sexta-feira, julho 31, 2009
A Vitória Anunciada
A decisão, do Tribunal Constitucional,ontem tornada pública constitui uma vitória em toda a linha do Presidente da República e uma tremenda derrota para o primeiro ministro.
Recordemos que a propósito do estatuto dos Açores o PS e Sócrates resolveram afrontar gratuitamente,e sem qualquer razão,o Presidente e deitar para o lixo a cooperação institucional que vinha existindo desde o inicio do mandato presidencial.
Arrogância, prepotência,sentido de impunidade absoluta,tudo terá contribuído para essa posição socialista.
Infelizmente para eles numa matéria em que até um leigo sabia que não tinham razão.
E em que o Tribunal Constitucional só podia decidir como decidiu.
Mas é também uma derrota para o Parlamento que várias vezes votou unânimente a Lei indiferente aos avisos que lhe iam chegando de Belém e de reputados juristas.
Já para não falar dessa tentativa de imitação (de péssima qualidade aliás) de Alberto João Jardim chamada Carlos César.
Também ele perde em toda a linha e vai concluir o seu ultimo mandato em posição de grande fraqueza politica.
Nada que não mereça.
Quanto a Sócrates, a quem nada parece correr bem,é mais uma derrota.
A somar ás que vem acumulando nos últimos tempos.
Com a agravante de esta ter sido em confronto directo com o Presidente da República e com a chancela do Tribunal Constitucional.
Está a pagar agora,com juros, a arrogância com que governou durante muito tempo.
Antes da crise e antes das europeias !
Sócrates,por ele,já fez tudo que é possível para perder as legislativas.
Esperemos que o PSD saiba ganhá-las.
Depois Falamos
quinta-feira, julho 30, 2009
Capital Europeia da Cultura 2012...
Há quem goste.
Eu não.
Acho as touradas algo de bárbaro e indigno de gente civilizada.
Porque o sofrimento e a morte,ainda que de um animal,não podem ser um espectáculo.
Para o qual se paga bilhete e no qual se batem palmas.
Felizmente são uma "tradição"(?) em desuso e cada vez mais circunscrita a determinadas regiões do país.
Por isso lamento profundamente que a organização das Festas Gualterianas continue a insistir na realização de uma tourada.
Única do ano em Guimarães.
Onde não existe tradição nem hábito da realização de tão tristes "espectáculos".
Guimarães tem bons e fartos motivos que a ligam á Idade Média.
Dos monumentos ao centro histórico,da sua História ás tradições enquanto comunidade.
Dispensava bem esta ligação a práticas bárbaras oriundas desses tempos.
Alias nem percebo como é que uma cidade que é capital europeia da cultura em 2012 permite que se realizem touradas .
Ou acharão que alguém na Europa da verdadeira cultura se revê nesta prática barbara ?
Depois Falamos
Simples Curiosidade
A liga italiana sorteou,de facto, as jornadas do próximo campeonato.
Logo na segunda teremos um Milan-Inter e um Roma-Juventus.
Ou seja as quatro maiores equipas de Itália defrontam-se logo a abrir a prova.
É o que acontece em Ligas que efectuam verdadeiros sorteios das suas provas.
Em Ligas que defendem o futebol e não apenas os clubes mais poderosos.
Em Ligas que tratam todos os filiados por igual.
Em Ligas em que se defende a verdade desportiva e os direitos dos espectadores a um futebol tão verdadeiro quanto possível.
Em Ligas nas quais não existe subserviência aos mais fortes.
Que belo exemplo para os que mandam no futebol português ao sabor dos interesses de apenas três clubes.
E que efectuaram um sorteio do campeonato tão vergonhoso que so só tem paralelo no silêncio cúmplice dos que aceitaram que lhes fosse atribuído um estatuto de parceiros menores.
Depois Falamos
Logo na segunda teremos um Milan-Inter e um Roma-Juventus.
Ou seja as quatro maiores equipas de Itália defrontam-se logo a abrir a prova.
É o que acontece em Ligas que efectuam verdadeiros sorteios das suas provas.
Em Ligas que defendem o futebol e não apenas os clubes mais poderosos.
Em Ligas que tratam todos os filiados por igual.
Em Ligas em que se defende a verdade desportiva e os direitos dos espectadores a um futebol tão verdadeiro quanto possível.
Em Ligas nas quais não existe subserviência aos mais fortes.
Que belo exemplo para os que mandam no futebol português ao sabor dos interesses de apenas três clubes.
E que efectuaram um sorteio do campeonato tão vergonhoso que so só tem paralelo no silêncio cúmplice dos que aceitaram que lhes fosse atribuído um estatuto de parceiros menores.
Depois Falamos
quarta-feira, julho 29, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
Banha da Cobra
O jornal "A Bola",conhecido pela imparcialidade com que trata os clubes(todos por igual e o SLB acima de todos),tinha ontem esta capa.
Referia-se á vitória do Benfica no torneio de Amesterdão !
Jogado em estádios semi vazios tal o interesse que despertou.
Por clubes de terceira e quarta linha do futebol europeu.
Como o próprio SLB, um Ajax longe dos tempos de glória, um Sunderland que na Europa vale...zero e um Atlético de Madrid que apesar de tudo é dos quatro o unico que ainda pode participar na Liga do Campeões já que vai disputar o play off.
Um cartaz de participantes de qualidade bem inferior á de anos anteriores em que por lá passaram os vencedores da "Champions Manchester United e Porto,clubes de primeira linha como Inter ou Arsenal,entre outros.
Pois para "A Bola" foi como se o Benfica tivesse ganho a "Champions".
"Regresso do Benfica europeu".
Que ridiculo.
O verdeiro Benfica europeu não é visto desde 1968 para sermos generosos.
Mas o jornal viu,nesta vitória num torneio de terceira categoria face aos participantes,o regresso dos dias de glória do seu amado clube.
Está no seu direito.
Como está no seu direito de fazer as capas que muito bem entende.
Compreendo,até,que a necessidade de vender leve a "delirios" como este.
Lamento é que em pleno século XXI ainda exista gente que se ilude com manchetes destas e compre jornais atrás do que elas propagandeiam.
De facto o atraso cultural de Portugal continua a ser preocupante...
Depois Falamos
Campeão Vitoriano
Imagem: www.vitoriasempre.net
Fernando Machado "Zenga" sagrou-se, no passado domingo, campeão mundial de kickboxing.
É um campeão português.
E vitoriano.
Porque é atleta e adepto do Vitória.
Talvez por isso o feito tenha passado relativamente despercebido na imprensa nacional sempre pronta a glorificar outros atletas.
Porque de determinados clubes.
Fosse o "Zenga" atleta daquele clube que acaba de ganhar um torneio de 3ªa categoria a nível europeu (jogado em Amesterdão em estádios semi desertos por clubes longe de serem da primeira ou segunda linha do futebol europeu) e seria noticia de abertura dos telejornais.
Assim apenas passou na RTP (que eu visse) , num resumo de noticias desportivas,sempre referido como atleta português e nunca sendo citado o seu clube.
Não importa.
É campeão do mundo e é do Vitória.
E isso é o que realmente tem importância.
Depois Falamos
Chão da Lagoa
Hoje em Portugal só existem dois partidos capazes de grandes mobilizações populares.
O PCP na "Festa do Avante" e o PSD Madeira na Festa do Chão da Lagoa.
São o que resta do tempo dos grandes comícios partidários.
Em bom rigor o PS também consegue,e com cada vez mais assiduidade,grandes concentrações populares.
Mas de protesto contra o governo de Sócrates !
No caso do PSD isso deve-se essencialmente a uma razão.
Reconhecimento da obra feitas e trinta anos de autonomia pelos governos de Alberto João Jardim.
Que também explicam,de alguma forma, as espantosas 41 vitórias eleitorais obtidas ao longo de 34 anos.
Os politicamente correctos do continente, alguns dos quais no seio do próprio PSD,gostam de atribuir a enorme adesão a essa festa a outras razões que vão da cacicagem aos comes e bebes típicos da festa.
Pura inveja como é evidente.
No seu estilo popular a verdade é que AJJ tem uma extraordinária obra feita no arquipélago que se reflecte na qualidade de vida de todos os madeirenses.
E por isso hoje,num tempo em que o povo só vai onde quer,o PSD Madeira consegue ter 40.000 pessoas numa festa.
O resto...são tretas.
Depois Falamos
O PCP na "Festa do Avante" e o PSD Madeira na Festa do Chão da Lagoa.
