sexta-feira, julho 18, 2014

Mundo Perigoso

Estranha fatalidade esta que se abateu sobre a "Malasya Airlines" nos últimos meses.
Em Março o voo entre Kuala Lumpur e Pequim mudou de rota pouco depois de iniciada a viagem e nunca mais se soube dele.
Pese embora as buscas efectuadas, que chegaram inclusive até à Austrália, nunca mais o avião foi encontrado e duvida-se que algum dia o venha a ser face à vastidão da zona onde se suspeita que tenha caído.
Avião, passageiros e razões da mudança de rota e posterior queda receia-se que desaparecidos para sempre.
Agora outro avião da mesma companhia, das mais seguras do mundo, foi abatido sobre a Ucrânia quando voava de Amesterdão para Kuala Lumpur confundido com uma aeronave militar envolvida no cenário de guerra existente na Ucrânia entre um governo democraticamente eleito e os separatistas pró russos apoiados politica e militarmente pela pseudo democracia do senhor Putin.
Não existe a mínima duvida que o avião foi abatido pelas forças rebeldes até porque as tropas leais ao governo não se "entretém" a abater os aviões que os rebeldes não tem .
E para abater aviões uma kalashnikov não chega como dizia ontem um comentador televisivo.
É preciso armamento mais sofisticado , como misseis terra-ar, que os rebeldes não teriam se não fora o serem armados até aos dentes pela Rússia naturalmente interessada em destabilizar uma Ucrânia pró ocidental e recuperar o máximo de território que a desagregação da União Soviética a fez perder.
O que tem vindo a acontecer na Crimeia é prova evidente disso.
Resta agora saber o que farão Europa e Estados Unidos.
Sanções e mais sanções já se percebeu que incomodam o novo czar mas não o fazem parar na sua estratégia expansionista.
É verdade, não podemos olvidá-lo, que ao longo destes últimos anos europeus e americanos nem sempre tiveram o bom senso necessário a lidarem com a velha nação russa e com os seus orgulhos muito próprios.
Mas nada justifica que Putin use e faça usar estes meios.
Por acaso o avião era malaio.
Mas se fosse americano? Ou francês? Ou inglês?
Gostava, sinceramente, de me lembrar menos de Chamberlain e Daladier do que me tenho lembrado nos ultimos tempos!
O mundo está perigoso...
Depois Falamos

P.S: Claro que o que se passa em Gaza também não ajuda nada a tranquilizar seja quem for.

23 comentários:

Mr.Karvalhovsky disse...

Resta só dizer que o avião abatido fez uma rota parecida com aquela efectuada pelo avião do presidente russo meia hora antes...

Assim como dizer que 100 dos ocupantes do avião eram investigadores do vírus da SIDA.

Finalmente, resta esperar para concluir o que realmente se passou, ao invés de se acusar seja quem for, sem provas...

luis cirilo disse...

Caro Mr Karvalhovsky:
Vamos por partes:
Do avião do presidente russo lá ter passado não sei.
Mas sei que esse avião, aliás como o "Air Force One" americano não são "abatíveis" por uma bateria de misseis daquele género. Porque tem sofisticadissimas defesas anti missil. Era necessário outro género de arma para o derrubar. E por isso a tese de ser o exército ucraniano a tentar abater Putin cai por terra. Eles bem sabem o que a "casa" gasta na matéria.
Não me parece que a profissão dos passageiros tenha algo a ver com o derrube do avião. Finalmente não estou a acusar ninguém com falta de provas. Ainda hoje a SIC passou gravações de milicianos pró russos assumindo que tinham derrubado o aparelho. É um crime dos separatistas ucranianos perpetrado com armas fornecidas pela Rússia.

Anónimo disse...

Eu também estou de acordo, Sr. Luís Cirilo. Putin sacudiu a água do capote como se o atentado fosse um dano colateral, mas indirectamente é ele que tem mais culpa no cartório.
Em todo o caso, estranho o procedimento aparentemente negligente de algumas companhias aéreas que insistem sobrevoar o espaço aéreo em zonas de conflito internacional.

Quim Rolhas

Francisco Guimarães disse...

