Há muitos anos atrás, nos longínquos anos de 1981 e 1982, cumpri os quase dezassete meses de serviço militar obrigatório no meu caso repartido entre recruta e especialidade em Mafra na EPI a que se seguiu um mês e pouco no regimento de infantaria de Abrantes e depois um ano em Santa Margarida no Batalhão de Infantaria Mecanizado conhecido pela sigla BIMEC.
Que era na altura parte integrante da chamada brigada NATO.
Nesse ano que por lá passei, enquanto furriel miliciano de infantaria com especialidade em armas pesadas (morteiros), participei em diversas manobras quer de âmbito da unidade quer da própria brigada NATO com participação de tropas de varios países.
Por razões operacionais de que já não guardo memória coube-me numa ou noutra ocasião, no âmbito dessas manobras, comandar uma VBTP (viatura blindada transporte pessoal) idêntica à da fotografia e na qual ocupava o lugar elevado atrás do condutor e na qual seguiam alguns soldados "atiradores" de infantaria.
E recordo-me bem que antes de sairmos para as manobras o "capitão" que comandava a companhia (Cardoso de apelido que do nome próprio já não me lembro) reunia os oficiais e sargentos para planear as operações e tinha sempre uma palavra final para quem ia comandar as viaturas (que eram umas cinco ou seis por cada companhia) recordando-nos que embora fossem os soldados com especialidade de condução de VBTP quem as conduzia a primeira responsabilidade era dos comandantes de cada uma e era a ele que seriam pedidas as primeiras responsabilidades se algo corresse mal.
Reiterando que era preciso refrear o entusiasmo "acelera" de alguns dos condutores que gostavam de conduzir as VBTP nos seus limites.
Tanto quanto me recordo nunca nas duas companhias em que estive ( a terceira e depois a primeira) houve qualquer problema com as VBTP quando elas saíam para operações.
Por mérito dos soldados condutores que de facto eram muito bons na sua especialidade mas também dos seus comandantes de viatura que quando necessário assumiam esse papel e lhes impunham maior cuidado quando se deixavam levar pelo entusiamo e acelaravam para lá do necessário.
Porque ai de nós se algum dia uma coisa corresse mal e fossemos dizer ao capitão Cardoso que a culpa era do condutor porque eramos apenas passageiros.
Gostava era de saber porque me lembrei disto hoje?
Ele há coisas...
Depois Falamos.
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