São o que resta do tempo dos grandes comícios partidários.
Em bom rigor o PS também consegue,e com cada vez mais assiduidade,grandes concentrações populares.
Mas de protesto contra o governo de Sócrates !
No caso do PSD isso deve-se essencialmente a uma razão.
Reconhecimento da obra feitas e trinta anos de autonomia pelos governos de Alberto João Jardim.
Que também explicam,de alguma forma, as espantosas 41 vitórias eleitorais obtidas ao longo de 34 anos.
Os politicamente correctos do continente, alguns dos quais no seio do próprio PSD,gostam de atribuir a enorme adesão a essa festa a outras razões que vão da cacicagem aos comes e bebes típicos da festa.
Pura inveja como é evidente.
No seu estilo popular a verdade é que AJJ tem uma extraordinária obra feita no arquipélago que se reflecte na qualidade de vida de todos os madeirenses.
E por isso hoje,num tempo em que o povo só vai onde quer,o PSD Madeira consegue ter 40.000 pessoas numa festa.
O resto...são tretas.
Depois Falamos
segunda-feira, julho 27, 2009
Um...Mente !
A polémica surgida entre Sócrates e Louçã é no mínimo estranha.
Porque um deles está a mentir e sabe disso.
Quando Louçã acusa Sócrates de ter convidado Joana Amaral Dias para deputada, dirigente de um instituto ou semelhante, e este nega rotundamente é um dos tais casos em que as posições estão tão extremadas que só pode existir uma verdade.
Ou convidou ou não convidou.
E o convidar não significa que tenha sido o próprio como é evidente.
Nestes casos utilizam-se sempre uns pombos correios...
Agora inevitável é um deles ficar mal.
Ou Sócrates convidou e e está a mentir ou não convidou e é Louçã quem mente.
Seja como for creio que um deles vai sair muito mal deste processo.
E, embora quando se fala de mentiras seja mais fácil associar um deles ao acto de mentir pelo histórico de todos conhecido, a verdade é que só existirão certezas absolutas quando a eventualmente convidada disser de sua justiça.
E confesso que o silêncio que tem mantido também não deixa de ser intrigante.
Porque sendo só ela a poder esclarecer os facto faria todo o sentido que o fizesse o mais depressa possível.
Afinal é a palavra e a credibilidade de dois lideres partidários que está em causa.
Pensando bem,afinal, talvez possa existir uma terceira hipótese.
A menina ter dito a Louçã que fora convidada sem ter sido.
E aí Sócrates e Louçã estariam a falar ambos verdade e Joana Dias a mentir.
Aguardemos os próximos capítulos.
Depois Falamos
Porque um deles está a mentir e sabe disso.
Quando Louçã acusa Sócrates de ter convidado Joana Amaral Dias para deputada, dirigente de um instituto ou semelhante, e este nega rotundamente é um dos tais casos em que as posições estão tão extremadas que só pode existir uma verdade.
Ou convidou ou não convidou.
E o convidar não significa que tenha sido o próprio como é evidente.
Nestes casos utilizam-se sempre uns pombos correios...
Agora inevitável é um deles ficar mal.
Ou Sócrates convidou e e está a mentir ou não convidou e é Louçã quem mente.
Seja como for creio que um deles vai sair muito mal deste processo.
E, embora quando se fala de mentiras seja mais fácil associar um deles ao acto de mentir pelo histórico de todos conhecido, a verdade é que só existirão certezas absolutas quando a eventualmente convidada disser de sua justiça.
E confesso que o silêncio que tem mantido também não deixa de ser intrigante.
Porque sendo só ela a poder esclarecer os facto faria todo o sentido que o fizesse o mais depressa possível.
Afinal é a palavra e a credibilidade de dois lideres partidários que está em causa.
Pensando bem,afinal, talvez possa existir uma terceira hipótese.
A menina ter dito a Louçã que fora convidada sem ter sido.
E aí Sócrates e Louçã estariam a falar ambos verdade e Joana Dias a mentir.
Aguardemos os próximos capítulos.
Depois Falamos
sexta-feira, julho 24, 2009
Nem para rir...
Se há coisa em que deixei de acreditar há muito tempo é na verdade ,no seu sentido mais amplo,do futebol português.
Da arbitragem á disciplina, das contas dos clubes ao facciosismo jornalistico,tudo são boas razões para não levar sério o que se vai passando.
A decisão da FPF sobre o Sporting-Benfica em juniores é apenas mais um prego no caixão em que vai ser enterrado o futebol nacional enquanto actividade credível.
Factos:
Na ultima jornada do nacional de juniores o jogo entre leões e águias , na academia de Alcochete,decidia o titulo nacional.
Conhece-se a rivalidade,conheciam-se os antecedentes,sabia-se das condições de segurança do campo onde o jogo se disputava.
Pese embora tratar-se de um jogo de escalões de formação era sensato antecipar cenários menos favoráveis.
Nada foi feito ,de forma minimamente eficaz,para prevenir eventuais problemas.
O velho "nacional porreirismo" no seu melhor.
A verdade é que o jogo começou e decorreu na melhor ordem até á chegada da claque do Benfica.
A partir daí foi o que se sabe.
Apedrejamentos,vandalismo,desordem e o jogo não pôde continuar.
Pois agora vem o conselho de justiça (???) federativo proferir a inacreditável decisão de castigar os dois clubes com uma pena(igual para os dois) de derrota dando com isso o titulo ao Benfica.
Ou seja,o crime compensou.
Doravante qualquer clube que dispute jogo decisivo fora de casa,e a quem baste resultado igual ao do adversário,já sabe a "receita".
Encarrega a respectiva claque de não deixar a partida terminar e tem o titulo garantido.
É uma vergonha !
Resta a curiosidade de saber se por acaso os incidentes tivessem sido provocados por adeptos de outro clube (por exemplo o Vitória que também disputou a fase final) em condições idênticas ás do SLB a sentença teria sido a mesma.
Não é preciso uma inteligência fora de série para saber a resposta...
Depois Falamos
Da arbitragem á disciplina, das contas dos clubes ao facciosismo jornalistico,tudo são boas razões para não levar sério o que se vai passando.
A decisão da FPF sobre o Sporting-Benfica em juniores é apenas mais um prego no caixão em que vai ser enterrado o futebol nacional enquanto actividade credível.
Factos:
Na ultima jornada do nacional de juniores o jogo entre leões e águias , na academia de Alcochete,decidia o titulo nacional.
Conhece-se a rivalidade,conheciam-se os antecedentes,sabia-se das condições de segurança do campo onde o jogo se disputava.
Pese embora tratar-se de um jogo de escalões de formação era sensato antecipar cenários menos favoráveis.
Nada foi feito ,de forma minimamente eficaz,para prevenir eventuais problemas.
O velho "nacional porreirismo" no seu melhor.
A verdade é que o jogo começou e decorreu na melhor ordem até á chegada da claque do Benfica.
A partir daí foi o que se sabe.
Apedrejamentos,vandalismo,desordem e o jogo não pôde continuar.
Pois agora vem o conselho de justiça (???) federativo proferir a inacreditável decisão de castigar os dois clubes com uma pena(igual para os dois) de derrota dando com isso o titulo ao Benfica.
Ou seja,o crime compensou.
Doravante qualquer clube que dispute jogo decisivo fora de casa,e a quem baste resultado igual ao do adversário,já sabe a "receita".
Encarrega a respectiva claque de não deixar a partida terminar e tem o titulo garantido.
É uma vergonha !
Resta a curiosidade de saber se por acaso os incidentes tivessem sido provocados por adeptos de outro clube (por exemplo o Vitória que também disputou a fase final) em condições idênticas ás do SLB a sentença teria sido a mesma.
Não é preciso uma inteligência fora de série para saber a resposta...
Depois Falamos
quinta-feira, julho 23, 2009
Presunção e água benta
Ontem, em mais uma sessão das Novas Fronteiras,José Sócrates afirmou sem enrubescer: "...Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu..."
Referia-se á gestão do Orçamento de Estado e ao défice das contas públicas.
Mas podia referir-se a qualquer outro aspecto da governação tal o alto conceito que o P.M. tem de si próprio.
Mas está enganado.
Bastará atentar na inversão das sondagens para se perceber que os portugueses estão cada vez mais fartos dele.
Dele,da sua corte de ministros, da arrogância e prepotência com que exercem o poder.
Mas numa coisa dou razão a José Sócrates:
Está para nascer o primeiro ministro que faça melhor do que ele... no desprestigio do cargo.
