segunda-feira, julho 03, 2023

Lobby

André Almeida tem imensa classe.
Tem presença no campo, cultura táctica, técnica apurada, velocidade de execução, remate pronto.
André Almeida tem experiência.
Mais de cem jogos pela primeira equipa do Vitória, trinta e oito neste seu primeiro ano no Valência, dezenas pelas selecções nacionais nos escalões de formação.
André Almeida tem visibilidade.
Que lhe valeu ser o segundo jogador de "La Liga" com mais presenças no onze ideal da jornada bem como elogios público do seleccionador nacional Roberto Martinez o que faz crer que estará à porta da selecção A.
André Almeida não tem lobby.
Não tem jornalistas nem comentadores avençados por ele, pelo seu clube ou pelo seu empresário. 
Que promovam a sua imagem ou façam o ruido necessário quando ele é injustamente tratado.
Não tem "  A Bola", o "Record", "O Jogo" , "O Correio da Manhã", "O Público", "o Jornal de Noticias", as televisões, a promoverem-no, a incensarem-no, a fazerem dele aqueilo que ele não precisa que façam porque já é ao contrário de outros que sem essas promoções nunca passariam de não convocados face à mediania competitiva que exibem em clubes e selecções.
André Almeida não tem sorte.
Porque além de não ter todas essas máquinas de propaganda e todos esses corneteiros de ficções remuneradas também não joga em nenhum clube cuja utilização até á nausea dos respectivos jogadores vai garantindo o lugar ao mediocre treinador dos sub 21.
E por isso neste europeu de sub 21 André Almeida foi vítima de uma tremenada injustiça por parte do incompetente que usa a braçadeira de treinador porque depois de ter sido, sem surpresa, o melhor jogador português nos dois primeiros jogos e marcado o golo face à Holanda foi remetido para o banco para dar lugar a um dos tais jogadores cuja utilização garante o longo consulado do mediocre personagem.
E se no terceiro jogo ainda actuou 22 minutos no quarto e último nem do banco saiu, mesmo ficando uma substituição por fazer, enquanto se mantiveram em campo ou entraram alguns dos tais que parece terem lugar cativo não pelo valor evidenciado mas pelas camisolas de clube que vestem.
Claro que na comunicação social, pese embora algumas referências  dos comentadores da RTP( honra lhes seja feita), tudo isto passou em claro porque não ter lobby  e não jogar nos clubes que os lobbys servem tem esse preço.
O ciclo de André Almeida nos sub 21 acabou por força da idade.
E acabou deixando-lhe a grata memória de que sempre que vestiu a camisola da selecção provou merecê-la pelo valor evidenciado e não pelas camisolas dos clubes que representou e representa ou pelo lobby  na comunicação social.
E a sua carreira futura nos clubes que representar e na selecção de Portugal será a melhor prova da enorme injustiça de que foi vítima neste Europeu.
Com prejuízo dele e da selecção nacional de sub 21.
Depois Falamos.

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