Pedro Santana Lopes lançou a ideia de fazer um congresso extraordinário do PSD para discutir ideias e estratégias.
E teve,desde logo, o mérito de despertar o partido do torpor em que vive e por toda a gente a discutir as vantagens e desvantagens dessa reunião magna de sociais democratas.
Pessoalmente, embora precise de perceber melhor várias coisas ,parece-me uma boa ideia.
Porque o partido precisa de debater,precisa de reflectir sobre o programa, actualizar os estatutos e aprofundar o seu posicionamento ideológico.
Serão coisas a mais para um congresso de dois dias ?
Acho que sim.
Mas se se derem passos significativos pelo menos numa delas creio que já valerá a pena.
Contudo,e pese embora a importância das ideias, o principal problema do PSD nos tempos que correm é a liderança e a linha de rumo.
E o congresso só será útil se,para além do mais,contribuir para acelerar as directas e devolver o partido a um estado de normalidade de que anda arredio.
Não percebo que possa ser de outra forma.
Porque,e alguns apoios á ideia parecem indiciá-lo,se o objectivo(oculto) de fazer um congresso se resumir a atrasar as directas e permitir que os responsáveis pelo "naufrágio" continuem na sua penosa busca de um "salvador" que faça frente a Passos Coelho então mais vale usar as 2500 assinaturas para outro fim...
Aliás há uma coisa que não percebo.
Em pleno século XXI,tempo das novas tecnologias,como é possível demorar tanto a marcar um congresso ?
Apenas em Março ?
Se as assinaturas estiverem recolhidas,como leio na imprensa,em princípios de Janeiro nada impede que se faça o congresso em meados de Fevereiro.
Melhor ainda: se a líder acha boa ideia a realização do congresso o que a impede de reunir o conselho nacional na próxima semana( dia 28 ou 29) e convocar o congresso para finais de Janeiro ganhando mês e e meio nos timings ?
É...há coisas que tenho de perceber melhor!
Depois Falamos
4 comentários:
Só é contra o congresso quem despreza os militantes.
Só despreza os militantes quem já não precisa deles.
Só nao precisa deles quem jºa arranjou poleiro á custa do trabalho dos militantes.
É bom que esses não vão ao congresso. Nao sao da familia
Caro Anónimo:
Não será tanto assim.Pelo menos em alguns casos.
Mas o seu poder de sintese é excelente.
Transcrevo aqui o que escrevi no meu blogue sobre o assunto:
O PSD encontra-se numa situação dificil, não por causa da sua direcção – que tem feito um excelente trabalho na coordenação das acções da bancada parlamentar – mas por causa das sucessivas tentativas de assalto de que tem sido vítima. Tentativas essas que são protagonizadas por “gente de dentro”. Algo parecido com um gestor de um banco, roubar o próprio banco, pensando apenas no proveito pessoal.
Felizmente que ainda há gente com bom senso no partido. Pedro Santana Lopes é, surpreendentemente ou não, um deles. A proposta de um congresso extraordinário, não se prende com nenhum desejo pessoal de chegar novamente a presidente do partido, mas sim com uma vontade de discutir o que querem os militantes para ele.
Claro que a comunicação “dita” social quer fazer crer que PSL quer novamente ser presidente. É isso que vende jornais e faz aberturas de noticiários, mas não se trata disso. Quem o conhece sabe. Trata-se de não deixar desvirtuar o PPD/PSD que foi fundado por Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota.
Vozes já se levantaram, mesmo dentro do PSD, dizendo que os congressos não servem para nada, nem vão decidir nada. Ora, quem diz isso não sabe o que é realmente o PSD. O PSD são os militantes de base, os “anónimos e desinteressados” que aos “milhares caboucaram, por todo o país, os alicerces do partido, que tinha por si apenas a força de uma ideia de paz, pão, povo e liberdade” como diziam os fundadores Eurico de Melo e Ribeiro da Silva num artigo publicado esta semana no “Público“.
Eu sei que isto custa a ouvir e a entender aos senhores da elite de Lisboa, que pensam que o futuro do partido e do país se decide em tertúlias de acesso reservado. Onde é que os dirigentes podem ouvir as bases e discutir com elas o programa do partido? No conselho nacional não estão as bases. Nem na CPN. Nem mesmo nas CPDs.
O congresso é o orgão máximo do partido onde se deve “definir a estratégia política do Partido, apreciar a actuação dos seus órgãos e deliberar sobre qualquer assunto de interesse para o Partido“. Ouviram senhores?! Não é em escritórios da capital ou em estúdios de TV, é no congresso. E as pessoas que o devem fazer são os delegados eleitos pelas Secções (sim, essas coisas incomodativas que alguém recentemente, na 1ª conferência do IFSC, sugeriu extinguir) e não os auto-proclamados “iluminados”.
O PSD é das bases. Venha esse congresso. Eu já assinei a petição.
Caro Luis Melo:
De acordo quanto ao congresso e á importância da sua realização.
Quanto ao excelente trabalho da direcção do partido...você deve ser a unica pessoa do país que acredita nisso.
Sinceramente acho-a a pior direcção de sempre do PSD.
>Tentativas de assalto ?
Foi exactamente assim que chegaram ao poder interno.
Ameaçando com congressos extraordinários e remoções á bomba!
Quem com ferro mata...
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