segunda-feira, agosto 29, 2011

Azar dos Távoras!

Não é fácil a vida do líder da oposição logo a seguir ao seu partido perder o poder.
Que o digam Vítor Constâncio ou Jorge Sampaio no PS e Fernando Nogueira,Marcelo Rebelo de Sousa e outros no PSD.
Porque por alguma razão as eleições foram perdidas.
"Tocou" agora a António José Seguro o pesado fardo de liderar o PS em tempo de"vacas magras" no partido e no país.
E Seguro, politico inteligente e cauteloso,estava a adoptar a melhor táctica que era a de fazer-se de "morto" enquanto via onde paravam as modas.
Mas nos tempos que correm a pressão mediática é muito intensa,não transige com silêncios, quer "festa" todos os dias.
E Seguro lá teve de deixar um silêncio...seguro e começar a falar.
Teve azar.
Primeiro porque com o PS "prisioneiro" do acordo com a troika não fica muito espaço de intervenção essencial para o líder da oposição.
Depois porque se enganou nos temas.
Vir acusar este governo de falta de "sensibilidade social" (o sound byte da moda) quando o PS tem ás costas a responsabilidade da maior taxa de desemprego de sempre ,entre outras "desgraças" que lhe são atribuíveis,até parece brincadeira não fora o assunto tão sério.
Por outro lado chegar á Madeira ,em campanha eleitoral, e perguntar ao primeiro ministro quem vai pagar a divida da região autónoma é de uma infelicidade tremenda.
Porque sendo a divida da Madeira uma coisa séria,ninguém o nega,é apenas uma parte pequena da divida do país.
E quem vai pagar essa é uma pergunta que deve ser feita prioritariamente ao PS.
Que é o principal responsável pela sua existência.
Começa mal António José Seguro.
Depois Falamos

2 comentários:

Gabriela Gomes disse...

mais uma excelente análise.
partilho da sua ideia de que Seguro se enganou nos temas e começou mal. A verdade é que no PSD não exploraram isso porque acho que estão tão deslumbrados com o poder recente que se esqueceram do debate politico e do combate á oposição.

luis cirilo disse...

Cara Gabriela:
Também acho que o PSD anda um bocado esquecido de fazer politica. Nada que não me parecesse provável a partir de certo momento