Publiquei,hoje,no Correio do Minho este artigo:
Com o jogo da selecção nacional na Albânia terminou oficialmente a época futebolística de 2008/2009.
Terminou nos relvados, é claro, porque na secretaria promete continuar por mais uns tempos com os infindáveis processos jurisdicionais respeitantes a épocas há muito terminadas.
E um pouco ao arrepio do resto do texto não posso deixar de manifestar a minha perplexidade por este estranho facto:
As grandes polémicas na arbitragem são sempre em volta dos jogos de Porto, Benfica e Sporting.
Televisões, comentadores, jornais é um nunca mais acabar de discutir as arbitragens, semana após semana, com base nos “gravíssimos” erros dos árbitros.
Mas depois quem desce por corrupção é o Vizela, o Gondomar e afins.
Qualquer coisa não bate certo.
Adiante…
Voltando á selecção, agora que vai ter dois meses de pausa antes dos jogos decisivos com Hungria e Dinamarca, apetece perguntar como é possível nesta fase estar com o apuramento tão tremido.
Porque o grupo não ganha certamente e o segundo lugar, mesmo que lá chegue, impõe um play off que estará muito longe de poder ser visto como “favas contadas”.
Se a isto acrescentarmos uma equipa que nesta fase de apuramento ainda não produziu uma única exibição na linha daquelas a que nos habituara nos últimos anos as razões de preocupação são cada vez maiores.
Creio que as razões para tudo isto são, do meu ponto de vista, relativamente fáceis de explicar.
Bem mais difíceis de resolver!
Em primeiro lugar, e essencial, a qualidade dos jogadores seleccionáveis baixou de forma clara.
Porque embora se mantenham Ronaldo, Deco, Ricardo Carvalho, etc. a verdade é que faltam lá outros.
Desde logo Figo.
O melhor jogador português desde Eusébio e que durante tantos anos deu á selecção um talento e uma qualidade exibicionais que ainda não foram devidamente substituídos.
Mas também Rui Costa, outro talento de excepção, e Pauleta o melhor marcador de sempre da equipa de todos nós.
E esses três jogadores fazem uma diferença monumental.
Mas há outros:
Maniche que foi durante anos um jogador de altíssimo rendimento, com a especialíssima qualidade de ser um especialista em fases finais, Jorge Andrade cujas lesões o afastaram prematuramente do núcleo duro e Vítor Baia que o Sr. Scolari estupidamente afastou da selecção no ano em que foi considerado o melhor guarda redes europeu!
Ainda hoje considero que com Baia teríamos ganho o Euro 2004.
A ausência desses jogadores, a que com justiça se pode juntar Fernando Couto, privou a selecção de qualidade futebolística mas também de dois outros factores essenciais:
Liderança dentro do campo e hábito de ganhar.
Couto, Figo, Baia, Rui Costa eram jogadores que no terreno de jogo e no balneário tinham claro ascendente sobre os colegas e funcionavam como verdadeiros porta vozes do treinador no decorrer dos jogos.
Hoje ninguém faz isso na actual selecção.
Por outro lado a chamada “geração de ouro” transportava consigo o hábito de ganhar na selecção. Desde os escalões jovens.
Hoje cada vez ganhamos menos nas competições internacionais de selecções e isso priva os jogadores desse saudável hábito.
Finalmente a mudança de treinador ainda não foi totalmente assimilada pelos jogadores e adeptos.
Para mim, que nunca fui um entusiasta de Scolari, era evidente que o treinador brasileiro tinha pelo menos dois méritos:
Criava grupos de trabalho muito coesos (quantas vezes á custa de convocatórias incompreensíveis…) e uniu os portugueses á volta da selecção.
Para além disso tinha sorte.
Muita sorte.
Queiroz ainda não acertou no seu “núcleo” duro e é olhado com muita desconfiança pelos adeptos. Para além de ser um azarento.
Aquilo a que na gíria se chama um “pé frio”.
Quem viu o Portugal-Dinamarca em Alvalade, por exemplo, sabe do que estou a falar.
