Um destes dias escrevi sobre os grunhos que frequentam salas de cinema.
Hoje duas linhas sobre outro tipo de grunhos, aqueles que frequentam as praias como se elas fossem sua propriedade privada.
Anos atrás o "Grunho Excelentíssimo" era por natureza aquele individuo que entrava pela praia dentro com um "tijolo" ao ombro e obrigava toda a gente num raio de 100 metros a ouvir as músicas que o aparelho vomitava.
Esse tipo de grunho ainda existe mas está a cair em desuso até porque os "tijolos" foram sendo substituidos por outro tipo de aparelhos mais propícios a ensurdecerem apenas o próprio poupando ouvidos alheios.
Depois há os grunhos intemporais que passam os anos e eles permanecem.
Os que põe os outros a aturar os filhos deles permitindo ás criancinhas todas as travessuras das quais levantarem nuvens de areia não é a menor.
Os que jogam futebol na praia como se estivessem na Luz ou no Dragão nada se incomodando se acertam boladas em praiistas indefesos.
Os que armados em pescadores e munidos com maléficas redes e baldes devastam a fauna costeira capturando peixes, caranguejos , estrelas do mar e o que mais lhes apareça que depois abandonam estupidamente na areia muito contentes com as suas "proezas".
Os que por mais recipientes para o lixo que tenham á sua disposição são capazes de atirarem para o chão toda a porcaria que fazem e quantas vezes mesmo ao lado de um desses recipientes.
Mas nos últimos anos surgiu uma nova espécie de grunho do areal.
O grunho que leva o cãozinho para a praia.
Para praias onde não é permitida a presença de animais, e tem bem explicita nas entradas essa proibição, mas o grunho quer lá saber porque a vontade dele está acima de tudo.
Mas não contente com isso o grunho ainda se acha no direito de deixar o cãozinho à solta e a correr por onde lhe apetece incomodando todos aqueles que não tem a mínima obrigação de aturar cães alheios e que ao irem para uma praia vedada a cães supõe que essa proibição é para ser respeitada.
Mas ainda consegur piorar quando o cãozinho incomoda seriamente pessoas que se insurgem contra o mesmo e logo aparece o grunho com um sorriso tão alvar quanto estúpido a asseverar "...deixe estar que ele não faz mal só quer brincar...".
Como se alguém tivesse a obrigação de lhe aturar o cãozinho e ainda adivinhar que ele não faz mal e só quer brincadeira!
De facto praias sem grunhos são uma maravilha. Pena serem cada vez menos.
Depois Falamos.
Nota: Quando refiro grunho também podia referir grunha porque os comportamentos não tem sexo.
Gosto de cães e nada tenho contra eles irem á praia desde que seja para praias onde seja permitida a sua presença e não incomodem de forma alguma os restantes banhistas.
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