Já começam as teorias da conspiração, daqui a alguns anos vai aparecer um livro ou um filme com a teoria de que o avião foi abatido pelas grandes companhias farmacêuticas por nele viajar o possível futuro descobridor de uma cura rápida e barata da SIDA e "obviamente" que o avião que desapareceu há uns meses atrás também deveria transportar algum cientista chinês que iria descobrir como mover carros e aviões a lixo ou tampas e garrafas de plástico!
Mas isso é só ficção!

O meu palpite (sem provas não há certezas) é que este avião foi abatido por engano por uma sofisticada arma (que russos "emprestaram" a pró-russos) e o outro avião foi também abatido mas sem engano pois estaria a ser desviado por piratas do ar (talvez terroristas) e a nação que o fez ainda não o admitiu.

Francisco Guimarães disse...

PS: (comentário ao Post Scriptum do post) Estou habituado desde muito pequeno a que sempre que se fala em reuniões para a paz no médio oriente (entre israelitas e árabes/palestinianos) e conferencias entre os lideres e representantes das duas partes, passado algum tempo (pouco: dias, semanas) os israelitas lançam ofensivas militares ou aumentam a criação de colonatos ou a repressão sobre os palestinianos.

Desta vez foi o fantástico Papa Francisco que, por altura da sua viagem à terra santa, se "atreveu" a querer e patrocinar essas conversações. O "resultado" está à vista. Infelizmente, enquanto não houver força no "mundo ocidental" para "puxar as orelhas" à nação judaica nada mudará e nunca a paz será alcançada!
E todos estes gestos israelitas só contribuem para que enxames de fanáticos muçulmanos nasçam com cada vez mais fúria e cegueira!
Mas a esses já o "mundo ocidental" tem castigado com bem mais que um "puxão de orelhas"!

Anónimo disse...

Essa do avião ser parecido com o do presidente é o cumulo do cinismo russo. É uma classe muito perigosa esta que governa hoje a Russia,gente corrupta,xenofoba,fascista,nazi sobre a capa do comunismo. O ocidente deve recear esta gente.

Anónimo disse...

"Uma das perguntas que se impõe perante o desastre do MH17 continua por responder: o que estava a fazer um avião comercial numa zona de conflito? Para uma parte da indústria, sobrevoar o Leste da Ucrânia era, até aqui, uma prática diária, até porque a região não estava oficialmente interdita. Para a outra parte, já há algum tempo que aquela área tinha sido riscada do mapa."

Início de um artigo do Público sobre o assunto.

Na verdade o mundo para além de estar perigoso está louco. A seguir ao expansionismo soviético segue-se o expansionismo americano que está às portas da Rússia e naturalmente esta não gosta.
A solução vai ser à americana (Há vários exemplos no passado): uma Ucrânia pró russa e outra pró ocidental e entretanto na Palestina prossegue o martírio de um povo.

Anónimo disse...

Por isso mesmo, é que a única vez que andei de avião, foi já há uns anos, nas Gualterianas...

Oh que pena tenho de que agora não haja aviões nas nossas festas.

Anónimo disse...

Esses aviões das Gualterianas :), junto à Venerável Ordem Terceira de São Francisco, eram bem jeitosos para namorar. Carregava-se no pedal e levantava voo em círculo. Bons tempos.

Quim Rolhas


Anónimo disse...

Grande Filho da Putin!!!!

Defreitas disse...

Haveria muito para dizer sobre o assunto porque os temas são vários.

1°- O ataque contra o avião malaio é um crime, seja qual for o utilizador da arma utilizada e o seu fornecedor. E este tanto pode ser os EUA como a Rússia . Houve tempos em que os EUA forneciam os Talibãs no Afeganistão, para estes atacarem os Russos. Mesmo se mais tarde estas mesmas armas serviram para atacar os Americanos... quando os Talibãs mudaram de patrão!
O utilizador só pode ser ucraniano. De leste ou do oeste, os dois são capazes do pior. Os ucranianos do oeste, incendiaram em Odessa um edifício onde pereceram vivos 30 ...ucranianos de leste. A guerra é uma guerra civil. Como na Espanha, eram sempre espanhóis que matavam e morriam, por causas diferentes.

