Angola vive em ditadura desde,pelo menos,1992.
Altura em que se tinham realizado as últimas eleições no corolário das quais o gang criminoso no poder se entreteve a assassinar os dirigentes da Unita que viviam em Luanda.
Nestes 16 anos a alta direcção do MPLA,com o presidente Eduardo dos Santos á cabeça,entreteve-se enriquecer de forma escandalosa perante um povo faminto e mal recuperado das sequelas da longa guerra civil.
É um regime ditatorial,de partido único,que devia merecer a mais firme condenação da comunidade internacional.
A começar por Portugal.
Infelizmente ajoelhados perante os interesses económicos (e Angola nessa matéria se bem governada podia ser dos paises mais ricos do planeta)e as oportunidades de negócio nesse país riquissimo em matérias primas,os dirigentes europeus preferem assobiar para o ar e condenar ditaduras mais distantes e menos ricas.
Como a Birmânia por exemplo !
Adiante.
Ontem Angola teve eleições.
Que após tantos anos de ditadura teriam de ser encaradas pela comunidade internacional com as maiores reservas.
Reforçadas pela atitude do governo totalitário de usar a televisão pública para a campanha do MPLA ostracizando por completo as campanhas dos outros partidos.
E ,já agora,recusando vistos de entrada no país ao Expresso,Sic,Visão,Público e Rádio Renascença.
Não fosse o governo de Sócrates forte com os fracos e fraco com os fortes e já o embaixador angolano teria ouvido algumas verdades desagradáveis...
Por tudo isto,e muito mais,não admirou que logo na abertura das urnas se tenha percebido que transparentes e justas é que estas eleições não iam ser de certeza absoluta.
O que motivou protestos dos principais partidos da oposição.
E a própria chefe de missão da União Europeia declarou que a organização das eleições era um perfeito desastre.
Eis senão quando aparecem duaz vozes discordantes e atestando que tudo estava a correr bem.
O deputado do PCP António Filipe que ainda vive no pré 1989 e...o eurodeputado do PSD Silva Peneda !
Que não teve vergonha de alinhar ao lado de António Filipe e do MPLA contra todas as evidências.
Razão tinha Luis Filipe Menezes quando queria renovar totalmente a lista de eurodeputados.
Há gente no PSD para a qual já não é possivel um minimo de paciência...
Depois Falamos
4 comentários:
"Há gente no PSD para a qual já não é possivel um minimo de paciência..." - A sériooooo?
Caro Dr.Cirilo,
a democracia como sistema politico tem muitas faces, nenhuma é perfeita, existem umas melhores de que outras, a "democracia" angolana actual, é apena mais uma face deste sistema politico.
Já diziam os gregos que "a democracia é o menos mau de todos os sistemas".
Angola não tem, nem nunca, teve algo a que se podesse chamar democracia. Foi uma ditadura imposta à população por exércitos estrangeiros, que saqueram tudo o que puderam e levaram para Cuba -outra democracia...- navios e navios de saque. Tudo o que havia em 74 foi roubado.
Isto são factos e contra factos não há argumentos. Depois foi o perpectuar do sistema. A família de Eduardo dos Santos é mais rica que o Bill Gates e nunca fez nada na vida a não ser ver crescer os dépósitos das percentagens do petróleo. O estado/povo de Angola vegeta na miséria e nunca viu nada das riquezas do país.
Quanto aos corruptos que em Portugal sustentam esta cleptocracia, são os que em Portugal fazem o mesmo, sempre que podem.
Veja-se os dinheiros provenientes de actividade criminosa -alguma de Angola...-, que perseguidos pela polícia, dão a boys dentro do PSD para pagar quotas e votos -quantos casos de Lisboa querem? Assim, esses têm hoje palavra dentro do partido...
Eu, já me passou a falta de paciência -esta malta só a tiro!
Concordo no geral com o comentário, nomeadamente em relação à liberdade de expressão e às oportunidades dadas à oposição para divulgar a sua mensagem.
Mas o governo no poder, sabedor da enorme vantagem conseguida à custa da unicidade no discurso público, simplesmente não precisou de eleições fraudulentas (mais 10%, menos 10%, para quem tem 80%, pouco importa)
Por isso, francamente acho que desta vez ao MPLA convinha uma votação o mais transparente possível.
Só que, num país que não funciona, não conseguiram um acto eleitoral minimamente organizado
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