Nisso sim é Sócrates imbatível.
Embora seja uma honra bastante duvidosa...
Depois Falamos
Referia-se á gestão do Orçamento de Estado e ao défice das contas públicas.
Mas podia referir-se a qualquer outro aspecto da governação tal o alto conceito que o P.M. tem de si próprio.
Mas está enganado.
Bastará atentar na inversão das sondagens para se perceber que os portugueses estão cada vez mais fartos dele.
Dele,da sua corte de ministros, da arrogância e prepotência com que exercem o poder.
Mas numa coisa dou razão a José Sócrates:
Está para nascer o primeiro ministro que faça melhor do que ele... no desprestigio do cargo.
Nisso sim é Sócrates imbatível.
Embora seja uma honra bastante duvidosa...
Depois Falamos
quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
Razões de uma Opção
Foto: www.guimaraesdigital.com
Fui eleito ,pela primeira vez, para a Assembleia Municipal de Guimarães em 1989.
Viria depois a ser reeleito em 1993 e 1997 tendo cumprido integralmente os três mandatos porque aquilo que se recebe do povo deve ser escrupulosamente respeitado.
Depois, por razões que não tem já grande importância, não estive no Parlamento Municipal nos mandatos de 2001 e 2005.
E porque na política não podem existir lugares cativos também não terá vindo grande mal ao mundo por causa disso!
Aceitei regressar agora,num tempo em que não tinha esse regresso como expectativa próxima,por três razões fundamentais.
Em primeiro lugar porque estar na Assembleia Municipal,seja no poder ou na oposição,é uma forma de servir Guimarães.
E a esse dever não há vimaranense que se negue.
Em segundo lugar porque sempre gostei, e respeitei,o Parlamento Municipal.
Porventura o orgão autárquico mais desconhecido mas simultâneamente aquele em que se encontra melhor representada a diversidade de pensamento e opções politicas dos habitantes do município.
Bastará atentar que no actual mandato lá tem representação PS,PSD,PCP,CDS,BE e MRPP.
Porventura um dos mais diversificados de todo o país.
Mesmo nos tempos em que fui deputado na assembleia da República e simultâneamente deputado na assembleia municipal mantive sempre uma assiduidade e um interesse muito grandes por este ultimo.
Porque valorizava tanto os votos que me elegeram para o Parlamento nacional como os votos que me elegeram para o parlamento local.
A terceira razão prende-se com a credibilidade das pessoas que me convidaram e com a seriedade do projecto que me apresentaram.
Reconheço nelas uma sincera vontade de apresentar um PSD forte, abrangente e coeso aos eleitores vimaranenses.
Em que a convergência do presente e as expectativas do futuro valem muito mais do que as divergências do passado.
Assim sendo conclui estarem reunidas as condições para aceitar o convite.
E para a partir de 11 de Outubro voltar á Assembleia Municipal com o mesmo entusiasmo de um longínquo Dezembro de 1989.
Depois Falamos
Fui eleito ,pela primeira vez, para a Assembleia Municipal de Guimarães em 1989.
Viria depois a ser reeleito em 1993 e 1997 tendo cumprido integralmente os três mandatos porque aquilo que se recebe do povo deve ser escrupulosamente respeitado.
Depois, por razões que não tem já grande importância, não estive no Parlamento Municipal nos mandatos de 2001 e 2005.
E porque na política não podem existir lugares cativos também não terá vindo grande mal ao mundo por causa disso!
Aceitei regressar agora,num tempo em que não tinha esse regresso como expectativa próxima,por três razões fundamentais.
Em primeiro lugar porque estar na Assembleia Municipal,seja no poder ou na oposição,é uma forma de servir Guimarães.
E a esse dever não há vimaranense que se negue.
Em segundo lugar porque sempre gostei, e respeitei,o Parlamento Municipal.
Porventura o orgão autárquico mais desconhecido mas simultâneamente aquele em que se encontra melhor representada a diversidade de pensamento e opções politicas dos habitantes do município.
Bastará atentar que no actual mandato lá tem representação PS,PSD,PCP,CDS,BE e MRPP.
Porventura um dos mais diversificados de todo o país.
Mesmo nos tempos em que fui deputado na assembleia da República e simultâneamente deputado na assembleia municipal mantive sempre uma assiduidade e um interesse muito grandes por este ultimo.
Porque valorizava tanto os votos que me elegeram para o Parlamento nacional como os votos que me elegeram para o parlamento local.
A terceira razão prende-se com a credibilidade das pessoas que me convidaram e com a seriedade do projecto que me apresentaram.
Reconheço nelas uma sincera vontade de apresentar um PSD forte, abrangente e coeso aos eleitores vimaranenses.
Em que a convergência do presente e as expectativas do futuro valem muito mais do que as divergências do passado.
Assim sendo conclui estarem reunidas as condições para aceitar o convite.
E para a partir de 11 de Outubro voltar á Assembleia Municipal com o mesmo entusiasmo de um longínquo Dezembro de 1989.
Depois Falamos
domingo, julho 19, 2009
A força da imagem
Sempre gostei desta frase !
Porque com ela convivo desde que me lembro.
E o lugar onde ela está afixada é particularmente sugestiva.
Porque é num dos troços que resta (como foi possível terem derrubado ...o que falta) da antiga muralha que rodeava o centro histórico e porque se situa num lugar particularmente bem escolhido no tempo em que lá foi posta.
Largas dezenas de anos atrás,quando foi decidido simbolizar naquele local o berço da Pátria, era por ali que a esmagadora maioria dos visitantes entrava em Guimarães.
Vindos do Porto por estrada ou por comboio desciam a avenida D.Afonso Henriques e deparava-se-lhes aquela muralha e aquelas frase carregada de simbolismo histórico.
E como as primeiras impressões são as que ficam era aquela mesmo que permanecia nas memórias.
Hoje,fruto da evolução dos tempos,chega-se á cidade por outros lados.
Excepto em termos de comboio dado a estação ser no mesmo sitio.
Mas não tenho duvidas que continua a ser dos locais mais visitados pelos turistas.
Filmado e fotografado.
Levando por todo o país,e pelo mundo,a mensagem de "Aqui Nasceu Portugal".
Aqui em Guimarães.
Depois Falamos
Porque com ela convivo desde que me lembro.
E o lugar onde ela está afixada é particularmente sugestiva.
Porque é num dos troços que resta (como foi possível terem derrubado ...o que falta) da antiga muralha que rodeava o centro histórico e porque se situa num lugar particularmente bem escolhido no tempo em que lá foi posta.
Largas dezenas de anos atrás,quando foi decidido simbolizar naquele local o berço da Pátria, era por ali que a esmagadora maioria dos visitantes entrava em Guimarães.
Vindos do Porto por estrada ou por comboio desciam a avenida D.Afonso Henriques e deparava-se-lhes aquela muralha e aquelas frase carregada de simbolismo histórico.
E como as primeiras impressões são as que ficam era aquela mesmo que permanecia nas memórias.
Hoje,fruto da evolução dos tempos,chega-se á cidade por outros lados.
Excepto em termos de comboio dado a estação ser no mesmo sitio.
Mas não tenho duvidas que continua a ser dos locais mais visitados pelos turistas.
Filmado e fotografado.
Levando por todo o país,e pelo mundo,a mensagem de "Aqui Nasceu Portugal".
Aqui em Guimarães.
Depois Falamos
quinta-feira, julho 16, 2009
Tão Amigos que eles são...
Hoje de manha vi na TVI24 uma curiosa peça acerca das eleições em Lisboa.
Na qual mostrava o que ,ao longo dos últimos dois anos, Helena Roseta dizia do PS e de António Costa, o que Sá Fernandes criticava nos referidos Costa e PS, e por aí fora.
Uma delicia.
Especialmente porque agora vão todos na mesma lista !
Em nome do interesse de Lisboa ?
O Pai Natal,para os que acreditam,é só e Dezembro.
O que está em causa é apenas uma tentativa desesperada de salvar os lugares,nos casos de Costa e Fernandes, ou de afirmar um ego tão desmesurado quanto ridículo no caso de Roseta.
De qualquer fora acho que estão bem uns para os outros.
Costa,que na tentativa de salvar o poleiro que lhe resta,andou a mendigar ao Bloco de Esquerda uma aliança depois de os ter insultado no ultimo congresso do PS.
Sá Fernandes que depois dos prejuízos causados a Lisboa, no caso do túnel do marquês,devia ter a decência de jamais se voltar a candidatar á autarquia.
