Cada um é livre de acreditar no que quiser, até porque verdades definitivas são algo a evitar, mas faço parte daqueles que não acreditam em fantasmas.
Fantasmas como continuidade terrena daqueles que já partiram.
Muito menos em fantasmas que se dediquem às malfeitorias de bater portas, arrastar correntes, reflectirem-se em espelhos ou pregarem sustos aos pobres desgraçados que no que não conhecem veem um fantasma.
Podem "existir", sim,no mundo dos sonhos onde o campo de possibilidades é infinito e nela cabem essas simpáticas criaturas fantasmagóricas ora na versão aterrorizadora ora numa versão simpática e afável que os faz perder a aura de terror.
Às vezes no mesmo sonho encarnado ambos os papéis!
Mas não acreditando em fantasma "desses" não deixo de achar interessante a importância que a figura "fantasma" assume nas relações sociais, políticas, desportivas e por aí fora nos tempos que correm.
É o "fantasma" do líder que já não está, é o "fantasma" do dirigente que foi embora", é o "fantasma" das opções que não se deviam ter feito e fizeram ou que se deviam ter feito e não foram feitas com os consequentes maus resultados.
Fantasmas para todos os gostos e para todas as oportunidades que muitas vezes para mais não servem do que para justificar erros, opções e insucessos de figuras bem reais que por aí andam.
Até nas redes sociais, esse vício moderno que como o Tintim vai dos 7 aos 77 anos (e nalguns casos bem mais...), há lugar a uma nova classe de fantasmas que as "assombram" no geral e muito em particular no facebook.
Desde aqueles que nos pedem amizade e desaparecem como se de fantasmas se tratassem, nunca mais contactando nem fazendo prova de vida, aos que nos pedem amizade com perfis falsos e andam a "assombrar" as nossas páginas até ao dia em que nos fartamos e arranjamos um eficaz "Caça Fantasmas" chamado tecla de bloquear.
Eu não acredito nem gosto de fantasmas.
Quando muito gosto, e bastante, da "Casa dos Fantasmas" na EuroDisney e no Walt Disney World.
Aí sim há "fantasmas",
Mas esses são divertidos e divertem-nos.
Os outros...
Depois Falamos.