Gostam de alternar entre o 8 e o 80 sem deixarem espaço para o meio termo.
E com a selecção nacional, desde a fase de apuramento para o Mundial do Brasil, tem sido assim de forma continuada.
Desde o 8 do empate 3-3- em Israel ao 80 da grande vitória por 3-2 na Suécia que nos apurou para o Mundial.
Nos três jogos de preparação já efectuados o "risco" é o mesmo.
Porque as exibições com a Grécia e o México foram realmente fracas, e pouco animadoras para o futuro, e o triunfo de ontem face à Irlanda já desenha perspectivas radiosas ao que se vai lendo pelas redes sociais e não só.
Critiquei as duas primeiras exibições e em especial a pobreza do jogo com os mexicanos mas nunca esquecendo que são duas selecções que também vão disputar o Mundial.
Ontem, perante uma Irlanda que não vai ao Brasil, é evidente que a exibição foi bem melhor (não só pelos golos mas essencialmente pela atitude)e mostrou uma selecção mais entrosada mas sempre sem esquecermos que o adversário não foi propriamente de um grau de dificuldade elevado.
Ainda assim ficaram boas indicações.
Desde logo a recuperação de Ronaldo que pareceu em muito razoáveis condições depois de semanas sem competir.
E com Ronaldo a selecção vale muito mais como é óbvio.
Gostei muito da exibição de Fábio Coentrão o melhor jogador português ao longo de toda a partida. Marcou um golo ...e meio e fez uma bela exibição.
Promete um Mundial em cheio.
Hugo Almeida, para muitos o "patinho feio", fez dois golos à ponta de lança e mostrou que com extremos que saibam cruzar (Varela muito bem nesse aspecto) pode ser um jogador decisivo face a ter argumentos físicos invulgares em pontas de lança portugueses.
Boa entrada em jogo de Nani (extraordinário o seu domínio de bola no lance do 4º golo) muito activo e com grande frescura física depois de uma época não muito cansativa face ás paragens por lesão. Também dele se espera um grande mundial.
Foi um bom ensaio que naturalmente motivou o grupo de trabalho.
Agora...venha o Mundial.
Depois Falamos.
6 comentários:
Tenho uma opinião ligeiramente diferente da sua, Sr. Luís Cirilo.
Este resultado foi do 8 ao 80, é verdade, em comparação aos magros resultados das duas experiências anteriores com o México e a Grécia. Mas todos eles eram expectáveies e ainda mais os 5-1 de ontem. Tal como uma simples conta de matemática.
Primeiro, bastou aparecer Ronaldo. Metade dos golos passarm por ele. Depois, na minha perspectiva, Portugal é uma selecção muito próxima da selecção germânica. Tem influência de quase todos os tipos de futebol europeu e quando se depara com uma fraca oposição defensiva e um adversário com futebol do meio-campo para a frente com bolas a perderem-se pela linha de fundo, sem fio de jogo ou ataques sem nexo, é fatal.
O Sr. Luís Cirilo sabe que um resultado entre Alemanha e Portugal decide-se por um ou outro erro, sem nunca se poder concluir por uma maior ascendência de uma selecção sobre a outra. É, na maioria das vezes, o factor psicológico que decide. E não só. Repare que a Alemanha tinha ganho a esta Irlanda, na fase de grupos, por 6-1 e por isso Portugal respondeu ao mesmo nível. Por entre substituições à pressão dos amigáveis, chegou aos 5-1 e o resultado podia ter dilatado, se o livre de Ronaldo não tem batido no poste, se Varela fosse um pouco mais egoísta à frente da baliza e se Nani não estivesse meio metro em fora de jogo naquela jogada da recta final que me deixou muito empolgado, a ponto de me ter dado por mim instintivamente a bater palmas a meio da noite. De facto, esta Irlanda envelheceu, apareceu desmotivada, como se tivesse recebido instruções para deixar jogar e cumprir calendário. Recordo-lhe que há 10 dias, os 'leprechões' tinham empatado com a Itália no estádio do Fulham, em Londres, por 0-0. Portanto, foi um resultado normal, Sr. Luís Cirilo. Está de acordo com o verdadeiro estatuto do futebol português.