Tudo isto, somado, leva-nos a agarrar na calculadora com desespero.
Sendo minha convicção, infelizmente, que não vamos conseguir estar no Mundial de 2010.
Oxalá esteja enganado.
BOLA CHEIA
Vitória
É uma modalidade menos conhecida, que se disputa quase em circuito fechado, mas que dá títulos.
E o Vitória acaba de se sagrar bi campeão nacional de kickboxing.
A juntar a títulos europeus e mundiais de alguns atletas seus.
E assim, serenamente mas com muito mérito, o clube vai construindo um palmarés eclético que honra os seus adeptos e dirigentes.
BOLA VAZIA
Benfica:
Independentemente de simpatia ou antipatia pelo clube todos reconhecemos que o Benfica é uma grande instituição desportiva deste país no qual se revêem milhões de portugueses.
Por isso é de lamentar o triste exemplo dado pelos seus dirigentes com esta antecipação de eleições.
Porque o que lhe está subjacente não é a afirmação de um projecto mas apenas o manter o poder a qualquer preço.
E quando o adversário temido é o “Dragão de Ouro” José Veiga percebe-se até que ponto chegou o desnorte!
Terminou nos relvados, é claro, porque na secretaria promete continuar por mais uns tempos com os infindáveis processos jurisdicionais respeitantes a épocas há muito terminadas.
E um pouco ao arrepio do resto do texto não posso deixar de manifestar a minha perplexidade por este estranho facto:
As grandes polémicas na arbitragem são sempre em volta dos jogos de Porto, Benfica e Sporting.
Televisões, comentadores, jornais é um nunca mais acabar de discutir as arbitragens, semana após semana, com base nos “gravíssimos” erros dos árbitros.
Mas depois quem desce por corrupção é o Vizela, o Gondomar e afins.
Qualquer coisa não bate certo.
Adiante…
Voltando á selecção, agora que vai ter dois meses de pausa antes dos jogos decisivos com Hungria e Dinamarca, apetece perguntar como é possível nesta fase estar com o apuramento tão tremido.
Porque o grupo não ganha certamente e o segundo lugar, mesmo que lá chegue, impõe um play off que estará muito longe de poder ser visto como “favas contadas”.
Se a isto acrescentarmos uma equipa que nesta fase de apuramento ainda não produziu uma única exibição na linha daquelas a que nos habituara nos últimos anos as razões de preocupação são cada vez maiores.
Creio que as razões para tudo isto são, do meu ponto de vista, relativamente fáceis de explicar.
Bem mais difíceis de resolver!
Em primeiro lugar, e essencial, a qualidade dos jogadores seleccionáveis baixou de forma clara.
Porque embora se mantenham Ronaldo, Deco, Ricardo Carvalho, etc. a verdade é que faltam lá outros.
Desde logo Figo.
O melhor jogador português desde Eusébio e que durante tantos anos deu á selecção um talento e uma qualidade exibicionais que ainda não foram devidamente substituídos.
Mas também Rui Costa, outro talento de excepção, e Pauleta o melhor marcador de sempre da equipa de todos nós.
E esses três jogadores fazem uma diferença monumental.
Mas há outros:
Maniche que foi durante anos um jogador de altíssimo rendimento, com a especialíssima qualidade de ser um especialista em fases finais, Jorge Andrade cujas lesões o afastaram prematuramente do núcleo duro e Vítor Baia que o Sr. Scolari estupidamente afastou da selecção no ano em que foi considerado o melhor guarda redes europeu!
Ainda hoje considero que com Baia teríamos ganho o Euro 2004.
A ausência desses jogadores, a que com justiça se pode juntar Fernando Couto, privou a selecção de qualidade futebolística mas também de dois outros factores essenciais:
Liderança dentro do campo e hábito de ganhar.
Couto, Figo, Baia, Rui Costa eram jogadores que no terreno de jogo e no balneário tinham claro ascendente sobre os colegas e funcionavam como verdadeiros porta vozes do treinador no decorrer dos jogos.
