domingo, dezembro 27, 2009

As Quotas e o Congresso


Já noutro post tive oportunidade de manifestar a minha concordância com a realização de um congresso extraordinário afim de debater questões importantes para o PSD.
O partido tem uma evidente carência de debate interno, de arrumação ideológica,de aperfeiçoamento estatutário e regulamentar.
Um congresso que ajude a começar a resolver esssas questões é bem vindo.
Desde que não sirva,como é óbvio,para atrasar a resolução do problema mais urgente que o partido tem entre mãos.
Que é o da eleição do novo lider.
Por isso defendo congresso e directas no mesmo fim de semana.
De preferência na primeira quinzena de Fevereiro porque já perdemos demasiado tempo.
Por isso me "arrepio" (conheço muito bem o partido,as pessoas,os "recados" que se mandam...)quando começo a ouvir falar em proceder a uma refiliação antes das directas de molde a garantir a transparência do acto.
Tendo como pretexto as conhecidas irregularidades no distrito de Lisboa.
Porque uma refiliação,para ser bem feita,demora meses.
E ,para além do absurdo de adiar esta penosa situação por mais uns meses, desagrada-me profundamente andar-se a mexer em ficheiros á beira de eleições.
Faz temer manipulações.
Defendo isso sim outra coisa.
Se estão tão preocupados com o tal "tráfico" de influências então aprovem em conselho nacional um regulamento para as directas que permita que todos os militantes votem independentemente de terem ou não as quotas pagas.
Só podendo ser eleitos aqueles que tenham as quotas em dia.
E depois das directas, com novo lider e novo secretário geral,pense-se então em fazer uma refiliação.
Bem feita,criteriosa,sem pressas.
Que sirva o partido
Depois Falamos

5 comentários:

marta ribeiro disse...

Inteiramente de acordo caro Luis.
Dou-lhe os parabéns pelo blog em geral mas particularmente pelas reflexões que tem feito sobre o congresso.
Sem desmerecer deste espaço gostava bem de as ver publicadas num jornal nacional.
Porque é das poucas pessoas que tem vindo a lançar ideias objectivas.
Espero que continue.

António Lopes da Costa disse...

Estou de acordo consigo.
O PSD precisa, de facto, de uma refiliação. Precisa urgentemente. Porque o futuro do nosso Partido não pode continuar a ser decidido por pessoas que são transportadas até às suas secções em camionetas. Em secções onde tem de haver segurança e polícia.
Numa secção de Lisboa, nas últimas eleições para a Distrital, houve uma pessoa que quando foi votar percebeu que...já tinham votado por ela!
Mas, mais importante do que a refiliação, é a recredibilização do Partido. Que só existirá se forem discutidas as feridas profundas. Ou seja, num Congresso. Quente, como devem ser todos os Congressos do PSD. Mas quente porque há ideias. Porque, ao contrário do que acontece noutros partidos, não existe nenhuma lógica de pensamento único. Cada um pensa com a cabeça que tem.
Estou convencido de que essa discussão poderá resolver os problemas e que poderá, por si, limpar o lixo que por cá paira. Sem que seja necessária uma prévia refiliação.
Concordo também que todos devem ter direito ao voto, ainda que não tenham as quotas pagas. Na secção onde milito há sempre pessoas (de idade) que vão até lá, mas não podem votar porque se esqueceram de pagar a quota. Um grande amigo meu, de outra secção, também não votou nestas últimas eleições porque se esqueceu de pagar a quota. É pena porque normalmente esses é que são a razão do nosso Partido continuar a existir.

Um abraço e votos de um Bom Ano Novo para si e para a sua família

luis cirilo disse...

Cara Marta:
A minha obrigação como militante é ajudar a constuir soluções para sairmos desta situação dificilima.
Dar ideias é uma forma de ajudar.
Caro António:
Estamos de acordo quanto ao congresso e á refiliação.
Porque o partido precisa de debater mas também de clarificar a sua vida interna.
Para ser alternativa no país e deixar de passar consecutivas vergonhas quando há eleições em determinadas secções.
Especialmente de Lisboa.
Mas não só.
Permitir o voto independentemente de ter as quotas pagas é um passo de gigante nesse sentido.
E se olharmos para o orçamento do partido constatamos que o peso das quotas não é tão importante assim.

Anónimo disse...

caro cirilo, sem obrigatoriedade de pagar quotas é mais fácil acartar...só é precisa verba para o transporte!

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Já era uma evolução positiva...