Durante muitos anos os sonhos de um pai e uma mãe era verem os filhos formados e bem encarreirados na vida fossem quais fossem os sacrifícios necessários para alcançar tal desiderato.
O filho médico,advogado,engenheiro ou arquitecto era o orgulho da família e o objectivo que merecia todos os empenhos.
Havia outras licenciaturas,é certo, mas as referidas eram aquelas que estavam no topo das preferências como capazes de proporcionarem aos filhos uma vida melhor.
Mas o tempo andou.
Mudaram os valores,aligeiraram-se as exigências,deu-se ao "material" a importância visível que outrora estava apenas subjacente aos cursos com melhores "saídas" profissionais.
E como é típico nestes casos o essencial passou a ser o filho ganhar muito dinheiro,ser muito rico,se possível famoso.
E as massas,especialmente as mais sensíveis ás modas,são seguidoras fieis do que parece ser óbvio e daí que nos últimos ano a moda para muitos pais é quererem que os filhos sejam jogadores de futebol.
Mas não normais jogadores.
No mínimo novos "Ronaldos".
Que são grandes jogadores,extremamente ricos e daí os exemplos a seguir.
Claro que se esquecem que existe um talento inato imenso e que no caso do "nosso" Ronaldo está ali um profissional exemplar que treina e joga sempre nos limites.
Mas a muitos papás isso não interessa para nada.
Tem um filho tão bom como o Ronaldo(acham eles) e se não o mostra a culpa é dos treinadores,dos dirigentes,até do próprio presidente do clube se preciso for.
E na tentativa idiota de provarem a sua razão alguns deles são capazes das maiores tropelias,de inauditas deslealdades,de maquinações perversas que podem ir até ao limite de tentarem derrubar quem vêem como obstáculo.
Pobres miúdos a quem já não basta não serem,de facto,novos Ronaldos.
Ainda tem a desdita,muitos deles, de terem idiotas desse calibre como pais.
Depois Falamos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
esta questão que põe é muito pertinente.
Porque assume foros de verdadeiro escândalo quando já há familias inteiras a viverem dos proventos de jovens futebolistas de 10 ou 12 anos a que os clubes pagam na esperança de serem novos ronaldos.
e essas crianças tem sobre elas o encargo imoral de terem a responsabilidade de sustentarem a familia.isso é escravatura infantil.
O futebol tem dessas perversidades.mas como o dinheiro comanda a vida há quem feche os olhos
Caro Tobias:
Essas situações que refere são infelizmente verdadeiras. E bem andarão Estados e governos se olharem para isso com olhos de ver.
De ver as realidades. Não de ver dinheiro
Enviar um comentário