Hoje ninguém faz isso na actual selecção.
Por outro lado a chamada “geração de ouro” transportava consigo o hábito de ganhar na selecção. Desde os escalões jovens.
Hoje cada vez ganhamos menos nas competições internacionais de selecções e isso priva os jogadores desse saudável hábito.
Finalmente a mudança de treinador ainda não foi totalmente assimilada pelos jogadores e adeptos.
Para mim, que nunca fui um entusiasta de Scolari, era evidente que o treinador brasileiro tinha pelo menos dois méritos:
Criava grupos de trabalho muito coesos (quantas vezes á custa de convocatórias incompreensíveis…) e uniu os portugueses á volta da selecção.
Para além disso tinha sorte.
Muita sorte.
Queiroz ainda não acertou no seu “núcleo” duro e é olhado com muita desconfiança pelos adeptos. Para além de ser um azarento.
Aquilo a que na gíria se chama um “pé frio”.
Quem viu o Portugal-Dinamarca em Alvalade, por exemplo, sabe do que estou a falar.
Tudo isto, somado, leva-nos a agarrar na calculadora com desespero.
Sendo minha convicção, infelizmente, que não vamos conseguir estar no Mundial de 2010.
Oxalá esteja enganado.
BOLA CHEIA
Vitória
É uma modalidade menos conhecida, que se disputa quase em circuito fechado, mas que dá títulos.
E o Vitória acaba de se sagrar bi campeão nacional de kickboxing.
A juntar a títulos europeus e mundiais de alguns atletas seus.
E assim, serenamente mas com muito mérito, o clube vai construindo um palmarés eclético que honra os seus adeptos e dirigentes.
BOLA VAZIA
Benfica:
Independentemente de simpatia ou antipatia pelo clube todos reconhecemos que o Benfica é uma grande instituição desportiva deste país no qual se revêem milhões de portugueses.
Por isso é de lamentar o triste exemplo dado pelos seus dirigentes com esta antecipação de eleições.
Porque o que lhe está subjacente não é a afirmação de um projecto mas apenas o manter o poder a qualquer preço.
E quando o adversário temido é o “Dragão de Ouro” José Veiga percebe-se até que ponto chegou o desnorte!
8 comentários:
Cirilo, em relação à selecção não podemos ter memória curta. A ultima qualificação para o campeonato da Europa já foi complicada, com maus resultados, nomeadamente contra os nosso adversários directos (nunca ganhamos aos 4 primeiros do extenso grupo de qualificação de 9 equipas) e vitórias miseraveis com pessímas exibições contra alguns pequenos - a diferença para esta qualificação é que ao menos ganhamos a esses e agora andamos a empatar...
E o próprio Europeu foi o que se sabe, com uma qualificação da fase de grupos tremida e queda ao primeiro embate a eliminar.
De facto o problema reside no fim da "geração de ouro" e na transição, sempre complicada, para uma nova selecção. Mas julgo que ele está a fazer um trabalho a médio prazo, procurando soluções e alternativas, não fechando ainda o núcleo principal e, acima de tudo, analisando jovens que são constantemente preteridos em Portugal por estrangeiros duvidosos e que só no estrangeiro encontram espaço para crescer e se afirmarem, como o teu conhecido Duda, o Eliseu e outros.
Se quisermos ser pacientes e aceitar que a qualificação é um bonus mas o essencial é construir um grupo para 2012, é uma coisa. Quem não quiser pensar assim, estará já a pensar à Benfica, isto é, o melhor é encontrar outro salvador que do banco faça o milagre...
Ah! E boa parte da culpa é desse treinador a treinar agora no futebol de top do Uzbequistão que em 6 anos de trabalho apenas soube aproveitar o melhor que o Mourinho fez e quase não lançou jogadores novos de selecção - Bosingwa é um dos poucos - e isso agora reflecte-se no futebol praticado.
