terça-feira, janeiro 27, 2009

Ter ou não ter

Imagem: http://cantinhodomundo.blogspot.com

Vai alta a polémica em volta do TGV e dos investimentos públicos para os próximos anos.
Com o PS a defender fervorosamente a construção do comboio de alta velocidade e a direcção do PSD a ser frontalmente contra.
Pessoalmente entendo que Manuela Ferreira Leite tem razão.
Estando como estão o país e o mundo é absolutamente irresponsável mergulhar num projecto de elevadíssimo custo e cujas vantagens estão muito longe de serem indiscutíveis.
É certo que o governo PSD/CDS de que MFL era ministra das Finanças assinou protocolos com o governo espanhol para a construção das referidas linhas.
E os compromissos são para cumprir.
Mas é igualmente verdade que passaram sete anos e a situação económica de Portugal está bem longe de ter melhorado, há uma crise financeira a nível mundial e dai a necessidade de repensar projectos desta envergadura.
Sendo certo, na altura com hoje, que os beneficios internos do TGV se cifravam numa redução de tempo de percurso, no trajecto Porto-Lisboa, na ordem dos 25 minutos.
Manifestamente pouco para tão grande investimento.
Porque a outra linha, a Lisboa-Madrid, parece destinada a prejuízo eterno.
O argumento brandido pelo governo acerca de Portugal não poder ficar fora da rede europeia de alta velocidade sob pena de prejudicar o nosso desenvolvimento esse, então, soa mesmo a falta de razão.
Ou será que países como a Dinamarca ou a Suécia, que não tem TGV, tem níveis de vida inferiores a Portugal ?
Será que não se desenvolveram por não terem TGV ?
Não me parece.
Haja juízo.
E nesta matéria o PSD tem demonstrado muito mais juízo, e sentido de Estado, do que o PS.
O que também não deixa de ser normal.
Depois Falamos

8 comentários:

Anónimo disse...

25 m de poupança entre Lisboa e Porto ao custo de milhões? «Estão todos grossos?»

Aliás ainda ontem uma TV fazia comentários sobre certas despesas públicas, uma das quais eram as flores da residência de S. Bento adjudicadas a uma 'empresa' em nome individual sedeada num 4º andar! E que não possui estufas, campos, armazéns ou lojas. Pois!....

E o país a fechar hospitais e a não aumentar pensões porque não há dinheiro. Vão-se catar estes socialistas, republicanos e laicos.

Já agora viram o Mogais Sarr'ento a defender o Zé do Freeport? Que irmandade! E que guerra anda por lá...Com outros a dizer o que se sabe, que há pulga na costura, e desde 2003 e não 2005, como dizem os defensores do indefensável!

Anónimo disse...

A quem na verdade serve o TGV?
Aos fabricantes de material ferroviário, às construtoras de obras públicas e, claro aos bancos que vão financiar a obra.
Os Portugueses, esses, ficarão, uma vez mais, endividados durante décadas, por causa de uma obra megalómana.

O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).

É por razões de sensatez, como muito bem refere, que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao Alfa Lisboa- Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros não trará qualquer benefícfio à economia do país. Para além de ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 milhões de euros podem construir-se:
1. 1000 escolas de primeiríssimo mundo que substituam as existentes, por serem obsoletas e subdimensionadas;
2. Mais de 1000 creches;
3. Mais de 1000 centros de dia para os nossos idosos;
4. Reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Cabe ao Goveno decidir.

Anónimo disse...

O TGV é, apenas, uma megalomania do pinóquio, que pensa ficar na história atirando-se a um grande empreendimento. Mas o País está atento, e vai despachá-lo em combóio de mercadorias. Se, antes, não aparecer por aí um carro celular a levá-lo para outras bandas...

Luis Melo disse...

Sobre este caso do TGV já falei aqui.

O Paulo Morais, falou muito bem aqui.

Engraçado, numa visão irónica, esteve Pinho Cardão aqui.

luis cirilo disse...

Caro Anonimo:
A questão fundamental é precisamente a crise económica.
Não temos dinheiro nao temos megalomanias.
A história das flores é mais um bom exemplo do socialismo reinante.
Caro CMM:
Tem toda a razão.
E os números que apresenta são absolutamente esmagadores.
Penso que este governo perdeu totalmente a noção das realidades.
Embora mantenha uma clara noção dos negócios.
Caro Anónimo:
Essa do comboio de mercadorias teve piada.
Quanto ao carro celular...ainda sobra espaço para mais alguns !
Como bem sabemos.
Caro Luis:
Três visões diferentes mas iguais na razão de que se revestem.

Anónimo disse...

ENTÃO NÃO PASSAM POR BRAGA!!!
A 3ª MAIOR CIDADE DO PAIS!

Anónimo disse...

Portugueses:O combóio em Espanha e Portugal é o mais seguro no Mundo.O combóio é O TRANSPORTE TERRESTRE MAIS SEGURO;CÒMODO;ECONÒMICO,NÃO POLUENTE E RÀPIDO NO MUNDO PARA O TERCEIRO MILÈNIO.Precisamos de ligar LISBOA,SINES e SETUBAL á Europa,pela fronteira de Marvão,a mais proxima e já com boas linhas excepto o ramal.Pode circular o TGV a 220km/h,ate Madrid,em bitola 1,668m .Os mercadorias em dupla tração vindos de SINES e SETUBAL,pelas linhas do Alentejo,sem combóios,até Marvão,Madrid,Paris,Bruxelas,Berlim Budapesre e resto da Europa em bitola 1,435m.è so eletrificar o ramal de Cáceres.O TGV não deve circular pelo Alentelo,por muitas razões,como a pomte faraónica,130km de novas linhas,expropriações muito caras na zona dos mármores etc.Mauricio Arrais.

luis cirilo disse...

Caro Mauricio:
Não posso estar mais de acordo.
Infelizmente sucessivos governos tem feito precisamente o contrário