quinta-feira, julho 30, 2015

Decepcionante

Confirmou-se aquilo que já se sabia.
O Altach é uma equipa banal, naturalmente melhor que o Pampilhosa,o Académico de Viseu ou o Chaves, mas inferior à  maioria das equipas que o Vitória vai defrontar na Liga e na Liga Europa se continuar em prova.
A questão é que perante um adversário fraco, até no apoio dos adeptos que deixaram o estádio quase vazio, o Vitória fez uma exibição muito aquém do que se exigia (mas infelizmente perto do que se temia...) e chegou a colocar em risco a permanência na competição quando o árbitro anulou o que seria o 0-3 que nos poria à beira do abismo.
Quando aos 4 minutos de jogo o Altach já tinha disposto de duas boas oportunidades de golo percebeu-se que ou o Vitória pegava no jogo ou este podia tornar-se bem mais complicado do que seria suposto face ao valor das equipas em confronto.
E a verdade é que o Vitória reagiu bem e teve também ele duas oportunidades de golo (uma num grande remate de Alex que merecia melhor sorte)e pensou-se que a partir daí o domínio do jogo mudaria.
Puro engano.
Até ao final da primeira parte houve um equilíbrio que se pensava...impossível com oportunidades de golo junto de ambas as balizas e o ultimo reduto vitoriano a tremer várias vezes quando o adversário recorria a cruzamentos para o coração da área.
O 0-1 ao intervalo não era injusto mas em bom rigor talvez o empate fosse mais aceitável.
Pensou-se que ao intervalo o Vitória rectificaria processos e até procederia a alterações na equipa mas nem uma coisa nem outra se confirmaram.
O inicio da segunda parte foi de...pesadelo.
O 0-2 num penalti "cavado" pelo avançado austríaco que enganou o árbitro e logo a seguir o tal lance em que o fora de jogo evitou que o marcador se volumasse e atingisse números que poderiam ser impossíveis de recuperar.
No entretanto já o Vitória tinha operado a primeira substituição trocando Montoya por Tozé que teve o reflexo positivo de tornar a equipa mais agressiva ofensivamente dado o dinamismo que Tozé trouxe  e que o colombiano nunca tinha conseguido transmitir.
A entrada de Dourado e o golo de Tozé ,quase em simultâneo, materializaram uma subida de produção vitoriana e o golo do empate começou a rondar a baliza austríaca num remate de Bruno Alves e num golpe de cabeça do avançado brasileiro após excelente cruzamento de Arrondel naquela que terá sido uma das melhores jogadas do Vitória.
Mas o resultado não se alteraria e agora o Vitória terá de no seu estádio dar a volta à eliminatória e conseguir o apuramento para o play off.
Mas para isso terá de jogar mais, jogar melhor e melhorar a eficácia na hora do remate.
Depois Falamos

P.S. A entrada de Licá,aos 92 minutos, foi um momento inexplicável do jogo.
Porque se a ideia era reforçar o ataque fico preocupado porque a 30 segundos do fim é evidente que isso não ia ter qualquer resultado.
Se a ideia era queimar tempo, com um resultado desfavorável e um adversário quase encostado ás cordas, então fico ainda mais preocupado.

11 comentários:

Eduardo Ferreira disse...

Concordo com a sua análise, e começo a preocupar-me muito com a nossa defesa... os laterais (sem Bruno Gaspar) são muito limitados, Moreno não tem a rapidez de reflexos de outros tempos e João Afonso atravessa um período de falta de confiança que se estende a toda a defesa (Douglas incluído)... vi o jogo com o União da Madeira e foi mais do mesmo... não podemos tremer daquela maneira em todas as bolas paradas lançadas para a área ou bolas bombeadas para trás da defesa.

Anónimo disse...

Não se preocupe Cirilo, para a semana e á mesma hora prometo que depois falamos

Anónimo disse...

Sr. Cirilo já se sabe as notas do curso do treinador?

Procurei e não encontrei, se me poder ajudar a saber a informação agradecia.

Anónimo disse...

O Bruno Alves que voce tanto defende esteve em grande, a epipa quase toda esteve fraca, mas esse miudo nao tem lugar na equipa A

Anónimo disse...

O Armando segue o mesmo guião do individuo que foi lá para baixo:

-Sem fio de jogo
-Sectores desligados
-Tomané fora do lugar onde rende mais
-Queimar o Alex.

A isto se juntou-se Moreno no melhor do pior que sabe fazer- Atrapalhar o G.r. e os outros colegas do sector, falhas comprometedoras, cometer infracções em zonas de risco.
Um Arrondel simplesmente horrível!
Um Bruno que tem medo da bola, medo do jogo... anseia sempre um buraquinho para se enfiar pelo respectivo abaixo, e quando aparece dá asneira. Já na época passada nas poucas presenças(?)em campo se passou o mesmo. É claramente uma carta fora do baralho!
Um Cafu que em certas fases se deixou contagiar pelo apagamento crónico do Bruno.
Um Montoya brinca na areia que não serviu para o fraquíssimo plantel do Vasco da Gama e hoje demonstrou o porquê.
E depois, apesar de não servir de desculpa, um árbitro na melhor tradição do caseirismo- Faltsa a nosso favor quase nunca eram marcadas, e um penalty que só ele imaginou.

Aspectos positivos:

Douglas, foi safando as confusões que o Moreno como habitualmente criou.
J.Afonso, esteve bem e não dava para estar melhor com 2 adversários como o Moreno e o àrbitro.
L.Rocha, regular como sempre.
Tozé, deu outra agressividade, profundidade e outra alma a equipa.
H.Dourado, este não engana- É o tal!
Ricardo e Tomané, mesmo fora das zonas onde rendem mais foram dos que renderam mais.
Alex, o eterno perseguido por ter qualidade e ser quase sempre o mais clarividente.

