segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Aqui ao Lado

É bem aqui ao lado.
Na margem sul do Mediterrâneo, nos países do Magrebe e em mais alguns do médio oriente.
É aqui que o "mundo arde".
A chama foi ateada no Egipto.
Onde milhões de manifestantes desarmados conseguiram derrubar uma velha ditadura e depor o quase eterno Mubarak.
De lá alastrou á Tunísia, á Argélia, a Marrocos.
Onde sopram ventos de mudança.
Mas é na "inexpugnável" Líbia que as mudanças prometem ser mais radicais.
Infelizmente também mais sangrentas.
Porque ao contrário do acontecido noutros países citados, e até no longínquo Iémen, o que parece poder acontecer no pais ditatorialmente governado por Khadaffi há quarenta anos é uma autêntica guerra civil.
Entre partidários do coronel, especialmente em Tripoli, e adversários um pouco por todo o lado.
Com a agravante de o próprio exército parecer dividido.
É impossível prever,nesta altura, para onde evoluirão estas transformações tão profundas nos países do Magrebe e noutros para onde se prevê o alastrar desta onda de mudanças.
Será desejável que as sociedades caminhassem rumo a democracias correspondendo,de alguma forma, á "sede" de liberdade evidenciada pela maioria dos manifestantes.
A verdade é que existem riscos vários.
A começar pelo fundamentalismo islâmico que que nos seus fundamentos é pior que qualquer uma das ditaduras combatidas na rua.
O mundo está perigoso.
E o perigo começa aqui ao lado...
Depois Falamos

12 comentários:

Anónimo disse...

O meu principal receio é a possível evolução de toda esta turbulência.
O perigo do fundamentalismo islâmico e da sua tendência expansionista, além do ódio a Israel, podem provocar o caos no mundo ocidental.
Estamos, sem dúvida numa encruzilhada. Infelizmente os nossoa governantes (falo em termos europeus), parecem cegos

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
É nestes momentos que se vêem todas as fragilidades de União Europeia.
Atordoada,incrédula,desnorteada.
Sem uma politica,até de defesa,comum com um incêndio destas proporções á porta.

Defreitas disse...

Permitam uma leitura diferente dos acontecimentos actuais nos países árabes.
Creio que não é possível passar o nosso tempo, como o fizemos até agora, a criticar a passividade, para não dizer mais, dos povos árabes , que desde há dezenas de anos , na sequência da descolonisaçao, suportam a miséria, a corrupção, o despotismo, a pilhagem do seu trabalho pelos seus dirigentes , reconhecidos, aceites e congratulados pelas potências ocidentais, e ao mesmo tempo manifestar, agora, o receio , o medo mesmo, da tentativa de democratização em curso, como se a democracia, finalmente; fosse um “perigo” potencial para eles ,enquanto clamamos que a democracia, a nossa democracia, é o melhor dos sistemas, mas ao qual lhes negaríamos o direito ?

O Islamismo ? Como explicar que nenhuma bandeira ou distintivo islâmico não apareceram em todos os movimentos populares ? Quem não viu que a bandeira nacional era a única que os jovens empunhavam ?
E porquê ? Não é o Irão de 1979, onde os islamistas fizeram a revolução , ou a Argélia de 1991 quando a Frente Islâmica da Salvação (F.I.S) estavam à cabeça da contestação!

Como explicar o silêncio de Al Qaeda nestas revoluções e particularmente o do ideólogo do Movimento, o antigo Irmão Muçulmano Ayman al-Zawahiri ?
Ele não tem nada que dizer porque estas revoluções são uma derrota para Al Qaeda. Como Moubarak, Al Qaeda vivia, bem, da polarização : dum lado, os regimes pro-ocidentais, e do outro , o Islão. Hoje, Al Qaeda encontra-se tão perdido, desorientado, como Moubarak. Ninguém viu chegar o ciclone dos povos que decidiram varrer estes regimes podres, para os quais não existem adjectivos suficientemente fortes para descrever a sua abjecção.

