Forte com os fracos e fraco com os fortes.
É uma velha máxima que define na perfeição a postura politica de José Sócrates.
E que se estende ao seu conceito de debate democrático e de postura perante a comunicação social.
Neste ultimo caso, e a entrevista á SIC foi perfeitamente esclarecedora,Sócrates quando entrevistado por jornalistas cuja carreira depende do governo (leia-se RTP,RDP,etc) brilha a grande altura.
Porque o tratam com reverência,não lhe fazem perguntas chatas, o tratam como um empregado trata o patrão.
Com um olho no que estão a fazer e o outro na estabilidade do emprego.
Quando encontra jornalistas que não dependem dele faz a figurinha que se viu.
Atrapalha-se,treme nas respostas,tenta refugiar-se na arrogância.
No debate democrático é a mesma coisa.
No Parlamento, onde apesar das regras do jogo terem sido "democratizadas" ainda são naturalmente favoráveis a quem tem a maioria,o primeiro ministro gosta de mostrar um ar de democrata, de respeito pela instituição que é o debate parlamentar,de gosto por discutir politicas.
Mas quando desafiado, como muito bem fez ontem Manuela Ferreira Leite,para discutir o verdadeiro estado do país foge a sete pés.
Escondendo-se atrás de desculpas e pretextos.
E mandando o clone Silva Pereira justificar o injustificável.
Papel a que,em boa verdade,só o clone se prestaria.
Porque o que está em causa não é o facto de MFL ser ou não deputada.
Há mais país para além do Parlamento.
Porque se assim não fosse Sócrates também não andaria a desmultiplicar-se em entrevistas televisivas.
O que está em causa é o direito de os portugueses assistirem a um confronto de ideias entre primeiro ministro e a líder do maior partido da oposição em condições de perfeita igualdade.
Como acontece noutros países europeus em que se leva a democracia mais a sério.
Penso que nesta questão a líder do PSD esteve francamente bem.
Porque com a crise económica e as perspectivas aterradoras para 2009 fazia todo o sentido um debate desses.
E o que fica para a história é que Manuela Ferreira Leite quis debater,perante os portugueses,com José Sócrates e este fugiu.
Teve medo.
Provavelmente porque tem consciência da forma como tem governado e do estado em que está Portugal.
Depois Falamos
10 comentários:
O pinóquio qualquer dia até terá medo da própria sombra. Foge da Manuela como o diabo da cruz, para não ter de ser confrontado com as mentiras que anda a repetir por esse país fora. Este homem é execrável. Esperamos que Cavaco o ponha em sentido, que é o que precisa. E sobretudo que não o deixe fugir antes do tempo, como ele parece desejar...
Ficava melhor o MERDOSO
Exactamente.
Um abraço e um bom ano!
Pedir um debate com o primeiro-ministro é um velho truque usado pelos líderes da oposição que se encontram desesperados, só que desta vez Manuela Ferreira Leite deve estar mesmo preocupada com o seu futuro pois este tipo de patranha costuma ser usada mais em cima das eleições. É óbvio que a líder do PSD sabia que não haveria debate, quando o propôs já tinha preparado o discurso seguinte. Mas errou ao criticar Sócrates por não debater com a oposições, nem ela é a oposição nem a televisão substitui o debate no parlamento, onde os seus deputados se baldam às votações mais importantes.
***************************************“Em alguns momentos da entrevista que deu à SIC na segunda-feira José Sócrates podia ter-se levantado da cadeira e abandonado os estúdios que ninguém lhe levaria a mal. Ou melhor: haveria sempre quem o recriminasse nos jornais por mau feitio ou arrogância, mas o comum dos telespectadores compreenderia perfeitamente. Um primeiro-ministro, pelo facto de o ser, não perde o célebre direito à indignação que assiste a qualquer cidadão, como explicou Mário Soares em devido tempo, a propósito de questões igualmente sérias. E a verdade é que Sócrates, com a sua fama de 'animal feroz', deu provas, afinal, de uma grande contenção perante as repetidas exibições de agressividade, raiando por vezes a má educação, com que um dos entrevistadores entendeu brindá-lo e a todos os telespectadores.
Caro Anónimo:
Quem tem de o pôr em sentido são os portugueses.
Cavaco só pode dar uma ajudinha.
Caro António:
~Um bom ano também para si.
E para o seu Sporting.
Caro Pedro:
Nas democracias saudáveis existem debates regulares entre o prrimeiro ministro e o lider da oposição.
O problema em Portugal é que os lideres da oposição,enquanto tais,desafiam os p.m. para debates em nome da democracia.
Mas quando chegam a p.m. esquecem-se logo da necessidade e urgência dos tais debates.
Tem razão quanto á assiduidade de alguns deputados do PSD mas,em bom rigor,também não são esses que debatem com o primeiro ministro como sabe.
Quanto á entrevista,sendo agressiva para além do normal,não me parece que tenha ultrapassado os limites do aceitável. O problema é que estamos todos habituados a assistir a sua excelência ser entrevistado por jornalistas mais "macios" e contemporizadores
Manuela Ferreira Leite desafiou José Sócrates para um debate público a dois, com o objectivo de discutir a crise económica e encontrar as melhores soluções para a superar. Isto, depois de o Banco Portugal anunciar que houve recessão técnica na segunda metade de 2008 e que vai ser de 0,8% em 2009.
Em resposta, o Ministro da Informação, Mohammed Saeed Al-Sahhaf... perdão... O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, recusou a realização desse frente-a-frente dizendo que as explicações e debates são feitos na Assembleia da República quinzenalmente.
Com um tom jocoso e de mau gosto, Santos Silva disse ainda que o governo não tem culpa que Ferreira Leite não seja deputada do PSD. Ora, se é na AR que o debate deve ser feito e as explicações devem ser dadas, porque é que José Sócrates pediu (urgentemente) uma entrevista á SIC nesta semana?
em Mudar Portugal?
O mestre escola é insuportável.A importância nula do poder.
Se os debates são feitos no Parlamento, porque não responde o Pinto ás perguntas que lhe fazem?
Se fosse o Santana era má moeda...
Caro Luis:
Gostei da comparação do Santos Silva com o famoso ministro iraquiano.
Está parecido.
Caros Anónimos:
A arrogância tem um preço.
Cabe aos portugues fazer com que Sócrates o pague
hi, new to the site, thanks.
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