Sou, de há muito e cada vez mais, favorável á criação de circulos uninominais puros.
Ou seja os 230 deputados teriam de ser todos eleitos com a sua cara,o seu compromisso para com os eleitores, o seu programa de acção para defesa dos interesses de quem os elege.
Opções mistas, com circulos uninominais para uns e lista nacional para outros,é que me parecem totalmente de rejeitar.
Porque garantem os lugares aos mesmos de sempre e obrigam os outros a lutar por lugares em condições de desigualdade perante os privilegiados.
Os circulos uninominais tem ainda a vantagem adicional, e decisiva em termos de mérito, de quem quiser ser reeleito ter de mostrar serviço.
Mas estas eleições ainda não serão por esse sistema daí que a formação de listas tenha de obdecer a regras tradicionais e de há muito utilizadas.
Pessoalmente,não tendo nada a ver com a forma como as listas serão escolhidas,não deixo de pensar o seguinte:
Com a natural ressalva dos cabeças de lista,desde sempre prerrogativa da direcção nacional, parece-me que bem andara o partido se nos restantes lugares de cada lista estiver atento ás indicações das estruturas do partido.
Sem prescindir da anunciada intenção de proceder a profunda renovação do grupo parlamentar.
Mas considerando que é muito importante ter distritais e concelhias mobilizadas para o combate politico.
Por outro lado deve dar prioridade absoluta á inclusão nas listas de candidatos residentes nos respectivos distritos.
Integrados nas respectivas realidades,conhecidos dos eleitores,disponiveis para trabalharem assiduamente no seu circulo eleitoral.
Detentores de um percurso politico e civico coerente com os valores do partido !
Mas,simultâneamente, o PSD deve rejeitar ,como principio,a continuidade dos actuais deputados que:
Tenham já completado três mandatos consecutivos no parlamento.
A renovaçao passa por aí. Embora admita algumas excepções que deverão estar sempre ligadas a um mérito tão visivel quanto indiscutivel.
Porque não seria sensato dispensar de uma só vez os deputados mais experientes.
Deve rejeitar liminarmente a continuidade de deputados crónicamente faltosos ao plenário e ás comissões. Que revelam total desrespeito pelos seus eleitores,pelo parlamento e pelo partido.
Espero que a líder seja absolutamente inflexivel nessa matéria.
E que não se deixe influenciar por interesseiras assiduidades de ultima hora.
Finalmente não vejo que seja desejável a continuidade daqueles deputados que durante quatro anos se estiveram positivamente "marimbando" para o circulo pelo qual foram eleitos.
Não foram lá(ou só foram quando lhes interessava serem vistos por um dos lideres que o partido teve durante a legislatura),não desenvolveram trabalho politico,não se interessaram por pessoas e instituições.
Nem sequer pelas estruturas do partido.
Em suma, e sintetizando, a renovação deve passar prioritariamente pelos que tem mais anos de Parlamento (com as tais excepções ligadas ao mérito)e pelos que do parlamento só querem o ordenado,as ajudas de custo,e o cartão de deputado que lhes abre as portas para negócios privados.
É dificil fazer listas ?
É.
Mas se forem respeitados alguns critérios objectivos torna-se mais fácil.
Como reconhecer o mérito, o trabalho, a assiduidade ao parlamento e ao circulo eleitoral.
Depois Falamos
Ou seja os 230 deputados teriam de ser todos eleitos com a sua cara,o seu compromisso para com os eleitores, o seu programa de acção para defesa dos interesses de quem os elege.
Opções mistas, com circulos uninominais para uns e lista nacional para outros,é que me parecem totalmente de rejeitar.
Porque garantem os lugares aos mesmos de sempre e obrigam os outros a lutar por lugares em condições de desigualdade perante os privilegiados.
Os circulos uninominais tem ainda a vantagem adicional, e decisiva em termos de mérito, de quem quiser ser reeleito ter de mostrar serviço.
Mas estas eleições ainda não serão por esse sistema daí que a formação de listas tenha de obdecer a regras tradicionais e de há muito utilizadas.
Pessoalmente,não tendo nada a ver com a forma como as listas serão escolhidas,não deixo de pensar o seguinte:
Com a natural ressalva dos cabeças de lista,desde sempre prerrogativa da direcção nacional, parece-me que bem andara o partido se nos restantes lugares de cada lista estiver atento ás indicações das estruturas do partido.
Sem prescindir da anunciada intenção de proceder a profunda renovação do grupo parlamentar.
Mas considerando que é muito importante ter distritais e concelhias mobilizadas para o combate politico.
Por outro lado deve dar prioridade absoluta á inclusão nas listas de candidatos residentes nos respectivos distritos.
Integrados nas respectivas realidades,conhecidos dos eleitores,disponiveis para trabalharem assiduamente no seu circulo eleitoral.
Detentores de um percurso politico e civico coerente com os valores do partido !
Mas,simultâneamente, o PSD deve rejeitar ,como principio,a continuidade dos actuais deputados que:
Tenham já completado três mandatos consecutivos no parlamento.
A renovaçao passa por aí. Embora admita algumas excepções que deverão estar sempre ligadas a um mérito tão visivel quanto indiscutivel.
Porque não seria sensato dispensar de uma só vez os deputados mais experientes.
Deve rejeitar liminarmente a continuidade de deputados crónicamente faltosos ao plenário e ás comissões. Que revelam total desrespeito pelos seus eleitores,pelo parlamento e pelo partido.
Espero que a líder seja absolutamente inflexivel nessa matéria.
E que não se deixe influenciar por interesseiras assiduidades de ultima hora.