A ideia fundamentalista de Al Qaeda, que consistia em dizer : “ enquanto que não venceres o grande Satã pela “djihad” internacional, não podereis realizar nada nos vossos países “! Ora esta ideia já não funciona! Al-Qaeda não tem mais nenhuma influência ideológica ou sociológica nestas zonas! Nesta juventude instruída saída do WEB ! Sim, podem experimentar ainda uma reacção do género dum atentado, se dispõem dos meios necessários, pois que é somente através dos atentados que eles existem!

Agora, respondendo ao comentário de "Anonimo" :

Estas revoluções podem ter, sim Senhor, uma influência nos nossos países do Ocidente. Mas indirectamente : elas destruem a “fatalidade muçulmana”, repetida sem cessar, pelos islamophobes da direita como da esquerda, que dizem que o Islão seria incompatível com a Democracia. Para estes, a evolução muçulmana passaria por uma “refundição teológica”!

O que se passa nas ruas de Tunis, Cairo, Tripoli, Bahrain, e amanha nos outros países árabes como o Marrocos, acaba com este logiciel!

Mais uma vez, Amigo Cirilo, perdoe-me a extensao do comentàrio! Nao sei fazer curto!

Cumprimentos

Freitas Pereira

Defreitas disse...

Na sequência do meu comentário anterior, permita mais este sobre a importância das revoluções árabes.

Quando se sabe que Sábado ultimo, 75.000 trabalhadores e uma multidão de jovens, dos quais, muitos estudantes, professores, bombeiros e outros funcionários do Estado, protestaram na capital do Wisconsin , Madison, ocupando o edifício do Governador , exigindo a demissão do governador Walker, et que estes “revolucionários” se inspiraram nos acontecimentos que levaram à queda de Moubarak, devemos admitir que existe aqui um simbólica extraordinária !
Ainda mais extremo : O editorialista do “Washingto Post” Harold Myers escrevia: “ No Cairo são os trabalhadores que derrubam Moubarak, em Madison são todos os funcionários do Estado, mais os estudantes e os trabalhadores que querem derrubar o Governador, a quem chamaram mini-Moubarak ! (Um site “mini-Moubarak” foi criado pelos contestatarios da política do Governador)

Quanto a Meyerson, ele chama ao Governador de “ Faraó do Wisconsin” ! ou “Hosni Walker” !

Claro que devemos respeitar todas as proporções ! Mas esta referência não-USA inspiradora numa situação interior US de crise desta importância constitui um acontecimento psicológico e simbólico dum grande significado, que deve ser apreendido de dois pontos de vista, o segundo completando o primeiro.

A América, os USA, esta “ nação indispensável” como dizia Madeleine Albright, é famosa por ser totalmente ignorante do “resto do mundo” .
Mas que “revolução” em Madison ! Um dos gritos da multidão anti-Walker, foi “ Combatei como um Egípcio” !

My God! Eu, que tenho a sorte de ter conhecido muito bem este grande pais, por ai ter trabalhado anos, pais que ,dos grandes espaços do Utah, do Arizona , do Dakota ou do Colorado, pensar que um movimento desta importância nos USA se refere, na forma e no espirito, a um movimento vindo do Egipto piolhoso, atrasado, inexistente pois que não democrático segundo a concepção americana, que foi a marionete do sistema geopolitico durante trinta anos e ao qual Hillary Clinton ,dava lições de democracia ainda há pouco- isso sim é revolucionário...

Que estranha confissão de fraqueza, mesmo de insucesso, que nos comunica esta multidão reunida em Madison, que invadem o Capitol para paralisar o funcionamento do Estado e obter a capitulação do governador, como os Egípcios fizeram na praça de Al Tahir durante três semanas, para reclamar e obter a partida de Moubarak.

Dum lado, o totalitarismo monstruoso do complexo militaro-industrial e os seus tentáculos exteriores, do seu aparelho de corrupção, etc., que esmaga os povos, mesmo em terras da Democracia, e do outro, o esmagador totalitarismo da ideologia e do sectarismo do capitalismo financeiro que está completamente doido !!