Helena Roseta a quem não existe partido que sirva porque a sua razão é sempre superior á dos outros (um bocado como a madrasta da Branca de Neve...) vem agora fazer aquilo que disse que jamais faria.
Estão muito bem uns para os outros repito.
Espero,e acredito,que os lisboetas lhes proporcionem a merecida derrota.
É tempo de devolver a cidade a quem dela gosta, a quem para ela tem verdadeiros projectos,a quem já provou saber desenvolvê-la e modernizá-la.
A Pedro Santana Lopes.
Depois Falamos
quarta-feira, julho 15, 2009
O Sorteio da Vergonha
Publiquei este texto no site da Associação Vitória Sempre
Não, a vergonha não se sorteia.
Vergonha foi o sorteio da Liga Sagres.
Onde a Liga Portuguesa de Futebol Profissional admitiu, de forma explicita, que no seu seio convivem filhos e enteados com direitos diferentes.
Só no futebol português, e na mais completa falta de vergonha que nele campeia, se pode admitir que uma entidade que agrupa um conjunto de instituições que vão disputar a mesma prova tenha perante elas um tratamento tão diferente.
Vejam-se os condicionalismos que a LPFP impôs ao referido sorteio:
· Não há clássicos (entenda-se jogos entre SLB/FCP/SCP) nas primeiras quatro jornadas.
· A mesma limitação aplica-se aos dérbis.
· Não há “clássicos grandes” em jornadas seguidas.
· Benfica e Sporting, Porto e Leixões, Vitória e Braga, Marítimo e Nacional jogam em casa desencontradas.
· Nenhuma equipa defrontará grandes em jornadas seguidas.
· Nenhum dos grandes jogará dois clássicos em casa na mesma volta.
É de pasmar!
Vamos por partes:
É totalmente inaceitável que ao Liga divida os filiados entre grandes e não grandes e trate dos respectivos interesses de forma diferente!
Que os jornais desportivos, e não só, na ânsia de venderem todos os dias o máximo de exemplares nos intoxiquem com os chamados “grandes” ainda se compreende até porque só neles acredita quem quer.
Agora a Liga?
Se trata clubes que disputam a mesma prova com critérios tão diferentes como podemos acreditar que, da arbitragem á disciplina, garanta isenção e igualdade de tratamento?
Quando objectivamente estas estranhas regras são feitas não para defender o espectáculo e a competitividade mas sim os interesses de três clubes
Vejamos:
Não há clássicos (no entendimento que a lpfp tem de alguns jogos) nas quatro primeiras jornadas porquê?
Será porque alguns desses clubes tem de disputar pré eliminatórias europeias e não convém cansá-los de início com jogos de dificuldade aparentemente maior?
Não há dérbis (que não sei muito bem o que são hoje) porquê?
Nada como jogos de alta rivalidade para lançar bem uma prova.
A verdadeira razão é outra.
É para fingirem, pensando que os adeptos do futebol são uns parolos que qualquer dirigente da bola engana, que este conjunto de limitações se aplica a mais clubes do que aos três do costume.
O que no ponto quatro é perfeitamente claro.
Porque os clubes nele referidos não tem qualquer problema em jogar em casa simultaneamente ao contrário do que se quer fazer entender.
Ou pensarão os sábios da Liga que desencontrando os jogos os vitorianos vão ao futebol a Braga?
Ou os maritimistas á Choupana ver o Nacional?
Apenas poeira para os olhos.
Embora admita que desencontrar os jogos de Sporting e Benfica pode dar muito jeito aos patrocinadores desses clubes e ás televisões.
A mais ninguém!
Depois proíbem-se os “clássicos grandes” (é mesmo assim que a Liga lhes chama) em jornadas seguidas.
Porquê?
E também o de qualquer equipa defrontar grandes em jornadas seguidas.
Porquê?
E nenhum dos grandes pode jogar dois clássicos em casa na mesma volta.
Porquê?
São demasiados porquês!
E demonstram de forma clara que o único interesse da Liga é defender Porto, Benfica e Sporting.
Porque um campeonato sério, credível, respeitador dos interesses dos adeptos, que são quem sustenta todo este “negócio”, exige duas coisas:
Um sorteio livre em que joguem todos contra todos quando o sorteio assim determinar.
Uma entidade que organize os campeonatos em condições de absoluta igualdade e não uma que divida concorrentes á mesma competição entre “grandes” e não “grandes”.
Porque não sendo assim então é legitimo pensar que a verdade desportiva da prova já está viciada.
E ela ainda não começou!
Uma nota final.
Como é possível dirigentes de clubes como o Vitória, o Setúbal, o Braga, o Belenenses, o Marítimo, etc. aceitarem esta palhaçada?
Aceitarem que os seus clubes sejam reduzidos a um estatuto de menoridade perante outros que vão disputar o mesmíssimo campeonato?
Aceitarem, implicitamente, que o organizador da prova lhes chame “pequenos “?
Como é possível?
Vergonha foi o sorteio da Liga Sagres.
Onde a Liga Portuguesa de Futebol Profissional admitiu, de forma explicita, que no seu seio convivem filhos e enteados com direitos diferentes.
Só no futebol português, e na mais completa falta de vergonha que nele campeia, se pode admitir que uma entidade que agrupa um conjunto de instituições que vão disputar a mesma prova tenha perante elas um tratamento tão diferente.
Vejam-se os condicionalismos que a LPFP impôs ao referido sorteio:
· Não há clássicos (entenda-se jogos entre SLB/FCP/SCP) nas primeiras quatro jornadas.
· A mesma limitação aplica-se aos dérbis.
· Não há “clássicos grandes” em jornadas seguidas.
· Benfica e Sporting, Porto e Leixões, Vitória e Braga, Marítimo e Nacional jogam em casa desencontradas.
· Nenhuma equipa defrontará grandes em jornadas seguidas.
· Nenhum dos grandes jogará dois clássicos em casa na mesma volta.
É de pasmar!
Vamos por partes:
É totalmente inaceitável que ao Liga divida os filiados entre grandes e não grandes e trate dos respectivos interesses de forma diferente!
Que os jornais desportivos, e não só, na ânsia de venderem todos os dias o máximo de exemplares nos intoxiquem com os chamados “grandes” ainda se compreende até porque só neles acredita quem quer.
Agora a Liga?
Se trata clubes que disputam a mesma prova com critérios tão diferentes como podemos acreditar que, da arbitragem á disciplina, garanta isenção e igualdade de tratamento?
Quando objectivamente estas estranhas regras são feitas não para defender o espectáculo e a competitividade mas sim os interesses de três clubes
Vejamos:
Não há clássicos (no entendimento que a lpfp tem de alguns jogos) nas quatro primeiras jornadas porquê?
Será porque alguns desses clubes tem de disputar pré eliminatórias europeias e não convém cansá-los de início com jogos de dificuldade aparentemente maior?
Não há dérbis (que não sei muito bem o que são hoje) porquê?
Nada como jogos de alta rivalidade para lançar bem uma prova.
A verdadeira razão é outra.
É para fingirem, pensando que os adeptos do futebol são uns parolos que qualquer dirigente da bola engana, que este conjunto de limitações se aplica a mais clubes do que aos três do costume.
O que no ponto quatro é perfeitamente claro.
Porque os clubes nele referidos não tem qualquer problema em jogar em casa simultaneamente ao contrário do que se quer fazer entender.
Ou pensarão os sábios da Liga que desencontrando os jogos os vitorianos vão ao futebol a Braga?
Ou os maritimistas á Choupana ver o Nacional?
Apenas poeira para os olhos.
Embora admita que desencontrar os jogos de Sporting e Benfica pode dar muito jeito aos patrocinadores desses clubes e ás televisões.
A mais ninguém!
Depois proíbem-se os “clássicos grandes” (é mesmo assim que a Liga lhes chama) em jornadas seguidas.
Porquê?
E também o de qualquer equipa defrontar grandes em jornadas seguidas.
Porquê?
E nenhum dos grandes pode jogar dois clássicos em casa na mesma volta.
Porquê?
São demasiados porquês!
E demonstram de forma clara que o único interesse da Liga é defender Porto, Benfica e Sporting.
Porque um campeonato sério, credível, respeitador dos interesses dos adeptos, que são quem sustenta todo este “negócio”, exige duas coisas:
Um sorteio livre em que joguem todos contra todos quando o sorteio assim determinar.
Uma entidade que organize os campeonatos em condições de absoluta igualdade e não uma que divida concorrentes á mesma competição entre “grandes” e não “grandes”.