2°- Quando os americanos abateram com mísseis tirados do cruzador "Vincennes", em 1998, um Airbus iraniano no Golfo Pérsico, fazendo 298 vitimas civis, Caro Dr. Cirilo, Bush não pediu um inquérito e recusou-se mesmo a pedir desculpas aos iranianos. A imprensa tratou o caso em dois dias.

3°- Gaza volta a ser o palco duma carnificina . Respeito a sua opinião sobre Israel, que conheço bastante bem , por ai ter viajado bastantes vezes. Tenho amigos Palestinianos e Israelitas.
Considero completamente absurdo de pensar que os Palestinianos não têm o direito de resistir por todos os meios à ocupação ilegal do território palestiniano. Assim fizeram os Franceses durante a guerra contra os Alemães que ocupavam a pátria. Que os ocupantes nazis tratavam como terroristas, certo, e executavam, represália, por vezes com outros civis inocentes, não resistentes. A zona onde vivo, que o meu amigo visitou, foi o teatro de 3 000 execuções do género.

A minha opinião sobre Israel é simples: Sobre a base dum documento segundo dizem de origem divina, um Estado racista foi criado.

Um tal Estado - forçosamente racista e criminoso - será apoiado por uma rede internacional de cúmplices que, sob o pretexto do sofrimento injusto infligido pelos europeus, durante séculos , em progroms e genocídios infames a uma minoria perseguida desde o Calvário, aplica agora contra outro povo , que não foi culpado do crime dos europeus, o mesmo sofrimento num cativeiro imenso a céu aberto .

Quando jovens judeus exaltados correm nas ruas de Jerusalém gritando " morte aos Árabes" e atacam os Árabes só porque são árabes, e depois de lhes roubar a terra lhes roubam a vida, queimando vivo um jovem, o sentimento consequente só pode ser o do ódio eterno.

Indivíduos, que são a força bruta dominante do pais, clamando a voz alta o que a maioria dos Israelitas pensam : " Somos melhores que os Árabes".

Aparece claramente que a formação dum governo de "reconciliação nacional" pelos movimentos do Fatah e do Hamas, cuja divisão foi desde sempre a chave da politica israelita e americana, não estava nos planos dos dois parceiros.

Fazer tudo o que fosse possível, já, para impedir a reconciliação, era vital.

A operação "Bring Back Our Boys" , enquanto hoje é sabido que o governo israelita já estava ao corrente do assassinato dos jovens israelitas , foi orquestrada rapidamente. 500 militantes presos e 6 mortos, assim como um adolescente queimado vivo pelos colonos, foi a maneira para Benjamin Netanyahu de dizer que o acordo assinado entre le Fatah e o Hamas não seria aceite por Israel.

Aqui se encontra a explicação da explosão actual de violência.

Apesar dos esforços dos israelitas para esconder a verdade, a opinião internacional nunca esteve tão favorável à causa palestiniana.

Defreitas disse...

Mas quando nos nossos países cúmplices os políticos e os media fazem a diferença entre um sangue e outro sangue, entre um ser humano e um outro ser humano, penso que se não formos vigilantes, os media conseguirão convencer-nos a detestar os oprimidos e a gostar daqueles que os oprimem

O drama continuará enquanto Israel não compreender que os milhões de Palestinianos a quem roubaram a pátria , preferirão morrer que viver como os Judeus em Babilónia, há mais de 2 000 anos, debaixo da bota de Nabucodonosor. O que alimentou a esperança dos Israelitas nessa época, a liberdade dos escravos, é o que alimenta a esperança dos Palestinianos, pela mesma razão.

A criação de dois Estados independentes impõe-se, a expulsão dos colonos das terras dos Palestinianos impõe-se, o respeito das decisões da ONU pelos Israelitas impõe-se, mesmo se a descoberta de importantes jazigos de gás nas costas de Gaza aguça ainda mais o apetite de Israel.

