Sempre gostei muito de ver jogar Raphael Guerreiro.
Não o conhecia, nunca jogou em clubes portugueses, até em 2013 se ter estreado pela selecção de sub 21 num jogo com adversário que já não recordo no qual gostei logo de o ver jogar.
Pouco mais de um ano depois estrear-se-ia pela selecção principal, contra a Arménia em jogo a contar para a fase de apuramento para o Euro 2016. e por ela disputou até ao momento sessenta jogos e marcou quatro golos.
Por ela também, venceu o Europeu de 2016, no qual fez parte do onze ideal da prova por escolha do comité técnico da UEFA, e a Liga das Nações em 2019.
Em termos de clubes começou no Caen, passou pelo Lorient e está desde 2016 no Borússia Dortmund onde já venceu um campeonato e uma taça da Alemanha tendo na sua carreira profisisonal, até ao momento e ao serviço dos três clubes, disputado 409 jogos e apontado 52 golos.
Joga quer como defesa esquerdo quer como médio ala ( no Borússia mais como médio) e é um jogador tacticamente disciplinado, com excelente pé esquerdo, rigoroso a defender e muito bom a atacar nomeadamente pela precisão dos seus cruzamentos e pela facilidade com que ele próprio finaliza como ainda no jogo com a Suiça provou uma vez mais.
Não é um jogador exuberante, espectacular, mas é um jogador fiável e confiável porque sabe muito bem o seu papel em campo e cumpre-o com absoluto rigor o que foi e é do óbvio agrado dos seus treinadores nos clubes e na selecção.
Raphael Guerreiro , como atrás foi dito, nunca jogou em Portugal e portanto nunca passou pelos chamados "grandes" do nosso campeonato.
O seu agente é uma empresa alemã de agenciamento de jogadores.
Ou seja não tem lobbys cá, não tem as "Bola" e "Record" da vida a promoverem-no, não tem quem fale ao ouvido deste e daquele.
É uma espécie de "patinho " feio da selecção.
E por isso quando se fala da lateral esquerda da selecção havia um coro "pró" Nuno Mendes, um coro menor para o Cancelo (especialmente depois de Nuno se lesionar) mas do Raphael Guerreiro (60 jogos e 4 golos pela selecção recordo) quase ninguém falava.
Raphael, esse, fala no campo.
E lá justifica com as suas exibições a confiança que Fernando Santos deposita nele desde 2014.
Aos 28 anos ainda tem seguramente muito para dar à selecção de Portugal perante o aplauso certo e garantido de todos quantos gostam de futebol, de excelentes jogadores e que apoiam a selecção como um todo e não apenas aqueles jogadores que vem dos clubes preferidos.
Depois Falamos.
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