Depois de ter visto o jogo de ontem, atrevo-me agora a ir um pouco mais longe. Desta vez, no próximo jogo, estou a contar que Portugal ganhe à Alemanha, sobretudo, pelo factor casa que foi muito importante no jogo de ontem com quase 40 mil portugueses e respectivos descendentes a torcer pela Selecção Nacional. Isso também conta e muito. A selecção é muito influenciável pelo apoio dos emigrantes e apanhando-se a ganhar cedo, faz disparar o marcador facilmente.
E no Brasil vai ser como jogar em casa. Longe das recordações do mau agouro europeu. É isso que os portugueses têm de contar, menos quando estiverem a jogar com o Brasil. Aí, se tiverem essa oportunidade e sorte, talvez na final, ou lá perto, terão de ir buscar forças e motivação por telepatia a cada um de nós que espera deles o melhor de sempre.
Quim Rolhas
Boa tarde Cirilo:
Eu assisti ao jogo aqui no Brasil e quero dizer sinceramente que gostei da Seleção Portuguesa. Fez um bom jogo, mostrando entrosamento e ligação entre todos os setores, mas acredito que Portugal ainda vai melhorar, esperemos que sim.
Relativamente a exibições, para além do Coentrão que fez uma grande exibição, quero ressalvar o grande jogo do Luis Neto e do bom jogo do William Carvalho. Para mim surpreenderam-me pela positiva. Quanto aos restantes; Ronaldo ainda não está a 100%, João Moutinho jogou 50% daquilo que pode e sabe jogar, Raul Meireles é a experiencia daquele meio campo,Ruben Amorim, muito bem a lateral direito, Ricardo Costa,seguro, Varela, cumpriu, Hugo Almeida, jogo esforçado, e 2 golos à ponta de lança, estava lá. No segundo tempo vi um Nani, muito melhor doque no jogo contra o Máxico, a mostrar que podemos contar com ele para a Copa do Mundo, e por fim Rui Patricio, pouco que fazer, mas nas intervenções que fez nostrou-se calmo e seguro. Agora vamos esperar pela Alemanha, eu estou confiante. FORÇA PORTUGAL
Rui Silva
Manaus-Brasil
Caro Quim Rolhas
Também estou a contar que Portugal ganhe à Alemanha.Mas, caso não ganhe, por favor NÃO FAÇA MAL AO SEU GATO pois ele não tem culpa.
Caro Quim Rolhas.
Gostava de partilhar do seu optimismo.
E embora espere um resultado animador no jogo com a Alemanha estou consciente de que é uma das selecções mais fortes deste Mundial e por isso convém encarar a partida com expectativa moderada.
Jogo a jogo se fará o caminho.
Caro Rui:
Concorde genericamente com as avaliações que faz. Penso que Nani poderá fazer um grande mundial porque está em forma e "fresco" face a uma época em que jogou muito menos que o habitual.
Aí em Manaus se jogará uma partida decisiva.
Caro Anónimo:
Subscrevo. O bichano não tem culpa nenhuma
Caro Anónimo das 9:47,
O meu gato, coitado, sofre imenso quanto se trata de jogos do Vitória. Deve ser benfiquista, sportinguista ou portista porque quando lhe falo 'Vitória' ao ouvido ele foge a sete pés. Cá entre nós, a experiência que ele tem no lombo, faz dele um gato escaldado.
Nestes jogos amigáveis da Selecção, é curioso verificar uma coisa: quando me chega o sono, como foi no caso da Grécia e do México, o bichano passa-me os bigodes pela cara para eu não adormecer. Não haja dúvida que ele patriota é!
Caro Sr. Luís Cirilo,
As minhas expectativas 'moderadas' são estas: um empate frente à Alemanha que pode muito bem chegar à vitória, em jeito de contas a ajustar só com um forte apoio caseiro. Nestas contas já incluo o afastamento de Marco Reus, que é, para mim, o melhor jogador alemão da actualidade.
E ainda conto com duas vitórias "suadas" - sim, porque ninguém consegue jogar parado! - frente ao Gana e aos EUA. Se este cenário não se concretizar, só nos vale socorrer do bota e vira do próximo Europeu. A seguir a uma esperança perdida, há outra que renasce.
Portanto, isto nunca acaba. Só acaba para quem morre.
Quim Rolhas
Caro Quim Rolhas:
Será jogo a jogo.
Com a Alemanha,teoricamente o mais dificil da primeira fase, será preciso que Portugal faça um jogo quase perfeito.
Os alemães não são nenhuns papões mas são muito fortes como todos sabemos.
Os outros dois jogos são para ganhar.
Depois...logo se vê
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