Da maioria á crise: Duas mãos cheias de demissões no governo de Costa.
Em menos de oito meses ( a primeira foi em 2 de Maio) são já dez as demissões no governo de António Costa.
Dois ministros e oito secretários de estado. Dez!
É insólito e mostra bem a falta de critério com que o governo foi formado.
Em que a preocupação maior parece ter sido equilibrar as lutas internas pela sucessão e dar um ministério a cada um dos potenciais sucessores.
A partidarização do Estado a níveis nunca dantes vistos.
Em tempos já remotos por causa da demissão de um ministro titular de pastas pouco relevantes e com nulo peso político no govermo, e de dois ou três "casinhos" (esses sim foram "casinhos") que uma imprensa persecutória transformou nos escândalos que nunca foram, foi o Parlamento dissolvido e caiu o governo liderado por Pedro Santana Lopes ao fim de meia dúzia de meses de governação.
E ao contrário do que dizia há pouco na CNN a comentadora Mafalda Anjos querendo estabelecer diferenças entre a legitimidade desse governo e do actual, esse governo liderado por PSL, que funcionava de forma perfeitamente normal, também tinha uma maioria absoluta no parlamento.
Absoluta, coesa e estável.
Agora em menos de oito meses saem dois ministros e oito secretários de estado de um governo assolado por escândalos desde o primeiro dia, das decisões erráticas à violação da lei das incompatibilidades por vários dos seus membrs passando pelo estado do país em tantos sectores e pelo desbaratar de dinheiros públicos, e não se passa nada?
Não se avalia se há um regular funcionamento das instituiçoes?
Em qualquer democracia europeia o Parlamento já teria sido dissolvido e convocadas eleições antecipadas.
Nalguns, como o Reino Unido, foram-no por bem menos em várias ocasiões.
E em Portugal?
Será que estamos mesmo condenados a ser a Venezuela da Europa?
Pelo menos um "Maduro" a Presidente da República já temos.
Quando tanto o país precisava de ter ,neste grave momento, tudo que Marcelo não é em termos de rigor, exigência, independência do governo e sentido de Estado.
Aguardemos pelos próximos capítulos de uma crise que está para durar.
E muito admirado ficarei se o próximo a cair não for Fernando Medina que está atolado neste assunto até ás orelhas por mais que afirme que nada sabia.
No dia, que não virá longe, em que se provar que sabia, então também ele irá á vida e talvez aí o PR resolva merecer o ordenado que todos os meses leva para casa.
O ordenado e o resto.
Depois Falamos.
https://www.tsf.pt/portugal/politica/da-maioria-a-crise-duas-maos-cheias-de-demissoes-no-governo-de-costa-15565874.html?fbclid=IwAR2OwE_frWHEdXxY4iKFKDZrtQGLr86lTtNmKF6qf5LXshEssufvps9Lm28