Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho.
E lá acabou a Liga Sagres na sua versão 2008/2009!
Com o campeão do costume, com o vice campeão habitual nos últimos anos, com o terceiro classificado da ordem.
Nada de novo pois.
Foi um campeonato normalmente mal jogado, pessimamente arbitrado, cheio de polémicas estéreis em volta das incidências do jogo propriamente ditas.
Terminou com o apuramento europeu de Nacional e Braga pela classificação no campeonato e do Paços de Ferreira que vai jogar a final da Taça com o campeão e as descidas do histórico Belenenses e do neófito Trofense que mal teve tempo de saborear o gosto da I Liga.
Claro que na boa tradição portuguesa, de jogar mais fora das quatro linhas do que dentro, a história provavelmente não acabará por aqui e os conselhos jurisdicionais ainda serão chamados a intervir.
Porque clubes como o Amadora, Setúbal e Leixões (especialmente o primeiro) poderão ter muitas dificuldades em cumprir os pressupostos regulamentares de inscrição no próximo campeonato dadas as suas dificuldades financeiras.
E aí lá estará, uma vez mais, o Belenenses a tentar obter na secretaria o que não conseguiu no terreno de jogo.
Destaques positivos da época agora terminada:
O titulo, merecido, do Porto que foi claramente melhor que a concorrência pese embora ter um dos planteis mais fracos dos últimos anos.
Só que com aqueles adversários…
A boa temporada de Leixões e Académica que com equipas sem grandes nomes, e muito espremidas na fase final da época, fizeram excelentes campeonatos e ainda espreitaram a Europa.
A capacidade goleadora do excelente Nacional que terminou a época com o terceiro melhor ataque.
Quanto a jogadores o maior destaque irá para Néné, melhor marcador do campeonato, autor de 20 golos ao serviço do Nacional da Madeira o que é sempre assinalável.
Mas também Hulk, Bruno Alves, Beto, Alan, Nuno Assis, Bruno China e Eduardo, entre outros, fizeram campeonatos de muito bom nível.
Pela negativa:
Desde logo o flagelo dos ordenados e atraso.
É absolutamente inaceitável que um clube chegue ao fim do campeonato sem ter pago um mês que fosse de salários aos seus profissionais.
Porque prefigura uma situação de concorrência completamente desleal.
E esses clubes, não apenas o Amadora, tiveram participação directa nas grandes decisões do campeonato.
Depois mais uma época de equívocos do Benfica.
Nas expectativas, nos reforços, na liderança do clube e do futebol.
O “romance” Quique fica não fica é apenas o capítulo final de uma época triste.
Ao menos que tenha servido de lição.
Épocas também abaixo do esperado de Vitória e Braga.
Vitória a assinar uma prestação absolutamente decepcionante e Braga a deixar a clara sensação de que tinha equipa para mais e melhor.
A arbitragem teve também ela uma época fraquíssima, aliás confirmando a queda livre dos últimos anos, desde os erros dos árbitros ás patetices do seu presidente deixando os adeptos cada vez menos confiantes nos “apitadores” do nosso futebol.
E agora, no meio da girândola de contratações que os jornais desportivos vão anunciando (hoje “A Bola” dá a capa toda e três páginas interiores a um brasileiro semi desconhecido e que ainda não deu um pontapé na bola em relvados lusos!), e enquanto não começa a próxima temporada vamos seguramente ter “festa” quanto á inscrição de alguns clubes nas Ligas profissionais.
Aguardemos com serena resignação!
BOLA CHEIA
Pedro Mendes
Não tem o mediatismo de outros emigrantes do nosso futebol nem o lugar cativo na selecção que determinados jogos de poder garantem.
Mas tem construído uma bela carreira agora enriquecida com o título de campeão da Escócia.
E pode estar á beira de se transferir para Itália.
BOLA VAZIA
Belenenses e Boavista:
Dois dos cinco campeões nacionais da I Liga desceram de divisão.
O Belenenses á II Liga e o Boavista á II B.
Se para o primeiro ainda existem esperanças várias para o segundo parece ser o caminho irreversível para o abismo.
Um clube que há meia dúzia de anos jogava na “Champions”
Com o campeão do costume, com o vice campeão habitual nos últimos anos, com o terceiro classificado da ordem.
Nada de novo pois.
Foi um campeonato normalmente mal jogado, pessimamente arbitrado, cheio de polémicas estéreis em volta das incidências do jogo propriamente ditas.
Terminou com o apuramento europeu de Nacional e Braga pela classificação no campeonato e do Paços de Ferreira que vai jogar a final da Taça com o campeão e as descidas do histórico Belenenses e do neófito Trofense que mal teve tempo de saborear o gosto da I Liga.
Claro que na boa tradição portuguesa, de jogar mais fora das quatro linhas do que dentro, a história provavelmente não acabará por aqui e os conselhos jurisdicionais ainda serão chamados a intervir.
Porque clubes como o Amadora, Setúbal e Leixões (especialmente o primeiro) poderão ter muitas dificuldades em cumprir os pressupostos regulamentares de inscrição no próximo campeonato dadas as suas dificuldades financeiras.
E aí lá estará, uma vez mais, o Belenenses a tentar obter na secretaria o que não conseguiu no terreno de jogo.