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
As companhias aéreas sobrevoam a Ucrânia acima do espaço que está fechado.
Caro Francisco:
O avião(este) foi abatido pelos pró russos com sofisticadas armas russas fornecidas pelo regime do sr Putin. O outro...sabe Deus.
Quanto à questão judaica vejo-a de forma diferente. Sobre isso escreverei um destes dias.
caro Anónimo:
Subscrevo. Não é por acaso que Putin é um produto do KGB.
Caro Anónimo:
Não vamos meter os americanos numa questão que é toda ela russa. A guerra na Ucrânia é fomentada pelos russos e os separatistas que lhes fazem o jogo são alimentados pelo exército do senhor Putin.
caro QUim Rolhas:
eram giros eram.
Caro Anónimo:
Não duvide.

Mr.Karvalhovsky disse...

Como disse, não gosto de acusar ninguém, sem provas.
Mas também já percebi que o Sr. Luís Cirilo tem um ódio de estimação pela Russia... Contraposto por uma admiração pelos EUA!

Já agora, fica aqui mais um dado: É preciso entender o que faziam dois caças ucranianos a escoltar o MH17...

Gostaria também de saber o porquê da passividade dos seus amigos americanos (cheios de boas intenções e salvadores do mundo) em relação à chacina que tem acontecido na Palestina.
Será que isso já não lhes interessa?

Anónimo disse...

Sr. Luís Cirilo, pois, eu sei disso. Mas de que adianta sobrevoar acima desse espaço de segurança, mesmo a 10 mil metros de altitude, se os mísseis dos BUK podem atingir qualquer aeronave a 25 mil metros?
Sou franco. Se tivesse de ir ao Oriente e tivesse que sobrevoar qualquer um destes espaços aéreos: ucraniano, palestiniano, israelita, sírio. iraniano, paquistanês, afegão ou iraquiano eu preferiria rotas comerciais alternativas.
O seguro morreu de velho.

Quim Rolhas

Anónimo disse...

hesiste um país que equilibra o mundo...! E.U.A.
Se não fossem os americanos.... sábe-se lá a lingua que falava agora...!
E tenho pena que muita gente diz que Putin é faxista.... Putin é comunista como os outros que orbitam em todo o mundo!!!
o Fachismo acabou quando os Americanos entraram pela Europa!!! 1945!! o comunismo... 2014!!! e continua bem vivo!!! atrasando todos aqueles que querem evoluir!!!
antes de falar em fachismo.. ou faxismo... perdoem me a iletricia...! o comunismo... está aí!! para dar e vender!!!
é pena... 2014... e ver-mos o a foice e o martelo...!
O mundo já funciona com chips e alta tecnologia!!! proponho que os comunistas retirem a foice e o martelo... e utilizem uma moca e uma pedra de silex!
P.S. tudo que é conforto hoje em dia.... Deve-se a um país que explora as virtudes do homem! Estados Unidos da América!
Podem dizer mal... Mas é o país com a maior diversidade de culturas!
no século XX... somos independentes porque os E.U.A. assim nos valeram!
Caso contrário... despedia-me..
dizendo.. guten tag!
Abraços!

A memoria é curta...

luis cirilo disse...

caro Freitas Pereira:
A questão do povo judeu é muito complexa como todos sabemos.
Nem é preciso recuar a Moisés,aos sucessivos exôdos de que foram alvo, ás perseguições da inquisição ou á "solução final" de Hitler para concluirmos isso.
A questão é outra.
No pós II guerra mundial a Sociedade das Nações decidiu a criação do Estado de Israel como a pátria perdida dos judeus e então recuperada.
Podemos discutir se bem se mal, se devia ser ali ou noutro sitio.
Foi ali.
E Israel passou a ter direito á sua existência.
rodeado de inimigos por todos os lados foi através de sucessivas guerras que conquistou o seu espaço e reafirmou a sua soberania.
Especialmente em 1967 e 1973.
Agora é evidente que da parte israelita tem existido abusos e atrocidades, violações dos direitos humanos e atropelo de direitos fundamentais. As guerras só são românticas no cinema. De resto são crueis, horriveis e a evitar a todo o custo. Israel combate algumas das formas de radicalismo mais perversas do mundo actual sem qualquer respeito pelas pessoas que não hesitam em usar como escudos humanos entre muitas outras atrocidades. Nos terrenos dominados pelo Hamas praticam-se algumas das maiores atrocidades a que o mundo actual assiste e isso é branqueado por muitos anti israelitas.
O cerne da questão,contudo, está no seu ultimo parágrafo que subscrevo por inteiro: Tem de existir(e coexistir) dois estados independentes que tem de saber viver em Paz. E para isso um dos primeiros passos será,sem qualquer duvida, desmantelar os colonatos construidos em solo palestino.
É uma condição inegociável.

luis cirilo disse...

