Um dos maiores problemas do actual PSD chama-se tempo.
Porque este ultimo ano foi uma quase completa perda de ...tempo.
Agravada pela insensata decisão de colocar nas mãos de Sócrates a data da realização das eleições directas no PSD.
Definindo,como é sabido,que elas só se realizarão depois da discussão e aprovação(???)do Orçamento de Estado.
O que significa que o partido vai continuar nesta anemia até essa altura e esperando que não tarde tanto que coincida com o período em que a assembleia pode ser dissolvida passados seis meses sobre a sua eleição.
E não tenho duvidas que uma crise politica na primavera ,á boleia da não aprovação do O.E.,daria a Sócrates a possibilidade de vitimização que somada ao estado do PSD podia representar nova maioria absoluta.
Daí que o arrumar da casa,a tempo,seja vital para o PSD.
Como dizia um destes dias Miguel Relvas é estranha tanta pressa num congresso e tão pouca na eleição de uma nova liderança.
Porque que adianta lançar ideias se não houver quem as corporize e apresente aos portugueses ?
Já disse,e repito,que á partida o congresso me parece uma boa ideia.
Mas,e na sequência de uma conversa com quem pensa muito bem,até sugeria o seguinte:
Porque não fazer congresso e directas no mesmo fim de semana ?
Admitindo como data,a titulo de exemplo,o fim de semana de 15 a 17 de Fevereiro.
Daqui até lá os candidatos teriam tempo de se apresentarem,de percorrerem o país em contacto com os militantes,de debaterem publicamente as suas ideias nas televisões.
No dia 15 iniciava-se o congresso sendo a noite de sexta feira ocupada com a apresentação das moções de estratégia global dos candidatos á liderança.
Ficando claro que eleição do líder validaria a sua moção de estratégia.
No sábado ,enquanto os delegados debatiam estatutos e questões programáticas, nas secções de todo o país entre as 10 e as 16 h votava-se para a escolha do líder.
Naturalmente que delegados , observadores e funcionários teriam uma urna especifica no local do congresso para poderem exercer o seu direito de voto.
Ao fim da tarde saber-se-ia a escolha dos militantes.
O que daria tempo para a consagração do novo líder (á horinha dos telejornais como convém...)e para durante a noite de sábado serem apresentadas as candidaturas aos diversos orgãos nacionais enquanto o congresso concluía os debates.
No domingo de manha eram eleitos os orgãos(como é habitual) e na sessão de encerramento o líder apresentava a sua CPN e tomavam posse todos os eleitos.
E assim ,num fim de semana,podia o PSD iniciar uma nova vida.
Porque congresso em Março,directas sabe-se lá quando e outro congresso electivo depois das directas,atira o "arrumar da casa" para fins de Abril ou inicio de Maio.
Muito tarde e muito perigoso com Sócrates á espreita...
Depois Falamos
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7 comentários:
Olha, é capaz de ser boa ideia. mesmo boa ideia.
Caro PF:
Pelo menos apressava,e simplificava,as coisas.
Já não é mau!
Pois é, isto está preto -e não é um trocadilho...
A direcção nacional depois de sujeitar o partido a uma estratégia suicida, agora quer ver se, PARA HONRA E GLÓRIA DO PS, faz o enterro.
Realmente temos de ter ideias e estratégias e não só um lider, mas um grupo dirigente, senão acontece o que já vimos -destrói-se e ameaça-se o lider e cai tudo.
Aqui em Lisboa -os mesmos de sempre- como perderam as freguesias e os 'tachos', tiveram de ir ao Costa para comerem. Interessante que tantos membros de CPS e até presidentes sejam pagos pelo Costa. Que favores fazem os bacanos ao PS?
Caro Anónimo:
Sem alarmismos mas a verdade é que não me lembro (com 34 anos de casa) de ver o partido assim.
Algumas secções(dirigentes não militantes) de Lisboa são apenas o triste exemplo de como o PSD ameaça bater no fundo.
Precisamos de lider,de secretário geral e equipa dirigente.
Precisamos de estratégia,de ideias, de mobilizar os portugueses contra este paupérrimo governo.
E isso só possivel com frontalidade,coragem e assumpção de responsabilidades.
Bem... parece que partilhamos outro "amor" comum e ainda bem.
Como sempre, nestas e noutras coisas, convém discordar... Não, não é só pelo simples facto de contrariar, mas por no seu texto partir de um pressuposto, aliás, contraditório e, do meu ponto de vista, errado, de que o PSD é uma máquina bem oleada aonde todas as estruturas funcionam numa engranagem perfeita e precisa.
Ora, para mim, esse é mesmo o calcanhar de Aquiles do PSD. Não que faltem estatutos e regulamentos que o permitam. Nesse aspecto diria que até estamos demasiada e enfadonhamente bem. O problema está na pesada máquina que os "liderzinhos" concelhios foram construíndo ao longo dos tempos, através de pequenos "sindicatos" que têm uma influência decisiva também a nível distrital e agora, com as directas, por estranho que pareça, igualmente a nível nacional.
