domingo, abril 12, 2015

O Nosso 14



Jogar com o Moreirense nunca foi fácil.
Há velhas histórias da Taça de Portugal que o comprovam.
E para este Vitória, fragilizado ao invés de fortalecido em Janeiro, em notória crise de confiança não há seguramente nenhum jogo que seja fácil nesta altura da época em que a conquista de pontos para o objectivo europeu se começa a tornar...dramática.
E aquilo que se temia...aconteceu.
Individualmente:
Douglas: Uma grande defesa, apenas, numa noite em que se limitou a agarrar dois ou três remates sem perigo desferidos de longe. No segundo golo nada podia fazer mas no primeiro...não sei.
Bruno Gaspar: Até começou bem com algumas jogadas em que subiu a preceito ao longo da linha. Depois da expulsão de Josué teve de se preocupar quase exclusivamente com defender. O "amarelo",evitável, afasta-o do jogo com o Braga.
Josué: Sem nada de especial para fazer até ao fatídico lance da expulsão em que dificilmente podia ter feito outra coisa. Uma baixa importante para sexta feira.
Moreno: Sofreu falta,não assinalada, no inicio do lance em que Josué foi expulso e daí a sua indignação nos protestos. No restante jogo foi um esteio na defesa sem qualquer responsabilidade nos golos.
Luís Rocha: Finalmente a oportunidade surgiu e ele fez por merecê-la. Excelente na assistência para o golo viu a sua propensão atacante prejudicada pela inferioridade numérica. A defender cumpriu pese embora os problemas que o flanco direito do adversário lhe causou ao longo de todo o jogo.
Cafu: Manteve, e bem , a titularidade como trinco. Após a expulsão de Josué recuou para central (estranho o Vitória,mesmo com as lesões de João Afonso e Kanu, não ter um central no banco quando de tarde a equipa B tinha três na ficha de jogo) e cumpriu não regateando esforços.Na fase final ainda apareceu em vários lances ofensivos rematando á baliza mas sem sucesso.
André: Um jogo de enorme esforço para o "capitão" vitoriano. Especialmente quando em inferioridade numérica, e perante a lesão de Alex, a opção foi entrar outro ala em vez de um médio que o ajudasse na "batalha" do meio campo. Um dos melhores vitorianos mas ainda longe do que já fez este ano.
Bernard: Um livre magistralmente marcado e que obrigou Marafona a apertada defesa e outro sem nexo nenhum em que a bola não saiu do estádio por pouco. Os paradoxos que traduzem a realidade deste jogador. Capaz do melhor e do pior e com uma irregularidade que aflige. E desvaloriza o que, ironicamente, pode nem ser mau para ele e para o clube.
Sami: Conforme se previa voltou a ser titular sabe Deus e Rui Vitória porquê. E se na primeira parte não se lhe pode negar o esforço e o empenho (mas nada mais)na segunda desapareceu do jogo até desaparecer do campo ao ser tardiamente substituído.
Tomané: O "sacrificado" do costume e alvo fácil para a dureza adversária. O pouco que a equipa fez em termos atacantes depois dos 20 minutos da primeira parte deveu-se a ele. Mas foi pouco e sem resultados. Merece, e muito, que Rui Vitória aposte num esquema táctico em que ele possa tirar partido das suas potencialidades e não como o actual em que é "pau" para toda a obra.
Alex: Começou muito bem um jogo que lhe deixa péssimas recordações. A jogar no "seu" lugar estava a ser um dos mais influentes jogadores da equipa e a ter papel determinante no bom inicio de jogo vitoriano. Fez um golo de excelente recorte técnico e depois lesionou-se com gravidade ao ponto de se temer que a época tenha acabado para ele.
É uma baixa tremenda ainda para mais numa altura em que as opções de qualidade,nos flancos, não abundam.
Plange: Com o Vitória em inferioridade e Alex obrigado a sair por lesão foi motivo de profundo espanto a opção por um ala quando o centro do terreno é que precisava de ser "povoado". E ainda por cima um ala cuja influência no jogo foi quase nula. Teve uma oportunidade mas rematou mal e os vários cruzamentos que fez foram facilmente anulados pela defensiva adversária.
Uma insistência que não se percebe.
João Pedro: Entrou bem. Deu ao meio campo esclarecimento, posse de bola, capacidade de luta. Devia ter entrado muito mais cedo (quando Alex saiu) e "reclama" claramente mais oportunidades. É um talento em ascensão.
Álvez: Não teve ensejos de visar a baliza nem uma equipa com capacidade para o servir condignamente. Esforçou-se,é inegável, mas sem sucesso. Se tem entrado de inicio, com Tomané e Alex nos flancos, talvez a história pudesse ter sido outra. Talvez...
Assis, Bouba, Otávio e Ivo Rodrigues não foram utilizados.
O Vitória sai de Moreira de Cónegos com a Europa por um fio.
Com a equipa desfalcada por tudo que se sabe acabou a margem de erro por mínima que seja.
Nos próximos jogos, a começar pelo derbi de 6ª feira, não há espaço para invenções nem para o cumprir de eventuais clausulas ocultas dos empréstimos que se sabe.
Tem de jogar os melhores do plantel (A e B) nos sítios em que o seu rendimento possa ser optimizado em prol da equipa e das aspirações do clube.
Caso contrário será um descalabro "anunciado".
Depois Falamos

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