Façamos um apelo à memória e recuemos a 2004.
O primeiro ministro Durão Barroso deixava a chefia do governo para assumir a presidência da Comissão Europeia e era substituido por Pedro Santana Lopes no cargo.
Existia uma maioria absoluta estável e que funcionava muito bem (nesse tempo era deputado do PSD e por isso fui testemunha privilegiada de muito do que aconteceu) que sendo composta por dois partidos actuava como se fosse apenas um e que não oferecia quaisquer dúvidas quanto á sua solidez.
Nas cerca de duas semanas que mediaram entre a demissão de Durão Barroso e a indigitação de Santana Lopes recordo bem o que foram as pressões do PS, PCP e BE bem como dos seus cartilheiros na comunicação social para que o Presidente Jorge Sampaio dissolvesse o Parlamento e convocasse eleições.
Centrando toda a argumentação, para lá das mentiras e calúnias que a esquerda nunca tem pudor em usar quando lhe dá jeito, na (falsa) questão da legitimidade que na opinião deles o novo PM não tinha. Depois na apresentação do programa de governo foi outra barragem de críticas sempre em volta do mesmo argumento.
Pelo caminho Ferro Rodrigues, o então lider do PS derrotado nas eleições de 2002 por Durão Barroso, demitiu-se do cargo em protesto pelo amigo Sampaio não ter feito o que o PS queria.
António Costa , ao tempo deputado europeu, foi um dos que fez coro nas críticas e na acusação da falta de legitimidade.
Aliás não houve ninguém no PS que se demarcasse dessa posição. Ninguém!
E vem agora o senhor Costa, com a cara de pau que se lhe conhece de há muito, defender que o PR devia ter nomeado Mário Centeno como primeiro ministro mantendo a maioria do PS no Parlamento e não convocando eleições antecipadas.
A questão da legitimidade que o PS brandia em 2004, essa, foi convenientemente esquecida.
Esquece-se António Costa (como se sabe ele é muito dado a esquecer o que não lhe interessa) é de duas coisas.
Uma é que o governo de Durão Barroso funcionou normalmente sem casos nem casinhos, a demissão de dúzia e meia dos seus membros ou constituição como arguidos de vários governantes entre outros assuntos sob alçada judicial.
A outra é que a demissão de Durão Barroso foi por um motivo que prestigiou Portugal enquanto a dele , António Costa, por motivos que envergonham o país.
E essas são as diferenças que fazem toda a diferença entre ambos os casos e que ajudam a justificar a decisão correcta do Presidente da República.
Depois Falamos.
Uma é que o governo de Durão Barroso funcionou normalmente sem casos nem casinhos, a demissão de dúzia e meia dos seus membros ou constituição como arguidos de vários governantes entre outros assuntos sob alçada judicial.
A outra é que a demissão de Durão Barroso foi por um motivo que prestigiou Portugal enquanto a dele , António Costa, por motivos que envergonham o país.
E essas são as diferenças que fazem toda a diferença entre ambos os casos e que ajudam a justificar a decisão correcta do Presidente da República.
Depois Falamos.
https://www.dn.pt/politica/costa-lamenta-opcao-de-marcelo-por-eleicoes--17312651.html?fbclid=IwAR2O5FJr8YjztPyArxma1W9_gqgSh-Orxo0AxEAXL-eIl56kRkTDkzQFYKc
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