Caro Mr Karvalhovsky:
Tem toda a razão.
Prefiro amplamente os Estados Unidos à Rússia. não é por nada de especial que não seja o de preferir democracias a ditaduras. Quanto ao resto duas notas:
Acho que já ninguém tem duvidas de que o avião foi derrubado por pró russos armados pela Russia.
Quanto a Gaza o que se passa também é simples: Israle exerce o legitimo direito de se auto defender das constantes agressões do Hamas. E enquanto este bando terrorista existir não haverá paz.
Caro Quim Rolhas:
Somos dois.
Caro Anónimo:
Tem razão. A memória é curta.
mas não tanto que muito europeus não se recordem que devem a liberdade aos Estados Unidos.

Defreitas disse...

Obrigado Caro Amigo pela sua resposta ao meu comentário.

Desculpe lá, mas a declaração Balfour não prometia a criação de nenhum Estado de Israel. Creio que deve recomeçar a sua analise por ai, porque ai se encontra o inicio da tragédia.
Que os Ingleses estivessem apressados de deixar a Palestina, após os assaltos verdadeiramente terroristas da Irgoun, do grupo Stern e da Hagganah, que fizeram saltar o seu Hotel em Jerusalem, compreende-se. E sobretudo depois do massacre de Der Yassin, onde centenas de Palestinianos foram massacrados pelos terroristas destes três grupos.
Continuei a ler os comentários dos seus leitores no Facebook.
Se tudo isto não fosse dramático poderíamos rir dos pontapés que recebem os dicionários quando se pretende explicar o drama.
Assim , para uns jornalistas , Putin é Hitler na guerra da Ucrânia, e Netanyahou é Gandhi na guerra de Israel.
O soldado israelita feito " prisioneiro", numa terra que ele ocupa mas não é a sua, armado, é vitima de " kidnapping" do Hamas, segundo um jornalista, esquecendo que são as crianças que poder ser vitimas de kidnapping. Para outro é mesmo "refém".
O exército israelita não existe. "Tsahal" sim, que traduzido quer dizer "Exército de Defesa", como se este exército tivesse algo a defender num território que ele invade e ocupa de Gaza à Cisjordânia.
Cisjordânia que os israelitas ignoram, porque para eles o que existe é a Samaria e a Judeia. E o que separa a Cisjordânia , perdão, a Samaria e a Judeia de Israel não é uma fronteira mas um muro (declarado ilegal pela ONU), a que muitos chamam pudicamente "separação". Detalhe que muda tudo, como o vizinho que fechou o seu jardim para evitar que o cão não fuja!
Assim escrevendo, a Palestina não existe, embora os Palestinianos existam. As bocas mediáticas falam mesmo de "territórios", ignorando a declaração Balfour , que nunca prometeu um Estado aos Judeus.
Quando um soldado israelita penetra em Gaza ( acto inútil na Cisjordânia onde ele está em "casa" dela por toda a parte graças aos colonatos), este soldado não pratica um "raid" nem mesmo uma "invasão", mas, no máximo, uma "incursão" o que é muito mais cortês!
Aliás parece impossível que as bombas, obus e mísseis possam provocar 600 mortos em Gaza, pois que , juro-vos, não são bombardeamentos mas sim "pequenos toques cirúrgicos" . O "toque" é como o Messi na Copa do Brasil: certeirinho! E quando ocasiona mortos, não se admirem: isso pode acontecer, trata-se dum "estrago colateral"! Não se podem fazer omeletas sem partir os ovos ...palestinianos! E o bisturi cirúrgico só pode fazer bem !

Os dicionários são ricos de expressões: As guerras atrozes, as carnificinas de homens, mulheres e crianças, mesmo brincando na praia de Gaza, ou sofrendo no hospital central da cidade, as guerras não existem. As "operações de defesa", as "guerras humanitárias" ou de "ingerência" , isso sim.