Pensemos bem nisto, porque a globalização da revolta sucede à globalização da crise, mostrando quanto este Sistema ,que é dum impiedoso poder, se acabará com ele mesmo pela sua autodestruição.

Porque amanha , pode muito bem ser que os povos dos países já “democráticos” se vejam na obrigação de reconquistar o direito à vida e à dignidade humana, como fizeram os Árabes .

Freitas Pereira

Miguel Dias disse...

Sr. De Freitas disse: "da tentativa de democratização em curso". É muito, mas muito discutível que estes movimentos sociais nos países árabes resultem numa democracia como nós a entendemos, mais provavelmente resultará noutra tirania, mas de "cores" diferentes das que actualmente existem nos governos desses países.
"Como explicar o silêncio de Al Qaeda..." É tão fácil de explicar e de compreender, a Al Qaeda está à espera do momento certo para explorar e aproveitar estes movimentos em seu proveito, daí o silêncio, até agora, dos terroristas, e ainda não sabemos se a Al Qaeda estará sub-repticiamente por detrás de algum destes movimentos. "Ele não tem nada que dizer porque estas revoluções são uma derrota para Al Qaeda" Está redondamente enganado Sr. De Freitas, já se nota, em certos casos, que estes movimentos podem contribuir para divulgar mensagense ideias anti-ocidentais.
Sr. De Freitas afirmou "Al-Qaeda não tem mais nenhuma influência ideológica ou sociológica nestas zonas! Nesta juventude instruída saída do WEB...." Desculpe que lhe diga mas o Sr. é um perfeito ignorante nesta matéria, está provado que foi através da Net que a Al Qaeda recrutou internacionalmente diversos terroristas e sobretudo nas camadas mais jovens, porque são emocionalmente instáveis e se deixam iludir por ideias fanáticas.
"elas destruem a “fatalidade muçulmana”, repetida sem cessar, pelos islamophobes da direita como da esquerda, que dizem que o Islão seria incompatível com a Democracia..." Penso que não, e que o Sr. De Freitas poderá estar novamente enganado, pois as 2 últimas "revoluções"/golpes de Estado nos países árabes, no Irão e na Líbia - do Sr. Kadafhi -, não resultaram numa democracia como muitos ingénuos/optimistas europeus pensavam, e acabaram por resultar numa Tirania mais brutal do que o regime anterior.

Miguel Dias disse...

Sr. De Freitas afirmou: "o esmagador totalitarismo da ideologia e do sectarismo do capitalismo financeiro que está completamente doido..." Totalitarismo do capitalismo?????? O único totalitarismo que existiu foi o comunista e o nazi - que tinha raízes ideológias no socilaismo -, agora as democracias liberais NÃO SÃO totalitárias nem o sistema económico vigente nas democracias - o designado capitalismo - é totalitário. Aconselho o Sr. De Freitas a consultar uma obra de Ciência Política antes de utilizar - e erradamente - a palavra totalitarismo.
"Porque amanha , pode muito bem ser que os povos dos países já “democráticos” se vejam na obrigação de reconquistar o direito à vida e à dignidade humana..." por ter colocado a palavra "democráticos" entre aspas parto do princípio de que o Sr. DE Freitas não considera os EUA e os países da Europa Ocidental democracias, será que, no seu entender, a União Soviética e os países do Pacto de Varsóvia seriam consideradas "democracias"? Reconheço que nas democracias ocidentais ainda existem insuficiências e imperfeições para se ter um completo Estado de Direito, mas está legitimado e garantido o direito à vida e à dignidade humana, algo que nunca existiu no bloco soviético.

Caro Dr. Cirilo peço desculpa por aproveitar o seu blog para discutir ideias com outro interveniente.

Anónimo disse...

