Decência

Começa a adquirir contornos de desvario político a questão da marcação das directas no PSD.

Um partido que pura e simplesmente não existe em termos de liderança.

Que parece ter feito uma pausa na sua actividade enquanto estrutura política organizada e representativa de quase 30% dos eleitores.

Podem argumentar com o debate do Orçamento de Estado.

Podem aduzir o argumento de que o mandato da lider ainda está em curso.

Podem arranjar as manobras dilatórias que quiserem pensando que os militantes do partido são um bando de parvos.

A verdade é só esta por mais que custe a admitir ao que resta de apoiantes da solução "milagrosa" de há ano e meio atrás:

A dra Manuela Ferreira Leite devia ter apresentado a demissão na noite das autárquicas e saido honradamente pelo seu pé.

Afinal com a mesma "pressa" com que os seus fieis empurraram Pedro Santana Lopes na sequência da derrotas nas legislativas de 2005.

Se o tivesse feito já o partido teria resolvido a questão da liderança, das reformas estatutárias e programáticas necessárias, e teria entrado em 2010 com uma força e uma motivação completamente diferentes.

Mal aconselhada,por teimosia,ou por outra razão qualquer resolveu ficar.

Criando esta situação penosa de o PSD ter uma liderança que ninguém leva a sério e com a qual ninguém perde um minuto de atenção.

Agora fala-se num congresso para fins de Março.

Seguido de uma directas para fins de Abril e outro congresso electivo lá para Maio.

Ou seja o PSD só terá lider,orientação politica,credibilidade na oposição que faz lá para o fim de Maio.

É uma perfeita loucura.

A raiar o suicidio político.

É pena que a direcção política do PSD não meta a mão na consciência e reconheça que está a prejudicar gravemente o partido.

E tenha a decência de marcar directas imediatamente.

Porque a solução para o PSD já deixou o campo político.

É mesmo uma questão de decência!

Depois Falamos