Os Palestinianos não têm o direito de resistir na casa deles aos invasores? Como os resistentes Franceses durante a guerra aos nazis?

E sobretudo que não me venham falar de "colonização" da Palestina! Não, trata-se apenas dum "conflito israelo-palestiniano", que provoca a morte massiva, como muito bem escreveram dois jornalistas da CNN e da NBC, americanos, que foram imediatamente postos fora de Israel.

O mais importante é de escolher as boas palavras para descrever a carnificina por um Estado racista.

Racista, porque nao admite a presença doutro povo que tem ,pelo menos os mesmos direitos.

Racista, porque um Estado Judeu, unicamente judeu é impossivel sem exterminar os outros habitantes duma religiao diferente.

Abraço do Freitas Pereira

Defreitas disse...

Amigo Cirilo

Creio que lê Inglês.A jornalista americana da CNN retirada de Gaza e enviada para Moscovo!Puniçao extrema!
NEW YORK -- CNN has removed correspondent Diana Magnay from covering the Israeli-Palestinian conflict after she tweeted that Israelis who were cheering the bombing of Gaza, and who had allegedly threatened her, were “scum.”

“After being threatened and harassed before and during a liveshot, Diana reacted angrily on Twitter,” a CNN spokeswoman said in a statement to The Huffington Post.

“She deeply regrets the language used, which was aimed directly at those who had been targeting our crew," the spokeswoman continued. "She certainly meant no offense to anyone beyond that group, and she and CNN apologize for any offense that may have been taken.”

The spokeswoman said Magnay has been assigned to Moscow.

Magnay appeared on CNN Thursday from a hill overlooking the Israel-Gaza border. While she reported, Israelis could be heard near her cheering as missiles were fired at Gaza.

After the liveshot, Magnay tweeted: “Israelis on hill above Sderot cheer as bombs land on #gaza; threaten to ‘destroy our car if I say a word wrong’. Scum.” The tweet was quickly removed, but not before it had been retweeted more than 200 times.

The removal of Magnay comes a day after NBC News pulled Ayman Mohyeldin from Gaza.

Anónimo disse...

Sob um determinado ponto de vista bíblico, a perspectiva de que Israel não está a invadir a Palestina, mas a revisitar antigos territórios, é autêntica.
Sr. Luís Cirilo, antes de mais, deixo aqui a sugestão que devíamos recomendar o Sr. Da Freitas para o Alto Comissariado da Nações Unidas pelo profundo conhecimento que possui sobre aquela região. Portugal ficava bem visto e a ONU bem servida.
Só que antes, teria que deixar de considerar Israel como estado racista. O Sr. Da Silva certamente saberá melhor que nós que os grupos terroristas na Palestina, constituídos por uma teia familiar à procura de vingança, bombardeiam sistematicamente Israel. Se os judeus entendem que podem eliminar esta ameaça constante com uma incursões na Palestina, só têm é de ser rápidos e causar o menor número de mortes possível. Infelizmente, não há guerra sem mortes.
A coexistência entre palestinianos e israelitas, sem muros ou barreiras, por motivos religiosos, políticos, históricos ou militares não é possível. Pelo menos até estarem saradas as recentes feridas de guerra. Quem não se lembra dos atentados terroristas diários que ocorriam na década de oitenta quando os dois povos dividiam o território e sempre visando a morte de israelitas?
Para explicarmos o que hoje está acontecer, há que justificar a acção israelita pelo que sofreu no passado. Eu nunca ouvi dizer que um israelita fez-se explodir dentro de uma camioneta na Palestina! Já os palestinianos, que facilmente trocam a Justiça pelo terror, são capazes de tudo. Parecem aqueles maridos que matam as mulheres por ciúmes quando se estão a divorciar. Eles que provem ao mundo que são gente ordeira e pacífica e ganharão respeito das outras nações.
Vamos ter calma. Deixar a poeira assentar até à saída do último tanque israelita da Palestina.
Sabemos todfos que o território foi dado como prenda ou indemnização ao povo judeu pelo martírio que sofreu às mãos de Hitler. Mas conhecendo aquela zona, secularmente instável, aquilo sempre foi um corredor de passagem de antigos exércitos e portanto uma terra de ninguém. Ainda bem que está lá Israel a meter a ordem. Tenho pena é que a via diplomática falhe pela inexistência de uma liderança na Palestina que fale em nome de todos e que promova a paz.
Por último, o que me deixa curioso sofre o desfecho de tudo isto é que este conflito militar inicia-se poucos dias depois do Papa Francisco visitar Israel numa tentativa de pacificação que já tinha sido profetizada há quase 2500 anos.

