido precisava neste momento (mas infelizmente duvido imenso que tenha)era de alguém que sem receios nem temores, assumindo os risco com coragem e determinação (como FSC tantas vezes fez), desprezando calendários eleitorais e avaliações da troika, se assumisse como alternativa nas directas de Janeiro dizendo ao que vinha e para onde queria ir.
E assumisse a responsabilidade disso.
O PSD, em liberdade, decidiria se queria mudar de vida ou continuar por este caminho.
Caso contrário, que é o que me parece que vai acontecer por inexistência de alguém com essa postura, então o melhor é o partido concentrar-se em convencer Passos Coelho a remodelar profundamente a sua equipa dirigente de molde a que o partido, pelo menos, não entre em processos eleitorais já a perder por muitos.
Equivale isto a dizer que a tese que por aí anda de fazer uma lista forte(de descontentes) ao Conselho Nacional para enfraquecer a liderança de Passos Coelho e depois, num tempo que há-de vir, promover a sua substituição me parece uma estratégia errada e que só vai prejudicar o partido.
Porque o PSD precisa de lideranças fortes e não de lideres enfraquecidos.
E com franqueza, e como militante de base o digo, de tacticistas que só pensam na próxima "jogada", no próximo "golpe" , na próxima "habilidade" estou eu farto até à ponta dos cabelos.
Não foi o azar que pôs o PSD assim.
Foram mesmo os seus dirigentes com o consentimento, por acção ou omissão, dos militantes.
Depois Falamos
P.S: Claro que a realidade do que são hoje muitas das distritais do partido também ajuda a explicar os resultados das eleições.
Tema a que voltarei um destes dias!
Tomada de Posse
Será o meu quinto mandato nessas funções depois das eleições em 1989, 1993,1997 e 2009.
Tal como os anteriores, e salvo qualquer imponderável,tenciono cumpri-lo até ao fim.
Porque os mandatos recebidos do povo são para cumprir, salvo circunstâncias excepcionais que o impeçam, como sinal de respeito por quem nos confiou o seu voto e defesa do prestigio do orgão para o qual fomos eleitos.
Tem sido noticia nos últimos dias a renuncia aos mandatos de vários autarcas eleitos a 29 de Setembro e que por não atingirem os objectivos a que se propuseram não querem cumprir aquilo para que o povo entendeu mandatá-los.
Opções.
Mas a propósito disso, e da tomada de posse de hoje, quero recordar a figura do saudoso eng. Eurico de Melo.
Que em 1989, primeiro mandato para que fui eleito,também fazia parte da lista do PSD e foi eleito deputado municipal em Guimarães ao tempo em que era vice primeiro ministro no segundo governo de Cavaco Silva.
Foram as eleições em que o PS reconquistou a câmara, com maioria absoluta,remetendo o PSD para a oposição onde ainda hoje se encontra.
E o eng Eurico de Melo assumiu o seu mandato de deputado municipal ,na oposição, com a grandeza de que só pessoas muito excepcionais são capazes.
Sendo o número 2 do governo, com o poder imenso que isso significa, não teve nenhum problema em ser deputado municipal e participar durante algum tempo nas sessões.
Depois quando se demitiu do governo deixou igualmente a assembleia municipal e afastou-se da politica activa durante algum tempo.
Mas o exemplo ficou!
Depois Falamos
Favores...
Não tenho qualquer simpatia por Paulo Bento enquanto seleccionador nacional.
Isto nada tem de pessoal (nem o conheço) mas apenas da avaliação que faço à forma como se chega a seleccionador nacional ,após quatro escassos anos a treinar futebolistas profissionais, e que obviamente tem muito mais a ver com favores do que com méritos demonstrados.
E a critica nem é a Paulo Bento que aceitou um convite irrecusável para quem tinha saído do Sporting e estava no desemprego.
A verdade é que o seu trabalho como seleccionador não me convence minimamente e isto não tem a ver exclusivamente com o jogo de ontem embora tenha sido mais um exemplo da falta de qualidade da maioria das exibições da selecção.
Tem a ver com a forma como se posiciona perante os jogadores e com os critérios mais que discutíveis das convocatórias que faz.
Depois dos atritos com Ricardo Carvalho e Bosingwa e dos abandonos prematuros da selecção de jogadores como Tiago (que tão bem tem jogado no Atlético de Madrid)ou Simão em que a falta de maturidade do seleccionador foi por demais evidente esperar-se-ia ao menos bom senso e critério nas convocatórias.
Mas tem sido o contrário disso.
Para além dos jogadores agenciados pela Gestifute/Jorge Mendes que estão sempre na pole position para serem chamados ainda se assiste a autênticas aberrações de que uma recente chamada de André Gomes (jogador que habitualmente alinha pelo Benfica B) foi só o caso mais flagrante.
Agora,para estes dois jogos finais do apuramento com Israel e Luxemburgo, o impreparado seleccionador voltou a fazer das suas.
Primeiro deixando de fora da convocatória um dos melhores jogadores deste inicio de época (Adrien do Sporting) para insistir em jogadores "presos por arames" como Raúl Meireles e Éder dando provas de uma teimosia que nada justifica.
E nem a lesão de Meireles o levou a chamar Adrien.
Preferiu insistir em Custódio que tem feito um inicio de época absolutamente irregular.
Mas os "amarelos" (inteligentes) de Ronaldo e Pepe deram origem a mais um momento que só é hilariante porque o acesso ao play off está garantido.
Primeiro chamando Bruma, que ainda não provou absolutamente nada em termos de futebol sénior para merecer a selecção A, para o lugar de Ronaldo.