Apenas um curto comentário acerca dos comentários anteriores:

Considero que o islamismo fundamentalista nunca será democrático, uma vez que nem sequer respeita a dignidade individual, quanto mais a dignidade colectiva (embora propagandeie o contrário).
Veremos (e esperemos) se esta convulsão termina em democracia, mas tenho as minhas dúvidas, porque a democracia não conseguirá dar resposta, no imediato à verdadeira causa de tudo isto, que é o sentimento de frustração e privação em que estão mergulhados os povos desses países.


Quanto aos acontecimentos relatados nos EUA, que eu não conhecia, parece-me patético que chamem "Mubarak" a um governador eleito democraticamente, por muito impopular que seja (para os que nãovotaram nele, julgo)

Cumps

luis cirilo disse...

Caro Freitas Pereira:
O meu Amigo use o espeço que quiser porque os seus comentários são um enorme factor de valorização deste blogue.
Até porque para além de uma imensa cultura geral o meu amigo tem um invejável e pouco comum conhecimento do mundo.
Creio, e respondendo também ao Miguel Dias,que esta revolução que começou no Egipto e se estende rápidamente pelo Magrebe e não só (veja-se o Iemen ou...Angola)corresponde a um desejo legitimo e compreensivle d eliberdade por parte de povos árabes continuamente oprimidos ou pela colonização europeia ou pelas ditaduras que lhe sucederam.
Compreendo a posição do Freitas Pereira,plena de optimismo,que vê essencialmente os factores bons da revolução.
Nomeadamente o nacionalismo positivo dos jovens manifestantes e a ausência de radicais islâmicos e da Al Qaeda.
Mas também percebo as reservas do Miguel quando suspeita que, tal como aconteceu no passado, revoluções generosas acabam por descambar em novas ditaduras.
Como Cuba por exemplo.
Creio que nesta matéria o desejável
é mesmo permitir que esses povos decidam sozinhos o seu caminho sem que tal signifique ingenuidade da União Europeia e dos Estados Unidos.
Tem ´+e de perceber que as lógicas coloniais ou de protectorado deixaram completamente de fazer sentido.

luis cirilo disse...

Caro Freitas Pereira:
Resposta autónoma quanto ao seu comentário ao que se passa nos Estados Unidos.Creio que é apenas o principio de uma revolta a nível planetário contra a injustiça, a situação económica e os maus politicos.
Começou com o governador do Wisconsin mas vai estender-se a outros Estado e ,claro,á p´rópria Europa.
Os Sócrates,Sarkozys,Berlusconis,etc, a que "temos direito" que se preparem. Nada será como dantes na relação entre governados e governantes.
E não deixa de ser curioso que tudo tenha começado numa das mais velhas civilizações deste planeta.
Caro Miguel Dias:
O meu blogue até agradece debates com o nível daquele que mantém com o meu amigo Freitas Pereira.
Aprecio imenso uma boa troca de pontos de vista como é o vosso caso

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
As suas duvidas,quanto ao fundamentalismo islâmico,são também as minhas duvidas.
E as democracias europeias parecem-me de cabeça perdida quanto ao que se está a passar.
Em relação aos Estados Unidos creio que os manifestantes ao chamarem "mini Mubarak" ao governador estavam apenas a usar uma figura de estilo querendo mostrar a sua revolta perante o que consideram injustiças.

Defreitas disse...

De regresso de viagem, só hoje pude ler os comentários no “post” do meu Amigo Luis Cirilo

Não sei se o meu Amigo pode actualizar este “post” que se encontra agora bastante longe no “blog”. Muito obrigado.
.
Por cortesia , gostaria de responder ao Senhor Miguel Dias, se isso ainda é possível.

Conheço muito bem a teoria de Keynes, do capitalismo inventivo, criador de riqueza, criador de trabalho, investidor e força de progresso nos países democráticos. Fui dirigente duma grande empresa industrial, mais de 300 colaboradores, inicialmente capital dum grande grupo francês, Saint Gobain Pont-à-Mousson e em seguida de capitais americanos , depois da venda da empresa. Empresas perfeitamente integradas no sistema capitalista e na economia real.