Porque não sendo assim então é legitimo pensar que a verdade desportiva da prova já está viciada.
E ela ainda não começou!
Uma nota final.
Como é possível dirigentes de clubes como o Vitória, o Setúbal, o Braga, o Belenenses, o Marítimo, etc. aceitarem esta palhaçada?
Aceitarem que os seus clubes sejam reduzidos a um estatuto de menoridade perante outros que vão disputar o mesmíssimo campeonato?
Aceitarem, implicitamente, que o organizador da prova lhes chame “pequenos “?
Como é possível?
domingo, julho 12, 2009
A Ler !
Conhecia o dr Tavares Moreira, de nome, há muito tempo.
Membro dos governos de Sá Carneiro e Cavaco Silva,governador do Banco de Portugal durante vários anos, era uma figura mencionada com respeito dentro e fora do PSD.
Conheci-o pessoalmente em 1999.
Era então vice presidente do partido e dos poucos que dava a cara ao lado do líder, Durão Barroso, numa oposição extremamente difícil ao governo de António Guterres.
Então,como agora, já por lá andava muita gente disponível para ser ministro e secretário de estado.
Para fazerem oposição é que não.
Dava trabalho,arranjava maçadas,estragava negócios.
Tavares Moreira,esse,estava sempre na primeira linha do combate.
Quis o destino que em 2002 a distrital de que eu então fazia parte,liderada por Fernando Reis,entendesse convidar o dr Tavares Moreira para encabeçar a lista de deputados por Braga.
Tínhamos a convicção, que se veio a revelar absolutamente acertada,de que uma figura com o seu gabarito,autoridade e prestigio podia potenciar um grande resultado eleitoral no distrito.
Assim foi.
O PSD ganhou as eleições no país e em Braga teve um grande resultado.
Elegeu nove deputados com um dos melhores resultados percentuais dessas eleições.
Tendo sido número dois dessa lista tive então oportunidade de conviver e conhecer muito melhor o dr Tavares Moreira com quem calcorreei todos os concelhos do distrito em inúmeras acções de campanha.
E nele descobri ,para além de confirmar todos as qualidades que se lhe reconhecem,duas caracteristicas mais ocultas.
Um enorme sentido de humor e um jeito inato para fazer campanhas.
Guardo dessa campanha muitas memórias interessantes.
Desde as inevitáveis "tareias" que aplicava a Elisa Ferreira nos debates (ela era cabeça de lista do PS por Braga)ao dia em que o vi,com toda a naturalidade, empoleirado num carro de bois a falar aos eleitores de uma freguesia de Fafe.
Ao contrário de outros ,que fizeram muito menos para o PSD chegar ao poder mas se exibiram muito mais, o dr Tavares Moreira não quis ir para o governo.
Onde podia ter escolhido a pasta ministerial que quisesse.
Disse-mo a mim, e a outros colegas de lista ,várias vezes durante a campanha que não estava interessado em ser ministro.
E cumpriu.
Pouco tempo depois de eleito deputado começou aquilo a que se pode chamar uma verdadeira cabala contra a sua honradez, o seu prestigio profissional, o seu direito a exercer uma profissão á qual muito dera ao longo de dezenas de anos.
Á profissão e ao país !
Foram seis anos de pesadelo e sacrifício.
Nos quais um homem honrado, sério, prestigiado e inocente das acusações de que era alvo teve de se defender de uma verdadeira campanha negra com origem no Banco de Portugal e ampla conivência de um semanário que muitos apontam como de referência.
O livro acima retratado conta muito melhor do que eu alguma vez o poderia fazer o que foram esses anos até á prova final de inocência.
De que muitos,entre os quais me incluo, não duvidaram nem um minuto.
O Dr Tavares Moreira está hoje livre de acusações e suspeitas.
Mas quem lhe poderá devolver seis anos de pesadelo, de angústia, de canseiras, de privação de uma profissão que ele adora exercer,das despesas que teve para provar a sua inocência ?
Pior.
Quem pode garantir que os responsáveis desta monstruosidade serão severamente punidos.
Infelizmente ninguém.
Como é igualmente legitimo pensar que se nada disto tivesse acontecido o dr Tavares Moreira podia ter dado ao PSD e ao país o inestimável contributo de um homem sério, competente e com prestigio acima das tricas partidárias.
Vale a pena ler este livro.
Porque além de exemplar em muitas áreas, da Justiça á liberdade de informação (exemplar no sentido do que essas áreas deviam ser e não são !),também nos esclarece sobre a verdadeira realidade do que é hoje o Banco de Portugal.
Tão em voga noutros assuntos que todos temos bem presentes.
Depois Falamos
Membro dos governos de Sá Carneiro e Cavaco Silva,governador do Banco de Portugal durante vários anos, era uma figura mencionada com respeito dentro e fora do PSD.
Conheci-o pessoalmente em 1999.
Era então vice presidente do partido e dos poucos que dava a cara ao lado do líder, Durão Barroso, numa oposição extremamente difícil ao governo de António Guterres.
Então,como agora, já por lá andava muita gente disponível para ser ministro e secretário de estado.
Para fazerem oposição é que não.
Dava trabalho,arranjava maçadas,estragava negócios.
Tavares Moreira,esse,estava sempre na primeira linha do combate.
Quis o destino que em 2002 a distrital de que eu então fazia parte,liderada por Fernando Reis,entendesse convidar o dr Tavares Moreira para encabeçar a lista de deputados por Braga.
Tínhamos a convicção, que se veio a revelar absolutamente acertada,de que uma figura com o seu gabarito,autoridade e prestigio podia potenciar um grande resultado eleitoral no distrito.
Assim foi.
O PSD ganhou as eleições no país e em Braga teve um grande resultado.
Elegeu nove deputados com um dos melhores resultados percentuais dessas eleições.
Tendo sido número dois dessa lista tive então oportunidade de conviver e conhecer muito melhor o dr Tavares Moreira com quem calcorreei todos os concelhos do distrito em inúmeras acções de campanha.
E nele descobri ,para além de confirmar todos as qualidades que se lhe reconhecem,duas caracteristicas mais ocultas.
Um enorme sentido de humor e um jeito inato para fazer campanhas.
Guardo dessa campanha muitas memórias interessantes.
Desde as inevitáveis "tareias" que aplicava a Elisa Ferreira nos debates (ela era cabeça de lista do PS por Braga)ao dia em que o vi,com toda a naturalidade, empoleirado num carro de bois a falar aos eleitores de uma freguesia de Fafe.
Ao contrário de outros ,que fizeram muito menos para o PSD chegar ao poder mas se exibiram muito mais, o dr Tavares Moreira não quis ir para o governo.
Onde podia ter escolhido a pasta ministerial que quisesse.
Disse-mo a mim, e a outros colegas de lista ,várias vezes durante a campanha que não estava interessado em ser ministro.
E cumpriu.
Pouco tempo depois de eleito deputado começou aquilo a que se pode chamar uma verdadeira cabala contra a sua honradez, o seu prestigio profissional, o seu direito a exercer uma profissão á qual muito dera ao longo de dezenas de anos.
Á profissão e ao país !
Foram seis anos de pesadelo e sacrifício.
Nos quais um homem honrado, sério, prestigiado e inocente das acusações de que era alvo teve de se defender de uma verdadeira campanha negra com origem no Banco de Portugal e ampla conivência de um semanário que muitos apontam como de referência.
O livro acima retratado conta muito melhor do que eu alguma vez o poderia fazer o que foram esses anos até á prova final de inocência.
De que muitos,entre os quais me incluo, não duvidaram nem um minuto.
O Dr Tavares Moreira está hoje livre de acusações e suspeitas.
Mas quem lhe poderá devolver seis anos de pesadelo, de angústia, de canseiras, de privação de uma profissão que ele adora exercer,das despesas que teve para provar a sua inocência ?
Pior.
Quem pode garantir que os responsáveis desta monstruosidade serão severamente punidos.
Infelizmente ninguém.
Como é igualmente legitimo pensar que se nada disto tivesse acontecido o dr Tavares Moreira podia ter dado ao PSD e ao país o inestimável contributo de um homem sério, competente e com prestigio acima das tricas partidárias.
Vale a pena ler este livro.
Porque além de exemplar em muitas áreas, da Justiça á liberdade de informação (exemplar no sentido do que essas áreas deviam ser e não são !),também nos esclarece sobre a verdadeira realidade do que é hoje o Banco de Portugal.
Tão em voga noutros assuntos que todos temos bem presentes.
