Este fim de semana em Évora fez-se História na política em Portugal.
O partido Aliança formalmente constituído em Outubro com o acordão do
Tribunal Constitucional a reconhecer a validade do seu processo de inscrição,
depois de uma recolha de mais de doze mil assinaturas (a lei obriga apenas a
sete mil e quinhentas como é sabido) iniciada em meados de Agosto, realizou o
seu primeiro Congresso para aprovação de linhas programáticas, estatutos,
estratégia política e eleição dos seus primeiros orgãos nacionais.
E a História começou a fazer-se desde logo pelo local escolhido para a
sua realização.
Évora, no coração do Alentejo, região do país onde nunca um partido
político tinha realizado um evento deste género, mesmo aqueles que desde sempre
tem nela forte presença eleitoral, como um sinal da aposta e da atenção a um
interior cada vez mais pobre, mais despovoado e a necessitar de maior atenção.
Foi uma aposta ganha.
Quer pelo sucesso do Congresso quer pela receptividade e simpatia que
a Aliança encontrou em Évora, a começar pela Câmara Municipal que foi
absolutamente inexcedível no apoio que deu à realização, fruto do
reconhecimento das pessoas ao gesto do partido ter escolhido aquela cidade para
a realização do seu congresso fundador.
Devo dizer que enquanto
militante número 13 (não sou supersticioso) da Aliança , e com funções de
direcção executiva que já vinha exercendo desde Outubro ,que saí de Évora com
um misto de sensações nas quais cabem o Orgulho, a Esperança e a
Responsabilidade.
Orgulho no partido que (já) temos.
Um partido construido em poucos meses, sem os meios (nem nada que se
pareça) ao dispor de outras forças partidárias, mas que já cobre todo o
território nacional com comissões instaladoras em todos os distritos do continente
e comissões regionais na Madeira e nos Açores .
Um partido que levou a Évora mais de quinhentos delegados, de todos os
distritos, das duas regiões autónomas e
das comunidades portugueses na Europa e no Resto do Mundo naquilo que foi uma
magnífica demonstração de vitalidade e convicção no futuro da Aliança.
Mas também lá estiveram duas centenas de observadores e cerca de um centena de convidados de todo o
país o que significou que a Aliança teve no seu congresso fundador cerca de mil
pessoas.
Mil.
Ao fim de três meses é simplesmente extraordinário.
Mas também Esperança.
Esperança nas pessoas que vieram construir esta realidade.
Pessoas que nunca tiveram partido, pessoas que vieram de outros
partidos, pessoas que há muito estavam desencantadas com a política, pessoas
que em tempos tinham militado noutros partidos mas estavam há muito (nalguns
casos há décadas) afastadas da vida partidária, pessoas que querem dar o seu
contributo para através da Aliança ajudarem a termos um país melhor.
Pessoas, todas elas, a quem a Aliança não pergunta de onde vem mas
apenas se querem ir connosco na construção de uma nova esperança para o nosso
país através de um partido que quer fazer a diferença.
A qualidade, a variedade, a diversidade das mais de cem intervenções de delegados no congresso deu uma
resposta avassaladora quanto ao empenhamento das bases do partido neste
projecto de mudança que a Aliança está a construir para Portugal.
Temos ideias, temos programa, temos estratégia e essencialmente temos
gente.
Temos Esperança.
Mas também temos Responsabilidade.
A responsabilidade de não desiludirmos quem vê na Aliança a esperança
de uma mudança profunda na política portuguesa.
A responsabilidade de darmos resposta a todos aqueles, e tantos são,
que querem o nosso empenhamento na construção de uma alternativa política
sólida e credível à actual Frente de Esquerda que (des) governa Portugal.
A responsabilidade de lutarmos convictamente, sem desânimos nem
transigências, por aquelas que são ideias fundamentais da Aliança e nas quais
assentam a Declaração de Princípios, o programa e a moção de estratégia.
O crescimento económico, a coesão territorial, a redução da carga
fiscal, a eficiência do Estado, a
salvação de um Serviço Nacional de Saúde em falência e incapaz de dar resposta
às necessidades dos portugueses, um
sistema educativo que promova a igualdade de oportunidades e distinga os custos
para cada Família em função dos rendimentos são algumas das “bandeiras” que não
deixaremos cair e que temos a responsabilidade de defender de forma
intransigente.
De Évora fica o Orgulho de um grande congresso e a Esperança de que
todos juntos possamos continuar a construir um partido cada vez mais
forte , mais credível e mais capaz de corresponder aos anseios de tantos e
tantos portugueses.
Mas agora é o tempo da Responsabilidade.
Da Responsabilidade de estarmos à altura dos desafios!
O Futuro, esse, começa agora.
7 comentários:
Sugiro o envio duma ficha de inscrição ao Luis Filipe de Menezes. Que lhe parece?
Salvar o SNS como ? Substituindo-o por seguros de saúde ? Entregar a saúde aos grandes grupos económicos, e assim que a Aliança quer salvar o SNS ?
Começa mal...
Caro Anónimo:
Sem comentários.
Caro Anónimo:
Tem de ler tudo e não ficar pelos títulos
Ler tudo ? Para quê ? Não dizem nada ...
Caro Anónimo:
Tal como você
Fale-nos do seu vice-presidente Carlos Pinto.
Caro Anónimo:
É vice presidente da Direcção Política Nacional.
Se precisar d emais informações vá ao Google.
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