Por muito merito k tenha queiros nao e o homem certo quantas vezes criticamos os treinadores por mexerem muito nas equipas o scolari fez da selecao como de um plantel se tratasse e os resultados por muito k doia foram exelentes!Homer lopes
Foi tão mau o jogo, que a dada altura (não fosse a cor berrante das camisolas da Selecção) pensei que se tratava de um jogo do Vitória versão 08/09.
Só faltou o Carlos Queiroz, no final do jogo dizer que a Selecção está a jogar cada vez melhor...
(Ao estilo de Cajuda).
Caro Nuno:
Tens evidentemente razão.
A degradação de qualidade competitiva já vem de 2006 com essa penosa fase de apuramento para o Euro 2008.
Porque,em boa verdade,Scolari teve condições excepcionais que dificilmente se repetirão.
Encontrou uma grande equipa,recheada de talentos excepcionais em fase de grande maturidade,para jogar em casa a sua primeira competição.
E ainda assim começou logo a complicar com a exclusão de Vitor Baia.
Que nunca compreendi nem aceitarei.
Depois teve mérito em algumas coisas,é inegável,mas conseguiu a "proeza" de em três jogos em casa com a Grécia (dois no Euro e um na inauguração do estádio de Aveiro)não ganhar nenhum.
E não fora o grande Porto de José Mourinho,que foi a base dessa equipa de 2004,e não sei se teriamos ido tão longe.
Por isso não tive pena nenhuma quando saiu.
Tal como achei Queiroz uma boa opção.
Os resultados é que não estão a ajudar e o treinador já me parece um bocado perdido.
Vamos ter fé que ainda seja possivel.
Porque já não tendo a grande equipa de 2004 ainda temos selecção para fazer um bom Mundial.
Caro Anónimo:
Os bons resultados nunca doem.
E não sendo um entusiasta de Scolari reconheço-lhe alguns méritos.
Mas na linha do que escreve o Nuno Leal a verdade é que ele limitou-se a aproveitar os talentos evidentes e nada fez para refrescar a selecção.
Caro Jotafundador:
É,foi dentro disso.
Um jogo tipo solteiros contra casados.
Mas olhe que Queiroz no fim fez memso uma declaração "Cajudiana" dizendo que a atitude foi brilhante !!!
Só se foi a do Beto que se fartou de defender.
Campeonato nacional
É bem verdade que os campeonatos acabaram, mas na secretaria trataram de levantar mais uma polémica, não podia deixar de ser, é preciso haver este tipo de situações para que haja o que escrever e falar, estamos condenados a não haver sossego no futebol Português!
Selecção
Até que enfim! Meu DEUS, não me lembro da selecção jogar tão mal como têm jogado ao comando do Carlos Queiroz? Todo o trabalho que foi realizado pelo Scolari, foi tudo por água abaixo, passamos a ter uma selecção c/ jogadores promessa que infelizmente os resultados estão bem a vista, o apuramento está dificil, muito dificil.
Vitoria kickboxing
Já escrevi algumas vezes sobre esta secção do VSC, estes atletas merecem uma maior atenção por parte do clube, por tudo aquilo que têm feito levando bem alto o nome do VSC. Envio novamente os meus sinceros parabéns, obrigado guerreiros...
Caro Diogo:
O futebol português não tem qualquer credibilidade.
Por isso a sporttv tem cada vez mais assinantes...
Por mim vejo os jogos do Vitória e da selecção.
De resto não perco um minuto.
Quanto á selecção creio que está numa fase de transição de um tempo de excepcionais jogadores com alguma fartura para um tempo de "vacas" mais magras.
Que aliás se pressentia nos ultimos tempos de Scolari.
Apuramo-nos para o Euro 2008 sem qualquer brilho (mas apuramos é verdade) e fizemos uma fase final deplorável.
Quanto ao kick boxing vitorianos creio que todos temos razões para estar gratos a essa geração de excelentes atletas.
Porque a grandeza de um clube também se faz com titulos individuais e colectivos e eles não se tem feito rogados.
talvez falte mesmo Scolari
Caro Anónimo:
Não me parece.
Acho que faltam é Figo,Rui Costa, Pauleta, Maniche,etc.
Mas para isso não há remédio
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