Depois Falamos
sexta-feira, julho 10, 2009
As Listas (3)
Escrevi aqui dias atrás e reitero agora que a experiência de vida, e de politica,me tornaram cada vez mais institucional.
Acredito que o meu partido se tem estatutos e regulamentos para alguma coisa é e alguma utilidade hão-de ter.
Ou então corre o risco de deixar de ser um grande partido democrático,em que a opinião e o voto dos militantes servem para alguma coisa,e passa a ser uma correia de transmissão que tem numa ponta um qualquer senhor todo poderoso e na outra um cortejo de vassalos submissos,atentos,veneradores e obrigados.
Vem isto a propósito da ordem dada pela direcção nacional,ás distritais,para lhe serem enviados os nomes dos candidatos a deputados ordenados alfabeticamente.
Em boa verdade não é a primeira vez que tal acontece.
Mas isso não invalida o absurdo de que se reveste.
Para além de alguma falta de respeito por distritais e concelhias.
Candidatos por ordem alfabética ?
E então o mérito,o curriculum,a experiência, as especificidades locais não servem para nada ?
A avaliação pela respectiva distrital,para os recandidatos,do trabalho feito ao longo da legislatura não conta ?
A assiduidade no trabalho feito no circulo eleitoral,de que a concelhia deve ser primeira avaliadora, não tem importância para quem escolhe ?
As listas ordenadas por ordem alfabética são exibição,desnecessária e perigosa,de uma autoridade que se confunde com prepotência.
E abre caminho a um livre arbitrio inaceitável num partido como o PSD.
Porque não são meia dúzia de sábios instalados em Lisboa que conhece melhor o país do que as estruturas distritais e concelhias do PSD.
Mas são eles que com atitudes destas, a que infelizmente as distritais dão cobertura por razões óbvias, podem fazer a diferença entre uma vitória e uma derrota.
Eles não sabem.
Mas da motivação partido dependem ,e muito, os resultados eleitorais.
E não se motiva ninguém menorizando orgãos e ostracizando opiniões.
Depois Falamos
quinta-feira, julho 09, 2009
Férias Jornalisticas
Nos últimos meses,todas as quintas feiras, publicava aqui a crónica que escrevia para o Correio do Minho.
Mas com os campeonatos parados o C.M. entendeu,e bem,que também a rubrica "Pontas de Lança" tinha direito a umas semaninhas de justo descanso.
Daí que nas próximas semanas não teremos lá,e consequentemente aqui,os escritos habituais
Mas em boa verdade com o Vitória em Quiaios, o Cristiano Ronaldo em Madrid, o Benfica na Suíça, o Sporting a adquirir...sócios e o Porto a fazer os bons negócios habituais isto está muito monótono.
Vamos ver se lá para Agosto,com a bola a rolar a sério,voltamos á velha rotina.
Depois Falamos
quarta-feira, julho 08, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
No Olimpo ?
Tenho uma relação curiosa com o ténis.
Joguei meia dúzia de vezes,gostei imenso,mas não tenho encontrado a disponibilidade necessária a ser um praticante assiduo.
Assim,como em todas as outras modalidades sou um praticante de sofá ou bancada.
Foi na primeira dessas qualidades que na noite de domingo assisti á repetição da transmissão da final de Wimbledon entre Roger Federer e Andy Roddick.
Quatro horas e vinte minutos (!!!) de um ténis jogado ao nivel dos génios.
Pela classe,pela técnica,pela extraordinária disponibilidade física.
Ao vencer Federer,como podia ter vencido Roddick tal a incerteza até ao ultimo lance, entrou directamente para a galeria dos imortais da modalidade.
Sexta vitória em Wimbledon, décima quinta no grande Slam (de que se torna recordista),vitorioso em todos os torneios do referido Slam, para além de imensas outras vitórias tornam-no numa lenda viva da modalidade.
Ao nível do estatuto outrora alcançado por Bjorn Borg, John McEnroe,Artur Ashe ou Pete Sampras.
E é desses,dos "imortais", que se faz a lenda de um desporto.
Depois Falamos
segunda-feira, julho 06, 2009
Uma Babel Laranja ?
Com o passar dos anos torno-me,em termos politico partidários cada vez mais institucional.
Defendendo as competências próprias dos orgãos partidários e olhando com crescente desconfiança aqueles orgãos que nomeados,e não eleitos em congresso,tomam decisões mais importantes do que aqueles que tem uma legitimidade neles delegada pelos militantes.
Porque se um partido que tem regras e estatutos não os faz cumprir então para que servem ?
Refiro-me,especificamente,ás comissões autárquicas.
Não exclusivamente á actual mas a todas as que vem sendo "inventadas" nos últimos anos.
Desde,pelo menos, Marcelo Rebelo de Sousa.
Não discuto a necessidade de no âmbito das eleições autárquicas,já de si particularmente complexas,a CPN criar um grupo de trabalho especificamente vocacionado para acompanhar o processo eleitoral autárquico.
Presidido por um vice presidente da CPN,coordenado pelo secretário geral,composto por vogais da comissão política.
Tudo gente eleita com uma legitimidade própria.
Mas não.
A prática tem sido constituir essas comissões com pessoas da CPN (normalmente o SG) e depois nelas incluir outros militantes supostamente ilustres,supostamente especialistas em matéria autárquica.
Que tem como curiosa linha de conduta,ao longo dos anos (não me refiro,repito,especificamente á actual comissão autárquica...mas também!),onde existem conflitos na escolha de candidatos optarem sempre por dar razão aos amigos.
Seja aos amigos que propões candidatos seja aos amigos que são candidatos a candidatos.
Conheço variados exemplos.
E isso aborrece-me.
Porque aos eleitos ainda os militantes podem pedir responsabilidades.
Aos outros não.
E aborrece-me particularmente num partido que elege orgãos, nomeadamente o líder por eleição directa,continuarem a existir nichos de poder que escapam á vontade e ao controle dos militantes.
É.
Estou cada vez mais institucional...
Depois Falamos
domingo, julho 05, 2009
Simples Curiosidade
Três curtas observações finais sobre as eleiçoes do SLB.
Que terminaram com a habitual resultado tipo Ceausescu.
A primeira para realçar a grosseria com que Manuel Vilarinho,ainda presidente da assembleia geral, se pronunciou perante as câmaras de televisão.
Como se diz que o presidente da assembleia geral representa todos os adeptos,e ninguém se insurgiu,constato que todos os benfiquistas se reveêm naquela grosseria.
Segunda,pouco importante,para relevar a presença de Marques Mendes na comissão de honra de Luis Filipe Vieira.
Para quem anda pela politica a apregoar ética, e depois integra a referida comissão de quem deu uma "golpada" eleitoral ao arrepio de qualquer ética, não fica nada bem na foto.
Terceira,esta sim mais relevante,para mostar a minha surpresa pela presença silenciosa na referida comissão de honra do cidadão Rui Pereira.
Porque o cidadão Rui Pereira,que seguramente por acaso também é ministro da administração interna,não pode ficar em silêncio pelo que se passou nas eleições do SLB.
E vem dai a minha curiosidade:
Então o titular do MAI faz parte da comissão de honra de uma candidatura, vê o candidato da oposição ser obrigado a votar rodeado de policias e seguranças,e não diz nada ?
Achará normal ?
Estamos em Portugal ou na Sicilia ?
Depois Falamos
sexta-feira, julho 03, 2009
As Listas (2)
Sou, de há muito e cada vez mais, favorável á criação de circulos uninominais puros.
Ou seja os 230 deputados teriam de ser todos eleitos com a sua cara,o seu compromisso para com os eleitores, o seu programa de acção para defesa dos interesses de quem os elege.
Opções mistas, com circulos uninominais para uns e lista nacional para outros,é que me parecem totalmente de rejeitar.
Porque garantem os lugares aos mesmos de sempre e obrigam os outros a lutar por lugares em condições de desigualdade perante os privilegiados.
Os circulos uninominais tem ainda a vantagem adicional, e decisiva em termos de mérito, de quem quiser ser reeleito ter de mostrar serviço.
Mas estas eleições ainda não serão por esse sistema daí que a formação de listas tenha de obdecer a regras tradicionais e de há muito utilizadas.
Pessoalmente,não tendo nada a ver com a forma como as listas serão escolhidas,não deixo de pensar o seguinte:
Com a natural ressalva dos cabeças de lista,desde sempre prerrogativa da direcção nacional, parece-me que bem andara o partido se nos restantes lugares de cada lista estiver atento ás indicações das estruturas do partido.
