Pedro Silva Pereira, o jovem que quando for grande quer ser como Sócrates (gostos não se discutem!), veio hoje desferir um violento ataque ao PSD e ao seu líder a propósito do projecto de revisão constitucional apresentado pelos sociais democratas.
Claro que o que disse PSP,como aliás qualquer coisa que ele diga, foi perfeitamente irrelevante e não ficará para a História em termos de conteúdo.
Apenas o "pormenor" de as acusações de PSP a Passos Coelho terem atingido um nível de deselegância que torna cada vez mais difícil ao PSD levar a sério o partido de governo.
Porque não se pode insultar hoje e fazer acordos amanha.
Adiante...
Mas por falar de História convirá recordar o seguinte:
Todas as revisões á constituição de 1976 tiveram o PSD como motor e o PS como continua força de bloqueio.
Foi assim com o fim do Conselho da Revolução.
Foi assim com a lei de delimitação dos sectores.
Foi assim com as privatizações.
Foi assim com a abertura da banca e dos seguros á iniciativa privada.
Foi assim com a autorização de abertura de canais privados de televisão a que o PS se opôs até onde pode.
E tantos mais exemplos que podiam ser dados.
Ainda me recordo quando Francisco Sá Carneiro apresentou,creio que em 1978,um projecto de revisão constitucional que visava transformar Portugal num verdadeiro Estado de direito acabando com alguns dogmas marxistas da Constituição de1976.
Caiu o "Carmo e a Trindade".
Como agora.
Por isso acho que não vale a pena levar PSP minimamente a sério.
Como sempre aconteceu o PS depois de fazer as "birrinhas" do costume acabará por se sentar á mesa das negociações.
É,apenas,uma questão de tempo.
Depois Falamos
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6 comentários:
Nem uma palavra para a nova comissão politica do psd guimarães...
Estranho isso da sua parte...
Caro Anónimo:
Estranha porquê ?
Também estranho...até porque enquanto militante sigo as suas análises há anos, e devo dizer-lhe que são uma referência para mim, no que toca à política local e regional...Fico por isso, neste momento, manco no meu julgamento por me faltar a sua visão.
cumprimentos
Caro Fouces:
Agradeço as suas palavras mas neste momento é dificil estar a pronunciar-me sobre uma equipa que iniciou funções há tão pouco tempo.
Espero que tenham sucesso e que saibam continuar o caminho de unidade interna iniciado pela cps do José Manuel Antunes.
Ter o partido unido é essencial a quem almeje sucessos eleitorais.
Ao ler os seus posts sobre a revisão constitucional consigo perceber algumas contradições nas suas palavras. Então se o PSD foi o partido que mais fez para as alterações da constituição desde de 1974 (ou seja revolução) não terá sido também em grande parte responsável pelo estado que o país chegou? Ou será que num país que só teve PS e PSD no poder a culpa é só de um lado? Pergunto mais se todas as alterações foram benéficas ao país? As privatizações deviam ter sido melhor revistas e com regras bem definidas porque foi aí nesse ponto que o país começou a perder grande parte das suas fontes de receita. Assim como esta revisão é demasiado vergonhosa só no facto de a partir do momento em que fosse aprovada qualquer cidadão português possa ser demitido sem apelo nem agravo pelo seus patrões. A economia é importante mas temos que perceber que acima de tudo estamos nós, pessoas, humanos e que a vida e demasiado curta. Os politicos sempre se importaram mais com o $ e com o aparecimento do FMI entre outras entidades de controlo da economia aquilo que mais se viu foi que cada vez mais aumentaram a desigualdades sociais. Por isso sou totalmente contra esta revisão. Quando a classe politica pensar mais no bem estar da raça humana e menos nos $$$ talvez o mundo de uma volta, assim só vão ser os mesmos a mamar e a população em geral a sofrer. Obrigado e boa noite.
Caro Anónimo:
É uma boa questão.
A verdade é que o ponto de partida(a Constituição de 1976)era muito mau e foi um longo caminho para a ir aperfeiçoando.
Claro que o PSD não o fez sózinho.
Mas teve que andar quase sempre a puxar pelo PS que partiu sempre de posições dogmáticas para depois aceitar negociar.
Assim será mais uma vez.
Agora admito,perfeitamente,que nem sempre as opções tenham sido as melhores.
Daí a necessidade de revisões periódicas.
Neste momento nem nessa fase estamos;o PSD apresentou uma proposta de revisão e vamos ver o que sai das negociações que existirão no Parlamento.
Depois Falamos
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