terça-feira, novembro 14, 2023

Chega

O Pedro Sanchez português disse ontem na sua folclórica apresentação que o PS não vai passar quatro meses a falar de um processo judicial.
Foi das poucas verdade que disse.
Até porque já se percebeu que vão andar demasiado ocupados a falarem, até à exaustão de quem tiver paciência para os ouvir, do PSD e do Chega e do Chega e do PSD.
Devidamente acolitados por uma comunicação social que na maioria dos casos lhes apara o jogo e lhes serve os interesses.
Tenho pena, mas agora nada há a fazer, que o PSD tenha caído na esparrela e se achado na necessidade de dar explicações que não tinha de dar e que o PS não tinha o direito de exigir.
Pelo menos enquanto o seu actual (que já não conta para nada) e especialmente o seu futuro líder não disserem de forma clara duas coisas.
Se estão disponíveis para viabilizarem um governo minoritário liderado pelo PSD caso este ganhe as eleições e essencialmente se estão na disposição de fazerem uma nova geringoçoa com os partidos totalitários que apoiaram Putin na invasão da Ucrânia e se recusaram a condenar as barbaridades terroristas do Hamas.
Porque antes de ter a veleidade de questionar o PSD sobre o Chega o PS tinha a obrigação de esclarecer isso.
Mas não o fez e continua a alimentar a cartilha da "coligação" entre PSD e Chega e lamentavelmente o PSD continua a dar-lhes troco e a cair na armadilha de discutir o assunto.
Devo dizer que concordo plenamente com Pedro Passos Coelho quando considera o Chega um partido democrático e com Miguel Relvas ao afirmar que o PSD deve considerar a hipótese de um acordo com o Chega.
O PSD deve ouvi-los se quer ser governo.
Por mim tenho uma posição clara sobre o assunto.
Se o PSD não obtiver a maioria absoluta, algo que me parece francamente muito difícil, deve fazer um acordo com o Chega e a Iniciativa Liberal para ter uma maioria para governar.
Porque como português a última coisa que quero é ver o PS continuar no governo e menos ainda com adoradores de Putin e do Hamas.
Isso é mil vezes pior que o PSD fazer um acordo com o Chega que é um partido de direita radical mas defensor da presença de Portugal na NATO e na União Europeia e cujos valores relativamente á sociedade, à família, e a outras áreas nada tem a ver com os das Mortáguas, Raimundos e Teixeiras deste mundo.
Espero que o PSD perceba isso atempadamente.
E que tenha a coragem que no passado tiveram Francisco Sá Carneiro, Anibal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.
A coragem de fazerem o que entenderam como certo e não o que os adversários e a comunicação social achavam que o PSD devia fazer.
Depois Falamos.

2 comentários:

Cards disse...

Caro Luis Cirilo,

Acordo com a Iniciativa Liberal nao será preciso basta acordo OSD Chega a Iniciativa Liberal não subiu o que era suposto subir dificilmente oassa dos 7%.

Ass Cards

luis cirilo disse...

Caro cards
Serão precisos os três para existir uma maioria para governar.
E uma coligação tem tudo a ganhar com maior abrangência.