Sem prescindir da anunciada intenção de proceder a profunda renovação do grupo parlamentar.
Mas considerando que é muito importante ter distritais e concelhias mobilizadas para o combate politico.
Por outro lado deve dar prioridade absoluta á inclusão nas listas de candidatos residentes nos respectivos distritos.
Integrados nas respectivas realidades,conhecidos dos eleitores,disponiveis para trabalharem assiduamente no seu circulo eleitoral.
Detentores de um percurso politico e civico coerente com os valores do partido !
Mas,simultâneamente, o PSD deve rejeitar ,como principio,a continuidade dos actuais deputados que:
Tenham já completado três mandatos consecutivos no parlamento.
A renovaçao passa por aí. Embora admita algumas excepções que deverão estar sempre ligadas a um mérito tão visivel quanto indiscutivel.
Porque não seria sensato dispensar de uma só vez os deputados mais experientes.
Deve rejeitar liminarmente a continuidade de deputados crónicamente faltosos ao plenário e ás comissões. Que revelam total desrespeito pelos seus eleitores,pelo parlamento e pelo partido.
Espero que a líder seja absolutamente inflexivel nessa matéria.
E que não se deixe influenciar por interesseiras assiduidades de ultima hora.
Finalmente não vejo que seja desejável a continuidade daqueles deputados que durante quatro anos se estiveram positivamente "marimbando" para o circulo pelo qual foram eleitos.
Não foram lá(ou só foram quando lhes interessava serem vistos por um dos lideres que o partido teve durante a legislatura),não desenvolveram trabalho politico,não se interessaram por pessoas e instituições.
Nem sequer pelas estruturas do partido.
Em suma, e sintetizando, a renovação deve passar prioritariamente pelos que tem mais anos de Parlamento (com as tais excepções ligadas ao mérito)e pelos que do parlamento só querem o ordenado,as ajudas de custo,e o cartão de deputado que lhes abre as portas para negócios privados.
É dificil fazer listas ?
É.
Mas se forem respeitados alguns critérios objectivos torna-se mais fácil.
Como reconhecer o mérito, o trabalho, a assiduidade ao parlamento e ao circulo eleitoral.
Depois Falamos
Ou seja os 230 deputados teriam de ser todos eleitos com a sua cara,o seu compromisso para com os eleitores, o seu programa de acção para defesa dos interesses de quem os elege.
Opções mistas, com circulos uninominais para uns e lista nacional para outros,é que me parecem totalmente de rejeitar.
Porque garantem os lugares aos mesmos de sempre e obrigam os outros a lutar por lugares em condições de desigualdade perante os privilegiados.
Os circulos uninominais tem ainda a vantagem adicional, e decisiva em termos de mérito, de quem quiser ser reeleito ter de mostrar serviço.
Mas estas eleições ainda não serão por esse sistema daí que a formação de listas tenha de obdecer a regras tradicionais e de há muito utilizadas.
Pessoalmente,não tendo nada a ver com a forma como as listas serão escolhidas,não deixo de pensar o seguinte:
Com a natural ressalva dos cabeças de lista,desde sempre prerrogativa da direcção nacional, parece-me que bem andara o partido se nos restantes lugares de cada lista estiver atento ás indicações das estruturas do partido.
Sem prescindir da anunciada intenção de proceder a profunda renovação do grupo parlamentar.
Mas considerando que é muito importante ter distritais e concelhias mobilizadas para o combate politico.
Por outro lado deve dar prioridade absoluta á inclusão nas listas de candidatos residentes nos respectivos distritos.
Integrados nas respectivas realidades,conhecidos dos eleitores,disponiveis para trabalharem assiduamente no seu circulo eleitoral.
Detentores de um percurso politico e civico coerente com os valores do partido !
Mas,simultâneamente, o PSD deve rejeitar ,como principio,a continuidade dos actuais deputados que:
Tenham já completado três mandatos consecutivos no parlamento.
A renovaçao passa por aí. Embora admita algumas excepções que deverão estar sempre ligadas a um mérito tão visivel quanto indiscutivel.
Porque não seria sensato dispensar de uma só vez os deputados mais experientes.
Deve rejeitar liminarmente a continuidade de deputados crónicamente faltosos ao plenário e ás comissões. Que revelam total desrespeito pelos seus eleitores,pelo parlamento e pelo partido.
Espero que a líder seja absolutamente inflexivel nessa matéria.
E que não se deixe influenciar por interesseiras assiduidades de ultima hora.
Finalmente não vejo que seja desejável a continuidade daqueles deputados que durante quatro anos se estiveram positivamente "marimbando" para o circulo pelo qual foram eleitos.
Não foram lá(ou só foram quando lhes interessava serem vistos por um dos lideres que o partido teve durante a legislatura),não desenvolveram trabalho politico,não se interessaram por pessoas e instituições.
Nem sequer pelas estruturas do partido.
Em suma, e sintetizando, a renovação deve passar prioritariamente pelos que tem mais anos de Parlamento (com as tais excepções ligadas ao mérito)e pelos que do parlamento só querem o ordenado,as ajudas de custo,e o cartão de deputado que lhes abre as portas para negócios privados.
É dificil fazer listas ?
É.
Mas se forem respeitados alguns critérios objectivos torna-se mais fácil.
Como reconhecer o mérito, o trabalho, a assiduidade ao parlamento e ao circulo eleitoral.
Depois Falamos
Vilarinho & Vieira SA
O que se passa literalmente hoje no Benfica atinge as raias do inacreditável !
E conta-se em poucas palavras:
A direcção actual do clube,ciente do total fracasso da sua politica desportiva,temendo que em Outubro (data estatutária) aparecesse uma alternativa forte que os apeasse do poder resolveu dar uma "golpada".
Na melhor tradição da "xico espertice" nacional.
Demitiram-se na totalidade os orgãos sociais e marcaram eleições a correr.
Parecia o "crime" perfeito.
Mas não foi.
Porque,ainda assim, apareceu outra lista.
E, coitados,esqueceram-se que os próprios estatutos do Benfica penalizavam atitudes dessas.
Claro que face á absoluta falta de isenção do presidente da assembleia geral,largamente conivente na golpada, a outra lista recorreu para os tribunais.
Que lhe deram razão e decretaram a não admissibilidade da lista de Vieira.
E não a suspensão das eleições como se tem ouvido dizer por alguns ilustres comentadores aflitos.
Daí que num estado de direito a questão é muito simples:
Há eleições,existiam duas listas mas uma não podia ser admitida,concorre a que está em ordem.
Num estado de direito Bruno Carvalho será hoje á noite presidente do Benfica.
Mas a dupla Vilarinho e Vieira, na melhor tradição de João Vale e Azevedo,quer lá saber da Lei,dos tribunais e do estado de direito.
Quer é o poder.
E daí, a par de discursos absolutamente lamentáveis da parte de um Vieira de cabeça perdida,resolveram contra a decisão do tribunal que as eleições de hoje serão disputadas por duas listas.
A legal e a pirata.
A mensagem que Vilarinho & Vieira passam,gravíssima pelo desrespeito e agravado por se tratar de um clube em que se revêem milhões de pessoas, é que o Benfica está acima da lei.
E que eles,mais alguns que os rodeiam, são os "donos " da instituição.
Nem que para isso seja necessário rasgar decisões dos tribunais.
"Coitado" de Vale e Azevedo tão criticado por rasgar "apenas" contratos.
O que está em jogo hoje é exactamente isso.
Saber se num estado de direito,como Portugal é, existem pessoas e clubes acima da Lei.
Não faço ideia como isto vai acabar.
Mas sei duas coisas:
Que a partir de hoje não haverá um português, minimamente sensato e equilibrado ,que não desate a rir quando ouvir Vieira a falar de verdade desportiva.
E que a justiça tem uma oportunidade exemplar,a vários títulos,de recuperar muita da credibilidade perdida nos últimos anos.
Depois Falamos
quinta-feira, julho 02, 2009
Repensar é Preciso
Foto: www.gloriasdopassado.pt.vu (Campo da Amorosa)
Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
Terminadas grande parte das competições oficiais de 2008/2009 e com a nova temporada já a dar os primeiros passos é difícil deixar de considerar que o final de época foi penoso a vários níveis.
Nomeadamente no capitulo disciplinar e de ordem pública.
Fui um dos muitos que teve dificuldade em aceitar as imagens que as televisões lhe metiam pela casa dentro quanto á final de juniores entre Sporting e Benfica.