O PSD, o nosso partido, não precisa de sangue novo. Não precisa de iluminados nem de salvadores da pátria, mas única e simplesmente de gente que é militante, que tem uma actividade intensa na sociedade, quer profissional, quer social e solidária, e se vê regular e sucessivamente colocada de fora de qualquer decisão dentro do partido pelo simples facto de não pertencer e recusar-se a pertencer a esses mesmos grupos organizados.
Se quer a minha opinião sobre o PSD ela é coincidente com a que tenho sobre o País... não bate no fundo porque não há fundo (pensar que ele existe já seria excesso de optimismo e de boa vontade. Se quer a minha opinião sobre o Congresso, ele vem sempre a tempo... se tivermos a sorte de aparecer como no Congresso da Figueira da Foz, não um Cavaco, mas um militante que tenha o mesmo condão de desorientar e dividir os grupelhos e calar os "comentadores". Uma personalidade que arrebate os militantes e os retire desse estado de "zombies" com que aparecem nos congressos, obrigando-os a pensar pelas suas próprias cabecinhas. Um militante que goze de insuspeita notoriedade e reconhecimento nacional. Um militante que tenha vergonha do estado a que chegamos, que tenha a humildade de o reconhecer e de ouvir os outros, mas fundamentalmente que tenha a vontade de reunir um exército com ideias claras, mas ao mesmo tempo apaixonadas, ideias em que se revejam todos os militantes, mas principalmente o povo português.
Peço-lhe desculpa por invadir desta forma o seu espaço, mas a culpa é sua por permitir que eu aceda e pelos interessantes temas com que nos brinda.
Sousa Martins
Bem... parece que partilhamos outro "amor" comum e ainda bem.
Como sempre, nestas e noutras coisas, convém discordar... Não, não é só pelo simples facto de contrariar, mas por no seu texto partir de um pressuposto, aliás, contraditório e, do meu ponto de vista, errado, de que o PSD é uma máquina bem oleada aonde todas as estruturas funcionam numa engranagem perfeita e precisa.
Ora, para mim, esse é mesmo o calcanhar de Aquiles do PSD. Não que faltem estatutos e regulamentos que o permitam. Nesse aspecto diria que até estamos demasiada e enfadonhamente bem. O problema está na pesada máquina que os "liderzinhos" concelhios foram construíndo ao longo dos tempos, através de pequenos "sindicatos" que têm uma influência decisiva também a nível distrital e agora, com as directas, por estranho que pareça, igualmente a nível nacional.
O PSD, o nosso partido, não precisa de sangue novo. Não precisa de iluminados nem de salvadores da pátria, mas única e simplesmente de gente que é militante, que tem uma actividade intensa na sociedade, quer profissional, quer social e solidária, e se vê regular e sucessivamente colocada fora de qualquer decisão dentro do partido pelo simples facto de não pertencer e recusar-se a pertencer a esses mesmos grupos organizados.
Se quer a minha opinião sobre o PSD ela é coincidente com a que tenho sobre o País... não bate no fundo porque não há fundo (pensar que ele existe já seria excesso de optimismo e de boa vontade). Se quer a minha opinião sobre o Congresso, ele vem sempre a tempo... se tivermos a sorte de aparecer como no Congresso da Figueira da Foz, não um Cavaco, mas um militante que tenha o mesmo condão de desorientar e dividir os grupelhos e calar os "comentadores". Uma personalidade que arrebate os militantes e os retire desse estado de "zombies" com que aparecem nos congressos, obrigando-os a pensar pelas suas próprias cabecinhas. Um militante que goze de insuspeita notoriedade e reconhecimento nacional. Um militante que tenha vergonha do estado a que chegamos, que tenha a humildade de o reconhecer e de ouvir, mas fundamentalmente que tenha a vontade de reunir um exército com ideias claras, mas ao mesmo tempo apaixonadas, ideias em que se revejam todos os militantes, mas principalmente o povo português.
Peço-lhe desculpa por invadir desta forma o seu espaço, mas a culpa é sua por permitir que eu aceda e pelos interessantes temas com que nos brinda.
Sousa Martins
Caro Sousa Martins:
Contrariamente ao que pensa estamos de acordo quanto á maquina do PSD.
Pesada,mal oleada,ineficaz e castradora da afirmação do partido.
Devido aos hábitos e barões instalados em grande parte.
Por isso defendo uma profunda reforma estatutária.
Que crie oportunidades para mais militantes e sirva,entre muitas outras coisas,para impedir a acumulação de cargos por parte de alguns.
O PSD precisa de menos estatutos e regulamentos mas precisa de melhores norma sinternas.
Que só serão possiveis de implementar a partir de uma liderança forte e com autoridade.
Coisa que a dra Ferreira Leite e os que a rodeiam não tem.
Se é que alguma vez tiveram...
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