Pela amostra de hoje, e independentemente do desfecho da eliminatória, vamos ter mais uma época de futebol sofrível, desenrascado aqui e ali pelos elementos de maior valia, como já havia ocorrido no passado com um bluff que publica livros.

Chicote

luis cirilo disse...

Caro Eduardo Ferreira.
Tenho escrito, e não é por acaso, que esta equipa precisa de um central (um "xerife") que ponha ordem naquela zona do terreno. E se a saída de Josué se confirmar então essa necessidade torna-se em urgência absoluta.
Caro Anónimo:
Preocupo-me porque gosto do Vitória e quero vê-lo na Liga Europa.
Quanto ao depois falamos...eu estou cá sempre.
Quando se ganha e quando se perde. E sem anonimatos.
Caro Anónimo:
Não faço ideia nenhuma. Mas notas é uma coisa e a prática outra bem diferente.
Caro Anónimo:
Defendo e vou continuar a defender. Até porque do meu ponto de vista ele esteve dentro do que lhe terá sido pedido. E,já agora, é-se miúdo até que idade? Aos 30? 35? É que essa conversa dos miúdos é ridícula e já chateia. O Bruno tem 25 anos!
Caro Chicote:
Concordo com os destaques positivos e com a apreciação ao treinador mas nem tanto com os negativos.
Nomeadamente com a avaliação a Bruno Alves que do meu ponto de vista fez o que se lhe pediu.
Circular a bola,apoiar Cafu no controlo do meio campo e apoiar Arrondel em tarefas defensivas. Não brilhou? Não. Nem ele nem ninguém.
Quanto ao Arrondel apenas lhe digo que gostei muito da exibição do...Amorim contra o Gotemburgo.
O Montoya? Aguardemos.
Tem qualidade mas o futebol europeu é diferente do sul americano

Anónimo disse...

Fez uma análise correta mas quase sem sentido crítico (que é uma das características que mais aprecio nas suas publicações). Poderemos concluir que esta equipa está dependente da inspiração individual de alguns jogadores... Em termos de organização está um desastre. Futebol é um jogo de equipa. Com este futebol trapalhão e sem estratégia não vamos a lado nenhum. Parece que Armando Evangelista afinal não terá mesmo a experiência necessária para formar uma equipa para determinadas competições. E na segunda liga também não tinha uma equipa muito regular nos resultados...

Pedro disse...

Caro Cirilo, se ao fim de um mês de treino é este o futebol que apresentamos.......bem, estamos tramados. O problema do Vitória está no banco - leia-se treinador -, parece-me claro. Temos a facilidade em criticar os jogadores, mas na verdade a equipa mostrou processos sofríveis tanto a defender como a atacar e isto treina-se. O mais preocupante de tudo isto é quando olhamos para o adversário e para as oportunidades que criou. Enfim...
Cumprimentos,
Pedro

Anónimo disse...

Caro Senhor Luís Cirilo,

Este resultado é enganador. Por aquilo que vi, excluindo o penalty inventado, o resultado justo seria o jogo acabar com um 3-1 favorável ao Vitória.
Por mais que me esforce em encontrar pontos fracos, acho que esta estreia a doer foi um bom prenúncio e deixou-me satisfeito. Vejo um bom potencial perante uma equipa austríaca muito limitada. Tendo dúvidas se a aposta em Douglas me parece psicologicamente a mais acertada.
No entanto, Armando Evangelista não pode guardar o melhor vinho para o fim porque senão corre o risco de chegar tarde ao jogo e do gatilho não funcionar. Parecia que ia ser um jogo perfeito para Tomané e Alex, infelizmente a sorte não esteve do lado deles. Por isso, Tozé, Dourado e Licá terão de impreterivelmente alinhar de início para arrasar na segunda mão.
Estamos de pleno acordo em substância quanto à troca Alex por Licá. Talvez o erro mais infantil que vi nos últimos tempos em futebol e que revela grande imaturidade de Armando Evangelista para enfrentar as competições europeias. Até o filho aqui da minha caseira, com conhecimentos tácticos de playstation fez o seguinte reparo: «Que caralho está ele fazer?» Repreendi-o pelo palavrão, mas reconheço que teve razão. Só me lembro de ver situações parecidas em futebol de praia.
Apesar de tudo, reina o optimismo. Esperemos que o treinador aprenda depressa.

Quim Rolhas


luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
creio que critiquei quanto baste aquilo que me pareceu mal. Como elogiei algumas coisas que me pareceram bem.
Sobre o treinador já disse,antes de a época começar,aquilo que pensava.
Agora resta esperar para ver se tinha ou não razão.
Caro Pedro:
Fiquei desiludido com o resultado mas não fiquei admirado por aí além.
E podia ter sido pior. Embora também pudesse ter sido melhor com um pouco mais de pontaria naquela cabeça do Dourado ou no remate à barra do Alex.
De resto não critico os jogadores porque a razão do insucesso de ontem não é em grande parte deles.
Esperemos que 5ª feira as coisas corram bem

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Como sempre a ironia presente nos seus comentários.
Faço minhas as suas palavras quanto à necessidade de aprendizagem mas sete dias parece-me curto para o necessário. Ainda se fossem sete anos...
Apesar de tudo acredito no apuramento.
Especialmente se Dourado e Tozé,pelo menos, forem titulares