domingo, julho 31, 2022

Ofensa


Agora já não são os heróis do teclado que pululam nas redes sociais, nem os ignorantes que falam do que não sabem e do que não viram nem tão pouco jornalistas indignos da carteira profissional que ofendem Guimarães, o Vitória e a comunidade vimaranense. 
É, por inacreditável que o pareça, o próprio Estado através de um manual escolar. 
Repugnante ofensa esta. 
E por isso partilho este excelente comunicado da Associação Vitória Sempre. 
Com a qual nem sempre estou de acordo mas que neste caso tem toda a razão. 
E espero que autarquia, clube , dirigentes políticos saibam responder a esta ofensa de forma adequada. Já basta de sermos mal tratados.
Depois Falamos.

COMUNICADO DA AVS
A Associação VitóriaSempre, após ter tomado conhecimento do conteúdo do Manual de Filosofia Ágora, do 10º ano, vem manifestar o seu repúdio sobre a forma como os autores Susana Teles de Sousa, Isabel Pinto Ribeiro e Rui Areal, aproveitam o caso Marega para moldar opiniões e formar (ou será forjar?) mentalidades. Por isso, segue o presente comunicado:
I – Foi com profunda estupefação que hoje tomamos conhecimento de um conteúdo do Manual de Filosofia do 10º ano, denominado de Ágora, levado a cabo pelos autores Susana Teles de Sousa, Isabel Pinto Ribeiro e Rui Areal e editado pela Porto Editora.
II – Da estupefação passamos à indignação. Na verdade, numa parte da matéria leccionada aos alunos, relativamente ao tema se “Os Juízos Morais são Subjectivos?”, somos brindados como uma fotografia do jogador Moussa Marega, a sair de campo após, alegadamente, ter-se sentido ofendido no desafio frente ao Vitória Sport Clube, bem como o discurso do jornalista Bento Rodrigues que, como bem sabemos, crucificou publicamente todos os vitorianos sem que ninguém o contradissesse.
III – Por fim, os autores concluem dizendo que “se fosses um crítico do subjectivismo e estivesses a fazer uma avaliação moral do caso Marega recusar-te-ias a aceitar as arbitrariedades éticas e considerarias que há princípios éticos que têm e devem ser respeitados, que há atitudes que têm de ser mudadas e alteradas. Tal como Bento Rodrigues, defenderias que já não se tratava de um jogo de futebol nem do seu resultado, mas daquilo que nos define enquanto civilização – tratava-se de progresso moral.”
IV – Ora, os autores parecem como Frei Tomás, “olha para o que ele diz e não para o que faz.” Propagam a ética, os valores e simultaneamente de forma pouco, para não dizer nada, ética, falam do que não sabem, julgam despudoradamente, esquecendo-se que uma história tem sempre dois lados, duas versões e que não há donos de verdades absolutas, tendo as partes sempre direito ao contraditório, que está constitucionalmente plasmado na Constituição da República Portuguesa.
V – Além disso, sabemos que as verdadeiras “cartilhas” provêm dos bancos das escolas.
É nelas que se moldam e formam mentalidades. É mediante os mestres que somos levados à estrada correcta.
Será que há uma campanha no Ministério da Educação para fazer dos vitorianos racistas?
O exemplo a não pelos homens e mulheres de amanhã?
Será que não há subjectivismo nas facadas do Dragão, no Very-light do Jamor, no adepto atropelado, ou nas constantes cargas policiais que os vitorianos são alvo?
Ou será pelo facto do senhor Bento Rodrigues assobiar para o lado nesses casos, já não existem juízos de valor?
VI – Os autores também desconhecerão o subjectivismo dos valores morais que saltaram bem à tona aquando do funeral de Neno. O subjectivismo dos valores morais de ter N’Dinga como o jogador com mais jogos da história do clube. O subjectivismo dos valores morais de ter Bruno Varela a capitão de equipa. O subjectivismo dos valores morais de ter sido uma das primeiras equipas portuguesaas a recrutar jogadores brasileiros. O subjectivismo dos valores morais de uns estatutos que dizem que no Vitória todos cabem, por isso adoptou-se o preto e o branco como cores.
Porém, como o senhor Bento Rodrigues optou por crucificar o clube, sem direito a defesa, tal não merecerá ser aludido?
VII – Porém, sabemos que estas palavras de pouco valerão. À nossa direcção exortamos que aja! Que instaure uma providência cautelar impedindo que o respectivo livro seja alvo de estudo nas escolas! Que instaure uma queixa-crime por difamação aos autores! Que se reúna com as entidades governamentais, em especial com o Ministério da Educação, relembrando que neste processo “a montanha pariu um rato”! Defendam a honra do clube!
VIII – Mas esta acção não caberá só ao clube. Caberá a quem tem responsabilidades na autarquia! Caberá aos deputados que temos na Assembleia da República, mesmo os que se acanharam quando esta estória eclodiu!
Saibam, alguma vez, defender e honrar o nome de Guimarães e do Vitória Sport Clube.
IX– Os vitorianos e vimaranenses são boa gente. São gente trabalhadora. Jamais admitirão ser objectos de estudo ou tubos de ensaio para quem quer fazer prevalecer pontos de vista erróneos, distorcidos e ofensivos. Não admitimos ser tratados como uma criatura do zoológico, sem respeito, como exemplo a não seguir...e isso vai além do Vitória!

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