quarta-feira, novembro 09, 2011

Esclavagismo!

Já noutras oportunidades o escrevi:
Não tenho qualquer simpatia pelos vulgarmente chamados empresários de futebol.
Desde logo embirro com o nome.
Empresário,para mim,é aquele que origina riqueza,cria postos de trabalho dá um contributo válido para a economia do país.
Estes sujeitos não fazem nada disso.
Limitam-se a viver do trabalho alheio, a explorarem a ingenuidade de muitos jogadores,a cometerem as maiores tropelias para levarem avante as suas negociatas.
Nas quais,muitas das vezes,não revelam qualquer respeito pela vontade dos seus representados obrigando-os a irem para onde a comissão seja maior e não para onde tantas vezes o jogador quer,de facto,actuar.
É uma forma moderna,mas igualmente condenável, de esclavagismo.
Consentido mas esclavagismo.
Com que nenhum clube devia pactuar.
Nomeadamente, e isso teria de ser feito a nível global(pelo menos Europa e América do Sul),recusando-se a negociar com esses traficantes de atletas.
Infelizmente isso não me parece possível.
Porque há muitos clubes que por via directa ou indirecta já estão na mão desses negociantes,que deles fazem autêntico entreposto para mostrar e valorizar jogadores,face a dependências financeiras tantas vezes muito mal explicadas.
Vem isto a propósito de Edgar.
Que está a fazer um bom inicio de época (sete golos em dez jogos) e dai a inevitável aparição do seu "empresário",ansioso por valorizar a "mercadoria",a proferir uma série de afirmações absolutamente deploráveis e bem dignas de quem vive do esforço alheio.
Não sei se Edgar renova ou não.
Não sei sai em Janeiro ou Junho.
Não sei se a direcção tem boas ou más relações com os detentores do passe.
Considero abjecto o individuo querer condicionar a continuidade do jogador a uma mudança de direcção no Vitória como se por acaso ele não tivesse de negociar com quem a cada momento está legitimado pelos sócios para o exercício de cargos directivos.
Acho até normal,face ao discurso e atitude,que seja muito amigo do presidente do Braga.
Dir-se-à que é uma amizade natural entre espécimes com tantas afinidades.
Pouco me interessa se no final da época ele saindo de Guimarães vai para o Braga (Douglas parte 2?),dando mais uma prova do fascínio que o clube mais pequeno sente pelos jogadores do clube maior,ou para outro lado qualquer.
Sei é uma coisa.
Da próxima vez que o "empresário" do Edgar aparecer pelas instalações do Vitória devia ser corrido a pontapé pelas escadas abaixo!
Perdíamos um bom jogador mas lavávamos a "alma".
Depois Falamos

P.S. Como em tudo na vida há excepções. E no futebol também há(embora poucos)empresários dignos desse nome e que exercem as suas funções com benefícios para clubes e jogadores além deles próprios.
É justo que se diga.

2 comentários:

Afonso disse...

Julgo que os responsáveis por esta situação são Emilio Macedo da Silva, Paulo Pereira e José Pereira (se por acaso tiver voto na matéria), pois desde a contratação de Edgar sabiam que o mesmo estava cá como um ALD se tratasse.
Um clube que apenas detem direitos desportivos de um atleta, nunca poderá o poderá tentar vender durante a vigencia do contrato sem que a parte que detenha os direitos financeiros sejam envolvidos, como já li algures, é a mesma coisa que um inquilino tentar vender a casa do senhorio.

A direcção vitoriana tem um condão unico, por incrivel que pareça, consegue incompatibilizar-se com quase todos os "empresários" com que negoceia, este sim deve ser um caso a rever.

luis cirilo disse...

Caro Afonso:
Toda a situação contratual de Edgar,bem como as peripécias de inicio de época,merecem cabal explicação directiva.
Agora inaceitável é os empresários tratarem os jogadores como mercadoria.
E neste caso especial ainda se permite ameaçar o Vitória com a ida do jogador para Braga.
Caso para dizer que o Edgar só interessa se se livrar do empresário