E depois chamando Rolando, assíduo frequentador do banco no Inter de Milão (fez apenas dois jogos), para o lugar de Pepe.
Preterindo, e é aqui que isto "dói" mais, a opção óbvia que seria Paulo Oliveira!
Que tem feito uma trajectória ascendente notável e que é hoje esteio da defesa do Vitória com excelentes provas dadas em palcos bem mais difíceis do que aquele que se deparará à defesa portuguesa em Coimbra com o Luxemburgo.
Quem fez os jogos irrepreensiveis que Paulo Oliveira fez já esta época contra Porto, Benfica, Lyon não estará á altura de defrontar o Luxemburgo?
A resposta é óbvia.
Menos para Paulo Bento.
Ele lá saberá porquê...
Depois Falamos
Isto nada tem de pessoal (nem o conheço) mas apenas da avaliação que faço à forma como se chega a seleccionador nacional ,após quatro escassos anos a treinar futebolistas profissionais, e que obviamente tem muito mais a ver com favores do que com méritos demonstrados.
E a critica nem é a Paulo Bento que aceitou um convite irrecusável para quem tinha saído do Sporting e estava no desemprego.
A verdade é que o seu trabalho como seleccionador não me convence minimamente e isto não tem a ver exclusivamente com o jogo de ontem embora tenha sido mais um exemplo da falta de qualidade da maioria das exibições da selecção.
Tem a ver com a forma como se posiciona perante os jogadores e com os critérios mais que discutíveis das convocatórias que faz.
Depois dos atritos com Ricardo Carvalho e Bosingwa e dos abandonos prematuros da selecção de jogadores como Tiago (que tão bem tem jogado no Atlético de Madrid)ou Simão em que a falta de maturidade do seleccionador foi por demais evidente esperar-se-ia ao menos bom senso e critério nas convocatórias.
Mas tem sido o contrário disso.
Para além dos jogadores agenciados pela Gestifute/Jorge Mendes que estão sempre na pole position para serem chamados ainda se assiste a autênticas aberrações de que uma recente chamada de André Gomes (jogador que habitualmente alinha pelo Benfica B) foi só o caso mais flagrante.
Agora,para estes dois jogos finais do apuramento com Israel e Luxemburgo, o impreparado seleccionador voltou a fazer das suas.
Primeiro deixando de fora da convocatória um dos melhores jogadores deste inicio de época (Adrien do Sporting) para insistir em jogadores "presos por arames" como Raúl Meireles e Éder dando provas de uma teimosia que nada justifica.
E nem a lesão de Meireles o levou a chamar Adrien.
Preferiu insistir em Custódio que tem feito um inicio de época absolutamente irregular.
Mas os "amarelos" (inteligentes) de Ronaldo e Pepe deram origem a mais um momento que só é hilariante porque o acesso ao play off está garantido.
Primeiro chamando Bruma, que ainda não provou absolutamente nada em termos de futebol sénior para merecer a selecção A, para o lugar de Ronaldo.
E depois chamando Rolando, assíduo frequentador do banco no Inter de Milão (fez apenas dois jogos), para o lugar de Pepe.
Preterindo, e é aqui que isto "dói" mais, a opção óbvia que seria Paulo Oliveira!
Que tem feito uma trajectória ascendente notável e que é hoje esteio da defesa do Vitória com excelentes provas dadas em palcos bem mais difíceis do que aquele que se deparará à defesa portuguesa em Coimbra com o Luxemburgo.
Quem fez os jogos irrepreensiveis que Paulo Oliveira fez já esta época contra Porto, Benfica, Lyon não estará á altura de defrontar o Luxemburgo?
A resposta é óbvia.
Menos para Paulo Bento.
Ele lá saberá porquê...
Depois Falamos
Como o País...
Desanimada, desmotivada, triste e sem "fio de jogo".
Ontem perante um adversário de terceiro nível, a quem não conseguiu ganhar nenhum dos dois jogos, mais uma exibição descolorida e sem entusiasmar ninguém.
E como ainda por cima Ronaldo não estava nos seus dias (não pode estar sempre) lá se cumpriu o "fado" português; marcamos um golo, falhamos três ou quatro e depois num daqueles erros que acontecem sofremos o empate e vimos esfumarem-se as hipóteses de vencer o grupo.
Esfumadas, convém dizê-lo, nos empates caseiros com Israel e Irlanda do Norte.
Noutras circunstâncias e perante outro adversário até se poderiam evocar algumas ausências para justificar o resultado.
Com este adversário não.
A obrigação era ganhar.
Porque estou convencido que em condições normais até qualquer um dos cinco ou seis principais clubes portugueses ganharia a esta selecção.
De positivo, porque há sempre qualquer ilacção positiva a retirar, apenas a excelente exibição de Antunes e a forma como Ronaldo e Pepe vão limpar contra o Luxemburgo cartões amarelos que poderiam ser muito incómodos no play off.
E Antunes bem mereceu a oportunidade.
Duas assistências para golo (um anulado por fora de jogo), um perigoso remate nos minutos finais e uma exibição bem conseguida a defender e especialmente a integrar-se nas manobras de ataque.
Aos 26 anos ainda vai muito a tempo de solidificar uma carreira que tem conhecido algumas intermitências e ser uma opção continua para a selecção nacional.
E agora depois de ganharmos ao Luxemburgo(pelo menos assim se espera...)há que aguardar pelo sorteio do play off.
Depois Falamos
P:S. As convocatórias de Rolando e Bruma para os lugares de Pepe e Ronaldo são apenas mais um contributo para o anedotário das convocatórias do funcionário da Federação Portuguesa de (Gesti)Futebol que treina (vá-se lá saber porquê...) a selecção.
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