quarta-feira, outubro 30, 2024

Queixinhas

A política portuguesa está definitivamente numa fase de tricas e nicas resultantes de gente sem dimensão que faz de não assuntos coisas relevantes e passa em voo altaneiro sobre coisas realmente importantes.
O que se trata neste texto é mais um desses não assuntos de que se quer fazer algo importante por razões que tem apenas a ver com o desejo de protagonismo de alguns "sem abrigo" da esquerdalha que querem dar nas vistas a qualquer preço para tentarem regressar a lugares onde alguns já estiveram sem mérito para tal.
A propósito dos acontecimentos no Bairro do Zambujal dois dirigentes do Chega - André Ventura e Pedro Pinto - produziram algumas declarações infelizes, excessivas, imprudentes e que no caso do segundo atingiram mesmo o ponto de parvoice.
Não foi a primeira nem será seguramente a última vez que dirigentes do Chega perderam a noção da sensatez e do comedimento e enveredaram pelo caminhos dos excessos dizendo coisas que se podem dizer numa roda de amigos no café mas não devem ser ditas na comunicação social pelo que de negativo encerram em termos de exemplo público.
O assunto teria morrido aí se não fossem declarações de dirigentes do Chega, sempre sujeitos a um escrutínio que não existe com mais nenhum partido,  e se não houvesse quem na esquerdalha se ache polícia de opiniões e regulador do que a direita pode e não pode dizer.
Vai daí um bando de queixinhas, a quem noutro tempo se chamava bufos, liderado por um comentador televisivo( na foto de cima à esquerda com uma pasta na mão) com aspirações ao regresso à politica e que constitui em si próprio uma explosiva mistura de parvoice, ignorância e vaidade, devidamente acolitado por ex ministros do PS que deixaram na sua actividade governativa um rasto de incompetência e problemas por resolver e por profissionais dos abaizo assinados entre o quais alguns comentadores televisivos que coitados deles que só lá andam porque devem ter bons padrinhos, resolveram promover uma petição  que deu suporte a uma queixa crime  contra os dirigentes do Chega com base em motivos que sendo notoriamente falsos dão ainda assim jeito para as manchetes jornalisticas e directos televisivos tão do agrado desses D. Quixotes de contrafação.
Recolhido um número que nunca se saberá qual de verdadeiras assinaturas, porque as aldrabadas e as falsas parece que eram mais que muitas, lá foi o grupo de queixinhas numa procissão patética até à PGR em busca dos seus cinco minutos de presença televisiva arvorados em defensores da democracia quando na realidade não passam de um bando de patetas encantados com eles próprios vã-se lá saber porquê tão fracos são nas suas prestações públicas e políticas.
Que conclusão s epode tirar deste caricato episódio?
Os dirigentes políticos seja do Chega seja de qualquer outro partido só devem ser sujeitos a um tipo de julgamento que é o dos eleitores. 
E aí serão avaliados pelo que fizeram e deixaram de fazer, pelo que prometeram e não cumpriram, pelo que disseram e não deviam ter dito.
Qualquer outro julgamento, nomeadamente nos tribunais, só fará sentido se tiverem cometido algum crime porque não são obviamente diferentes de qualquer outro cidadão.
Não foi o caso.
Por mais que estes e outros queixinhas queiram disto fazer um "caso".
Depois Falamos.

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