Todos os três meses ia a Chicago levar e comentar os resultados do trimestre, (empresa cotada na bolsa de N.York), e nunca nesta empresa se utilizaram os lucros para outra coisa que não fosse uma parte para remunerar os accionistas e outra parte para os investimentos .
Investimentos necessários para melhorar a produtividade, a qualidade e a penetração no mercado mundial que era o nosso.

Este capitalismo é aquele que cria riqueza, cria trabalho, paga impostos ao Estado e às colectividades, e promove o progresso da sociedade humana.

A maioria das grandes empresas industriais que conheço procedem da mesma maneira.

Não se pode dizer a mesma coisa do capitalismo financeiro, sei lei nem fronteiras, para o qual o progresso da sociedade humana não é o objectivo principal. Este só tem como objectivo de acumular o capital, por todos os meios, incluindo a especulação sobre tudo o que é útil e necessário para os homens, e mesmo a provocar a fome através da raridade . E sem duvida nenhuma , este capitalismo é criador de miséria por esse mundo fora.

Ora foi este capitalismo financeiro selvagem que critiquei no meu comentário, e que, aparentemente, o Senhor Dias não compreendeu ou confundiu.

Portanto afirmo que este capitalismo é totalitário porque não obedece a nenhum poder político, age em contradição com os preceitos da Democracia no qual ele evolui, aproveitando todas as vantagens que esta oferece numa sociedade liberal.

Totalitários, sem duvida, também foram e são o comunismo, o nazismo e o fascismo. Não vejo porque razão evocou estas ideologias ultrapassadas, falidas , que só em poucos países onde o sopro da liberdade ainda não passou, continuam a subsistir.

Quanto à minha “perfeita ignorância” do funcionamento da Internet, como escreveu, é possível mas pouco provável!

Utilizo desde há muitos anos este sistema, e sei, por exemplo, que se nele se pode encontrar de tudo e do pior, se se pode tudo comprar e vender, e mesmo aprendizes para a Al Qaeda, seria excessivo de pretender que Internet só serve para isso. Na realidade, penso que se encontra ali aquilo que se procura. Mas eu pretendo que ainda assim as melhores escolas do terrorismo internacional se encontram no Afeganistão e no Paquistão, e os melhores fornecedores são os regimes corrompidos, tirânicos, que mantêm na miséria milhões de indivíduos, sobretudo jovens, tem razão, e que alguns podem aderir a esta rede criminosa por muitas razoes, entre as quais a vida sem futuro, o fanatismo religioso e o ódio do ocidente.

Enfim, quanto ao futuro das revoluções árabes, já que o termo que empreguei “ democratização em curso” não lhe agradou, estou bem consciente que estes povos , a quem a colonização legou países sem instituições ,que os ditadores que se apoderaram do poder também não criaram, para melhor dominar e espoliar os povos , não poderão construir a democracia facilmente. Muitos homens cairão ainda antes de chegar ao fim.

Mas se existe uma ”chance” de a construir um dia, é na liberdade que eles a construirão, e não sob o jugo da tirania. Por isso sou pela liberdade dos povos.

Cumprimentos

Freitas Pereira

luis cirilo disse...

Caro Freitas Pereira:
Penso que no essencial o meu Amigo tem razão.
Especialmente na distinção que faz entre capitalismo criador de riqueza e capitalismo financeiro,selvagem,que é enm grand eparte responsável pelo estado a que o mundo chegou.
E que,infelizmente,ainda tende a piorar.
Concordo,também,que o caminho para a democracia nestes paises em polvorosa se fará á custa de mais vitimas e mais sofrimento.
Creio até,provavelmente com algum exagero,que o futuro da várias civilizações tal como as entendemos está em jogo no Magrebe.
Sendo certo,como diz o meu amigo,que só em liberdade os povos terão possibilidades de construir a democracia.
Isso é indiscutivel.