Quim Rolhas

luis cirilo disse...

Caro Freitas Pereira:
É para mim cada vez mais indiscutivel que é praticamente impossível ter um bom debate de ideias no facebook.
Porque por lá andam aqueles que acham que sabem de tudo e sobre tudo devem dar opinião.
Vamos ao que interessa.
Hoje o mundo tem um problema grave no Médio Oriente. Que não importa muito se tem 50 anos de idade ou 5000. Provavelmente até tem ambas as idades.
Discutir a existência do Estado de Israel não faz qualquer sentido nos tempos que correm.
Ele existe e continuará a existir.
Essencial é, do meu modesto ponto de vista, que a comunidade internacional se empenhe em três passos decisivos.
Acabar com o terrorismo do Hamas.
Obrigar Israel a desmantelar os colonatos em territórios palestinos.
Criar condições para que a Palestina seja um Estado de pleno direito.
Como vão fazer isso está para lá das minhas capacidades saber.
Mas que tem de ser feito...isso tem.
Caro Quim Rolhas:
O meu amigo Joaquim Freitas Pereira é um homem cuja sabedoria, inteligência e conhecimento do mundo respeito profundamente. E o facto de nem sempre estar de acordo com ele(mas em 95% das ocasiões estou)não dominui em nada a valia das opiniões que deixa neste blogue de há anos a esta parte.
E uma coisa é certa:
Naquela região do mundo tem de haver paz.
Veja o emocionante apelo do Papa sobre isso.
Sendo certo que enquanto existirem movimentos terroristas como o Hamas isso não será possível. E há outra coisa que não ignoro:Israel está na linha da frente da civilização contra a barbárie do fundamentalismo islâmico. Observe-se o que se passa neste momento no Iraque para percebermos o perigo que esse fundamentalismo acarreta

luis cirilo disse...

Caro Freitas Pereira:
É para mim cada vez mais indiscutivel que é praticamente impossível ter um bom debate de ideias no facebook.
Porque por lá andam aqueles que acham que sabem de tudo e sobre tudo devem dar opinião.
Vamos ao que interessa.
Hoje o mundo tem um problema grave no Médio Oriente. Que não importa muito se tem 50 anos de idade ou 5000. Provavelmente até tem ambas as idades.
Discutir a existência do Estado de Israel não faz qualquer sentido nos tempos que correm.
Ele existe e continuará a existir.
Essencial é, do meu modesto ponto de vista, que a comunidade internacional se empenhe em três passos decisivos.
Acabar com o terrorismo do Hamas.
Obrigar Israel a desmantelar os colonatos em territórios palestinos.
Criar condições para que a Palestina seja um Estado de pleno direito.
Como vão fazer isso está para lá das minhas capacidades saber.
Mas que tem de ser feito...isso tem.
Caro Quim Rolhas:
O meu amigo Joaquim Freitas Pereira é um homem cuja sabedoria, inteligência e conhecimento do mundo respeito profundamente. E o facto de nem sempre estar de acordo com ele(mas em 95% das ocasiões estou)não dominui em nada a valia das opiniões que deixa neste blogue de há anos a esta parte.
E uma coisa é certa:
Naquela região do mundo tem de haver paz.
Veja o emocionante apelo do Papa sobre isso.
Sendo certo que enquanto existirem movimentos terroristas como o Hamas isso não será possível. E há outra coisa que não ignoro:Israel está na linha da frente da civilização contra a barbárie do fundamentalismo islâmico. Observe-se o que se passa neste momento no Iraque para percebermos o perigo que esse fundamentalismo acarreta