Hoje de manha vinha no carro a ouvir as noticias.
Nomeadamente as referentes à promulgação pelo Presidente da República do diploma relativo ao aumento de horário laboral da função pública.
E as consequentes reacções dos dirigentes sindicais.
Do "taliban"Arménio Carlos ao "imitador" Carlos Silva passando pelo eterno Bettencourt Picanço.
A uma só voz prometiam contestação, luta dos trabalhadores, paralizações e outras formas de oposição a essa lei.
Eu nem vou entrar pelo caminho de comparar os horários de trabalho na função pública e na iniciativa privada.
Ou de fazer considerações sobre se na função pública se trabalha muito ou pouco.
Porque existem ambos os casos como é evidente.
Limito-me a constatar, uma vez mais, que num país cheio de dificuldades e em que não existe outra solução que não seja trabalhar(e muito) os dirigentes sindicais continuam com um discurso retrógrado, irresponsável e completamente desajustado da realidade.
Importa é exigir aumentos de salários e menores horários de trabalho.
Um discurso responsável sobre a importância do trabalho e do aumento dos níveis de produtividade é que ninguém lhes ouve.
Porque tal como as sanguessugas se alimentam de sangue o "alimento" deles são os problemas, as greves, o explorar da insatisfação dos trabalhadores.
E o claro objectivo de estarem como esse inenarrável Mário Nogueira dezenas de anos nas direcções sindicais para não terem de trabalhar!
Porque trabalhar...cansa!
Depois Falamos
P.S: Sou um trabalhador sindicalizado que acredita no sindicalismo.
Não acredito é na esmagadora maioria dos sindicalistas deste país!
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6 comentários:
A discussão política e sindical esgota-se muitas vezes em discursos demagógicos, muito direcionados para as audiências.
É verdade para os sindicalistas, é verdade para o Governo e para o patronato.
Nem sempre é fácil distinguirmos o discurso objetivo do balofo.
Mas neste tema há que reconhecer que a questão não se esgota no esforço individual de cada funcionário público, que tem de se esforçar mais umas horitas em prol do país.
O que está em causa, e obviamente preocupa os sindicatos, é que um aumento de 10% na carga horária de um trabalhador, se refletírá inevitavelmente numa redução de 10% no número de trabalhadores.
Esta é que é a questão
Caro Anónimo:
É uma observação pertinente e que sairia mais valorizada se os sindicatos tivessem um discurso mais responsável.
Infelizmente a tudo que venha dos governos(não apenas deste) a resposta é sempre a mesma.
São contra porque...sim!
A única coisa que me faz grande confusão nisto das 40 horas, é que estão sempre a querer "igualdade entre a função pública e os privados", mas quando se fala em igualar os dois horários, a igualdade é logo esquecida!
Emprego sim, trabalho não...
Emprego sim, trabalho não...
Tenho uma sobrinha que trabalha em cafetaria. Média 49 h/semana.
Trabalha sãbados, domingos, feriados e dias santos.Claro que tem folgas.
Ganha 4 centos e tal euros, limpimhos.
Tem emprego, tá feliz da vida.
É verdade, faz tudo, arruma limpa até come sobras...
A pastelaria chama-se Função Publica fica no terreiro do Paço.........
Agora é que se vão tornar simpáticos! :D
Brincadeiras à parte. Acho esta medida muito positiva e um acto de coragem de quem a tomou.
Até porque os serviços públicos funcionam mal e estão sempre atrasados no seu trabalho. Há filas em todo o lado, etc.
Não vejo porque estes senhores da FP devam ter mais privilégios no que respeita aos horários de trabalho, em relação ao privado.
Não queriam igualdade? Ou só querem para algumas coisas?
Caro Paulo Ricardo:
Igualdade em direitos. Porque quanto a deveres...
Caro Anónimo:
isso é outra questão que por si só dá para uma bom debate. Emprego versus trabalho.
Caro Mr Karvalhovsky:
Grande parte do problema está aí. Porque igualdade só para o que interessa
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