Finalmente não vejo que seja desejável a continuidade daqueles deputados que durante quatro anos se estiveram positivamente "marimbando" para o circulo pelo qual foram eleitos.
Não foram lá(ou só foram quando lhes interessava serem vistos por um dos lideres que o partido teve durante a legislatura),não desenvolveram trabalho politico,não se interessaram por pessoas e instituições.
Nem sequer pelas estruturas do partido.
Em suma, e sintetizando, a renovação deve passar prioritariamente pelos que tem mais anos de Parlamento (com as tais excepções ligadas ao mérito)e pelos que do parlamento só querem o ordenado,as ajudas de custo,e o cartão de deputado que lhes abre as portas para negócios privados.
É dificil fazer listas ?
É.
Mas se forem respeitados alguns critérios objectivos torna-se mais fácil.
Como reconhecer o mérito, o trabalho, a assiduidade ao parlamento e ao circulo eleitoral.
Depois Falamos
7 comentários:
Estou totalmente de acordo com os critérios.
E espero que sejam rigorosamente aplicados aqui no distrito de Braga de onde são oriundos os campeões das faltas.
Arrumar com eles das listas é grande incentivo ao voto PSD
Deixei de ser adepto dos circulos uninominais desde o caso dos orçamentos limianos, em que um deputado - ignorando os interesses do eleitorado nacional do seu partido - privilegiou (de que maneira!) o seu elitorado de círculo.
De qualquer modo, o sistema de circulos uninominais com eleição à 1ª volta por maioria simples é injusto. Antes o sistema à francesa com eleição à 2ª volta. Seja como for, os circulos uninominais são anti democráticos: em França, impedem a representação de 10% do eleitorado (da FN) na AN; no RU impedem a representação dos Verdes ou do BNP.
Em Portugal, com os resultados de 2005, impediriam a representação do CDS, PC e BE. Onde está a democracia?
Concordo em absoluto com as listas uninominais. No entanto, penso que poderíamos ir mais longe: reduzir os 230 'mamões' aí para 150. Que tal?
A democracia impõe-nos o dever de tomar as nossas responsabilidades. É para isso que votamos.
A inacção do homem político, pois que este se propôs à acção benéfica para a comunidade que o encarregou da tarefa, é um crime contra a moral e a sociedade.
Da mesma maneira, a inacção ou o silêncio do cidadão, no que lhes respeita, são cúmplices da indecência política do poder.
Mas quando um cidadão se exprime e que um sistema de votação o ignora , como é o caso no sistema francês, atingindo os tais 10%, então a democracia não existe realmente.
A política é esta relação dinâmica dos homens com as estruturas sem a qual a sociedade seria estática.
A partir desta constatação, podemos dizer que ninguém tem o direito de afastar aqueles que recusam a assimilação, mesmo a fagocitose do seu ser global sob o pretexto de não entrar nos grupos políticos majoritários
Cara Manuela G Ferreira:
No distrito de Braga e em todos os outros.
Embora Braga,infelizmente,seja frequentemente noticia devido ao absentismo de alguns deputados.
Caro Libertas:
Não há sistemas perfeitos.
Mas acredito que os circulos uninominais podem ajudar a melhorar a qualidade da democracia que temos.
Caro J.S. Teixeira:
Já vi.
Caro ASG:
Sou totalente contra a redução do número de deputados.
Acho-a uma cedência á demagogia e ao pior que o populismo contém.
O problema não está no numero que considero adequado.
Está em alguns trabalharem muito menos do que deviam.
Porque não acredito que se reduz á "malandrice" reeduzindo o número de " malandros".
Caro Freitas pereira:
O problema central do seu comentário,a defesa da representatividade das correntes minoritárias,dever ser obviamente acautelado ao escolher-se um sistema eleitoral.
A minha defesa dos circulos uninominais tem tudo a ver com a responsabilização do eleito perante que o elegeu.
Como já acontece em Portugal com o Presidente da República e, de certa forma,com os presidentes de câmara.
Que embora eleitos em listas completas são eles que são avaliados pelos eleitores.
Quem em muitos casos nem fazem ideia de quem são os restantes vereadores.
Compreendeu exactamente o que eu pretendia dizer : a defesa das minorias políticas.
Hoje de manha tive a confirmação do que escrevi ontem, ao ler o resultado duma eleição no norte da França, onde o sistema das duas voltas permitiu a vitoria da “Frente Republicana”, mas que ,francamente, foi organizada para salvar a gestão desastrosa do partido socialista , que detinha a municipalidade, da qual o Maire se encontra na prisão por abuso do dinheiro publico e corrupção.
Aqui, foi pena que a defesa da República permitisse a uma certa corrente política de escapar à sanção do povo : a porta !
E portanto estou politicamente nos antípodas da formação que recolheu 34% dos votos na primeira volta... e que perdeu na segunda !
Caro Freitas Pereira:
De facto os sistemas eleitorais,sejam quais forem,devem servir para premiar o mérito e castigar a incompetência e a corrupção.
Infelizmente nem sempre assim é.
Devo dizer que os sistemas eleitorais franceses não me parecem particularmente justos.
precisamente porque permitem uma segunda oportunidade aqueles que muitas vezes deviam ir porta fora logo á primeira.
E ,além do mais,parecem-me condicionar fortemente as correntes minoritárias da sociedade(sejam de esquerda ou de direita)porque a segunda volta acaba por favorecer sempre os partidos mais fortes.
E o problema está em que assim sendo não vale a pena contar com os grandes partidos para promoverem reformas do sistema eleitoral.
Seria pô-los a trabalhar contra si próprios
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