Sou militante do PSD/JSD há quarenta e
dois anos.
E espero continuar a ser por muitos mais.
Equivale isto a dizer que comigo não
contam para discursos anti partidos, anti políticos e para a exaltação de
tecnocrata apartidários ou de independentes vá-se lá saber de quê…
Mas porque a militância partidária não me
tolhe a razão nem o sentido critico nada me custa admitir que estes 43 de
democracia tem sido, especialmente na ultima década, extremamente degradantes
para a imagem dos políticos, da politica e até da própria democracia como
preocupante e recente sondagem bem exemplifica.
Em grande parte por culpa da própria
classe politica que se põe a jeito, é fácil reconhecê-lo, mas uma parte não
depreciável da responsabilidade dos próprios cidadãos que adoram dizer mal dos
políticos e culpar a política por todos os males que o país enfrenta.
Sem olharem muitas das vezes para os
espelhos que tem em casa…
Agora no que não acredito, nem nos
momentos de maior indignação ou desânimo, é na existência de soluções fora do
quadro partidário e da vida normal em democracia típica de um verdadeiro Estado
de direito.
Governos de iniciativa presidencial,
nomeação de governos sem estarem legitimados pelo voto do povo ou até um
regresso dos militares ao poder como alguns parecem defender em ocasiões
especificas são “não” alternativas a merecerem a firme oposição de todos
quantos acreditam nas instituições democráticas, na liberdade e no valor
supremo do voto livre, universal e secreto.
Por isso acredito que Portugal saberá
voltar a encontrar o seu caminho.
Que não passa por tecnocratas desprovidos
de afectos (e os governos devem governar a pensar nas pessoas) nem em
independentes da política mas sempre dependentes do poder politico e
disponíveis para o servirem independentemente (aí sim independentes…) da cor
partidária.
Portugal tem um governo que não foi eleito
pelo povo mas governa dentro d euma legitimidade constitucional indesmentível e
inquestionável.
Só em circunstâncias muito excepcionais
(felizmente que já lá não está Jorge Sampaio para dar à excepcionalidade o
carácter que lhe convinha), que neste momento não se verificam, se poderia
admitir uma interrupção do ciclo governativo e a convocação de eleições
antecipadas.
Por
mais erros e disparates, por mais incompetência ,incapacidade e falta de
sentido de Estado que António Costa e os seus ministros revelem no dia a dia da
governação.
Por mais que o governo seja sustentado no
Parlamento por forças radicais que votam a favor dos seus Orçamentos e outras medidas
no intervalo dos cada vez mais insistentes insultos que lhe dirigem.
Gente sem pudor nem vergonha que tudo
aceita, tudo engole, a tudo faz boa cara com o único intuito de se manterem no
poder a qualquer preço.
A mim, como cidadão contribuinte, interessa-me
essencialmente que os governos sejam capazes, competentes, idóneos,honrados e
eficazes.
Que governem bem!
Que
tenham capacidade reformista.
Descentralização, lei eleitoral autárquica,
círculos uninominais , verdadeira limitação de mandatos para autarcas e
deputados , capacidade de olhar o país como um todo e reduzir,de facto, as
assimetrias são alguns dos grandes
desafios que se põe a quem quiser governar Portugal depois da Frente de
Esquerda.
E esse governo, legitimado pelo voto e não
soma de votos antagónicos, será liderado pelo PSD de Pedro Santana Lopes.
Porque não há outro PSD.
Nem outro líder capaz de vencer o PS
marcando as diferenças enormes entre os dois partidos.
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