Gosto muito de ir ao cinema.
E durante muitos anos, desde a minha infância, sempre fui um frequentador regular das salas de cinema a começar, naturalmente pelas clássicas de Guimarães ou seja o Teatro Jordão e o Cinema S. Mamede e no Verão pelas poveiras Cine Teatro Garret, Póvoa Cine e Estúdio Santa Clara.
E durante décadas mantive esse bom hábito nomeadamente nas excelentes salas do Arrábida Shopping de Gaia onde vi muitos e muitos filmes.
Tal como em relação a muitas outras coisas da vida do comum dos cidadãos a pandemia desregulou hábitos e costume e entre eles o de ir ao cinema.
E nos últimos anos tenho ido muito pouco.
Também porqe do meu ponto de vista não tem aparecido grandes filmes que "obriguem" a trocar o cinema de sofá pelo cinema de sala mas igualmente por outra razão que me desagrada muito e me afasta das salas cada vez mais.
Nos últimos anos, demasiados anos, como em tantos outros sectores da nossa sociedade sempre parolamente deslumbrada com o que vem de fora também no cinema se importaram hábito bem dispensáveis.
Um deles foi transformar as salas de cinema numa espécie de "manjedouras" onde alguns "ruminantes" sem modos nem educação sorvem refrigerantes com ruído superior ao de um aspirador industrial e ruminam pipocas a um ritmo e com uma sonoridade que nenhum bovídeo desdenharia!
Ora acontece que gosto de ver cinema mas também gosto de ouvir.
Nomeadamente naqueles filmes (quase todos) em que a banda sonora desempenha um papel importante na narrativa.
E com essa espécie de "ruminantes" e a sua cacafonia torna-se difícil.
Mas como se isso já não bastasse ainda há outro tipo de grunhos.
Os dos telemóveis.
Que atendem chamadas durante os filmes ou passam boa parte deles a olharem para as suas redes sociais, deitando de vez em quando um olhar ao ecran de cinema, mas mais concentrados no "diabólico" aparelho do que no filme que pagaram para ver mas... não veêm.
E claro que luminosidade dos telemóveis incomoda quem foi ao cinema para ver um filme no ecran e não os "filmes" das redes sociais no telemóvel.
Em suma a vida está difícil para quem gosta de ver filmes em salas de cinema.
Melhores dias virão.
De preferência sem pipocas nem grunhos.
Depois Falamos.
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