Destaques positivos da época agora terminada:
O titulo, merecido, do Porto que foi claramente melhor que a concorrência pese embora ter um dos planteis mais fracos dos últimos anos.
Só que com aqueles adversários…
A boa temporada de Leixões e Académica que com equipas sem grandes nomes, e muito espremidas na fase final da época, fizeram excelentes campeonatos e ainda espreitaram a Europa.
A capacidade goleadora do excelente Nacional que terminou a época com o terceiro melhor ataque.
Quanto a jogadores o maior destaque irá para Néné, melhor marcador do campeonato, autor de 20 golos ao serviço do Nacional da Madeira o que é sempre assinalável.
Mas também Hulk, Bruno Alves, Beto, Alan, Nuno Assis, Bruno China e Eduardo, entre outros, fizeram campeonatos de muito bom nível.
Pela negativa:
Desde logo o flagelo dos ordenados e atraso.
É absolutamente inaceitável que um clube chegue ao fim do campeonato sem ter pago um mês que fosse de salários aos seus profissionais.
Porque prefigura uma situação de concorrência completamente desleal.
E esses clubes, não apenas o Amadora, tiveram participação directa nas grandes decisões do campeonato.
Depois mais uma época de equívocos do Benfica.
Nas expectativas, nos reforços, na liderança do clube e do futebol.
O “romance” Quique fica não fica é apenas o capítulo final de uma época triste.
Ao menos que tenha servido de lição.
Épocas também abaixo do esperado de Vitória e Braga.
Vitória a assinar uma prestação absolutamente decepcionante e Braga a deixar a clara sensação de que tinha equipa para mais e melhor.
A arbitragem teve também ela uma época fraquíssima, aliás confirmando a queda livre dos últimos anos, desde os erros dos árbitros ás patetices do seu presidente deixando os adeptos cada vez menos confiantes nos “apitadores” do nosso futebol.
E agora, no meio da girândola de contratações que os jornais desportivos vão anunciando (hoje “A Bola” dá a capa toda e três páginas interiores a um brasileiro semi desconhecido e que ainda não deu um pontapé na bola em relvados lusos!), e enquanto não começa a próxima temporada vamos seguramente ter “festa” quanto á inscrição de alguns clubes nas Ligas profissionais.
Aguardemos com serena resignação!
BOLA CHEIA
Pedro Mendes
Não tem o mediatismo de outros emigrantes do nosso futebol nem o lugar cativo na selecção que determinados jogos de poder garantem.
Mas tem construído uma bela carreira agora enriquecida com o título de campeão da Escócia.
E pode estar á beira de se transferir para Itália.
BOLA VAZIA
Belenenses e Boavista:
Dois dos cinco campeões nacionais da I Liga desceram de divisão.
O Belenenses á II Liga e o Boavista á II B.
Se para o primeiro ainda existem esperanças várias para o segundo parece ser o caminho irreversível para o abismo.
Um clube que há meia dúzia de anos jogava na “Champions”
4 comentários:
Foi mais um campeonato vergonhoso com os arbitros favorecerem andrades e lampiões de formas ostensiva.
O Vitória fez um campeonato péssimo embora a equipa fosse melhor do que pareceu.as lesoes de Douglas e Sereno complicaram tudo.
Espero que Milo contrate bons reforços e se veja livre do Cajuda que já está a mais há muito tempo.
Quanto ao boavista espero que vá para os distritais ou acabe.
e os adeptos que agradeçam aos patifes dos Loureiro. pai e filho.
Caro Luis faça como eu. veja os campeonatos de espanha,inglaterra e itália.especialmente os 2 primeiros.
porque o futebol português é um nojo,uma antro de corruptos e de mentirosos.
tenho apreciado os seus artigos no correio do minho e a denuncia que faz da protecção dada aos grandes.
é pena não aparecerem mais vozes como a sua a insurgirem-se contra este estado de coisas.
de preferência nas televisões que são uma coutada dos grandes.
Caro marco rebelo
...e porque o nosso futebol é um nojo,não quer dizer que nos dediquemos ao futebol espanhol ou inglês.
Devemos,isso sim,é irmos lutando pelo objectivo de um dia,no futuro,o nosso futebol não continuar a ser um nojo.
Quanto ao resto,concordo completamente com a falta de vozes como a de Luis Cirilo.
Ou então...
Que a voz de Luis Cirilo devia ser mais "forte".
Mais audível.
Caro Anónimo:
Espero que o Vitória na próxima época tenha uma equipa/plantel condizente com a sua História e as suas ambições.
Acredito que a direcção esteja a trabalhar para isso.
Quanto ao Boavista...foi bem ido !
Não tenho pena nenhuma.
Caro Marco:
Acredite que já vejo mais futebol espanhol e inglês do que esta pobreza que é o nosso.
Quanto ao resto faço o que posso...onde posso.
Caro Jose Alves:
claro que nos devemos esforçar para que o nosso futebol seja melhor.
Mas para isso,não é demagogia,é necessário um Vitória muito mais forte.
Que quebre estas lógicas do sistema,da liga,da sporttv,da fpf,dos jornais desportivos,das televisões e das empresas publicas.
Porque esse Vitória seria um exemplo para mais clubes se revoltarem contra esta podridão.
Eu,por mim,ajudo com todo o gosto
Enviar um comentário