Apedrejamentos, tiros para o ar, carros danificados, adultos e crianças a fugirem dos desacatos provocados por indivíduos que de há muito deviam estar proibidos de frequentar recintos desportivos.
E se estes incidentes, infelizmente cada vez mais vulgares entre nós, já são inadmissíveis em competições profissionais que dizer então quando se processam em jogos dos escalões de formação.
Em que parte dos assistentes é sempre constituída por familiares dos atletas e que se vêem expostos aos ímpetos animalescos de quem não sabe o que é o desporto, uma competição desportiva, as regras básicas de civismo e convivência entre pessoas.
Talvez seja tempo de os dirigentes dos clubes, em vez de se envolverem em infindáveis e fastidiosas querelas a propósito de tudo e de nada, se sentarem á mesa para tomarem decisões firmes sobre as formas de combaterem a violência no desporto.
Se alguns pensassem melhor em determinadas afirmações que produzem já seria uma boa ajuda.
Mas como infelizmente a estupidez e selvajaria das claques não se circunscreve ao futebol a propósito da final da taça de Portugal de andebol lá tivemos mais um episódio lamentável protagonizado pela claque do Porto.
Antes do jogo com o ABC alguns adeptos da claque “Superdragões” entenderam que a melhor forma de fazerem o “aquecimento” para o jogo era semear mais um rasto de vandalismo e destruição.
Vai daí, e supostamente respondendo a uns insultos de suposto adeptos do SLB, resolveram invadir uma pastelaria destruindo tudo que lhes aparecia pela frente.
E ainda tiveram o arrojo de justificarem a sua acção com as tais provocações de que terão sido alvo.
Como se os proprietários do estabelecimento tivessem alguma culpa, como se os restantes clientes presentes merecessem o incómodo e o susto porque passaram, como se vivêssemos numa sociedade sem lei e ordem.
Trata-se de uma claque useira e vezeira neste tipo de actuações.
Que ainda teve o atrevimento de publicar um livro a contar as malfeitorias que espalharam pelas áreas de serviço e estádios deste país.
Por isso me custa a entender como depois do que aconteceu em Lagoa ainda prestaram tranquilamente declarações aos jornalistas?
Não serem mais adequado terem-no feito a um magistrado?
Finalmente, em matéria de factos lamentáveis, a assembleia-geral do Vitória.
Num ambiente de grande crispação, sócios contra sócios, intolerância absoluta de um pequeno grupo contra a direcção e o presidente.
Independentemente das razões que existam (e eu acho que algumas existem de facto) para discordar de decisões e atitudes da direcção nada justifica aqueles tipos de comportamento.
Que envergonham o Vitória.
Entristecem a esmagadora maioria dos seus sócios que estando habituados debates intensos na assembleias-gerais não estão, nem querem estar, habituados aqueles climas de agressividade.
Mas que, pelos vistos, satisfazem indivíduos que não tem a educação, o civismo, e o mérito necessários a serem associados do Vitória.
Vão, pois, conturbados os tempos no desporto português.
Poderá ser fruto de factores externos ao desporto, como por exemplo as tensões que se vivem hoje na sociedade portuguesa devido á crise económica que traz as pessoas preocupadas e cheias de problemas, mas tem muito a ver também com a permissividade que os dirigentes dos clubes adoptaram perante estes tipos de comportamento de grupos marginais.
E por isso se os clubes nada fizerem para travar este crescendo de violência (e alguns nunca o farão dadas as ligações dos principais dirigentes a esses grupos) terá de ser o governo a intervir.
Com mão firme e tendo a coragem de tratar delinquentes como …delinquentes.
Sob pena de um dia ocorrer uma verdadeira desgraça!
BOLA CHEIA
ABC e Vitória
Academistas pela conquista de mais uma Taça de Portugal confirmando o seu estatuto de clube referência no andebol português.
Vitorianos com a presença já garantida nas meias-finais da Taça de Portugal de pólo aquático uma modalidade em expansão no nosso país.
BOLA VAZIA
Boavista e Amadora
Dois clubes históricos, detentores de Taças de Portugal, que parece caminharem aceleradamente para o abismo.
Exemplo para outros cujas gestões não auguram nada de melhor.
Nomeadamente no capitulo disciplinar e de ordem pública.
Fui um dos muitos que teve dificuldade em aceitar as imagens que as televisões lhe metiam pela casa dentro quanto á final de juniores entre Sporting e Benfica.
Apedrejamentos, tiros para o ar, carros danificados, adultos e crianças a fugirem dos desacatos provocados por indivíduos que de há muito deviam estar proibidos de frequentar recintos desportivos.
E se estes incidentes, infelizmente cada vez mais vulgares entre nós, já são inadmissíveis em competições profissionais que dizer então quando se processam em jogos dos escalões de formação.
Em que parte dos assistentes é sempre constituída por familiares dos atletas e que se vêem expostos aos ímpetos animalescos de quem não sabe o que é o desporto, uma competição desportiva, as regras básicas de civismo e convivência entre pessoas.
Talvez seja tempo de os dirigentes dos clubes, em vez de se envolverem em infindáveis e fastidiosas querelas a propósito de tudo e de nada, se sentarem á mesa para tomarem decisões firmes sobre as formas de combaterem a violência no desporto.
Se alguns pensassem melhor em determinadas afirmações que produzem já seria uma boa ajuda.
Mas como infelizmente a estupidez e selvajaria das claques não se circunscreve ao futebol a propósito da final da taça de Portugal de andebol lá tivemos mais um episódio lamentável protagonizado pela claque do Porto.
Antes do jogo com o ABC alguns adeptos da claque “Superdragões” entenderam que a melhor forma de fazerem o “aquecimento” para o jogo era semear mais um rasto de vandalismo e destruição.
Vai daí, e supostamente respondendo a uns insultos de suposto adeptos do SLB, resolveram invadir uma pastelaria destruindo tudo que lhes aparecia pela frente.
E ainda tiveram o arrojo de justificarem a sua acção com as tais provocações de que terão sido alvo.
Como se os proprietários do estabelecimento tivessem alguma culpa, como se os restantes clientes presentes merecessem o incómodo e o susto porque passaram, como se vivêssemos numa sociedade sem lei e ordem.
Trata-se de uma claque useira e vezeira neste tipo de actuações.
Que ainda teve o atrevimento de publicar um livro a contar as malfeitorias que espalharam pelas áreas de serviço e estádios deste país.
Por isso me custa a entender como depois do que aconteceu em Lagoa ainda prestaram tranquilamente declarações aos jornalistas?
Não serem mais adequado terem-no feito a um magistrado?
Finalmente, em matéria de factos lamentáveis, a assembleia-geral do Vitória.
Num ambiente de grande crispação, sócios contra sócios, intolerância absoluta de um pequeno grupo contra a direcção e o presidente.
Independentemente das razões que existam (e eu acho que algumas existem de facto) para discordar de decisões e atitudes da direcção nada justifica aqueles tipos de comportamento.
Que envergonham o Vitória.
Entristecem a esmagadora maioria dos seus sócios que estando habituados debates intensos na assembleias-gerais não estão, nem querem estar, habituados aqueles climas de agressividade.
Mas que, pelos vistos, satisfazem indivíduos que não tem a educação, o civismo, e o mérito necessários a serem associados do Vitória.
Vão, pois, conturbados os tempos no desporto português.
Poderá ser fruto de factores externos ao desporto, como por exemplo as tensões que se vivem hoje na sociedade portuguesa devido á crise económica que traz as pessoas preocupadas e cheias de problemas, mas tem muito a ver também com a permissividade que os dirigentes dos clubes adoptaram perante estes tipos de comportamento de grupos marginais.
E por isso se os clubes nada fizerem para travar este crescendo de violência (e alguns nunca o farão dadas as ligações dos principais dirigentes a esses grupos) terá de ser o governo a intervir.
Com mão firme e tendo a coragem de tratar delinquentes como …delinquentes.
Sob pena de um dia ocorrer uma verdadeira desgraça!
BOLA CHEIA
ABC e Vitória
Academistas pela conquista de mais uma Taça de Portugal confirmando o seu estatuto de clube referência no andebol português.
Vitorianos com a presença já garantida nas meias-finais da Taça de Portugal de pólo aquático uma modalidade em expansão no nosso país.
BOLA VAZIA
Boavista e Amadora
Dois clubes históricos, detentores de Taças de Portugal, que parece caminharem aceleradamente para o abismo.
Exemplo para outros cujas gestões não auguram nada de melhor.
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